Brumadinho, além de Inhotim: roteiro de 4 dias na cidade
Descubra Brumadinho além do Inhotim, um roteiro de 4 dias recheado de atrações culturais! Tem vivência quilombola, passeio na cachoeira, yoga durante o por do sol e muito mais!
Roteiro resumido:
- Dia 1: Visita guiada pelo instituto Inhotim + Pub Crawl
- Dia 2: Visita guiada pelo instituto Inhotim + Por do sol na pedra do Morcego + Jantar no Ponto Gê
- Dia 3: Vivência Quilombola
- Dia 4: Oficina de Pãod e queijo + Churrasco de peixe na cachu
A viagem: descubrindo Brumadinho além de Inhotim
De uns anos pra cá Brumadinho, ou melhor, o instituto Inhotim entrou na lista de desejos de viagens de muita gente. Fale com seus amigos e você muito possivelmente descobrirá três grupos: os que já foram e amaram Inhotim, o que morrem de vontade de conhecer e os que (ainda) não ouviram falar.
O que pouca gente sabe é que o potencial turístico de Brumadinho vai bem além das maravilhas do Inhotim, e pra nos mostrar um pouquinho desse Lado B hiper divertido e hiper diferente da cidade, fomos convidados a uma Press trip para desvendar Brumadinho além do instituto. E quer saber? A cidade tem potencial!
Foram 4 dias de programação intensa com direito a cachoeiras, paisagens de tirar o fôlego, restaurantes e bares, oferecendo um turismo mega sustentável e fora do convencional e que se você pretende conhecer o famoso Inhotim.
Se mesmo antes da viagem já recomendávamos a pernoite em Brumadinho para explorar BEM o Inhotim, agora nossa dica é esticar a trip, ficar mais tempo e desvendar um tiquinho de Brumadinho além de Inhotim. E ai? Ficou curioso para saber o que tem em Brumadinho além do Museu do Inhotim? Então bora pro roteiro!
Como chegar a Brumadinho?
Brumadinho é uma cidade pequenina de cerca de 35 mil habitantes e localizada a 60 Km de Belo Horizonte. Uma cidade que pode ser facilmente incluída em um roteiro pelas Cidades históricas de Minas Gerais. Devido a proximidade com a capital mineira, muita gente opta por fazer o bate e volta Belo Horizonte – Brumadinho. E que pena! Pena porque o instituto merece bem mais do que um só dia de visita, e que pena porque a região de Brumadinho está repleta de atividades super diferentes!
A) De ônibus:
Você pode sair da rodoviária de Belo Horizonte. Os ônibus da empresa Saritur saem diariamente em diferentes horários e o percurso dura aproximadamente 1h30, com passagens online custando a partir de R$ 21,00.
B) De carro:
Saindo de Belo Horizonte, você vai precisar pegar a rodovia BR-040, sentido Rio de Janeiro e seguir em direção a “Lagoa dos Ingleses”, mantendo-se a direita e seguindo as placas dos Condomínios e Inhotim/Brumadinho.
C) De van:
Quem viaja em família ou em um grupo grande de pessoas pode contratar um serviço de transfer privado. Durante a viagem nós fomos transportadas por uma espaçosa van da Bruma Vip Turismo, que acomodou confortavelmente o nosso “time” e nossas malas, sem aperto! A viagem dura cerca de uma hora.
Roteiro detalhado:
Dia 1: Tour guiado pelo Inhotim + Pub Crawl
De São Paulo a Inhotim
Voamos de São Paulo a BH e na sequência já pegamos o transfer para os nossos hostels (o grupo foi dividido entre o Hostel Moreira e o Hostel 70), deixamos as malas nos quartos e seguimos direto para o Inhotim.
Visita guiada ao Inhotim
Acompanhados pelo guia Junio que sabe MUUUITO de Inhotim e que nos levou em um tour completo pelas principais obras de arte de Inhotim fomos percorrendo os jardins do instituto e aprendendo sobre algumas das obras de arte mais incríveis do museu. Neste primeiro dia visitamos as seguintes obras de arte:
- Nuvem
- Galeria Adriana Varejão
- Penetrável Magic Square
- Beam Drop Inhotim
- Viewing Machine
[Descrevi em detalhes cada uma dessas obras de arte no post: Obras de arte de Inhotim – O Inhotim como você nunca viu antes. Recomendo MUITO a leitura!]
