10 destinos imperdíveis na América Central

A América Central é repleta de destinos incríveis e paradisíacos. Uma bela pedida para uma lua de mel, uma viagem para ficar totalmente conectado à natureza, um mochilão barato e muito mais. Seja qual for o seu estilo de viagens América Central é sempre uma boa pedida, pensando nisso, convidamos a viajante Helena Simon para fazer uma lista caprichada com 10 destinos imperdíveis na América Central (ou pelo menos quase, incluímos o México também nessa jogada). Bora?

Depois de 7 meses viajando pela América Central, a Helena Simon (do site Viagem no Azul e quem escreveu esse post para gente) chegou a uma conclusão: não existem brasileiros viajando nesse continente! A partir de agora, a fala é toda dela.

Texto e imagens: Helena Simon | Instagram @viagemnoazul

Animados para conhecer 10 destinos imperdíveis na América Central? Clique nos itens abaixo para ir direto ao ponto ou viaje por todos eles neste post completo!

Durante essa temporada de mais de meio ano viajando pela América Central, conheci pouquíssimos brasileiros (dá pra contar nas duas mãos). Voltei com a vontade de fazer algo para mudar esse cenário – especialmente porque a América Central tem atrações maravilhosas e inesquecíveis que mais brasileiros precisam conhecer! Então, vamos aos 10 destinos que você não pode deixar de conhecer nas suas próximas viagens.

10 destinos imperdíveis na América Central no Mapa

Ilhas San Blas (Panamá)

Já fui a lugares verdadeiramente paradisíacos nessa vida, mas posso afirmar que San Blas no Panamá é diferente de tudo que já vi. Sabe ilha deserta de desenho animado? Aquelas com areia branca, água azul cristalina, coqueiros despenteados e uma cabana de palha no meio? San Blas é isso vezes 365, que é a quantidade de ilhas do arquipélago.

Destinos imperdíveis na América Central

Uma das ilhas de San Blás | Foto: Helena Simon

A melhor forma de chegar lá é através de tours que saem da capital. O que escolhi me buscou na Cidade do Panamá às 5h30 da manhã e chegou no porto da província Guna Yala por volta das 9h. De lá, saímos de barco para visitar as ilhas, uma mais impressionante que a outra, tanto pela beleza quanto pela simplicidade.

Os dias são de snorkeling, preguiça na rede, banho de sol, peixe frito, uma ocasional cervejinha e noites deliciosamente silenciosas em uma cabana de palha. Depois que o sol desce, não há mais nada pra fazer na ilha a não ser olhar pra lua e bater papo com os Gunas. Aproveite pra dormir cedo e acordar antes do sol nascer para mais um espetáculo!

Destinos imperdíveis na América Central

Mar azulão em San Blás | Foto: Helena Simon

A estrutura das ilhas é bem simples: os chuveiros são frios e um pouco salgados, a comida é caseira, as cabanas não ostentam mais que uma cama e uma lâmpada. Nada disso, no entanto, ofusca a maravilha que é vivenciar esse pedacinho de paraíso. Para quem tiver dúvidas se vale a pena, aceitem essa dica de uma mochileira pão dura: sim, vale muito!

Dá para visitar San Blás com mais conforto? Dá sim! Há pequenos veleiros que oferecem pacotes de luxo pela região. A brincadeira sairá bem mais caro que $100 por dia, mas para quem poder cacifar a mordomia. Taí uma experiência única.

Destinos imperdíveis na América Central

Foto: Helena Simon

Planeje sua viagem para San Blás

  • Preço: Cerca de U$100 por dia de passeio nos pacotes mais simples
  • Hospedagem: Cabanas privadas ou dormitórios simples, inclusos no preço
  • Alimentação: Em geral, peixe ou frango com arroz e legumes, incluso no preço
  • Dicas: Deixe seu celular em modo avião, já que sinal não pega mesmo e leve seu carregador portátil – tomada é um item raro nas ilhas. Alguns passeios sugerem levar bastante água, mas no que eu fiz eles enchiam nossa garrafa grátis. Vale a pena levar snacks e bebidas alcoólicas, se quiser, para consumir nos passeios (os guias levam coolers).

Vulcão Barú (Panamá)

A 3,5km de altitude fica o ponto mais alto do Panamá: o vulcão Barú, na cidade de Boquete (sem piadinhas, por favor). É o único lugar do mundo de onde se pode ver os oceanos Pacífico e Atlântico ao mesmo tempo.

