Acampando com dois bebês em Lake Tahoe
Saiba como foi o nosso acampamento em Lake Tahoe com dois bebês, uma experiência divertida e repleta de dicas para você aproveitar Lake Tahoe no verão. Vamos nessa?
“Você está acampando? Com dois bebês?!” Olhei para a tela do celular e sorri. Em seguida respondi! “Opa, e não é que deu tudo certo?”
Estávamos em South Lake Tahoe, num campground super estruturado chamado Camp Richardson (o local também conta com uma ótima estrutura de hotel para quem preferir) os meninos ainda estavam dormindo e a luz do sol passava entre os pinheiros e iluminava a barraca, um amanhecer lindo de um dia que tinha tudo para ser incrível (e foi!)
Enquanto eu tirava fotos do amanhecer, o Gu preparava nosso café da manhã: Sanduíche quente com queijo, presunto, ovos e abacate, café para ele, e aveia instantânea misturada com banana para o Tom (25 meses). Pouco antes do café da manhã ficar pronto ouço o barulho dos meninos na barraca, o Tonzinho acordou e foi abraçar o Caio (5 meses) que já estava de olhos abertos tentando pegar um elefante de pelúcia do outro lado do sleeping bag. Delícia de vibe!
Preparação, o segredo do sucesso
Preparação psicológica dos pais
Foi o segundo camping do Tom (contei aqui todos os detalhes da nossa primeira experiência acampando com bebê ) e o primeiro camping do Baby Caio, e dessa vez fomos bem preparados para os desafios, e já contando que a nossa primeira noite não seria lá grande coisa. Afinal dormir em uma barraca colorida e cheia de colchonetes, mais parece parque de diversões do que quarto para uma criança de dois anos.
Quanto ao pequenino (Baby Caio tinha 5 meses na viagem), levamos o nosso bercinho portátil, o mesmo que ele dorme em casa. Como o berço é pequeno e cabe na barraca, achamos que seria bem mais fácil para nós não mexer muito com a noite dele, e quer saber? Acertamos. Exceto a roupa a la boneco Michelin (já já falo disso) o pequeno mal notou que estava fora de casa.
Equipamentos & comidas
Se uma viagem de carro ou avião com bebês já exige um montão de coisas, imagine só acampar! Além da barraca, sleeping bags, colchonetes, mini fogão, parafernália de cozinhar, comidinhas e etc… tivemos que levar roupas extra para os pequenos (desfraldamos o Tom há poucas semanas atrás e ele não está 100% confortável com esse lance de penico), roupas quentes para aguentar o frio de 5 graus que faz a noite, e roupas bem verão para curtir o calor do meio do dia. Fazer tudo caber no porta malas foi um sambarilove louco, e no final das contas tivemos que viajar sem carrinho (e viva o carregador de bebê) porque nem o carrinho guarda chuva cabia no porta malas (e sim, temos uma caixa extra que vai no telhado do carro, mas ainda assim foi apertado).
Dedicamos pelo menos meio dia de trabalho para preparar a viagem, e na volta mas meio dia para arrumar toda a bagunça. Mesmo com essa preparação TODA e com o universo de tralha que tivemos que carregar, a viagem valeu cada segundo. Será o primeiro de muitos acampamentos em família de 4!
O que deu errado: Uma saída tumultuada
Nossa saída foi um pouco mais corrida do que o antecipado, às 3 da tarde de sexta feira o Gu foi ler a confirmação do camping e percebeu que havia um horário máximo para check in: 21:30, e como estamos há cerca de 4 horas e meia de Tahoe, sem trânsito, teríamos que sair o mais rápido possível para tentar chegar perto das 21:30.
Fui pegar ele correndo no trabalho, enfiamos as coisas no carro e saímos o mais rápido que deu. Levamos cerca de 1 hora para ajeitar tudo e sair na loucura
A viagem de carro: Dicas para viajar com dois bebês
Para amenizar o perrengue da viagem levei uma bolsinha cheia de brinquedos para o Tom, e uns 3 ou 4 brinquedos para o Caio (dei várias dicas para viagens longas de carro com bebês aqui.), também levei o Ipad carregado com filminhos. Num mundo ideal, faríamos a viagem em etapas parando a cada hora e meia para relaxar com os meninos, mas com o horário limite de check in valendo, não daria para parar mais do que uma vez.
Leite congelado para o Caio
Amamentei o Caio na saída de casa e levei mais uma mamadeira cheia de leite congelado, acabou faltando um pouco de leite e tive que ordenhar no meio da viagem, o que não foi legal, já que eu tenho zero prática de ordenhar na mão. Numa próxima levarei 2 mamadeiras cheias. (E sim, para mães que amamentam essa é uma dica de ouro, tenha sempre mamadeiras de leite congelado para levar na viagem. É uma mão na roda para a viagem render sem deixar o pequeno nervoso). Depois da segunda mamada o Caio dormiu bem até o final da viagem.
