Camboja: Koh Rong Samloem, uma ilha pra chamar de sua
Sihanoukville no Camboja é o ponto de partida para várias ilhas pequenas de águas azul transparentes. Koh Rong Samloem é um desses pequenos paraísos, um lugar que vai te conquistar desde os primeiros momentos. Parada certeira para quem quer relaxar depois de uma viagem corrida pelo Sudeste Asiático.
Eram 8:00 da matina quando cheguei ao pier de Sihanoukville, com uma reserva de hotel na mão e sem a menor ideia do que esperar da minha próxima parada, a pequena ilha Koh Rong Samloem, muito menos conhecida e bem menor que sua irmã Koh Rong.
Com a reserva do hotel bem mal detalhada, sofri um pouco para descobrir em que pier iria desembarcar, sorte que um dos locais me ajudou a identificar que eu desceria na primeira parada: Eco Dive.
Fiquei morrendo de medo de desembarcar no lugar errado e me estrepar. A ilha esta ocupada em duas extremidades opostas, e para se deslocar entre delas é preciso fazer uma trilha selvagem no meio do mato, ou torcer para algum barco passar por lá.
O Ferry: Sihanoukville – Koh Rong Samloem
Um barco grande, veloz e moderno transportou cerca de 100 pessoas de Sihanoukville para Koh Rong e Koh Rong Samloem. A viagem foi relativamente tranquila, e se não fosse pela água do mar entrando pela janela do barco de dois em dois minutos. Eco Dive foi a primeira parada do dia, e para minha surpresa, fui a única pessoa a descer.
Koh Rong Samloem Villas ou Eco Dive Resort
Desembarquei em um pier de madeira modesto rodeado por uma dúzia de bangalôs de madeira. Tive que dar um salto entre o barco e a plataforma, e morri de medo de cair no mar com a câmera e o lap top, e mesmo com ajuda de dois locais, passei bem mais perto da água do que meu limite de segurança gostaria. Por sorte deu tudo certo. Fui recebida no pier por uma americana mega simpática chamada Jodi que me recebeu de braços abertos e explicou um pouquinho o funcionamento da casa.
Minha primeira impressão, ainda no pier da ilha foi “UAU”, que ligar lindo. A praia, não é tão fotogênica quanto as ilhas tailandesas mas tem personalidade. Águas transparentes rodeadas por areias claras e uma floresta praticamente intocada dão um charme pra lá de especial ao lugar. Um pedaço de ilha pra chamar de seu.
“Welcome to Paradise (Bem vindo ao Paraíso)” dizia uma placa na entrada do quiosque principal do hotel, e não tive como não sorrir e concordar. Eu acabara de desembarcar no paraíso e já estava amando.
Como são os Bangalôs
O hotel é super simples, e tem tudo haver com a pegada do lugar. Os chalés são de madeira, equipados com 4 camas e ventilador. Confortável, mas sem nada de luxo e com o porém de estar no meio da natureza e ter mais insetos (formigas & pernilongos) do que um hotel normal. [CALMA: todas as camas são equipadas com redes de teto, e ainda que os bichinhos estejam pelo quarto eles não chegarão perto de você durante a noite. Outro porém importante é que o gerador elétrico funciona somente entre às 18:00 e as 23:00. Assim, os dias começam cedo e terminam cedo. (Sim, rola aquele calor de manhã cedo e é hora de acordar e ir pra praia)
Bangalôs de frente para a praia
Os Bangalôs estão divididos em duas categorias: Bungalo de frente para a praia, estes são mais premium com direito vista pro mar, colchões caprichados e rede na varanda. Ou Bangalôs Jungle, sem vista pra praia, mais rústico e consideravelmente mais barato.
Praia & Atividades especiais
Pra mim passar o dia na praia deserta (o mar parece uma piscina de tão calmo) acompanhada somente dos poucos hospedes do hotel foi um dos pontos altos do passeio. Adorei curtir meu tempo sossegada, ler um livro, esquecer do mundo e me desconectar (aqui não tem nem sombra de sinal de internet).
E pra quem quer algo diferente, o hotel oferece cursos & mergulhos de cilindro e snorkel. O mar do Camboja não tem tantos peixes e nem a visibilidade da Tailândia, mas ainda sim vale a pena. E pra quem tá acostumado a nadar no mar e topa encarar distâncias, a travessia entre Samloem e a ilha da frente é de um quilómetro e é uma delícia.
A noite tem happy hour no bar, música ambiente e jogos de tabuleiro acompanhados do delicioso churrasco local.
A Comida
A comida do Koh Rong Samloem Villas é divina. Os preços são um pouquinho mais caros do que a cidade (esperado, já que a ilha fica no meio do nada) ,mas nada absurdo. O buffet de almoço a vontade custa $5,00 dólares por pessoa, e os pratos à la carte custam entre $3,50 e $6,50. Todas as noite no jantar, rola um churrasco pra lá de especial com carnes, peixes e frutos do mar por $8,00 dólares. O churrasco foi uma dos melhores que comi no Camboja e deixou gostinho de quero mais.
Barzinho do Eco Dive em Koh Rong Samloem
E valeu a pena?
MUITO. Amei a ilha, adorei a simpatia, o carinho do staff do hotel e teria fácil fácil ficados uns 5 dias aqui pra descansar de verdade e esquecer do mundo. Pra quem tá vindo pro Camboja com tempo, curte uma praia e aprecia sossego, tai uma senhora dica: Koh Rong Samloem!
Como chegar a Koh Rong Samloem?
Koh Rong Samloem fica há pouco mais de uma hora de ferry de Sihanoukville no Camboja. Existem duas paradas diferente na ilha: Eco Dive e Centro. Pra quem quer sossego e mar transparente de águas azuis, Eco Dive é a parada certa. O Ferry custa 20 dólares (ida & volta) e faz duas viagens por dia: as 8:30 da matina e as 15:00. O centro é um pouco mais agitado e tem várias opções de hospedagem.
Atenção: não confunda Koh Rong Samloem com sua irmã maior “Koh Rong”. São ilhas diferentes e linhas de ferry diferentes. Enquanto Samloem é bem relax, Koh Rong é um dos destinos mais procurados pelos jovens e baladeiros de plantão, e também é super bonita.
Adorei o local! Lindo! Babei pelo churrasco! Hiper barato!