Para chegar lá, anda-se 13,5km em terra arenosa e pedras soltas, somando 2km de subida vertical. Com a volta, são 27km percorridos em cerca de 10h no total. Também é possível chegar lá de jipe, mas tem seu preço: U$130 e os guias só levam de dia. Ao invés disso, os mochileiros e aventureiros de plantão racham os U$20 do táxi para chegar na base do vulcão à meia noite e, caminhando em um bom ritmo, atingir o topo logo antes do amanhecer.

Destinos imperdíveis na América Central

Foto: Helena Simon

O planejamento para uma subida desse nível tem que ser cuidadoso. Prepare suas camadas (eu usei meia calça, meia grossa, legging e jeans; top, blusa de manga, jaqueta, casaco e cachecol; além de moletom, gorro e luvas na mochila para mais tarde), leve ao menos 2l de líquidos e snacks suficientes para 12h de aventura, além de uma lanterna, claro. Um dos pontos de encontro de transfers que levam ao vulcão é o hostel Mamallena, de onde sai uma van às 23h30 por U$7.

Prepare-se para uma caminhada extenuante. Conforme íamos subindo, o ar ia ficando rarefeito e cada passo era um esforço descomunal. Perto do topo, o frio pegou de jeito; todos paramos para acrescentar camadas e fiquei aliviada por ter levado um casaco adicional. Mas todo o esforço valeu a pena quando chegamos ao topo e fomos brindados com uma vista de tirar o fôlego!

Destinos imperdíveis na América Central

Foto: Helena Simon

A volta, sem dúvida, é a pior parte. Você já recebeu o prêmio e só quer uma cama, mas sabe que ainda tem 4h de descida pela frente. Os joelhos ardem, os pés gritam, o sono atormenta. Mas, como tudo na vida, uma hora acaba. Durante o dia tem ônibus que leva de volta à cidade a cada 20 minutos por U$5. Sentar no ônibus foi um prazer inenarrável!

Cheguei no hostel por volta das 11h30, tomei banho e dormi a tarde toda. Acordei com aquela sensação de vitória, fotos maravilhosas para guardar… E dores no corpo todo! Mas a dor passa e a lembrança boa fica para sempre!

Planeje sua viagem para o Vulcão Barú

  • Preço: U$130 (se for de jipe), U$5 (valor da entrada se for a pé de dia) ou zero (se for a pé à noite)
  • Como ir: Transfer diário do hostel Mamallena às 23h30 (U$7 por pessoa) ou dividir táxi com amigos (U$20 total)
  • O que levar: Tênis ou bota de trilha, camadas de roupa quentes, lanterna capa de chuva, 2l de água e snacks
  • Dicas: Tire uma soneca no final da tarde, alimente-se bem (mas com comidas leves) umas 2h antes de sair e não tome bebidas alcoólicas nesse dia

Vulcão Santa Ana (El Salvador)

O Vulcão Ilamatepec, também  conhecido como Vulcão Santa Ana, é uma joia escondida ao norte de San Salvador. Por causa do nome, muita gente que decide visitá-lo acaba se hospedando na cidade de Santa Ana: não cometa esse erro! A boa mesmo é ficar nos hostels ou pousadas na beira do lago Coatepeque. Além do lago ser lindo de morrer, ainda por cima é muito mais perto do vulcão!

O dia em que se escolhe visitá-lo começa cedo: ainda que a viagem até o vulcão não seja longa (menos de 2h), você tem que contar com a inexistente pontualidade e qualidade dos ônibus que te levam até lá. Saímos do hostel às 7h, esperamos uns 20min pela primeira condução e outros 40min pela segunda, que, por sinal, quebrou no caminho. Mesmo com todos os percalços, milagrosamente ainda conseguimos chegar à base do vulcão por volta de 10h!

Destinos imperdíveis na América Central

Foto: Helena Simon

Lá, tivemos que pagar a taxa de entrada e esperar… E muito! Isso porque só é permitido subir com escolta policial (é a regra deles), e aí tem que esperar a polícia aparecer. O horário oficial é 11h, mas no nosso dia a escolta só chegou depois de meio dia.