Revezamento de brinquedos
Quanto ao Tom, o combo filminhos + brinquedos funcionou super bem. Assim que ele enjoou do primeiro filme, passei três carrinhos para ele brincar. Depois disso passei uns bonequinho (e claro, guardei os carrinhos no saco. Revezamento de brinquedos é o segredo do sucesso numa viagem longa), e quando não rolava mais brincar de bonecos fomos de livrinho. A viagem rendeu bem, e apesar dele não ter dormido, ele só começou a reclamar quando estávamos em Lake Tahoe a cerca de 20 minutos do camping. Neste útlimo trecho a cantoria – pensa num trio desafinado – nos salvou. O hit da viagem foi “A pipa do vovô não sobe mais (…)” – sei lá de onde o Gu tirou essa!
Lanchinhos
Lembram que falei que saímos de casa na louca? Nessa correria toda não tivemos tempo de comprar um jantar saudável para levar com a gente. Não sabíamos se daria tempo de parar antes de Tahoe, então mandamos ver nos lanchinhos. Levamos bananas, sticks de queijo, cerejas e pêssego (basicamente todas as frutas que eu tinha lavadas em casa) e assim que a fome bateu fomos devorando os lanchinhos aos poucos.
Paramos no Mc Donalds para pegar algo rápido, eu nem gosto muito e fazia uns dois anos que não comia um Big Mac, e os lanchinhos encheram tanto o Tom que ele mal quis comer. Não foi um jantar dos sonhos, mas foi o que deu para fazer.
Chegada em Lake Tahoe e a primeira noite na barraca
Quando percebemos que mesmo com a correria toda não chegaríamos a tempo, liguei para a recepção do Camp Richardson, e que sorte que eles tem um hotel com recepção 24 horas. Realmente a entrada após as 21:00 não é permitida, mas eles entenderam a nossa correria e abriram uma exceção. Isso não nos salvou de uma boa bronca na chegada, mas nos garantiu o check-in tardio.
O Gu montou a barraca numa velocidade recorde enquanto eu tirei o Tom do carro e brinquei com a lanterna. Ele estava exausto, mas curtiu o novo brinquedo. Falando em novidades, vocês precisam ver a alegria dele ao descobrir que ia dormir naquela barraca colorida e cheia de colchões junto com o papai, mamãe, e o Caio.
Ainda estava calor quando chegamos, mas a temperatura cai drasticamente a noite, então tivemos que encapotar os meninos já nos preparando para 5 graus positivos de madrugada. Já de pijama o Tom corria para lá e para cá, cantarolava de felicidade, e o Caio, muito bravo por ter sido acordado e entuchado dentro de uma roupa maior que ele tentava se concentrar na sua mamada final.
Levamos mais de uma hora para conseguir colocar os meninos para dormir com direito a muita choradeira. O Tom que geralmente dorme às 20:00 passou do ponto, e em geral, quando ele passa do ponto, dorme mal e acorda chorando alto no meio da noite.
Eram 12:30 quando ele acordou inconsolável e gritando alto, acho que o choro dele acordou todas as barracas vizinhas, e o Gu num momento de desespero falou: “não dá para acampar com eles, vamos para casa”. Por sorte e com muita paciência conseguimos acalmar o baixinho, que dormiu o resto da noite.
O único porém é que ele acabou dormindo no meu colchonete, e eu tive que me espremer para caber de volta. Mas tá valendo, não? O Caio acordou para suas 4 mamadas noturnas habituais, ele acorda rápido, mama e dorme, então nem o Gu e nem o Tom acordaram com ele, mas para mim é um pouco cansativo, especialmente dividindo o micro colchonete com as pernas de jogador de futebol do Tom, tomei um montão de chutes.
O Gu acordou cedinho com a claridade entrando na barraca, e eu dormi até que a minha bexiga me fez acordar para ir ao banheiro. Cansados? Bastante, mas já estávamos esperando uma primeira noite dura.
De volta ao começo do post, nem a noite conturbada e nem a viagem longa estragaram a minha alegria de estar em Lake Tahoe com os pequenos. Eu tinha TAAAANTOS planos.
Conhecendo a praia de Camp Richardson
Depois do café da manhã saímos para passear. Nossa primeira parada foi a praia e Marina do Camp Richardson, uma praia bem gostosa com uma boa estrutura e um restaurante delicioso de apoio, o Beacon.
Passeio de bicicleta em Lake Tahoe
Saindo da praia, vimos a loja de aluguel de bicicletas e ficamos com vontade de passear. Alugamos um trailer para os meninos e bikes para nós (o aluguel custa $10 por bike de adulto por hora + $8 para o Trailer).
