O que fazer em Ayres Rock na Austrália

Sem nem bem saber o porque, eu queria porque queria conhecer o tal do gigante monólito avermelhado no centro do deserto australiano e como não conhecia que ninguém que tivesse feito a mesma viagem para me dizer se valia ou ou não valia a pena, tive que ir checar por conta própria.

Confesso que antes de fechar a viagem pensei e repensei n vezes, é uma viagem cara para padrões australianos (ou seja, mais cara ainda para padrões brazucas) já que é um lugar mega turístico, e seriam muitas horas de viagem entre avião e ônibus para ver a tal da pedra – ou melhor, as pedras, por que as Olgas e o Kigs Cânion também estavam na jogada.

O que fazer em Ayres rock NA AUSTRÁLIA

Já com tudo decidido e fechado, tive o desprazer de romper os ligamentos do meu pé e ficar três semanas parada bem na véspera da viagem, por alguns instantes vi meus planos de trilhas e caminhadas em solo alaranjado indo para o espaço, mas decidi que faria o possível para chegar onde queria e que o meu limite seria a dor do meu pé.

Minha primeira visão do Uluru foi do alto do avião, ele e as olgas são únicas formas elevadas em enorme chapadão de terra e arbustos, e lá do alto já achei ele lindo e Impressionante. Como estávamos em estação chuvosa, o deserto não me pareceu nem muito desértico e nem muito vermelho como as descrições que eu havia lido, mas uma grande coleção de plantinhas verdes – depois me ensinaram que ela se chamam spinafix.

Dica de hotel: Desert Gardens

Pouco depois pousamos no minúsculo aeroporto de Ayres Rock onde pegamos o shuttle até o nosso hotel o Desert Gardens, onde passei a manhã curtindo a piscina e espantando moscas. Detalhe engraçado, com vim direto da grande barreira de corais vim com as minhas nadadeiras gigantes (vulgo pé de pato) na mala de mão e fui zuada por todo mundo que passou por mim… uma louca com pés de pato no deserto)

Falando em mosca, acho que elas merecem um parágrafo a parte, são tantas e tão chatas que você tem basicamente duas opções: usar uma redinha na cara, ou passar o dia literalmente comendo mosca, por que elas voam direto na sua boca (água, né amigo). Se você não pretende comer moscas de lanchinho, compre a rede anti mosca na primeira oportunidade que tiver.

Na parte da tarde fizemos uma visita pelo centro cultural, que estava muito mais cheio de gente que o desejável e por isso não consegui nem ler e nem aprender tantas coisas sobre o Uluru quanto eu gostaria de ter feito, mas com o pouquinho que vi deu para ler algumas historias e lendas e entender a importância que o Uluru tem para os Anagus. (indígenas na região)

PRÓXIMA PARADA>  ULURU!

Saindo do centro cultural seguimos para algumas caminhadas pelo Uluru começando pelo Mutitjulu Walk – 1km  uma linda caminhada que passa por algumas cavernas pintadas e decoradas com pinturas aborígenes antigas terminando em um buraco de água permanente.

Um dos muitos banquinhos fofos espalhados pelo parque

Fim da caminhada no buraco d’água permanente

Acho que todos nós ficamos bem impressionados com o que vimos, mas de maneiras diferentes. Minha mãe se impressionou com o tamanho, meu pai com as formações e imperfeições da superfície alaranjada, e eu com sorrisos da pedra, que tem uma cara diferente dependendo do ponto de vista de que se olha.

As caras do Uluru

Depois disso seguimos para o Mala Walk – 2km, uma caminhada um pouco maior que começa do ponto de onde se pode escalar o Uluru, que é bem mais inclinado do que eu podia imaginar. Esta caminhada passa por locais sagrados pelos aborígenes onde não se pode tirar fotos, e é bem especial.

 

Fiquei um pouco frustrada por que além dessas duas caminhadas, eu também queria fazer o Base Walk completo – volta em torno da pedra – que obviamente não estava incluso em um tour que a idade média das pessoas é 60 anos, mas por outro lado, com estas duas caminhadas tivemos uma bela perspectiva da pedra, e no fim das contas saí de lá bem satisfeita.

