As 10 experiências mais caóticas da Índia
Viajar pela Índia é mais fácil do que parece, mas muito mais confuso [e divertido] do que você imagina. Nesse post divido com vocês as 10 experiências mais caóticas da Índia, vividas na viagem #IdeiasnaAsia. Vem comigo?
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1. Atravessar a rua em uma cidade grande
Vacas, carros, Tuk tuks, motos e bicicletas. O trânsito na Índia parece festa da uva, ou melhor, festa da buzina. Dar a vez ao pedestre? Nem pensar. Pra atravessar, respire fundo e caminhe bem devagar (Eu sei que é difícil manter os passos lentos quando tem um tuk tuk e uma moto vindo na sua direção, mas respire fundo que dá certo), aos poucos começa o malabarismo, as motos vão desviar, os carros são brecar -e buzinar- e os tuk tuks vão puxar o freio bem em cima de você. Coração disparado? Sem dúvida, mas é tudo questão de costume. Depois de uns 5 dias você se habitua ao caos e passa até a achar graça.
2. Passar pela revista para usar o metrô
O metrô de Nova Delhi é absolutamente surreal. Tudo começa com a fila da compra do bilhete que é uma moedinha de plástico (e que nem sempre funciona) e em seguida, é hora de passar pela revista. Uma imitação caótica de aeroporto. Malas e bolsas no raio x, mulheres de um lado, homens do outro e todo mundo é revistado antes de entrar. Achei uma medida de segurança interessante, mas não deixei de ter um pouco de medo. #VaiSaber né?
E quer saber o mais divertido? Perguntei pro meu guia o porque da revista, e ele me respondeu. “Todos os metrôs da Europa também tem revista”. Eu expliquei que ele estava enganado. Ele mexeu no bigode, balançou a cabeça e concluiu: “por isso que na Europa volta e meia tem atentado”.
A revista com direito a Raio X é algo bem comum na índia, grandes hotéis – e pasmem – até shopping centers também adotam essa medida.
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3. Sobreviver ao trânsito de Varanasi
A galera dirige mal na Índia. Sinal vermelho é um vulgo acessório, faixa de trânsito é algo inexistente (existir existe, só que ninguém obedece) e a buzina parece ser a solução de todos os problemas do mundo. É só buzinar que tá tudo certo. O trânsito na Índia, é horrível, e muitas vezes dirigir na contra mão é a solução.
Vi muita gente dirigindo pela contra mão em outras cidades da Índia, mas em Varanasi o negócio é extremo. A galera enfia o carro em qualquer buraco, e do jeito que der. Uma loucura. E com tanto corpos cobertos desfilando pela cidade, morri de medo de entrar nas estatísticas e não sair de Varanasi viva, sorte que deu tudo certo.
4. Comprar sua felicidade em Pushkar
Para nós ocidentais o conceito de comprar uma benção – algo super comum no hinduísmo – soa como “golpe”. Uma benção da felicidade então? É golpe na certa! Em Pushkar, a cidade do lago sagrado e do único templo Brahma do mundo, vender felicidade é algo corriqueiro, e bem tradicional. Diversas gerações de príncipes da casta Brahma oferecerem seus serviços nas beira do lago. A benção não tem um preço específico, cada um pode oferecer o que quiser/puder contribuir (desde que a contribuição seja maior que 110 rúpias) e a reza é lindíssima, super especial e cheia de energia bacana.
Mas é claro que também tem malandragem… nem todos os “Brahmas” em volta do lago são realmente Brahmas, tem muito sem vergonha tentando dar golpe em turista. Eles oferecem a benção – e cobram um preço fixo altíssimo. E a grande dificuldade para um turista desavisado é saber quem é de verdade e quem é enganador.
5. Ver corpos sendo carregados e cremados
Nada mais surreal que ver os corpos sendo carregados e cremados em Varanasi. Corpos envoltos em panos de seda são carregados pela cidade até chegar ao Ghat de cremação, onde são molhados com as águas do Rio Ganges e em seguida colocados em uma enorme pira de madeira. Achei muito louco molhar algo antes de queimar, mas como a água do Rio Ganges tem poderes incríveis, esse é um pedaço importante da crença hindu.
6. Encarar atrasos homéricos
Nunca vi um lugar tão ruim com horário quanto a Índia. Tudo atrasa tanto que ver um trem saindo na hora é motivo de felicidade. O ápice da minha experiência indiana foi um atraso de 13 horas. O trem que era noturno virou diurno, e detonou toda nossa programação. Fazer o que, né?!
7. Pegar a terceira classe de um trem noturno
E falando em trem noturno, uma das experiências antropológicas mais interessantes da minha carreira de viajante foram os trens noturnos da Índia. Cabines com 6 camas (dois conjuntos de pseudo beliches duros) com a possibilidade de você pegar dois caras na suas frente que vão te encarar durante toda a viagem (sorte que não tive esse problema…rs).
