Guia de como planejar sua viagem ao Uluru
Este é um guia rápido e prático com todas as informações necessárias para a sua viagem ao Uluru e o deserto australiano. Saiba quais caminhadas fazer, como chegar, onde se hospedar, onde comer e muito mais!
O Uluru é uma das joias do Outback australiano, e fica no Parque Uluru-Kata Tjuta em Ayers Rock. Por ser bem no meio do deserto vermelho, é primordial que você vá preparado e planeje sua viagem com todas as informações em mãos. Além de visitar o Uluru, o parque tem diversas outras atrações maravilhosas para conhecer e explorar e é o lugar ideal para saber mais sobre a cultura dos povos aborígenes australianos. Vamos nessa?
Deserto da australiano: O melhor guia de viagem para o Uluru
O Uluru, ou Ayers Rock, é um dos cartões postais mais importantes da Austrália, considerado sagrado pelos povos aborígenes e recebe muitos visitantes todos os dias. Ocupando o lugar de maior monólito do mundo, ou seja, a maior rocha isolada do planeta, o Uluru tem cerca de 3,6km de largura e 348 metros de altura, e o mais impressionante é que dois terços da pedra estão debaixo do solo.
Além de ser famoso por sua imponência, a rocha é conhecida por mudar de cor conforme a luz do dia bate na pedra, oferecendo verdadeiros espetáculos de luz durante o nascer e o pôr do sol. Dá para tirar fotos sensacionais em vários horários do dia para guardar os registros dessa viagem ao Uluru com muito carinho.
É um lugar mágico e místico australiano que você não pode deixar de conhecer, então prepare-se para caminhar bastante e tomar alguns outros cuidados, afinal estamos falando de um deserto.
Nesse post você vai encontrar:
- História e importância do Uluru
- Dicas básicas para o deserto australiano
- Passeios e caminhadas: O que visitar
- Como chegar
- Onde se hospedar
- Onde comer
Ao final, você verá:
1.História e importância do Uluru
Entender um pouco sobre as lendas dos povos aborígenes e a íntima relação delas com a rocha te aproxima ainda da natureza na viagem ao Uluru. Essas histórias (Tjukurpa) são os fundamentos filosóficos e religiosos dos povos Anagus, falam sobre o início dos tempos, também conhecido como Dreamtime, sobre a estrutura do universo e servem como guias para a forma de vida ancestral.
As lendas orientam sobre as viagens no deserto, contando sobre os locais de cerimônias, rituais e instruções importantes para a sobrevivência no deserto, onde e como encontrar os alimentos e água disponíveis. Elas servem ainda como uma bússola moral, ditando sobre o comportamento das pessoas e a relação delas com a natureza ao redor.
O mais impressionante é que as histórias Tjukurpa são bem complexas e passadas de geração em geração através de músicas, rituais, danças e arte, permanecendo inalteradas, como leis absolutas, para o modo de vida dos povos Anagus. Muito é dito para nós, pessoas não-aborígenes, mas a essência mesmo fica resguardada pelos anciãos.
O Uluru é considerado absolutamente sagrado, pois foi o lugar que abrigou as lendas mais importantes, cerimônias e o grande encontro de paz entre todos os povos aborígenes. Assim, a rocha alaranjada torna-se o melhor lugar para aprender sobre essa cultura.
Por isso, nessa viagem ao Uluru, seja consciente e cuidadoso. Antigamente, as pessoas inclusive escalavam a rocha, mas isso foi considerado desrespeitoso e hoje é uma prática proibida. De toda forma, tire muitas fotos onde puder e aproveite ao máximo o lugar mágico que é o Uluru na Austrália.
2.Guia de sobrevivência: dicas básicas para você se virar no deserto
- Compre repelente e uma rede ante mosquito para o rosto, logo que você chegar. As moscas são chatas e impossíveis. Caso tentem te vender um aparelho sonoro que aparentemente repele as moscas, não acredite, é o maior conto do vigário do planeta.
- Leve e beba muita água, desidratação é um dos maiores riscos do deserto.
- Não se esqueça de passar e repassar o protetor solar ou corre o risco de ficar da mesma cor do Uluru.
- Use um bom tênis para caminhar, o solo é lotado de pedrinhas e pedregulhos, e qualquer outro calçado vai aumentar bem suas chances de torcer o pé.
- Use chapéu e roupas confortáveis.
3.Passeios e Caminhadas: o que visitar?
