Pushkar: nascer do sol no templo Savitri
Saiba como é o nascer do sol visto do alto do templo Savitri em Pushkar na Índia. Um relato bem pessoal recheado de fotos bonitas.
Eram 4:30 da manhã e fazia um frio danado, minha cama não era das mais confortáveis mas estava quentinha enquanto lá fora fazia um frio danado. Acordei com má vontade, vesti meus casacos mais quentes e completei meu look com um cobertor recém comprado no mercadinho da cidade, nunca liguei muito para moda, as 5:00 da manhã então… vesti o cobertor me sentindo a sonâmbula mais fashion do mundo e desci as escadas rumo ao ponto de encontro.
Lá embaixo haviam mais duas meninas sonolentas ansiosas pelo passeio, a Claira da Irlanda e a Carmen da Suiça. Um motorista de tuktuk contratado pelo guia já nos esperava do lado de fora. Hora de zarpar. Um breu danado e um vento de rachar os ouvidos nos acompanharam durante todo o percurso.
A subida
Chegando nos pés do Savitri Temple, fizemos uma caminhada de pouco mais de 1 Km rumo ao topo da montanha. Savitri é uma das esposas do Deus Brahma, e essa peregrinação matinal com direito a nascer do sol é uma das experiências espirituais mais típicas e belas da cidade.
Mesmo no escuro e sem lanterna não tivemos muito dificuldade de caminhar. A trilha está bem demarcada e mistura ziguezagues de terra com alguns degraus. A caminhada levou cerca de 15-20 minutos e nós caminhamos bem rápido para não perder o nascer do sol. Lá em cima, nos aconchegamos num montinho de pedras e esperamos.
Dificuldade da caminhada: apesar das reviews falando da dificuldade da trilha no tripadvisor, essa é uma trilha BEM tranquila. Sim é subida, mas qualquer pessoa com um preparo físico razoável consegue encarar. Vá feliz!
Veja aqui dicas do que fazer em Pushkar
No alto do templo
Havia pouca gente no alto do templo, e aos poucos grupinhos pequenos iam chegando. O clima era bem gostoso. A cidade iluminada por luzes e o lago sagrado lá embaixo e lá no altouma vendinha de Chai (chá típico indiano) perfumado. Tomamos um chai quentinho e ficamos esperando o sol nascer, aos poucos as luzes do dia foram tomando conta e a cidade foi ganhando cor. Lembram do meu cobertorzinho? Foi perfeito para me proteger da brisa matinal do alto da montanha! Que boa idea!
Aproveitei o espetáculo em silêncio, fotografei, e agradeci. Em pouco mais de um dia Pushkar ainda me proporcionado mais um experiência divina, ao subir os degraus rumo ao templo de Savitri a Índia ia me mostrando seu lado místico e despertando meus sentidos paras as experiências que eu viveria nos próximos dias. Agradecida e profundamente feliz de ter deixado meu sono de lado, eu deixava a brisa matinal me envolver e acompanhava feliz a chegada das cores e o tão esperado nascer do sol. Que coisa linda!
Olhei para o lago sagrado – onde no dia anterior eu havia participado de uma benção linda – pensei na minha família e agradeci. Que experiência.
Macacos comilões
Minha pseudo meditação foi interrompida por um grupo pouco discreto de macacos gulosos, alguém havia trazido comida e os macacos estavam se convidando para o piquenique. Sempre de olho nos macacos (que podem ser bem agressivos quando tem comida na jogada) aproveitei para tirar algumas fotos da cena antes de sair de perto. Tava na cara que aquele pacote de biscoitos na mão do gringo não duraria muito com o grupo de macacos famintos a postos.
Uma visitinha ao templo de Savitri
Deixando os macacos de lado, seguimos para a parte interna do templo de Savitri. Muito menos ornamentado que o templo de Brahma, mas repleto de energia boa. Tiramos os sapatos e subimos uma escadinha toda ornamentada rumo ao salão principal. Algumas estátuas douradas, uma árvore decorada e elementos indianos bem vivos e bem coloridos. Ajoelhei, sorri e mais uma vez agradeci.
Passeio pela montanha
E pra fechar esse nascer do sol tão especial – tanto eu quanto a Claire e a Carmen concordamos sem saber explicar que essa subida foi um dos momentos mais especiais de toda a viagem para a Índia – demos uma volta pela parte alta da montanha, contemplamos as vistas do outro lado, e por fim nos despedimos do lago sagrado.
É Pushkar… eu precisaria de mais uns 2 ou 3 dias para te conhecer tão bem quanto gostaria, mas o nascer do so sem dúvida fez a diferença para que você fosse tão bem lembrada por mim.
Antes de voltar para o hotel, tomamos um café da manhã repleto de rolinhos de canela e croissants no Sunset café. Uma ótima forma de nos despedirmos de Pushkar e seguirmos viagem!
Este post faz parte da série Histórias de Viagem, um retrato fotográfico das minhas andanças pelo mundo.
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