O Tom ficou todo empolgado com a bicicleta, ele AMA, e o Caio que nunca havia andado demorou um pouco para se acostumar, uns 10 minutos de passeio depois os dois estavam capotados. E nós que estávamos sem planos, seguimos até o final da ciclovia (o percurso é todo lindo, no meio das árvores), e retornamos.
Baldwin Beach
Na volta aproveitamos a bike para visitar uma das praias do caminho, e conhecemos a Baldwin Beach que é MARAVILHOSA. A praia é pública e tem um lugar que aluga caiaques e SUP, mas o estacionamento é BEM limitado, então a dica é chegar cedinho ou fazer como nós: alugar bicicletas.
De volta a ciclofaixa, seguimos pedalando e volta rumo ao Camp Richardson (com uma parada bem rápida na ponte onde ocorre a desova do Salmão Kokanee, um espetáculo imperdível para quem visita Tahoe em meados de outubro. No verão, a ponte é apenas mais um riacho fotogênico que corta a ciclovia. Também tentei convencer o Gu de parar nas casas históricas de Tallac na volta, e ele, que geralmente foge deste tipo de passeio, me enrolou com a velha desculpa: “os meninos estão dormindo, mais tarde a gente volta”. É claro que não voltamos.
Sorvete antes do almoço, e por que não?
55 minutos de passeio depois, devolvemos nossas bikes em Camp Richardson, tomamos o sorvete mais gostoso e barato dos últimos tempos (duas bolas gigantes custou $4 – isso porque pedi a casquinha especial de Waffer) e seguimos para o camping para almoçar.
Almocinho rápido de camping: macarronada
Viajando com um menininho e um bebezão, o jeito foi simplificar o cardápio. De almoço macarrão, e churrasco no jantar. A macarronada fez o maior sucesso do mundo com o Tom que já havia tomado muito mais sorvete do que uma criança de dois anos deveria tomar, e que mesmo assim encontrou um lugarzinho no estômago para mandar ver.
Tarde na praia
Depois do almoço passamos a tarde curtindo a sombrinha e aproveitado a Praia do Camp Richarson. Rolou um revezamento para entrar na água e Gu, Caio e eu acabamos tirando uma soneca rápida (alternados, claro) enquanto o Tom brincava.
Churrasco
Nosso churrasco começou bem cedo, estávamos cansados da noite mal dormida e queríamos descansar o quanto antes.
Acendemos a fogueira, outro pedaço que o Tom amou, e começamos a tirar as carnes e as linguiças. Foi bem gostoso.
Fallen Leaf Lake
Por ele, o Gu ficaria no camping e só sairia na hora de ir embora. Mas eu estava louca para passear um pouco mais, e ele acabou topando. Fomos visitar o Fallen Leaf Lake (a estrada para chegar lá por dentro é uma droga e demoramos bem mais do que o esperavamos) e ficamos encantados com o clima despojado e com a vibe família. Taí um lugar que quero voltar para passar o dia todo e curtir com as crianças!
Segunda noite de camping
O processo de fazer o Tom dormir dentro da barraca não é simples, acho que é muita cor e muita coisa macia (mini travesseiros, sleepings super fofos, colchonetes) para a cabeça de uma criança, mas depois que apagamos a luz ficou um pouco mais fácil.
Dessa vez colocamos o Sleeping dele entre os nossos, e acertamos. Apesar de muitos chutes e de ter que tirar ele de cima do meu colchonete – ele se mexe muito – cada vez que o Caio acordava para mamar, dormimos todos bem. Acho que se o nosso camping tivesse 3 ou 4 noites, seria cada vez mais fácil.
(E para quem tá se perguntando sobre banho e banheiro, o Camp Richardson e MUITOS outros campings na Califórnia tem toda a estrutura de banheiro. É uma mão na roda!)
Hora de desmontar barraca
No dia seguinte acordamos um pouco mais tarde: 8:30! Viva! Passar das 7:30 é quase um milagre com os meninos. Tomamos café da manhã e começamos todo o processo de desarmar barraca e arrumar as coisas. Mesmo sendo “macaco velho”, os dois meninos reduzem muito nossa velocidade, e levamos quase duas horas para arrumar e guardar tudo.
Praia & almoço no Beacon
Dali seguimos para o restaurante Beacon onde pegamos uma mesa de frente para o lago, pedimos drinks gostosos e curtimos nossas últimas horas em Lake Tahoe. O Gu não quis entrar na água, mas eu aproveitei para dar aquela nadada gostosa e relaxar.
Saí do lago mais leve, reenergizada e pra lá de feliz. Acampar com as crianças dá um trabalhão, mas quer saber? Vale mega a pena! Ficam as boas lembranças, os sorrisos dos meninos, e as fotos lindas que tiramos… mal saímos e já estamos loucos para voltar!
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