A subida leva de 40min a 1h30, dependendo do seu ritmo, e a vista é impressionante! Dos 2300m de altitude dá pra ver todo o lago e as cidades vizinhas. Mas o legal mesmo é a cratera do vulcão, cheia de água verde-neon borbulhante e uma espiral de vapor que dança a cada instante. Depois de mais ou menos 1h, ouvimos um apito: era a polícia chamando pra descer (imagino que tenham mais o que fazer do que ficar de babá de gringos num vulcão o dia todo).

Destinos imperdíveis na América Central

Foto: Helena Simon

Chegamos na base umas 14h30 e descobrimos que o próximo ônibus passaria às 16h. Colocamos o dedão na estrada e quase imediatamente conseguimos uma carona até a cidade vizinha! El Salvador tem uma linda cultura de carona e as pessoas são extremamente amáveis, ao contrário da crença comum. Se você nunca pensou em visitar esse pequeno país por medo de violência, pense duas vezes… Minha estadia lá foi positiva em todos os sentidos!

Planeje sua viagem para o Vulcão Santa Ana

  • Preço: U$7 (U$6 para o parque nacional e U$1 de taxa para um proprietário)
  • Como ir: Desde o lago Coatepeque, um chicken bus até El Congo e outro até o vulcão (U$1,25 total). Para voltar, aguarde na entrada do parque pelo ônibus das 16h (ou peça carona)
  • Hospedagem: Não fique em Santa Ana, fique no Lago Coatepeque! Recomendo o Captain Morgan Hostel
  • Dicas: O horário de subida é 11h. Planeje-se pra chegar meia hora antes, só para garantir

Vulcão Acatenango (Guatemala)

“Uma das melhores experiências da minha vida!” Essa era a resposta mais comum sempre que eu perguntava a alguém sobre como é subir o Acatenango. E não deu outra, depois que desci foi exatamente isso que espalhei aos sete ventos!

Subir o Acatenango sem ter experiência com trilhas não é impossível, mas é bem desafiador. São 9km percorridos em mais de 1500m de elevação até chegar nos 3950m de altitude do topo, tudo isso em meio a um frio que à noite chega abaixo de zero. É comum ouvir que essa foi a trilha mais difícil da vida das pessoas (embora, para mim, Barú tenha sido pior).

A experiência Acatenango completa é vivida em dois dias: o primeiro começa às 9h, quando a agência te busca. Não deixe de tomar café da manhã reforçado nesse dia! Você só vai comer de novo lá pras 13h. Vale levar snacks, mas não tantos (cada grama conta quando você as carrega no ombro a 3km de altitude).

Destinos imperdíveis na América Central

Foto: Helena Simon

Muitas camadas são fundamentais, mas vale lembrar que você terá que carregá-las nas costas a maior parte do tempo (só fica bem frio quase no topo). Eu fui de legging, meias quentes, tênis de trilha e blusa de manga e levei na mochila outra blusa, um casaco grosso, uma jaqueta corta vento, gorro, luvas, calça jeans e outro par de meias.

Por volta das 11h chega-se na base do vulcão e começa a subida. Lá você vai encontrar locais vendendo walking sticks, aqueles bastões de madeira para ajudar na caminhada. Não deixe de comprá-los! Faz muita diferença tanto na subida quanto na descida. Quem não tinha fazia visivelmente muito mais esforço. E custa só 5q (menos de U$1)!

Destinos imperdíveis na América Central

Foto: Helena Simon

A exaustão vai chegar bonito, principalmente nas primeiras horas, quando o corpo ainda está aquecendo e a endorfina ainda não bateu totalmente. Mas não se preocupe, já que o guia organiza várias pausas ao longo do caminho.

A chegada no acampamento acontece entre 15h e 16h30, dependendo do ritmo do grupo. Algumas agências têm barracas fixas lá em cima, outras montam na hora. Enquanto o guia prepara a fogueira, você aproveita pra curtir a vista, o que inclui as baforadas de fumaça de Fuego, o vulcão mais ativo da Guatemala, que fica bem em frente.

Depois de um pôr do sol épico, o jantar é servido, a noite cai e aí começa o verdadeiro espetáculo: as erupções do Fuego, que por alguma razão que desconheço só vêm à noite. Claro que vai depender da sua sorte. Tem noites que Fuego cospe fogo sem parar, tem noites em que fica adormecido a maior parte do tempo. É raro, no entanto, uma noite sem ao menos uma erupção.

