Passeio de 1 dia pelo Vale Sagrado dos Incas
Cusco é o ponto de partida perfeito para explorar o Vale Sagrado dos Incas, um passeio que combina história, cultura e oportunidades fotográficas incríveis. O tour de dia inteiro começa pela Awana Kancha, uma fazenda de llamas e alpacas onde é possível conhecer melhor as fibras andinas e observar artesãos locais trabalhando ao vivo.

Depois, segue para Písac, famoso por seus terraços agrícolas em curvas perfeitas e por um dos mirantes mais impressionantes do vale. O passeio continua com um almoço típico delicioso, cheio de sabores andinos, e termina em Ollantaytambo, a última cidade inca continuamente habitada e dona de uma fortaleza monumental, com templos, mirantes e degraus que revelam a precisão arquitetônica dos incas.
Neste post, dividirei todos os detalhes do passeio pelo Vale Sagrado: como funciona o tour, o que esperar de cada parada, valores, dicas práticas e tudo o que vale saber antes de sair de Cusco para viver esse dia tão especial. Pronto para se encantar com o Valle Sagrado dos Incas?
Entendendo o Vale Sagrado
O Vale Sagrado dos Incas é uma região formada por vilarejos, sítios arqueológicos e paisagens montanhosas que acompanham o rio Urubamba, entre Cusco e Machu Picchu. Foi uma das áreas mais importantes do Império Inca, tanto pela fertilidade do solo quanto pela posição estratégica.

A ocupação inca na região começou por volta de 1200 e seguiu até a chegada dos espanhóis, na década de 1530. Ao longo desses três séculos, o vale se transformou em um centro agrícola e espiritual, com cidades planejadas, terraços perfeitos e templos construídos com uma precisão que até hoje impressiona arqueólogos e viajantes.
Cusco é o ponto de partida ideal para explorar o Vale Sagrado e há várias possibilidades interessantes de passeios para descobrir os tesouros da região. Vamos falar de cada um deles?
Como funciona o passeio pelo Vale Sagrado dos Incas
Há algumas opções de rotas e passeios para explorar o Vale Sagrado do Peru. As duas rotas mais comuns para quem visita o Peru pela primeira vez são:
Rota Tradicional: Pissac e Ollantaytambo
O passeio pelo Vale Sagrado é uma excursão de cerca de 12 horas e que inclui paradas em Awana Kancha, Pissac, almoço típico delicioso na região de Urubamba e um final incrível em Ollantaytambo. Você pode fazer o passeio em grupo ou contratar uma excursão particular. Ambas as opções são guiadas em português.

Já fiz o passeio das duas formas — tour em grupo e excursão particular — e adorei as duas experiências. Para quem tem um orçamento mais flexível, o tour privado é excelente para ajustar o ritmo, incluir paradas extras e adaptar o dia aos seus interesses. Mas preciso dizer: o tour da Civitatis me surpreendeu muito. O ritmo foi ótimo, o guia super didático e o restaurante do almoço foi uma delícia. Uma opção prática, bem organizada e que funciona super bem para quem prefere algo mais acessível sem abrir mão da qualidade. Achei o custo x benefício sensacional!
Seja qual for a sua escolha, vale falar que os melhores passeios de Cusco se esgotam com antecedência (especialmente na alta temporada), idealmente, faça sua reserva com pelos menos 3 meses de antecedência na alta temporada.
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Salineiras de Maras + Moray
O passeio para Moray e Salineiras de Maras é uma excursão de meio dia que revela um dos sítios arqueológicos mais curiosos de todo o Vale Sagrado. A visita gira em torno dos gigantescos terraços circulares, construídos em diferentes profundidades, que funcionavam como um laboratório agrícola dos incas. É uma experiência rápida, super visual e perfeita para quem quer entender como esse povo dominava clima, altitude e cultivo de alimentos de forma tão avançada. Ali pertinho ficam as Salineras de Maras, um conjunto de mais de 3.000 poços de sal que formam um cenário surreal nas encostas das montanhas.