Pub Crawl por Brumadinho
À noite, participamos de um Pub Crawl, organizado pelo pessoal do @de_role_por_brumadinho e conhecemos três bares (Komboza, Hashtag Bar e Dom Quixote Snooker Pub). Este passeio custa R$ 20,00 por pessoa e é uma alternativa legal para quem quer conhecer gente nova e explorar a cena noturna da cidade.
Dos três bares que visitamos, minha preferência foi pela atenção e cuidado que o pessoal do Hashtag Bar teve conosco, colocando porções deliciosas na mesa em que estávamos, do lado de fora, e oferecendo uma bela caipirinha. Ponto pra eles! Aos amantes de cerveja, lá são servidas “barrigudinhas” bem geladas (é assim que eles chamam, risos).
Outra boa pedida o Dom Quixote Snooker Pub que tem um ar mais roqueiro, e é um lugar legal para ir com os amigos e bater papo ou jogar sinuca. O bar conta com várias mesas e tem um valor super em conta pela ficha, recomendo!
Dia 2: Tour guiado pelo Inhotim + Sunset Yoga na Pedra do Morcego
Visita guiada ao Inhotim – Parte 2
Nosso segundo dia de Inhotim foi de baixo de chuva (não pense que desanimamos! Compramos uma bela capa de chuva e nos jogamos!) e novamente com os comentários afiados do Junio. Neste dia visitamos:
- Murais Rodoviária de Brumadinho e Abre Portas
- Troca-Troca
- Forty Part Motet
- Amor lugar comum
- Desvio para o vermelho
- Através
- Galeria da fotógrafa Cláudia Andujar
- Galeria Cosmococa
[REPETINDO: Os detalhes de cada uma dessas obras de arte estão no post: Obras de arte de Inhotim – O Inhotim como você nunca viu antes.]
Por do sol na Pedra do Morcego
Depois do passeio pelo Inhotim, fomos até a Pedra do Morcego praticar yoga enquanto assistíamos a um belíssimo por do sol. Eu nunca havia experimentado “meditar” nas alturas, deitada diretamente nas pedras ainda quentes da montanha o que me permitiu estar entregue de corpo e alma para o recebimento de uma corrente de boas energias. Delícia de vibe!
Achei incrível e muito bem bolado o passeio e se não estivesse dentro do cronograma da Nathalia, que organizou a viagem, eu certamente jamais me permitiria passar por essa experiência. Muito bacana e recomendado!
Jantar no Ponto Gê
Saindo de lá, fomos jantar no tão bem falado restaurante Ponto Gê (R. Itaguá, 350, Brumadinho). Confesso que estava um pouco confusa com relação ao nome e minha imaginação fértil foi longe tentando adivinhar o motivo daquela denominação tão peculiar (risos), mas logo ao chegar no local, e ser apresentada para a dona Genilda, cozinheira de mão cheia, os floreios na minha cabeça desapareceram imediatamente.
Dona Gê é professora de formação e gostava de cozinhar para os amigos, ali mesmo, no quintal da sua casa, sem cobrar nada por isso. Foi em 2015 que a decidiu abrir as portas para o público e transformar o hobby em negócio, um ano após perder a filha Maria Luísa, aos 19 anos de idade, para uma pneumonia. A cozinha passou então a desempenhar um papel ainda maior em sua vida, aliviando suas dores e fazendo com que ela pudesse expressar seu amor de outras formas.
Sua comida é tipicamente mineira, feita em fogão a lenha e tem um sabor inigualável. O que antes era uma terapia, onde eram repelidas suas dores e aflições, hoje é seu ganha pão, dona “Gê” cozinha com o coração e o cliente percebe isso na primeira garfada.
O cardápio do Ponto Gê
Os pratos são elaborados com tanta destreza e criatividade que já dão vontade de voltar antes mesmo de ir embora. Logo na apresentação das “panelas”, dona Gê causou furor: macarrão de mamão, repolho roxo com tâmaras, arroz cozido no leite de côco, banana ao molho de tomate, sopa de pêra com umbu, sopa de limão siciliano com cenoura e amêndoas (de comer rezando), chips de inhame, chuchu confitado no azeite de alfazema e alecrim, e, como não poderia deixar de ser, pratos tipicamente carnívoros, como vaca atolada, costelinha de porco, pernil de lata, entre outros tantos. Eu bem que tentei, mas não consegui experimentar tudo.
O lugar funciona nos fundos da própria casa da Dona Gê, com sistema de buffet a R$ 40,00 por pessoa e atente a todos os gostos e paladares, serve sucos e bebidas alcóolicas (destaque para o drink a base de ervas e cachaça) pagas a parte e não trabalha com cartão de crédito, não vá desprevenido!