O Parque Nacional Uluru-Kata Tjuta, na região da Austrália Central foi reconhecido como Patrimônio Mundial da UNESCO desde 1987 por sua importância cultural e natural excepcionais, sendo o Uluru a grande atração do parque.
Além da grande rocha alaranjada, o parque abriga cavernas com inscrições aborígenes e o Centro Cultural Aborígene, um lugar de referência para conhecer um pouco mais sobre os povos originários australianos, sua cultura, arte e rituais sagrados.
- Entrada: $38 dólares australianos, válido por 3 dias.
- Compre antecipadamente sua entrada aqui
Uluru: o monólito vermelho mais sensacional do mundo
Existem algumas opções de trilhas para fazer ao redor do Uluru e conhecer as particularidades da rocha. Lembre-se que é numa região desértica, então vá preparado com roupas leves de caminhada, sapatos e muito repelente. Os mais conhecidos são o Base walk (a volta completa), Mala walk (uma parte do primeiro) e Mutitjulu Walk.
1) Base walk (ao redor) – 10km
A Base walk é uma caminhada completa ao redor do Uluru. São quase 10 km de caminhada então é bom estar preparado para andar entre 3 e 4 horas – dá para fazer em 2 horas caso você esteja com mais pressa e tenha um bom preparo físico.
É a caminhada muito bonita, começando pelo estacionamento Mala e dando a volta no sentido horário. Cada parte do passeio é única e a paisagem também se diversifica ao longo do caminho. Alguns lugares são mais abertos e desérticos, enquanto outros tem muita vegetação e arbustos diferentes. São diversos tipos de animais e frutos para observar, cavernas com pinturas aborígenes e poços d’água.
É bem tranquilo fazer o percurso sozinho, mas se preferir, é possível contratar um guia que vai te contar mais sobre as peculiaridades da região, fauna e flora, além da história e da importância cultural que a rocha tem para os povos aborígenes, em especial os povos Anagus.
Importante saber que, durante o verão, pode ser que o parque permita a caminhada apenas no período da manhã, terminando às 11:00, devido ao calor excessivo.
Outra coisa é que, durante o circuito, tem alguns lugares que são considerados “non-stop”, ou seja, não recomendados para parar, e outros lugares do percurso mais propícios para descansar, então aproveite para recarregar a energia nesses momentos. Ao longo do trajeto também tem estações de água potável para abastecer as garrafas e banheiros.
Se quiser um tour prático com guia e translado de Ayers Rock, a sugestão é aproveitar e começar ao nascer do sol com café da manhã leve incluso para dar energia para a caminhada. As vagas esgotam rápido também, é bom reservar com antecedência.
2) Mala Walk – 2km
O Mala Walk abrange uma parte menor do Base Walk e dura próximo de uma hora e meia de caminhada. Começa no estacionamento Mala até a base Kantju Gorge do Uluru e passa por lindas cavernas, alguns dos lugares mais sagrados para os Anagus.
Essa é uma boa opção para quem não está disposto a caminhar os dez quilômetros ao redor da base, mas quer ter uma real dimensão do monólito além de passar pelas cavernas do Uluru relacionadas às histórias Mala.
A lenda Mala é considerada uma das mais importantes entre as histórias Tjukurpa, fala das comunidades Wallaby ( um tipo de roedor, tipo um pequeno canguru) que chegou ao Uluru e viu ali um lugar seguro para fazer sua cerimônia. Eles usaram uma das cavernas da rocha como cozinha para preparar os alimentos e tudo que seria necessário para os rituais. A história tem outras reviravoltas, mas o legal é saber que você vai conhecer a caverna da lenda Mala e com certeza vai ouvir mais sobre ela quando estiver lá.
Outra parada bonita do Mala Walk é o Kantju Gorge, um paredão de pedra com artes gravadas, um lugar super silencioso e pacífico do percurso.
Dica: Tem um tour gratuito que começa as 8:00 no período de outubro a abril e às 10:00 de maio a setembro todos os dias. Acompanhado de um guia, durante o trajeto você ouvirá um pouco da história desse lugar sagrado.
3) Kuniya walk and Mutitjulu Waterhole – 1km
Mutitjulu é um dos poucos poços com água permanente ao redor do Uluru e por causa disso, é um lugar com mais arbustos e até frutos interessantes do desertos, alguns tipos de figo, pêssego e tomates do deserto. Se tiver sorte, você ainda pode ver alguns animais entre a vegetação, como sapos e wallabies, um tipo menor de canguru.