Esse é um passeio mais tranquilo e sem grandes caminhadas. Perfeito para quem está se aclimatizando a altitude da região ou quer ter um dia mais relaxado após um dia longo visitando o Machu Picchu.
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Rota Tradicional: Pissac e Ollantaytambo
Agora que você já entendeu a divisão das rotas, quer abrir e detalhar cada uma das principais paradas dos passeios:
- Awana Kancha
- Mirante do Valle Sagrado
- Ruínas de Pissac
- Almoço em Urubamba
- Ollantaytambo
- Forte de Ollantaytambo
Awana Kancha
Awana Kancha é uma parada rápida e divertida para quem quer ver de perto três dos animais mais importantes dos Andes: llamas, alpacas e vicunhas. As llamas são as mais altas; as alpacas são fofas e sociáveis, famosas pela lã macia; e as vicunhas, menores e ariscas, produzem uma das fibras mais finas e valiosas do mundo.
Além do contato com os animais, Awana Kancha também tem pequenas lojinhas de cooperativas locais, onde artesãos mostram o processo de lavagem, tingimento natural e tecelagem das fibras. É um ótimo lugar para entender a cultura têxtil andina e comprar peças de qualidade direto dos produtores. Os preços são um pouco mais altos que os do centro de Cusco, mas a garantia de procedência — por lá você não vai comprar algodão por alpaca e saber que o dinheiro vai para as famílias locais — faz a compra valer a pena. Pechinche bem!
Dica de expert Ideias na mala
A estrada entre Cusco e o Vale Sagrado é linda, dessas que merecem atenção total. Conforme o carro avança, a periferia movimentada de Cusco dá espaço a beleza das montanhas andinas, primeiro tímidas, depois imponentes. Vale muito a pena guardar o celular e simplesmente observar: a viagem já começa ali, pelas janelas!
Mirante do Vale Sagrado
Um pouco adiante a paisagem muda de forma e o Vale Sagrado começa a despontar no visual. Chegou a hora de fazermos a segunda parada do dia: o Mirante do Vale Sagrado. E que mirante!
A vista se abre inteira: o vale fértil lá embaixo, cortado por campos cultivados, que desde a época dos incas, produzem uma variedade enorme de legumes e grãos, e pela beleza da montanha Veronica –e seus 5.600 metros de altitude – tida pelos Incas como uma das protetoras da região.
Durante o tour aprendi que graças ao solo riquíssimo, ao microclima ameno e ao acesso constante à água do rio Urubamba, o Vale Sagrado sempre foi uma espécie de “horta premium” dos incas. Por lá se cultivavam diferentes tipos de milho (incluindo o gigante, típico do Peru!), batatas variada, quinoa, feijões e outros grãos essenciais para o império.
Pissac
Pouco depois começam a surgir os primeiros canteiros agrícolas no alto das montanhas. Não tinha ideia que Pissac estava tão perto de Cusco (são só 33 Km). Parei para fotografar alguns deles, sem ter a mínima idéia o que eu veria a seguir seria 200 vezes mais impressionante.
O complexo de Pissac
O complexo de Pissac vai muito além dos terraços agrícolas fotogênicos que eu esperava encontrar. Aqui há um cemitério impressionante, residências classificadas por hierarquia, aquedutos com cursos de águas canalizada, muralhas e templos, tudo isso rodeados por terraços agrícolas em forma triangular. O complexo tem 4Km de extensão, e foi durante essa caminhada que senti o peso da altitude. Nada muito grave, mas um lembrete para ir devagar e respeitar os limites do corpo nos primeiros dias de viagem.
Tour privado x Tour coletivo
Quem faz o tour privado tem a opção de caminhar o complexo todo. Já o tour coletivo passa apenas pela parte alta da antiga cidade.
Outra diferença dos dois tours são paradas espontâneas pelo caminho, quando fiz o tour privado o guia parou na região de Lamai para me mostrar um prato bem típico da região – o Cuy al Palo, ou churrasquinho de porquinho da índia. Preferi não provar.
Também passamos pelo centro da cidade que é do jeitinho que eu gosto, super autêntico e colorido com ruas apertadas e gente na rua. Também passamos por algumas paisagens naturais bem bonitas, num pequeno vilarejo no meio da estrada para observar os touros de barro no alto das casas. Um sinal de prosperidade bem comum na região.
Almoço em Urubamba
Quem diria que um almoço estilo buffet também estaria entre os pontos altos da excursão pelo Vale Sagrado?
A parada para almoço em Urubamba, uma região cercada por montanhas e plantações, é uma chance de provar alguns dos principais itens da culinária andina. O buffet completíssimo tem mais de 40 opções de pratos incluindo ceviche, lomo saltado, pratos de milho gigante, batatas de várias espécies, quinoa e saladas com ingredientes da região. Estava delicioso e ainda tinha música típica tocando ao vivo!
