Havaí: Mauna Kea, neve e céu estrelado em pleno calor havaiano
Conheça o Mauna Kea em Big Island, um vulcão extinto e o ponto mais alto de todo o Havaí. Vistas maravilhosas, um pôr do sol inesquecível e um dos céus mais estrelados do mundo. Pronto para se encantar?
Quando falei para o Gustavo levar casaco para o Havaí porque subiríamos montanhas, ele deu risada. “Magina Má, nós moramos em San Francisco aqui a média de temperatura anual é 12 graus. Você acha mesmo que vou passar frio no Havaí em plena primavera?” Com muito custo o convenci a levar um moletom e vesti-lo no dia do passeio, mas o teimoso foi de bermuda. O resultado: ele passou o maior frio da vida, e ainda pagou um micão ao ser fotografado por um grupo de Indianos achando a maior graça da situação. E eu que não sou boba, fiquei quentinha de calça e dois casacos. E para você ter uma ideia da friaca, tinha bastante neve lá no alto!
Mas além do frio danado, o que é que esse Mauna Kea tem de tão legal?
Mauna Kea é a montanha mais alta do Havaí com 4,200 metros de altura, e é sede do maior observatório astronômico do mundo, um conjunto de telescópios e outras traquitanas gigantes operadas por astrônomos de 11 países diferentes. Trata-se de um vulcão dormente com uma vegetação e um entorno bem diferente. E quer saber o mais legal? O Mauna Kea é um dos lugares com a menor quantidade de dia nublados por ano, o que significa um dos céus mais estrelados que você já viu. Para os astrônomos, um senhor campo de estudo, para nós viajantes, uma chance de ver um céu sem igual e de participar de um dos muitos programas guiados de visualização de estrelas que acontecem todos os dias das 18:00 às 22:00 e é grátis.
A experiência
Saddle Road
A visita ao Mauna Kea começa com a estrada, um giro pela Saddle Road (Hwy 200) é uma das experiências que merecem ser vividas durante sua viagem a Big Island, uns dizem que é o mais perto que se pode chegar de marte sem sair da terra. Gostei da sensação e de observar um dos solos mais deformados e ao mesmo tempo lindos que já vi. O legal é percorrer a estrada inteira e cortar a ilha ao meio, mas o pedacinho que liga Kona ao Mauna Kea já é uma experiência interessante.
Entrando nas mediações do Mauna Kea, fomos recebidos por uma onda surreal de neblina – e ficamos de certa forma inconformados: pegar nuvens num dos lugares com menos nuvens do mundo, era muita falta de sorte, mas a montanha é tão alta, mas tão alta passado o centro de informações subíamos até o topo das nuvens.
[Aqui preciso parar para contar que a subida é realmente escorregadia e que o 4×4 ajudou bastante!]
A vista semi-encoberta por um colchão caprichado de nuvens gordinhas e recheada com montanhas de origem vulcânica completamente desertas deixou aquela paisagem ainda mais exótica e interessante.
A vista por cima das nuvens
Chegamos no Mauna Kea no finalzinho da tarde e tivemos tempo suficiente de caminhar por algumas das montanhas do topo, observar as vistas hiper diferentes e esperar o pôr do sol comendo um picnic caprichado dentro do carro (Yep, com o shorts do Gu e as mãos expostas ficar fora do carro muito tempo era bem congelante).
Ao todo ficamos umas 2 horas lá no topo, uns 40 minutos fora do carro e o resto dentro, conversando, ouvindo música e curtindo as mudanças de cor de final de tarde.
O pôr do sol do alto do Mauna Kea
E a nossa experiência não teria sido tã bacana se não tivéssemos esperado o pôr do sol. Aos poucos, as nuvens começaram a ganhar uma tonalidade alaranjada.
Era tanta luz e cor, que até o capô do carro ganhou um colorido especial.
Nessa hora, deixei o bom senso de lado, esqueci completamente o frio e fui fotografar.
E acho que valeu a pena! Olha só um pouquinho das cores desse pôr so sol hiper especial!
E as estrelas?
Passado o pôr do sol, retornamos ao centro de informações aos visitantes onde ocorrem os programas de visualização de estrelas. Com as nuvens, não pegamos um céu tão estrelado quanto gostaríamos, mas ainda sim deu para ter um gostinho e imaginar o potencial do céu em meio ao breu.
Programa de visualização de estrelas:
- Todos os dias das 18:00 às 22:00
- Grátis
Dicas para quem quer fazer esse passeio.
Alguns cuidados:
Mulheres Grávidas e mergulhadores
Além do frio danado que você irá passar caso não vá bem agasalhado, o Mauna Kea é tão elevado que a subida não é recomendada para quem fez mergulho de cilindro há menos de 24 horas atrás (mesmo motivo do avião) e nem para mulheres grávidas.
Carros 4×4
Passado o centro de visitantes -onde a o programa diário de observação de estrelas – a estrada é de terra, inclinada e em caso de neve é bem escorregadia. Assim, a subida não é recomendada para veículos que não tenham tração nas 4 rodas. Tenho alguns amigos que arriscaram – em dias de sol – e subiram sem problemas. Vale lembrar que caso haja problemas com o carro, o seguro convencional não cobre.
Veja mais informações sobre o Mauna Kea nesse site.
E aí, curtiu as dicas?
Alguém aí já visitou o Mauna Kea e quer contar para nós o que achou?
É possível subir o Mauna Kea de bike?
32 991280011
Olá Marcus,
É possível sim. Contudo é necessário ter um excelente condicionamento físico, pois está entre as subidas mais difíceis do mundo.
Vou deixar dois relatos aqui pra você:
Pedalando no vulcão Mauna Kea (Hawaii), a maior subida do mundo
Mauna Kea, a subida de bike mais difícil do mundo