
Saiba o que fazer em Nantes, a sexta maior cidade da França e porta de entrada para explorar lindas regiões francesas como a Bretanha ou o Vale do Loire. Nantes fica há pouco mais de duas horas de trem de Paris e é uma delícia de cidade. Veja minha sugestão de roteiro de 1 dia em Nantes
roteiro de 1 dia em Nantes
A primeira vista, Nantes mostrou-se um pouco tímida, mas aos poucos revelou-se uma cidade graciosa e cheia de vida.
Desembarcamos pela manhã na estação da cidade e de lá caminhamos um trechinho – em linha reta até chegarmos ao centrinho, passando pelo primeiro lugar que minha irmã – que mora na França e que foi o grande motivo da minha viagem – queria me mostrar: A torre Lu.
A torre Lu
Lu é o nome de um dos biscoitos de manteiga mais tradicionais da França, e a colorida torre no estilo Belle Èpoque que minha irmã me mostrou, foi construída em 1905 e é parte da antiga fabrica de biscoitos Lu.
Quando a fabrica se mudou dalí, o local passou anos e anos abandonado e por sorte escapou da demolição em 1998 a torre passou por uma bela restauração e hoje esta aberta para visitas com direito a filminho e vistas panorâmicas da cidade.
Chegando ali perto, não deixe de reparar no anjo esculpido na parede, ele esta tocando uma corneta (músicos de plantão, desculpem minha ignorância) de metal está segurando uma guirlanda com a outra mão. A sua volta há um semi-circulo azul repleto de signos do zodíaco. Interessante, não?
Não entramos na torre, mas curti ter visto de fora.
Informações sobre a visita:
- Endereço: Quai Ferdinand Favre, Nantes
Castelo de Nantes
Em frente a torre está a nossa segunda parada do dia: o Castelo de Nantes, ou se você preferir, Château des ducs de Bretagne, considerado o último castelo do Vale do Loire antes de chegar ao oceano atlântico. O Castelo de Nantes é relativamente pequeno porém muito gracioso. Rodeado por sete torres e um poço de água ele foi construído para defender a independência do ducado da Bretanha do reino da França.

Demos uma volta ao redor do castelo e depois atravessamos uma pequena ponte passamos pelo meio da fortaleza e chegamos ao bonito pátio. De lá dá para ver alguns prédios com diferentes estilos arquitetônicos, janelas claramente renascentistas e um poço d’água que me lembra cenas de filmes antigos.

Dentro do castelo funciona o Museu de História de Nantes – não entramos para ver porque vários amigos da Ana haviam dito que a parte externa é bem mais bonita e mais interessantes que a parte interna. Mas confesso que fiquei um pouco curiosa.
Informações sobre a visita:
Museu de História & Castelo de Nantes
- Castelo (Parte externa + visita ao pátio): Aberto todos os dias das 10:00 – 19:00 (Junho-Agosto: Das 8:30 às 20:00) | Grátis
- Museu: Terça à domingo: 10:00-18:00 (Junho-Agosto: Todos os dias das 8:30 às 20:00) | 8 Euros – Meia entrada: 5,00
Catedral de St. Pierre e St. Paul
Nossa terceira parada do dia foi na Catedral de St. Pierre e St. Paul, uma igreja gótica gigantesca – uma das últimas igrejas francesas nesse estilo – conhecida pelas altura das colunas interiores (mais alta que a Catedral de Notre Dame em Paris) e por abrigar o túmulo de François II duque da Bretanha e sua segunda mulher Margaret of Foix, uma escultura linda que escapou por pouco do vandalismo que depredou muitas obras reais durante a revolução francesa. Para que não fosse destruída, a obra foi desmontada e passou anos e anos escondida.

Os reis repousam em travesseiros aconchegantes segurados por anjos. Sos pés do rei um leão que representa força e aos pés da rainha um cachorro, símbolo da fidelidade.

Os reis estão rodeados por quatro esculturas humanas, uma delas representa uma virtude cardinal: coragem, justiça, prudência e perseverança – reparem que um desses sujeitos, o que representa a prudência tem duas caras, na parte de trás um velho representado a sabedoria do passado e na parte da frente uma jovem mulher, a beleza do futuro.
Igreja de Santa Cruz
Saindo da catedral, percorremos meio sem rumo as vielinhas apertadas do centro até nos depararmos com a bonita Igreja de Santa Cruz, como ela fica bem esmagadinha em meio as casas, dá fácil para passar batido sem perceber. No topo um enorme relógio e anjos tocando trombone… bem bonito.