Ollantaytambo
E para fechar o dia com chave de ouro, chegamos em Ollantaytambo, a única cidade inca que permace habitada e é toda construída sobre ruínas. Impactante!
Como Ollantaytambo é quase uma parada obrigatória para quem vem para o vale, o complexo arqueológica estava muito mais cheio que minhas paradas anteriores, mas um bom guia te ajuda a fugir das multidões e curtir as principais vistas da fortaleza.
A fortaleza de Ollantaytambo foi construída pelos incas como um ponto estratégico de controle e defesa do Vale Sagrado. A estrutura combina terraços agrícolas inclinados com setores militares e cerimoniais, aproveitando o formato natural da montanha para criar uma posição elevada de observação. Do alto, era possível monitorar quem entrava e saía do vale, proteger as rotas comerciais e resguardar o acesso à região de Machu Picchu.
No topo ficam os templos e plataformas cerimoniais, entre eles o Templo do Sol, uma construção formada por enormes blocos de pedra alinhados de acordo com o movimento solar. Esse posicionamento permitia marcar solstícios e eventos astronômicos importantes, algo essencial para o calendário agrícola inca.
Mercadinho de Ollanta
Outro ponto alto da visita é o mercadinho de artesanato com muitas opções de lembrancinhas típicas e souvenirs de viagem. Achamos os preços mais baratos do que Cusco, mas claro, é preciso pechinchar.
Salineras de Maras e Moray
O tour pelas Salineras de Maras e Moray é uma oportunidade linda de entender como os incas dominavam a agricultura e aproveitavam os recursos naturais dos Andes. Em Moray, os terraços circulares criavam diferentes microclimas usados para testar cultivos e adaptar sementes à altitude. Já em Maras, as salinas funcionam há séculos graças a uma fonte subterrânea rica em minerais, formando milhares de poços que ainda hoje produzem sal de forma artesanal. Além dessas duas paradas nosso tour incluiu uma visita as llamas e alpacas de Awana Kancha, e degustação de chocolates e delícias da região. Vamos detalhar principias paradas?
Terraços de cultivo de Moray
Estes bonitos terraços circulares irrigados serviram de campo de experimentação para que os incas pudessem cultivar produtos agrícolas diferentes em um único local.
Além do terraço principal, que está todo bonitão e restaurado, demos a volta no complexo para visitar dois outros terraços. Gostei da diferença e amei ter visitado.
As salineiras de Maras
Esse era um dos pedaços da viagem que eu tinha a maior expectativa, pois tinha visto algumas fotos lindas das Salineiras e fiquei morrendo de vontade de conhecer. E quer saber? Mesmo com minhas expectativas tamanho MONSTRO, adorei o passeio.
Repare na família trabalhando na Salina
É impossível não se impressionar com estes terraços – que ainda produzem sal – de diferentes cores e tamanhos. São milhares de terraços, cada um deles cultivado por uma família da região. O jogo de cores é impressionante e caminhar entre as salineiras é o máximo!
Beliscando comidas típicas
Entre a entrada e a salineira há uma espécie de mercadinho com muitas lojinhas de sal, e produtos típicos. Aproveite para provar o grão de milho e a banana frita que são deliciosos. Depois de belicarmos bananas e milhos em 20 barracas diferentes, comprei um saquinho de milho para comer no Machu Picchu.
Os diferentes tipos de sal
O Freddy me apresentou para uma amiga em uma das lojas, a Kachi Wass, que me deu uma explicação super completa sobre os diferentes tipos de sal. São três diferentes safras de uma única salina. Na primeira sai um sal de alta qualidade para consumo humano, na segunda sai o sal para o consumo animal e na terceira o sal de banho.
Chicha: a bebida típica Peruana
Paramos para almoçar em Urubamba e na saída fizemos uma parada super rápida para provar a bebida local. A Chicha. Provei a versão original e a de morango e não achei a menor graça.

















Olá!
Você poderia passar o contato do guia Fredy?
Obrigada.
Att,
Oi Flávia,
Tudo bem?
Aí vão os contatos:
http://www.fabulousperutours.com/
[email protected]
Abraços
Ei Mari!
Adorei o blog.
Foi uma delícia ter te conhecido durante essa viagem. Uma série de coincidências me permitiram desfrutar muitas vezes da sua companhia num dia incrível. E como é bom conhecer pessoas de espírito aventureiro e que amam viajar como a gente ;). A partir de agora estou seguindo suas dicas!!! Grande bj Fabi
Oi Fabi,
Obrigada pela visita! Adorei te conhecer!
Se topar, quero fazer um entrevista com você sobre sua viagem (E-S-P-E-T-A-C-U-L-A-R) na América do Sul.
Beijos