Destinos imperdíveis na América Central

Foto: Helena Simon

No dia seguinte, o grupo é acordado às 4am para subir até o topo do Acatenango. Coma seu snack, porque o café da manhã só vem depois da descida, e prepare-se para 1h30 de subida em areia escorregadia em um frio do cão! Vista todas as suas camadas, pois uma rajada de vento abaixo de zero a 4000m de altitude não é brincadeira. Mas tudo vale a pena ao chegar no topo e ver um dos amanheceres mais lindos da vida e uma paisagem que mais parece Marte.

O café da manhã é servido na volta ao acampamento e, em seguida, é hora de organizar tudo para as cerca de 3h de descida. A sensação no final é uma mescla de dor muscular e êxtase. Difícil tirar o sorriso do rosto! Tudo é tão incrível, tão espetacular, tão cansativo e tão gratificante, que é realmente difícil de explicar com letras e fotos. O máximo que posso fazer agora é dizer: vai!

Planeje sua viagem para o Vulcão Acatenango

  • Preço: De 200q a 500q (U$30-70), dependendo da agência e comodidades, mais 50q (U$7) pela entrada do parque nacional
  • O que levar: Tênis ou bota de trilha, camadas de roupa quentes, lanterna, ao menos 3l de água e snacks
  • Dicas: Embora seja permitido subir o vulcão sem guia, isso só é recomendado para trilheiros muito experientes. Na hora de agendar, não esqueça da previsão do tempo! Se estiver nublado/chuvoso em Antigua, provavelmente também estará em Acatenango

Utila (Honduras)

Good vibes define Utila! Fui parar nessa ilha sem grandes expectativas e acabei ficando por 12 dias (bem que me falaram que é difícil ir embora!) Chegar e sair de lá é caro para padrões hondurenhos, U$50 ida e volta no ferry saindo de La Ceiba. Essa é a única parte cara da ilha. Me hospedei na Paradise Divers, uma dive shop/hostel por U$5 a noite. Almocei e jantei quase todos os dias por U$2-8 e no melhor restaurante da cidade (recomendo muito: @mangotangoutila) um prato principal vale U$11-15.

O que tem pra fazer em Utila? Quase todo mundo que visita a ilha tem um objetivo: tornar-se um mergulhador certificado. Uma certificação PADI lá custa U$220-350, dependendo da dive shop, e isso inclui hospedagem e fun dives. É, sem sombra de dúvida, um dos lugares mais baratos do mundo pra aprender a mergulhar.

Destinos imperdíveis na América Central

Foto: Helena Simon

Mas Utila não é só mergulho – também é uma party island! Toda noite tem festa em um lugar diferente. As baladas de Utila são todas gratuitas, você só paga o que consumir e às vezes nem isso – que o diga o Lady Night do Vinyl e o Tequila Tuesday do Tranquila. Recomendo também o Skid Row’s (faça o desafio da camiseta!) e o Blue Bayou (melhor sunset bar da ilha!).

“Ah, mas eu não sou da noite, sou do dia”. Não se preocupe, Utila também é pra você! Tem muita coisa pra fazer, como trilhas, cavernas ou simplesmente relaxar na praia pública, Bando Beach, Neptunes Beach, entre muitas outras. Qualquer que seja seu estilo, existe uma certeza: você vai se divertir em Utila!

Destinos imperdíveis na América Central

Foto: Helena Simon

Planeje sua viagem para Utila

  • Como ir: Ferry desde La Ceiba (U$25 cada trecho)
  • Hospedagem: Hostels desde U$5 até U$18 a diária
  • Dicas: Leve repelente para se proteger das sand flies. Se ainda não tem PADI (certificação de mergulho), lá é o lugar pra obter!

Vulcão Cerro Negro (Nicarágua)

Esse destino está em segundo lugar na lista das 50 coisas mais emocionantes e ousadas que você pode fazer viajando. Foi assim que a CNN descreveu a experiência de surfar um vulcão ativo na Nicarágua. É claro que eu tinha que conferir, né?