Para chegar lá, é preciso fazer uma pequena caminhada por uma bonita trilha, passando por uma caverna repleta de desenhos aborígenes. Vale dizer que esse é um dos lugares mais visitados próximo ao monólito e geralmente é movimentado. Segundo o parque, nos períodos do nascer e pôr do sol e no almoço fica mais tranquilo, então se tiver o privilégio de estar lá sem muitas pessoas, aproveite bastante.
Ali, se estiver com um guia, provavelmente irá ouvir sobre a lenda aborígene das cobras Kuniya e Liru, que representa os ancestrais em forma de cobras, um motivo muito comum e presente nas artes aborígenes e no Uluru.
Inclusive, se curtir a viagem ao Uluru de um jeito diferente, um passeio bem legal é o Tour de Segway que passa pelo Mutitjulu e pela base do monólito. É uma forma bem divertida e menos cansativa de fazer o passeio, mas fique atento pois as vagas esgotam rápido.
Outros passeios pelo Parque Uluru-Kata Tjuta
Já deu pra sacar que o Uluru é o que mais chama os visitantes, mas o parque é bem grande e tem outros lugares fantásticos para conhecer. Por isso, separamos outras trilhas para explorar se tiver mais de tempo no deserto australiano.
Walpa Gorge- 2,6 km
A caminhada segue entre grandes paredes rochosas alaranjadas, é um passeio muito especial e a sensação de passar no vale é bem diferente, ele é quase como um templo ancestral no meio do deserto. A caminhada dura mais ou menos 1 hora, com 2,6 km de extensão.
Ali tem algumas espécies raras de plantas, flores e é um dos poucos lugares de Kata Tjuta para ver o Wallaroo, outro tipo de canguru mediano. As recomendações são: não sair da trilha, não nadar nos poços de água e caminhar fazendo pouco barulho por ser um local sagrado.
Importante lembrar que ali não tem banheiros disponíveis, apenas reservatórios de água potável, então a sugestão é aproveitar a estrutura do observatório do pôr do sol de Kata Juta.
Vale dos ventos – 7.4 km
Vale dos ventos é o nome do circuito ao redor das Olgas que na língua dos Anagus, significa “cabeças”. É uma caminhada bem bonita e bem diferente das que você fará ao redor do Uluru.
Essa é uma trilha mais puxada, com bastante pedras e lugares mais desafiadores de passar, então vá com calma e prepare-se, na trilha tem dois pontos de água mas não tem banheiros. São de três a quatros horas de caminhada, passando por dois mirantes com vista para as Olgas de pedra.
Algumas pessoas escolhem fazer apenas parte do circuito, indo até um dos mirantes e retornando ao ponto de partida. O primeiro mirante, chamado Karu, tem uma vista de cair o queixo e fica a 2,2km de distância, cerca de 1 hora de caminhada. Ali não tem ponto de água potável então abasteça as garrafinhas no início da trilha e um pouco à frente haverá outro bebedouro. O segundo mirante, Karingana, fica a 5,4 km, são pelo menos duas horas e meia para chegar e também oferece uma vista espetacular.
Liru Walk – 4km
Essa é a caminhada que liga o estacionamento Mala, na base do Uluru até o Centro Cultural Aborígene. São 2 horas num percurso tranquilo e com uma vista bem panorâmica do monólito e é bem possível que você passe por alguns ciclistas no caminho.
Minymaku walk (1km ) e Watiku walk (1,5km)
Esses são dois passeios guiados com temáticas diferentes próximos ao Uluru. A Minymaku walk, que significa caminhada das mulheres, conta mais sobre os trabalhos desempenhados pelas mulheres da cultura Anangu, a maneira que preparam as comidas e frutos do deserto. A caminhada conta ainda sobre brincadeiras infantis aborígenes e alguns rituais e tradições ligados à vivência feminina aborígene.
Já a Watiku walk, a caminhada dos homens, explica sobre atividades predominantemente masculinas da tradição Anangu, como a produção de ferramentas, caça e o uso do fogo. Ambas as trilhas são acessíveis para cadeirantes e com nível de dificuldade bem fácil e ainda que sejam temáticas, elas podem ser feitas por qualquer pessoa.
Centro Cultural aborígene
Um lugar interessante para quem quer entender um pouquinho mais sobre a cultura, leis e religião dos Anagus. O Centro Cultural fica bem próximo à entrada do parque, tem uma coleção de arte aborígine tradicional e contemporânea, além de artefatos como ferramentas e utensílios tradicionais.
