Oaxaca: cactos destilados e artistas rabaneteiros no México

Texto e Imagens: NORTON FICARELLI

Seis horas de ônibus rumo ao sul da Cidade do México está Oaxaca (lê-se Guahaca ou  Oahaca).

Fanático por festas populares que sou, não foi  por acaso que fiz questão de chegar à cidade dia 23 de dezembro, mesmo que depois das 10 da noite. Na véspera da véspera de Natal, a cidade celebra a Noche de Rábanos, ou Noite dos Rabanetes, em português.

O Zócalo, como são chamadas as praças principais no país, se enche de barracas como em uma quermesse. O que exibem as barracas não são brincadeiras nem guloseimas mas incríveis esculturas feitas de rabanete.

Concorrendo com elas em beleza, estão também algumas de artesanato com casca de milho, alimento ancestral da Mesoamérica. Perto do fim da festa, eles começam a vender as decorações enquanto esperam as premiações do concurso de esculturas. Acabei comprando um anjo “de milho” e deixei de presente para a galera da recepção do hostel, que, pelo que vi, adorou.

Esculturas em casca de milho

Diferente do que muita gente imagina o México não foi feito só de Maias e Astecas, também houve os Olmecas, Toltecas, Zapotecas, entre outros. Uma civilização puxando a outra, cada uma prosperando em diferente época e região do país.

Pois, ao lado de Oaxaca está uma das maiores marcas por eles deixados: as ruínas de Monte Albán!

E mais festa no dia seguinte!

Estando na companhia do Moises, amigo mexicano de longa data, que também quis fugir da Capital Federal por uns dias, pegamos carona com procissões, bandas e carros alegóricos com presépios infantis montados na noite em que Jesus nasceu.

Já a ceia, ficou por conta de um argentino churrasqueiro e seu amigo italiano no hostel. Eu estava desencanado de tirar fotos e queria curtir. Desculpa, pessoal…

Não ficamos só em Oaxaca, a ideia era também explorar pequeños povoados em busca do melhor mezcal do México!

Mezcal? O que é isso? Bom, aqui vem um pouco de cultura (etílica). Tequila, tudo mundo conhece, mas pouca gente sabe do que é feita… fácil, basta pegar um maguey, conhecido como agave também, cortar as pontas usar técnicas mais antigas que Cristóvão Colombo para destilá-lo e pronto!

Legal, mas, e o mezcal? O mezcal é feito desse mesmo tipo de cacto, passa um processo de destilação diferente e é produto típico de Oaxaca. A tequila, por sua vez, só pode ser chamada de Tequila se produzida numa zona específica de Jalisco, outro estado mexicano.

No País do Mezcal, exploramos mais algumas ruínas, como os labirintos da inóspita Yagul

A esquecida Dainzú, incrível Mitla, onde uma igreja foi construída hamonicamente em cima…


…e a bucólica cidadezinha de San Agustín

com seu centro cultural gigante.

Depois de tudo isso, só faltou fazer a barba

e seguir viagem para Chiapas, em direção à Guatemala! Moises teve que voltar para a capital porque “alguém tem que trabalhar”.

Viva México! Y hasta la vista, amigos!

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mari vidigal
mari vidigal
Viajante incansável, daquele tipo que no meio de uma viagem já está pensando na próxima, na próxima e na próxima. Apaixonada por fotografia, natureza e vinhos

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Comentários:
Avatar Carina disse:

Mari, passarei mais ou menos 9 horas no méxico em uma escala, gostaria que você me dissesse um lugar que é imperdível para ir, pq não queria perder a oportunidade!
A propósito, adorei suas dicas de SFO, na escala que farei no méxico irei para lá depois.
Obrigada.

mari vidigal mari vidigal disse:

Sua escala é em Cidade do México?
Com MUUUITO cuidado com o trânsito, vc pode pensar em visitar o centro antigo da cidade, que é LINDO!
Beijos

Avatar Nívia disse:

Lindas fotos! Perfeitas!

Avatar Alciene disse:

iNCRÍVEL ESTA VIAGEM, ADOREI TUDO….