A experiência começa com uma viagem de 1h30 até a base do vulcão Cerro Negro, tempo suficiente para repensar suas escolhas de vida. Chegando lá, o guia começa as histórias: como tudo começou (spoiler: culpa de um francês doidão e um holandês pirado), recordes de velocidade (95km/h), desistências, ataques de pânico e o histórico de erupções do vulcão. A última foi em 1999 e, nos últimos 150 anos, o Cerro Negro nunca ficou mais de 20 anos sem explodir, então… Sim, pode ser hoje!

Destinos imperdíveis na América Central

Foto: Helena Simon

Sabendo disso tudo, ainda assim topei encarar 1h de subida até os 728m do cume carregando seu equipamento (um macacão estilo Walter White, óculos de proteção, bandana e a prancha) sob ventos de 15km/h. No topo, chega a hora de se preparar, ouvir as instruções de segurança e esperar em uma fila indiana enquanto observa seus companheiros de aventura se arrebentarem na descida.

Destinos imperdíveis na América Central

Foto: Helena Simon

E, muito antes de estar psicologicamente preparada, chegou a minha vez! Tentei ser rápida, capotei, peguei a prancha, comecei de novo, acelerei, outro tombo, e isso se repetiu quatro vezes. No final, acabei entre os mais lentos por causa do tempo perdido caindo! Mas, no final, o ranking é só um detalhe. Todos estão tão entorpecidos de endorfina que só sobra energia pra rir e comemorar que estamos vivos!

Destinos imperdíveis na América Central

Foto: Helena Simon

Definitivamente uma das melhores experiências dessa viagem. Recomendo muito o tour do @bigfoothostels (U$25 + U$5 entrada do parque). Além de ser o Volcano Boarding Tour original, fazendo com eles você ganha 1 noite grátis no hostel!

Planeje sua viagem para o Vulcão Cerro Negro

  • Preço: U$25 + U$5 entrada do parque com o Bigfoot Hostels (inclui 1 noite grátis)
  • O que levar: GoPro muito bem presa ao corpo se quiser filmar a experiência, o resto é providenciado no tour

Bacalar (México)

Bacalar, também conhecida como a Lagoa de 7 cores, é um pedacinho de paraíso no extremo sul do México, próximo à fronteira com Belize.

Destinos imperdíveis na América Central

Foto: Helena Simon

As 7 cores da lagoa se referem aos tons de azul que ela exibe de acordo com a profundidade e momento do dia – desde aquele azul caribenho, clarinho e quase transparente, até um índigo intenso ao entardecer. As melhores coisas a se fazer em Bacalar é explorar cenotes como o Negro e Cocalitos para cenários bem instagramáveis, água translúcida e temperatura pra nadar na deliciosa casa dos 20ºC (pelo menos em janeiro), alugar um kayak e remar até o Canal do Pirata (lindo!), explorar a casa abandonada que os locais chamam de Cenote La Bruja e comer deliciosos tacos e burritos pela cidade. Quase todos os cenotes são pagos, mas os preços são bem baixos. Os que fui custaram de 5mx a 35mx (U$0.3 a U$2).

Destinos imperdíveis na América Central

Foto: Helena Simon

Ao contrário do resto do México, onde é normal encontrar hostels por U$5-10 a diária, Bacalar é um lugar caro para se hospedar (hostel meia boca a partir de U$15, a maioria passando fácil dos U$20-30). Mas, de resto, os preços são bem tranquilos! Até porque dá pra fazer tudo de bicicleta, kayak e SUP (stand up paddle), e várias hospedagens oferecem isso de graça.

Destinos imperdíveis na América Central

Foto: Helena Simon

Então é isso. Mesmo caro, dá para pesquisar e se divertir muito gastando pouco!

Planeje sua viagem para Bacalar

  • Como ir: Desde Cancun, ônibus ADO por U$24 cada trecho
  • Hospedagem: U$15-30 a diária em hostels ou U$12-15 por uma barraca de camping individual
  • Alimentação: U$5 por um burrito gigante, outras refeições a preço similar
  • Dicas: Reserve hospedagem com antecedência – os melhores hostels esgotam rapidamente. Busque hospedagens que ofereçam alguma vantagem, como bicicleta, kayak, passeios ou SUP grátis

Holbox (México)

Ao norte do estado de Quintana Roo, no México, fica a ilha de Holbox. Fui parar lá seguindo dicas, depois de passar por Tulum, Playa del Carmem e Cancun – confesso que não curto lugares turísticos e com muita estrutura, sou mais da praia deserta, então chegar em Holbox foi como lavar a alma!