Você ainda pode fazer algumas oficinas de pintura e outros artefatos com materiais naturais. Tem também uma lojinha com artesanatos e peças aborígenes, mas como é um dos lugares mais turísticos da Austrália, os preços são bem elevados, mas vale a pena conhecer.
Ali tem uma área de picnic, onde você pode descansar, aproveitar um lanchinho do café a até mesmo alugar uma bicicleta na Outback Cycling. Já para adiantar, o aluguel de uma bicicleta comum é $70 dólares australianos por 3 horas, mas você pode aproveitar para alugar a bike e contratar o transfer de Ayers Rock junto por $119 dólares.
Horário do Centro Cultural: aberto todos os dias de 7:00 às 17: 45.
4.Como chegar no Uluru
Para aproveitar ao máximo a sua viagem ao Uluru e ao Parque Uluru-Kata Tjuta em Ayers Rock, é importante entender como funciona a dinâmica e organização do local. Alice Springs é uma das maiores cidades da região e fica a uns 450 km de distância de lá.
A única opção de hospedagem mais próxima do parque é o Resort Yulara, que fica a 1 km de distância do parque. Assim, para chegar ao resort Yulara, são três opções: ir de carro ou ônibus saindo de Alice Springs ou Kings Cânion (outra rota comum). A terceira opção é ir de avião direto para Ayers Rock, tem aeroporto e muitos vôos diretos das principais cidades da Austrália pra lá por ser um destino turístico muito importante.
De toda forma, se você não optar por ficar complexo Yulara, que tem várias opções de estadias para todos os gostos e bolsas, você precisa se organizar para chegar até o resort e depois conhecer as formas de ir do resort ao parque em si, e é claro que vamos te ajudar! Vamos nessa?
Indo até Ayers Rock
A) De carro
De Alice Springs até Ayres Rock:
Se você optar por dirigir, Alice Springs é a cidade mais próxima do Uluru e está a cerca de 450 km de distância. A viagem leva aproximadamente 5 horas e pode ser uma boa oportunidade para explorar o interior da Austrália.
A sugestão é pegar um carro em ótimas condições para aguentar o sol de rachar sem pifar, e sempre que encontrar um posto pelo caminho encha o tanque para não correr o risco de ficar sem gasolina no meio do caminho. Alugar um GPS é outra dica, vai te dar mais segurança, mas de qualquer forma a estrada é ótima e a sinalização é relativamente boa.
Do Kings Canyon até Ayres Rock
Outra rota popular é partir de Kings Canyon, que está a cerca de 300 km de Uluru e leva cerca de 3,5 horas de carro. Recomendo que você passe uma noite perto de Kings Cânion e visite os cânions que são maravilhosos, e uma noite em Yulara para acompanhar o nascer e o pôr do Sol. Você pode devolver o carro em Ayres Rock e voltar de avião(a melhor opção), ou voltar para Alice Springs de carro.
Leia também: Explorando o Kings Cânion
B) De avião
Por ser um dos destinos turísticos mais visitados da Austrália, Ayres Rock tem voos diretos de Sydney, Melbourne, Brisbane, Adelaide, Cairns e outras grandes cidades australianas. As principais companhias aéreas que fazem o trajeto são Virgin Australia e Qantas.
Como a única opção de hospedagem do local é o complexo de Yulara – Ayres Rock Resort, lá você tem opções que variam de camping, hostel até hotéis de luxo. O resort oferece um ônibus transfer gratuito que te levará do aeroporto até o seu hotel.
C) De ônibus
Outra opção é pegar um ônibus de Alice Springs até Ayres Rock. A viagem leva por volta de 5 horas e meia e fazem uma parada para lanche no caminho. As mais conhecidas são AATKing cuja passagem custa $179 dólares e a Emu Run Experience por $191 dólares.
D) Trem
Existe uma linha de trem turística muito famosa que cruza a Austrália de norte a sul. Chama-se The Ghan e ela vai de Darwin, a capital norte do país, até Adelaide, capital do estado de South Australia, passando por Alice Springs no meio.
O preço é salgado, mas se isso não for uma questão para você, a rota é conhecida como uma das 6 mais incríveis do mundo. Os tickets variam de acordo com a época do ano, alta e baixa temporada, e com o nível de conforto que você prefere. Nos meses de dezembro a fevereiro o serviço não funciona.
