Viagem com bebê: o que mudou pra gente
Um dos grandes mito da maternidade é o fator viagem. Os mais dramáticos dizem impossível, os mais aventureiros encaram as dificuldades e se divertem com os obstáculos. Nós estamos no segundo grupo, viajar com bebê é possível e muito mais divertido do que dizem por aí. Saiba o que mudou na nossa rotina de viagens e o que aprendemos viajando com bebê!
como é viajar com bebê
As vésperas da terceira viagem com o pequeno, essa será nossa primeira viagem grande (já já falo mais dela) estou aqui recapitulando o que mudou na nossa vida e planejando detalhes do que vem por aí, plano de viagem é o que não falta.
Aproveito esse momento para dividir com você um pouquinho do que aprendemos. E aproveito para deixar o convite para quem tem bebê e quer contribuir com a discussão: o que mudou nas suas viagens depois da chegada do seu filh@? [Com sorte terei muitas respostas legais para transformar em um outro post.]
O Tom tem três meses e 1 semana. Desde que ele nasceu já fizemos três viagens:
- Carmel: cerca de 2 horas de casa. Veja detalhes dessa viagem nesse post
- Sacramento: Com o trânsito foram 3,5 horas de viagem
- Morro Bay: Com o trânsito foram 4,5 horas de viagem
Até agora todas as nossas viagens foram curtinhas, 2 ou 3 dias no máximo. Foi legal para irmos pegando o ritmo e treinarmos para a próxima viagem que será mais longa envolvendo um vôo de pouco mais de 1 hora e 7 dias viajando de Motor Home pelos parques nacionais de Utah. Vem aí #Roadtripnodeserto2
Agora chega de lenga-lenga e vamos aos aprendizados:
Nosso bebê detesta a cadeirinha (Car Seat), mas podemos melhorar a experiência
Sei que muitos bebês amam andar de carro e que tem muita mãe que até coloca o bebê para dar uma voltinha e dormir no carro. Infelizmente não temos essa sorte. O pequeno ODEIA a cadeirinha. Fica bravo, chora alto, uma tristeza. Como moramos num lugar meio afastado e dependemos muito do carro para a nossa rotina normal, aos poucos ele tem aprendido a aguentar melhor períodos de 1 a 2 horas no carro sem reclamar tanto, mas ainda é um desafio que infelizmente preciso enfrentar semanalmente (para não dizer diariamente).
Para melhorar a experiência dele (e a nossa) estamos fazendo o seguinte: 1 de nós dois senta no banco de trás. Com alguém disponível para brincar com ele, fazer carinho e cantar musiquinha, a viagem (seja de meia hora ou de 3 horas e meia) fica bem mais tranquila. Também levamos brinquedinhos variados: uma naninha que ele adora, um dragão que bate asas, um ursinho que toca música, uma girafinha toda colorida e sensorial. Vamos alternando os brinquedos para aos poucos ir descobrindo o que funciona.
Outra tática vencedora é levar uma mamadeira com leite (ele toma só leite materno, mas aceita bem a mamadeira) para dar em viagens maiores que duas horas. Isso exige um pouco de trabalho e dedicação extra da minha parte que preciso tirar o leite, mas vale hiper a pena.
Sempre prontos para mudar de planos
Percebemos que nossa rotina com o Tom é bem diferente e que somos muito mais lentos, assim estamos programando pouco e curtindo o que aparece pela frente. Também percebemos que um nenê tão pequeno requer mudanças rápidas. Tá ventando muito na praia (to falando de vendaval) e não rola abrir o guarda-sol? Partimos logo para um plano B, ainda que seja tomar um drink olhando pro mar protegidos por um vidro e rindo do perrengue récem enfrentado com o guarda sol voador, o que vale é ser rápido e criativo.
Tá fazendo um calor de 30 graus e o baby está detestando a experiência? Bora comer rapidinho e buscar outra coisa que seja divertida pros 3. Falando assim parece um pé no saco, mas juro que nosso sambarilove para entender e curtir essa vida de papai e mamãe tem sido bem divertida, e nossas viagens também.
Banho no bebê: criatividade total
Aqui nos EUA quarto de hotel quase sempre tem banheira, e com uma banheira é fácil. Entro no banho com o pequeno e ele adora a combinação de banho com a mamãe mais tetê.
Só que nessa ultima viagem não tinha banheira…
Ao entrar no quarto lindo (gigante, com vista pro mar e todo reformadinho) do hotel soltei um palavrão ao constatar que não tinha banheira. No mesmo momento e fiquei pensando nas possíveis soluções: banho de gato? W.O. No banho? (se os americanos só dão banho uma vez por semana, 2 dias sem banho não seria um crime, seria?)
Depois de um dia com muita areia e vendaval o Tom tinha areia grudada em todas as dobras (o pequeno é calorento!) e muita areia no cabelo. Não tive dúvida. Coloquei o bebê pra mamar no peito e entrei no chuveiro de um jeito que meu rosto protegia o rosto dele e aos pouco fui me livrando de toda aquela areia fininha. Ele gostou da experiência e até tentou dar uns goles na água (ele faz isso até em casa, toda vez que a gente coloca água no rosto ele põe a língua pra fora e tenta tomar uns golinhos :P) Tá certo que ele não deveria tomar água e muito menos do banho, mas umas gotinhas não dá nada e por sorte a água californiana é das boas!)