Destinos imperdíveis na América Central

Foto: Helena Simon

A cor da água é tudo o que você espera do Caribe, a areia é branca e fininha, deliciosa de caminhar. As ruas da cidade são de terra batida! Não tem carro, exceto carrinho de golf. Tem gente? Sim, mas não aquela loucura de Cancun! E o melhor? Prazeres grátis! Caminhar até Punta Mosquitos pra tentar ver flamingos (precisa de sorte), caminhar até Punta Coco à noite pra ver as algas bioluminescentes, curtir um pôr do sol espetacular a cada fim de tarde, relaxar nas praias paradisíacas caribenhas… O que mais a gente quer da vida?

Destinos imperdíveis na América Central

Foto: Helena Simon

Para quem quer muito gastar dinheiro, também tem opções: alugar carrinho de golf por 200mx (U$11) a hora, tour de barco à noite pra ver a bioluminescência custa U$20 (mas não é necessário), visitar ilhas próximas por U$50 e snorkeling com tubarões baleia (quando é época) por U$110.

Para quem tem tempo, recomendo ficar ao menos 3-4 dias nessa ilha. Se estiver com pressa, 2 dias ainda dá pé. Fazer um day trip vai te deixar com muita água na boca, melhor deixar para quando tiver mais tempo. E aproveite o paraíso!

Planeje sua viagem para Holbox

  • Como ir: De Cancun, pegar um ônibus ADO (U$14) ou colectivo (U$11) até Chiquila e depois um ferry até Holbox (U$8)
  • Hospedagem: U$15-20 a diária em hostels ou U$10 por uma barraca de camping individual
  • Alimentação: U$5 a 8 por uma refeição simples, U$1 a 3 por snacks e comida de rua
  • Dicas: Recomendo o Hostel Che Holbox (U$18 a diária), ambiente incrível, camas confortáveis, várias atividades e café da manhã incluso

Cascadas Chiflón (México)

As Cascadas Chiflon, sem sombra de dúvida, estão no top 3 das melhores cachoeiras que na fui na vida. Chiflon é um conjunto de cinco quedas d’água de cor azul esverdeada intensa, assim difícil de acreditar (fiquei boquiaberta quando cheguei!), a 100km de San Cristóbal de las Casas.

É super fácil chegar de transporte público, basta tomar um coletivo até Comitán por 60mx e outro até a entrada das cascatas por 35mx (cerca de U$10 ida e volta). A viagem dura umas 2h30 e a entrada custa só 50mx (U$3)!

Chegando lá, você vai seguir a trilha (super bem demarcada e cheia de plaquinhas motivacionais) até cada uma das quedas. Escolhemos subir direto até a última e depois ir descendo com calma. Não contei o tempo, mas me pareceu que ficamos pelo menos 1h subindo.

Destinos imperdíveis na América Central

Foto: Helena Simon

Não é permitido se banhar nas águas próximas às quedas, imagino que por questões de segurança. Mas todas as piscinas naturais são liberadas e tem partes bem profundas, ótimas pra nadar!

Chiflon é parada obrigatória pra qualquer pessoa que esteja em Chiapas (por sinal, um dos estados mais legais – e definitivamente o mais barato – do México!). Agora conta a verdade, já viu cachu mais bonita? Se sim, conta nos comentários, porque fazemos questão de conhecer!

Destinos imperdíveis na América Central

Foto: Helena Simon

Planeje sua viagem para as Cascadas Chiflón

  • Preço: 50mx (U$3)
  • O que levar: Roupa de banho, toalha, chinelo, protetor solar, snacks e água
  • Como ir: Pegue um coletivo de San Cristóbal até Comitán e outro até Chiflon (cerca U$10 ida e volta)
  • Dicas: A água só fica nessa cor inacreditável quando recebe luz solar direta. Se o dia estiver nublado, você vai perder o espetáculo. Planeje sua ida pensando nisso!

Hierve el Agua (México)

Esse lugar é uma das maravilhas naturais de Oaxaca e um dos melhores day tours desde a capital do estado! Fiquei completamente apaixonada e vou dividir com vocês todos os segredinhos que me ajudaram a aproveitar ao máximo esse pedacinho de paraíso.