Informações úteis
- Horários de funcionamento: de terça-feira à sábado das 19:30h às 23:00h
- Somente dinheiro
- Endereço: R. Itaguá, 350, Brumadinho – MG, 35460-000
- Telefone: (31) 99953-6198
Dia 3: Vivência quilombola
Nosso terceiro dia de viagem foi dedicado a uma vivência ultra especial na comunidade dos Marinhos, uma comunidade quilombola local e também foi oferecido pela galera do De Role por Brumadinho.
A experiência é tão bacana que vale um post inteiro!
Visitamos a comunidade dos Marinhos e do Sape, duas das seis comunidades quilombolas espalhadas pelo entorno do município de Brumadinho/MG. A primeira, com cerca de 200 habitantes e a segunda, com aproximadamente 50 casas. Logo ao chegar é possível sentir o peso daquele ar carregado de histórias de resistência, resiliência e de muito trabalho, algo que a alegria dos moradores parece até esconder, apesar de estar registrado nos seus corações. Ouso dizer que saí de lá diferente do que entrei e recomendo a experiência a todos os que estão em Brumadinho!
Dia 4: Oficina de pão de queijo + Churrasco de Peixe na Cachu
Oficina do pão de queijo
Acordei nesse último dia com mais fome que de costume, acho que meu psicológico ficou “trabalhando” a noite inteira pensando no cronograma do passeio: OFICINA DE PÃO DE QUEIJO. Não tem como dar errado, tem? Só de lembrar já me dá água na boca.
Fomos de van até a Casa da Horta 53 (que também funciona como Airbnb )para no nosso workshop do quitute mais típico de Minas Gerais. A receita é da família e leva polvilho doce, leite de vaca mesmo (friso), ovos caipiras, margarina, queijo mineiro ralado, óleo e creme de leite (eu, que não sou boba, anoitei e gravei tudo, pois quero tentar fazer em casa). Na hora de colocar a mão na massa, elegemos duas representantes do grupo para a tarefa.
Depois da deliciosa aula, fomos convidados para tomar café da manhã (e comer os nossos pães de queijo), ô trem baum!
Churrasco de Peixe na Cachu
Saindo de barriga cheia do workshop do pão de queijo, fomos para a Cachoeira do Carrapato, no povoado de Piedade do Paraopeba.
A caminhada leva pouco mais de 10 minutos e envolve alguns obstáculos lamacentos (lembra que choveu no segundo dia de viagem?!) e uma bela vista, repleta de vegetação e sons que nos fazem caminhar mais lentamente. A medida em que andávamos ouvíamos também o som da queda d’água, um verdadeiro “convite” ao relaxamento.
Depois de muitas fotos, nadadas e repouso contemplando a cachoeira, fizemos nossa “farofa” e comemos um peixinho com arroz (e farofa, risos), com queijo minas e goiabada caseira de sobremesa. Mesmo depois de comer tanto no café da manhã, me esbaldei, porque em Minas Gerais, comer nunca é demais!
E aqui termina nosso roteiro, mas não é só isso que a região tem a oferecer não. O pessoal do De Role por Brumadinho tem vários outros passeios interessantes como Trekking com piquenique energizante, degustação de cervejas artesanais, arborismo e tirolesa.
E aí? Se animou para explorar Brumadinho além do Inhotim?
A Amanda participou da viagem a convite do De rolê por Brumadinho. A trip contou com o apoio do Hostel 70, Hostel Moreira, Bar Hashtag, Komboza Bar, Dom Quixote Snooker Pub, Pub Crawl Brumadinho, Junior Cesar Guia, Casa da Horta, Restaurante Ponto Gê Inhotim, BatuqueNatividade, Brumavip Turismo e Prefeitura de Brumadinho. Vale falar que todas as opiniões contidas neste post refletem a nossa experiência e opinião real!
Blogs participantes da Press Trip “Brumadinho além de Inhotim”: Ideias na Mala, Mariana Viaja, Kari Desbrava, Mulheres Viajantes, Na estrada com as Minas, Sou+Carioca, Rodas nos Pés, Foco no Mundo, Canal Errei, Eu sou à toa, Diário de Turista, Hypeness, Revista de bordo Azul Magazine
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Veja também:
- O que fazer em Inhotim: Guia para explorar o Instituto
- Tiradentes: Um jantar experiência no Tragaluz
- Tirandentes: Comida mineira e artesanato em Bichinho
- Tiradentes: O incrível museu de Sant’ana
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