Índia: Taj Mahal só para mim
Ter o Taj Mahal só para mim nem que fosse por só 2 minutos era uma das metas da minha viagem para a Índia. Nesse post, divido com vocês a história por trás dessa loucura e dicas para quem quer visitar o Taj. Vamos nessa?
Não sou das mais rápidas. Fato. Mas determinação é comigo mesmo e eu tinha uma meta: queria ter o Taj Mahal só para mim, ser a primeira a entrar e tirar uma dezena de boas boas antes do lugar começar a encher. Audaciosa? Talvez.
A espera
E foi assim que em uma madrugada mais fria que o esperado começamos a nossa peregrinação para o Taj Mahal. O Taj abre de domingo a quinta , do nascer ao pôr do sol. Naquele dia a abertura estava programada para as 7:30 da manhã e nos programamos para chegar 1:15 antes (sugestão do nosso guia e ele acertou em cheio, fomos o segundo grupo a entrar).
Munidas com casacos caprichados, bolsas quase vazias para não ter problemas com o raio X e as regras pentelhas de segurança do Taj (são uns chatos, não pode tripé, não pode carregador de celular, fone de ouvido e nem absolutamente nada de comer) discutíamos nosso plano de ação e dávamos risada de nós mesmas. O grupo na nossa frente, claramente de terceira idade, não teria pique para correr até a parte principal do Taj (protegida por um belo muro e uma porta), restava torcer para os guardas do outro portão (exclusivo para os indianos) não resolvessem começar a trabalhar antes do nosso.
Pernas pra que te quero
7:35 e eu olhava para meu relógio impaciente. Abre ou não abre? Abriu, e eu corri. Corri como se estivesse disputando o ouro olímpico e parti para o ponto de encontro que havia combinado com as meninas. Passei reto pelo muro, nada de bater foto da porta, eu queria o principal. Taj, seu lindo, chegueeeei!
O Taj pra chamar de meu
A corrida valeu a pena, levou uns 5 minutos para a segunda pessoa chegar. Enquanto isso eu me deliciava, e fotografava – Feliz da vida – torcendo para o sol nascer bonito e levar a neblina embora.
Momentos depois eu já havia tirado todas as minhas fotos. Desliguei a câmera, sorri e agradeci. O Taj Mahal nunca foi o motivo da minha ida a Índia, sem expectativas deixei o lugar me surpreender, me conquistar e me envolver. Sem dúvida um lugar especial! Índia sua linda, você acabara de me conquistar mais uma vez, e dessa vez com seu grande cartão postal. E não é que é bonito mesmo?!
O sol nem nasceu, ou nasceu e eu nem vi. Sei que uma hora ele apareceu. E junto com ele vieram as pessoas. Dezenas, centenas, milhares. Aos poucos o Taj Mahal foi perdendo aquele ar sereno e ganhando aquele jeitão conturbado, um tanto quanto lotado de uma atração turística disputada. Não é pra mim!
Mais um tiquinho de sossego
Enquanto a multidão se aglomerava na parte central do mausoléu, fomos para uma das laterais e alí, mais uma vez, pudemos curtir um pouquinho de paz e nos deliciar com mais um hora ou duas de contemplação.
E claro que rolou foto do grupo! 🙂
Horas depois, quando saímos do Taj, a fila na porta já dava voltas. Só piora. Quanto mais tarde, mais lotado!
Quer visitar o Taj e curtir a vibe? Madrugue, e corra! Juro que vale a pena.
E a parte interna do mausoléu?
Visitei no dia anterior e detestei. Era tanta gente, um empurra empurra louco. Guerra de flashes onde é proibido tirar foto, mãos bobas se aproveitando de traseiros desavisados. Um clima péssimo de final de carnaval de salvador (todo mundo suado com um calor infernal) sem nenhuma gota de cerveja pra aliviar. A experiência foi tão ruim que nem pensei em voltar. Nem vazio!
Um dia antes
Vale falar que essa foi a minha segunda visita ao Taj Mahal, no dia anterior visitei o Taj durante o pôr do sol. O que achei? Lindo, porém lotado. Voltei no dia seguinte para assistir o nascer do sol e tentar encontrar mais vazio. Bingo! Por alguns minutinhos tive o Taj Mahal só para mim!
Eu se fosse você faria o mesmo!
Detalhes para quem quer visitar o Taj Mahal
- Site Oficial
- Aberto de domingo a quinta do Nascer ao pôr do sol | Fecha as sextas feiras
- Entrada: 1000 rúpias para estrangeiros
Este post faz parte da série Histórias de Viagem, um retrato fotográfico das minhas andanças pelo mundo.
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Olá! Dormiu em agra pra chegar essa hora correto?
Sim, duas noites!
Tem um erro grande no seu texto. O Taj nao abre de quinta a domingo, é ao contrário. É de domingo a quinta. De modo que na sexta ele fica fechado. Mas é so esse erro, o texto está magnifico.
OPA! Obrigada pela correção, deixa eu atualizar já!
Abraços,
Olá td bom?
Estou indo para India em fev/18 e estou adorando as suas dicas. Vc sabe que eu estou indo com um grupo aqui do Brasil e as suas dicas estão me fazendo repensar na possibilidade de ir sozinha acredito que saia muito mais barato. O que vc me daria de dicas em relação ao custo da viagem?
Bjo
Silvia
Oi Silvia,
Ir sozinha é sempre mais barato, mas é claro que dá mais trabalho!
Eu peguei um tour na primeira parte da monha viagem (veja detalhes aqui) e achei que foi super bom para eu entender bem como funciona a Índia.
Beijos
Olá. Estou indo para a índia em abril/2017, e estou encontrando muita dificuldade em entender como chegar ao taj mahal. Você tem o contato do guia que te levou? Poderia informar o valor, como funciona, etc? A “excursão” sai de Deli mesmo? Agradeço muito a ajuda 🙂
Oi Tamires, Fiz um tour de 20 e poucos dias com a G Adventures
Mas te adianto que Agra é longe de Delhi e que vale a pena dormir pelo menos uma noite.
Para chegar pegue trem (norturno ou diurno) de Delhi a Agra. Também dá para voar, mas não sei se compensa.
Beijos