As passagens variam entre $1.790 até $9.340 dólares, sim, um pouco surreal, mas é importante dizer que essa opção existe.
Como se locomover em Ayres Rock
Se você for a Ayres Rock por conta própria, sem nenhum pacote, terá que providenciar alguma opção de transporte para te levar até o parque. O Uluru fica a mais ou menos 1km do resort e não é recomendado ir andando, já as outras atrações do parque, como as Olgas (Kata Tjuta), ficam cerca de 40 km do resort.
Alugar um carro
No próprio aeroporto você encontrará o escritório de algumas empresas de aluguel de carro, mas seguem abaixo os telefones caso você queira dar uma pesquisada. Em uma olhada rápida, o carro mais barato – by the way, um Corola – custa 130 dólares por dia com um limite de 150 km. Para duas pessoas, o preço já é o mesmo do shuttle.
- Avis (02) 9353 9000
- Hertz 13 30 39 (número local- para reservar internacional só pelo site)
- Thrifty 1300 367 227
Reservar um shuttle
O resort Yulara tem o serviço de shuttle Uluru Hop on/Hop off, que leva e traz as pessoas e funciona durante o dia tanto para a visita ao Uluru, quanto para as outras atrações do parque. O preço de uma ida e volta até o Uluru custa $49 dólares australianos e os ônibus saem a cada 20 minutos entre 10:30 12:30. Para as pessoas hospedadas no resort, esse serviço é gratuito.
Existem outras companhias que fazem excursões guiadas como o Way Outback com tours de dois a três dias no Uluru e a SEIT, uma empresa menor que faz o transfer ida e volta para o parque. Porém, já saiba que o mais em conta é tour sunset (pôr do sol) que dura duas horas e custa $99 dólares australianos, enquanto um de 6 horas ao Uluru são $219 dólares.
5.Onde se hospedar
Como já citamos aqui, o complexo de Yulara – Ayres Rock Resort é a única opção de hospedagem próxima ao parque e ao Uluru. O resort oferece opções de acampamentos, hostel e até acomodações de luxo. Outra coisa legal de saber é que o resort tem bar, restaurante, supermercado, posto de gasolina e galeria de arte, uma estrutura bem completa que atende à todos viajantes e bolsos.
Além disso, o resort oferece algumas experiências gratuitas que qualquer pessoa pode desfrutar, como oficinas de pintura e de didgeridoo (instrumento aborígene de bambu), filmes ao ar livre, uma fazenda de camelos e até uma aula sobre comidas do deserto, como colher e preparar os alimentos típicos daquela região. Para completar, ainda tem algumas experiências pagas no resort, como jantar especial no deserto e uma apresentação de luzes à noite.
Hotéis caprichados
- Sails in the desert: Para quem está buscando algo além de visitar o deserto, essa é uma opção de hospedagem incrível. Quartos bem confortáveis, tem piscina, SPA e recepção 24 horas. O pacote inclui café da manhã com um cardápio de especialidades bem variado que custa de $875 a $1.100 dólares por noite. O hotel tem uma opção mais modesta por $475 de no mínimo 3 noites que não inclui café da manhã.
- Emu Walk Apartments: são apartamentos bem aconchegantes, alguns chegam a hospedar até 5 pessoas. Os preços vão de $500 a $750 dólares australianos por noite, sendo o mínimo 3 dias, e fica a minutos andando dos outros lugares do resort.
Hotéis com bom custo x benefício
- Outback Hotel & Lodge: tem a opção de quarto standard por $350 com duas camas queen ou uma cama queen e outra de solteiro. Para esses quartos, a estadia mínima é de 3 dias. Tem piscina, acesso aos bares e restaurantes do complexo e internet gratuita.
- Desert Gardens Hotel: hotel super gostoso, bem localizado e tem uma piscina deliciosa, a diária do quarto custa a partir de $420 a $600 dólares australianos com estadia mínima de 3 dias. Tem um restaurante no próprio hotel, mas você pode acessar os outros lugares do resort também.
- The Lost Camel: um hotel mais modesto mas confortável com quartos que custam entre $330 e $360 dólares, para 3 dias no mínimo, com acesso à piscina e todas as outras áreas do resort.