Hierve el Agua é um conjunto de cachoeiras petrificadas, formadas ao longo de 2700 anos pelo carbonato de cálcio presente em altíssimas quantidades na água local. Apesar do nome significar, literalmente, Água Fervente, a temperatura da água é fresca, na casa dos 24ºC. Os sedimentos minerais foram formando camadas em cima do lago, prendendo a água em piscinas subterrâneas, que vêm à superfície através dos chamados Ojos de Agua (olhos de água). A pressão faz com que a água suba com força, o que forma bolhas similares a quando fervemos água, daí o nome.

Destinos imperdíveis na América Central

Foto: Helena Simon

Para chegar lá, você pode pegar um tour desde Oaxaca a 150mx (U$8, não incluindo entradas), que também passa pelo sítio arqueológico de Mitla e por uma fábrica de mezcal. Financeiramente vale a pena, já que ir por conta sai o mesmo preço e não os outros destinos (20 ou 30mx de Oaxaca a Mitla e 50mx de Mitla a Hierve el Agua = 140-160mx ida e volta = cerca de U$8). Como qualquer tour, tem vantagens (conveniência e facilidade) e desvantagens (ter que se adaptar aos horários impostos). Eu quase sempre prefiro fazer passeios por conta própria, mesmo saindo mais caro, porque gosto de fazer meus horários, buscando chegar antes de todo mundo ou ficar até depois que os tours vão embora pra aproveitar as atrações mais vazias. Aí é por sua conta decidir o que faz mais sentido pra você!

Existem duas atividades principais em Hierve el Agua: curtir as piscinas naturais e fazer a trilha que leva às cachoeiras petrificadas. A trilha é super bem sinalizada e dá a volta inteira no parque, ou seja, você não precisa voltar pelo caminho que veio. Se continuar seguindo em frente, uma hora vai voltar ao começo (não parece mas é verdade, prometo)!

Destinos imperdíveis na América Central

Foto: Helena Simon

E a dica mais importante: quase ninguém sabe, mas dá pra passar a noite na atração! O parque oferece cabanas a 200mx por pessoa (U$11) ou, se você tiver barraca, dá pra acampar a 50mx por pessoa (U$3). Recomendo fortemente dormir lá para poder curtir o parque totalmente vazio de 18h até umas 9h do dia seguinte, além de um dos amanheceres mais lindos que já vi em toda a minha vida! Se for mesmo passar a noite, lembre-se de levar sanduíches, água e frutas. Lá tem restaurantes e boa estrutura durante o horário comercial, mas à noite e de manhã cedo não tem nada aberto.

Se fizer bate e volta, o melhor dia para ir é sexta-feira. Se for passar a noite, de quinta pra sexta. Isso porque nos fins de semana enche mais por causa do turismo local, e segunda a quarta são os dias em que a comunidade local limpa as piscinas (não me pergunte como porque não descobri!), o que faz com que a cor não esteja tão espetacular e que a piscina principal fique com pouca água. Eu fui de terça para quarta e não consegui tirar a foto clássica linda de morrer na piscina principal

Planeje sua viagem para Hierve el Agua

  • Preço: 25mx (U$1.3) de entrada. Se for de carro, é cobrado 50mx (U$3) de estacionamento
  • O que levar: Se for ficar à noite, barraca de camping (opcional) e mudas de roupa
  • Como ir: Tour desde Oaxaca (U$8) ou ônibus até Mitla e colectivo até Hierve el Agua (U$8)
  • Hospedagem: Opções de cabanas a U$11 ou camping por U$3/pessoa
  • Alimentação: Lá tem restaurantes, mas vale a pena levar água, frutas e sanduíches

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E aí, curtiu as dicas de destinos incríveis pela América Central? Tem algum outro cantinho especial por lá? Conta aqui nos comentários para a gente! 

Sobre a Helena: Helena Simon é marqueteira, empreendedora e agora viajante em tempo integral. Carioca de 32 anos, morou 6 anos em São Paulo, onde co-fundou a startup Omnize e foi eleita para a lista Under30 da Forbes em 2017. Em 2018, embarcou em um voo só de ida para realizar o antigo sonho de dar a volta ao mundo. Acompanhe suas aventuras no Viagem no Azul!

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Malu Pinheiro
Apaixonada pelo diálogo e por viagens, levo um pouquinho do lado jornalístico a cada destino que chego. Natureza e praias estão presentes em quase todos meus roteiros - não vivo sem!

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