O trem é devagar-quase parando mas costuma chegar no lugar certo :). Cobertores e travesseiros relativamente limpos são distribuídos na chegada, e o pior pedaço da viagem é ter que usar o banheiro. UFFF! (E sim, banheiros públicos são outra experiência indiana pra lá de caótica. Carregue seu rolo de papel higiênico sempre com você).
8. Comer comida de rua
Depois de acostumar o estômago as gororobas (que eu adoro) e bactérias locais, a graça é provar quitutes variados na rua. Tem muita coisa gostosa, mas sempre aquele risco de dar tudo errado e você amargar o dia seguinte no trono. Eu não passei mal nenhuma vez, mas fui extremamente cuidadosa com o que comi na rua. E, sim você receberá sua comidinha embrulhada no jornal e das mãos sem luvas do atendente, mas faz parte!
E antes que eu me esqueça: Iogurte ou Lassi na rua… nem pensar! Frutas? Somente as com casca (as facas da rua geralmente são contaminadas).
9. Negociar um tuk tuk em Agra
Em nenhuma outra cidade da Índia vi tanto motorista de tuk tuk golpista quanto em Agra. Você não tem ideia o trabalho que dá tentar se movimentar pela cidade sem levar um golpinho. Como a cidade é feia (e grande), não tem jeito, ou você anda de tuk tuk ou contrata um motorista particular.
Em Agra (e em outras cidades da Índia) é muito comum que motoristas de tuk tuk, e taxistas tentem te desviar da sua rota para dar uma passadinha na loja de um conhecido. Muitas vezes eles passam na loja sem te avisar e simplesmente te fazem descer. O motorista ganha uma boa comissão por qualquer comprinha que você fizer, e o vendedor fica tentando te empurrar produtos. Eita situação desagradavel! Para evitar esta prática horrível, negocie o preço da corrida deixando bem claro que você não quer parar em NENHUMA loja antes de subir no carro.
Na minha última corrida por Agra quase levei uma trolada de um tuk tukqueiro sem vergonha, e fiquei tão brava e fechei minha cara tão feio que ele acabou desistindo de dar a paradinha na loja. Hoje dou risada de lembrar da história, mas você não tem ideia do quanto me irritei! #NãoPiseNoMeuCalo #LionModeOn.
10. Fazer compras em um bazar
E por fim, uma experiência que todo mundo tem que provar: fazer compras em um bazar (mercado) indiano. Seja em Delhi, Mumbai ou Jaipur, os bazares indianos estão por todas as partes e o charmes dos produtos (diferentes, baratos e coloridos) e dos temperos (perfumados e apimentados) é praticamente irresistível. Antes de comprar qualquer coisa, não se esqueça de pechinchar BASTANTE.
Nossa carinha de Brasileiro nos dá um precinho inicial uns 50% mais caro que o de um indiano. Se o cara pedir dez, você tem que falar que paga 2 para fechar em 4. Blefe, finja que vai embora. Vá embora e volte 20 minutos depois falando que é sua última oferta. Seja criativo que sempre dá samba :).
É só?
É claro que essas não são as únicas experiências caóticas da Índia, tem o embarque pra lá bagunçado no aeroporto, o check in confuso nos hotéis, ter seu almoço roubado por macacos e dezenas de outras histórias surreais que tornam a Índia um país único e pra lá de especial. Detestei os perrengues, mas morro de dar risada de lembrar. No final das contas, ficam as boas memórias e uma vontade louca de voltar.
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Bom dia Mari!
Gostei muito dos seus posts sobre a Índia e Tailândia. Estou querendo fazer um intercâmbio voluntário em um desses países, mas não ainda qual escolher? Tenho apenas trÊs semanas, porém, no mês de julho. O problema é que na Índia tem as monções e tenho medo de perder minha viagem por conta do tempo. Se puder me dar uma dica, ficarei muito grata. Obrigada. bjsss
Oi Beatriz,
Que escolha difícil, hein?
Se o tempo na Tailândia for melhor, eu iria para lá. Acho que ambos os países tem oportunidades incríveis de voluntariado e seja qual for a sua escolha, você vai amar! S2
Beijos,
Mari
ADOREI!!!!
Um choque cultural a cada esquina, mas um eterno mundo novo a cada experiência!
Sou louca de vontade de visitar a India, mas ao mesmo tempo morro de medo kkkkk
Super cool o post Marizinha.
bjks
Obrigada Mi! 🙂
Vai prá India sim! Mas vá preparada!
Caótico ! Essa é a Índia. Na minha experiência, a cada dia que eu tomava o Tuk Tuk do Hotel para o Centro de Convenções com o mesmo motorista, o preço aumentava.