Para a próxima viagem, no Motor Home (o chuveiro é minúsculo), vou seguir a dica da Claudia do blog Felipe o pequeno viajante, vou levar uma dessas piscininhas baratex infláveis de supermercado e vou dar banho no pequeno em cima da mesa! A piscina vai entrar na lista dos nossos acessórios de viagem. [Segundo a Claudia, tem que comprar uma BEM vagabunda para encher fácil e rápido. Rs]
Sling, nosso melhor amigo
Para conseguir comer em restaurantes e passear por lugares não acessíveis com o carrinho temos abusado dos carregadores de bebê. Atualmente estamos usando um sling molinho (a vantagem dele é conseguir amamentar o Tom nos lugares enquanto caminho e sem mostrar os peitos para todo mundo) e um Ergo Baby que é uma belezura para caminhadas. Nas próximas semanas o Tom deve ganhar o peso necessário para não precisar usar o Insert e aí ficará ainda mais fácil de pôr e tirar o pequeno rapidamente do Ergo Baby. Com os carregadores conseguirmos andar por todo canto sem depender de carrinho, e comer num lugar legal sem uma sinfonia indesejada.
Carro cheio: inevitável
Achavamos que nosso porta-malas era incrível até a chegada do pequeno! Só o carrinho ocupa quase todo o porta-malas e olha que é um bom porta-malas. O jeito é ser inteligente, minizar ainda mais as nossas coisas (já vimos que a mala de bebê é grande e não tem jeito, a sujeira é um treco surreal) e encaixar tudo organizadinho. Eu que peco no fator organização tenho apanhado para burro e estou exercitando bastante aquela velha história de guardar as coisas certas nos lugares certos. Sorte que tenho o Gu para organizar nossa vida.
Menos é mais: fato!
Com o bebê e seu “amor” pela cadeirinha o entra e sai do carro é algo BEM desagradável, assim nossas viagens passaram a ter menos paradas. Aquela história de pingar uma noite em cada hotel não é mais viável (lembra do porta malas cheio) e fazer paradas de dez em dez minutos para conhecer 25 lugares diferentes também não. Estamos aprendendo a escolher melhor, e aproveitar melhor.
Nosso tempo é precioso
Nossas semanas são corridas e durante a semana o Gu, o Antonio e eu temos pouco tempo de qualidade juntos, assim nossas viagens são um tempo precioso e que precisamos aproveitar. Eu tenho tentado ser mais sociável usar menos o meu celular (adoooooorrrrooooooo), deletei o App do Facebook (deixei o messenger e as notificações do Ideias na Mala instalados) e tenho tentado usar o telefone o mínimo possível para curtir o momento presente e aproveitar as viagens com meus dois amores sem tantas interrupções. Tem sido difícil, mas quero melhorar.
E você que tem filhos, sentou grandes mudanças nas suas viagens?
Conte para nós!
Veja também:
- Viajando com bebê: a primeira viagem do pequeno
- Dicas para viajar grávida
- Um bebê nos nossos planos de viagem
Fantastico site parabens. Tenho exlporado todas as dicas pois estou prestes a viajar ate SF e fazer um dos roteiros. Como vou viajar com um crianca de 3 anos quais sao os seus conselhos, Espero nao ser muito ambicioso na volta. SF-NAPA. SF-Y SF-HW1 LA-LV LV-GCY LV-SF. 20DIAS.
Oi Carlos,
Traduza essas siglas para mim (sorry cada um abrevia de um jeito e apesar de conseguir acertar quase todas não quero errar) e o e o número de dias que vc imagina para cada cidade.
Beijos
Parabéns Mari. Adoro suas dicas. Como avó, senti-me até adaptada as idéias de viagens. Sua energia e habilidades merecem aplausos. Vale aqui a propaganda brasileira do bombril: suas dicas tem mil utilidades.
Hahhahaha. Dei risada da comparação com Bombril 😉
Mari, sua linda!
Eu sabia que vocês iam tirar de letra essa nova fase de viajantes! O Tom chegou para acrescentar 🙂
Belo post!! Love U!
bjo
Sua fofa!
Obrigada pela visita e pelo comentário!
Oi Ma!! Super bacanas as dicas para viagem! Estou com minha piqui, Carolina, de 25 dias hj, e tbm estou na pegada de pequenos passeios 🙂
2 coisas que me chamaram atencao: (1) uso do sling! A partir de 3,2kg ja pode usar sem acessorio insert? Ganhei 2 modelos mas nao tem essas intrucoes… :/ e (2), como faz para acalmar colica, azia ou indisgestacao, aqueles choros meio desesperador, naturais, por formacao na flora intestinal dos pequenos? Inveja da sua alimentacao! 😉 bjs!!
Oi Pro,
Parabéns pela Carol, um anjinho!
(A) O sling de pano você pode usar desde os primeiros dias de vida. OS asiáticos usam MUITO e é ótimo. Para os outros, pesquise as recomendações do fabricante e use seu senso de mãe. Independentemente do peso da Carol, não rola tirar o inseri se ela não estiver bem durinha.
(B) Para cólica: Cara, nem me fala desse lobo mau horrível que apavora as mãe e faz dodói nos bebes. O Antonio sofreu MUITO até eu acertar minha alimentação (ele não tolera lácteos e nem grãos). Quando eu escapo da dieta, uso o Colic Calm (juro que testei TUDO e esse é o melhor para ele) uma homeopatia porreta e faço bolsinha de água quente.
Beijos e aproveite muito
Amei as dicas!
E em relação ao sol, como faz com o protetor solar no pequeno?
Comprei um protetor mega natureba, mas ainda não precisei usar. Deixo ele sempre com chapéu e sempre na sombra. Quero esperar um pouco mais antes de deixar ele no sol.
Beijos e obrigada pela visita