Hotéis econômicos
- Outback Hotel & Lodge: O lodge tem duas opções relativamente em conta, a primeira é um mega dormitório para 20 pessoas que custa $38 dólares australianos por dia e a segunda opção é um quarto para quatro pessoas que custa $46 dólares australianos por dia. Uma terceira escolha se você estiver viajando com mais pessoas pode ser o quarto para quatro pessoas por $184 a noite ou os quartos família com uma cama queen de casal e duas camas de solteiro por $210, o quarto menor, e $260 o maior.
- Camping Yulara: é a maneira mais econômica de se hospedar na sua viagem ao Uluru e custa a partir de 40 dólares por pessoa. Como no deserto raramente chove, as pessoas gostam de colocar o saco de dormir fora da barraca, vestir a rede anti mosca na cabeça e dormir ao ar livre vendo as estrelas.
- Outra coisa bem comum e tipicamente australiana é viajar de campervan ou motor home e estacionar nesses acampamentos. Incluindo energia elétrica, para ficar ali nesse estilo custa $85 dólares a diária.
- A estrutura do camping inclusive é ótima, tem área aberta de cozinha e churrasco (lembrando que o churrasco australiano é um tanto diferente do nosso brasileiro), lavanderia de auto serviço e até piscina.
6.Onde Comer
Restaurante dos hotéis
Assim como os hotéis, comer em Yulara na sua viagem ao Uluru depende do quanto você esta disposto a gastar. Ou seja, caso queira um jantar mais especial – e consequentemente mais caro, vá até o Ilkari e ao Mangata Bistro e Bar, que oferecem buffet de café da manhã e jantar. Tem ainda o Arnguli Grill & Restaurant só para jantar e o Bough House, apenas para o café da manhã. Atenção que para jantar é preciso fazer reserva antecipada em todos eles.
O resort tem ainda o Ayers Wok Noodle Bar, um bar de noodles para levar para viagem, o Geckos Cafe e o Walpa Lobby Bar com outras opção de jantar mais em conta como pizzas, sopas e lanches ou o Kulata Academy Cafe com sanduíches e saladas.
Um jantar tipicamente australiano
Agora, se você gosta de algo mais animado, o Outback BBQ é uma boa opção. Lá você escolhe sua carne (tem varias opções exóticas e convencionais: canguru, peixe, cordeiro, boi, frango) e você mesmo cozinha em uma das churrasqueiras comunitárias. Para complementar tem um Buffet com saladas, e alguns outros apetrechos que você também pode cozinhar, como milho, batatas, e outros.
Bares e kiosks
No resort ainda tem a Pira Pool Bar, que fica na piscina e oferece petiscos e drinks, ou o Outback Kiosk com pizzas, hambúrgueres e saladas. Assim, você pode curtir a estadia no hotel, tomar um sol (com cuidado e muito protetor solar) e aproveitar o dia.
Um jantar experiência
Se você está buscando uma experiência única, o jantar Sounds of silence é muito bem recomendado. É uma opção de jantar ao ar livre com uma vista incrível do Uluru no fundo e um céu repleto de estrelas. O detalhe é que o jantar só acontece se o tempo estiver bom, o que é quase certeza no deserto, mas se você der o azar de pegar uma noite chuvosa, então não será nada ao ar livre.
O jantar inclui uma performance de didgeridoo, um guia sobre a noite estrelada no deserto e o transporte de ida e volta do local. É importante saber que para garantir seu lugar você precisa fechar sua reserva até as 14:00, e como os australianos são bem pontuais, 14:00 são 14:00 sem choro e nem vela. O jantar custa $283 dólares por pessoa, mas pode mudar de acordo com a época do ano.
100% econômico | Supermercado
Para quem quer economizar na viagem ao Uluru, Yulara tem um supermercado onde você pode comprar várias opções de comida ou cozinhar caso seu hotel tenha cozinha. Você pode comprar alguns ingredientes para fazer um sanduiche caprichado, o que é uma ÓTIMA opção para o café da manhã. Outra dica é comprar água e repelente por ali se tiver esquecido de levar.
Vale saber que o resort também tem uma liquor shop. Na Austrália, bebidas alcóolicas são vendidas nessas lojas específicas e não em supermercados como estamos acostumados no Brasil.
Seguro Viagem
O seguro viagem é super importante, porque além de te resguardar de atrasos de voos, extravios de bagagem e outras dores de cabeça no trajeto, ainda te sobre em possíveis necessidades médicas e despesas hospitalares. O ideal é conseguir uma boa cobertura, que possa ser acionada no ato e não dependa de reembolso posterior da seguradora.
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