No final do dia paramos para ver o pôr do sol, que infelizmente nunca aconteceu de verdade porque, o tempo estava começando a virar… quem diria que pegaríamos chuva no deserto?

Mas enquanto esperávamos o suposto por do sol, foi servida uma mega mesa de queijos e vinhos, acho que fui uma das poucas pessoas que tomou vinho vermelho e devo fácil ter bebido a garrafa toda – ADORO VINHO AUSTRALIANO.

Jantamos um churrasco especial no Outback Pioneer, escolhemos nossas carnes e nós mesmos preparamos em uma churrasqueira coletiva. Enquanto escolhíamos as carnes, até cogitamos provar Canguru, mas como não sabíamos bem se íamos ou não gostar e como deveríamos preparar, acabamos desistindo.

O espetinho a direita, ao lado das salsichas é de canguru

Nosso jantar… será que exagerei na quantidade de cebola? 

De volta ao hotel nadamos um pouquinho e fomos dormir, no dia seguinte começaríamos cedo, bem cedo… as 04:45 da manhã.

Nascer do sol no Uluru

Nosso dia começou com uma pontualidade britânica e a 4:45 da manhã saímos para assistir o nascer do sol no Uluru ( ou Ayres Rock, o misterioso monólito avermelhado do deserto Australiano). Como a pedra muda de cor conforme a luz do dia, o nascer e o pôr do sol – desde de que ocorram – são espetáculos MARAVILHOSOS.

Para que os turistas aproveitem bem estes momentos, foram construídas algumas plataformas de observação do sol ao redor do

Foi numa dessas plataformas que esperamos o tímido nascer do sol daquele dia, tão ou mais fraco do que o pôr do sol do dia anterior.

O céu até deu o ar da graça e nos mostrou algumas bonitas cores, e aos poucos o dia começou a clarear e o Uluru começou a aparecer, mas sem tantas cores e nem muito  glamour. Ele apenas apareceu.

KATA TJUTA, as Olgas

Dalí partimos para a segunda parada do dia a Kata Tjuta (Os Olgas, como chamam os ingleses) outra forma formação rochosa super peculiar do deserto Australiano, mas com a composição bem diferente da do Uluru, a Kata Tjuta é um grande bolo tortuoso feito de Areia, basalto e granito.

Achei engraçado saber que muitos viajantes que vão até lá desconhecem completamente a existência das Olgas, (nome inglês da Kata Tjuta)  e que muitos saem de lá até mais impressionados do que eles saem com o Uluru. E quer saber, eu de verdade não sei opinar qual dos dois é meu preferido, enquanto o Uluru me atrai muito por sua incrível coloração a Kata Tjuta, tem formas tão diferentes que eu passaria dias olhando para elas. O mais legal é que  cada ângulo de visão, as Olgas parecem algo completamente diferente… quer ver:

Do miradouro, a parte principal parece uma versão arredondada da pedra do Baú

Do outro lado ela parece pontas dos dedos de uma mão gordinha

Paramos em um mirador há alguma distancia das olgas que nos permitiu ter uma visão completa do que visitaríamos… LINDO.

E pouco depois chegamos a Walpa George, que é considerado um refugio do deserto tanto para as plantas quanto para os animais, e é lá que faríamos nossa caminhada.

A caminhada pela Kata Tjuta é bem bonita e bem diferente do que havíamos visto no Uluru, o chão é lotado de pedras de todos os tamanhos, e dá para ver bem a mistureba na composição. O caminho passa por pequenas pontes e trilhas até chegar a junção de duas das grandes pedras que formam parte da Kata Tjuta. Tudo que posso dizer é que vale bem a pena.

De volta ao hotel tivemos algum tempo – não muito – para arrumar nossas coisas, almoçar e fazer check out. A tarde faríamos uma longa viagem até as proximidades do Wattarrka National Park  – Kings Canyon.

mari vidigal
mari vidigal
Viajante incansável, daquele tipo que no meio de uma viagem já está pensando na próxima, na próxima e na próxima. Apaixonada por fotografia, natureza e vinhos

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