Praça Royal
Almoçamos sentadas na fonte da praça Royal, um típico sanduba Frances – uma baguete gigantesca com queijo gruyere e presunto que veio com suco de maça + cookie por pouco mais de três euros em uma padaria que minha irmã ama – se chama La Mie Caline – elas estão espalhadas por toda a França e são garantia de sandubas bons e baratos. O sanduíche de frango com curry também é imperdível!
Le Passage Pommeraye
Outro lugar bacana de passar se chama “Le passage Pommeraye” é uma galeria fofa com arquitetura neo clássica, construída em 1843 (Obrigada Joana pela correção!)
Além de olhar as lojas que são bem bacanas, não deixe de reparar nas lanternas em forma de gente.
Curtiu o estilo arquitetônico? Se sim, não deixe de visitar a Brasserie e Casa de Chá La Cigale, em um ponto privilegiado da cidade – de frente para o teatro. O La Cigale ( Place Graslin, 4 | Tel: +33 2 51 84 94 94 Reserve) é o restaurante mais antigo de Nantes e foi inaugurado em 1895. Antigamente O Le Cigale era freqüentado por artistas, intelectuais e músicos. Seu interior está repleto de cerâmicas, pinturas e esculturas. Bem bonito.
Tem uma coisa em Nantes que eu gostaria de ter feito, mas não sabia, Nantes é a cidade natal do escritor Julio Vernes e lá você poderá visitar um museu sobre o escritor (3 Rue de l’Hermitage – Entrada 3 Euros – Aberto das 10-12 am e das 2-6 pm – Fecha as terças feiras e domingos pela manhã). Alguém aí leu 20.000 léguas submarinas ou Viagem ao centro da terra? Esses foram dois livros que marcaram minha adolescência e inspiraram meu gosto pela leitura.

Sorvete na Fraiseraie
E para quem quer um sorvete fantástico…
O lugar se chama La Fraiseraie (1 place de la borres + 2 endereços) e tem uma mistura de maracujá com framboesa que é imperdível!
Les Machines de L’ile
Nossa penúltima parada foi em uma espécie de parque de diversões – que estava fechado – chamado Les Machines de L’ile, um parque meio tecnológico, famoso por um elefante gigantesco construído com vários materiais diferentes.

E parece que a moda ali é andar de elefante! O bicho comporta até 49 passageiros e dá passeios de 45 minutos – a uma velocidade de 3km/h. Por sorte o parque estava fechado e não precisei pagar o mico de andar de elefante de brinquedo (óbvio que minha irmã ia querer). O passeio custa 8 euros para adultos e 5,50 para crianças. AI QUE MICOOO!!! Se ao menos fosse um elefante de verdade…
O Jardim Botânico de Nantes
Acabamos nosso dia com as pernas doendo de tanto andar sentadas no jardim botânico de Nantes (bem em frente a estação de trem) a visita vale super a pena e é grátis. Um ótimo lugar para um picnic!!!
Saí de Nantes feliz da vida, amei o passeio e saí de lá com gostinho de quero mais.
O que faltou visitar (Dicas da leitora Joana)
Além do Museu Julio Vernes que eu senti muito em não visitar, a Joana recomendou:
“Para quem gosta de história, caminhar pelo centro de Nantes é obrigatório. Ver os prédios tortos a beira do Loire, conhecer o memorial de abolição da escravatura (Nantes era um dos raros portos de tráfico de escravos), visitar o bairro Trentemoul que parece uma pequena vila de pescadores dentro da cidade e com ótimos restaurante.”
É… mais um motivo para eu voltar para Nantes, não?! Obrigada Joana pelas dicas.
E aí, curtiu o roteiro?
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Eu morei em Nantes, adoro este lugar!Saudades!
Olá!
Adorei o seu post! Eu amo Nantes e apesar de ser uma cidade pequena tem bastante coisa para fazer. Para quem gosta de história, caminhar pelo centro de Nantes é obrigatório. Ver os prédios tortos a beira do Loire, passar no prédio onde Julio Vernes nasceu, conhecer o museu em homenagem ao mesmo (aquela parede decorativa não é o museu, é só uma parede decorativa), conhecer o memorial de abolição da escravatura (Nantes era um dos raros portos de tráfico de escravos), visitar o bairro Trentemoul que parece uma pequena vila de pescadores dentro da cidade e com ótimos restaurantes… É por isso que amo Nantes!
Só duas correções, a Passage Pommeraye foi construido em 1843 e o Restaurante La Cigale é o mais antigo de Nantes e foi inaugurado em 1895.
Oi Joana,
Obrigada pelas dicas e correções. Vou atualizar o post e colocar seu nome, tá?!
Beijos
Gostaria de conhecer, lá super frio?
Oi Gabriela,
Tudo bem?
Depende da época do ano ;o)
Abraços
Olá!!!
Quanto tempo você passou em Nantes? Um dia?
Estou pensando em ir pra lá, mas queria saber quanto tempo é necessário para conhecer a cidade. Já peguei suas dicas sobre Bordeaux (onde NÃO ficar e quanto tempo ficar) 😉
Oi Silvana,
Tudo bem? Fiquei só um dia e foi mais do que suficiente 🙂