Bate e volta de Cairns: Cape Tribulation
Chegando do Live Aboard tratei de procurar entre as mil opções de tur disponíveis em Cairns algo que me agradasse e que não fosse exorbitantemente caro para matar as minhas 24 horas antes de poder voar (Depois de mergulhar, não pode voar por 24 horas). A galera do mergulho resolveu saltar de Bungee Jump, e conseguiu uma boa promoção: dois saltos pelo preço de um. Mas, como eu já tinha feito isso antes, não quis repetir o programa. Calma, não to falando que não valha a pena, mas eu estava buscando alguma experiência um pouquinho mais duradoura. E por isso resolvi ir conhecer a Rain Forest ou floresta tropical Australiana.
Com a ajuda da moça da recepção do meu hostel, o Calipso, escolhi uma excursão no estilo bate-e-volta por Cape Tribulation, que incluía um montão de coisas diferentes além da tal caminhada pela floresta tropical.
Parada para foto na Capitain Cook Highway
Pé na vaca antes da excursão:
De passeio comprado, fui para o bar do meu hostel e acompanhada de amigas do mergulho – que logicamente chamei para o esquenta ali porque era mais barato, iniciei o maior pé na jaca da viagem. Começamos com o vinho de tetrapak, e depois de algumas taças, fomos encontrar o resto da galera do mergulho no Rattle N’ Hum e alguns goros depois, (fui muito lúcida em não entrar nas tequiladas, mas não resisti as jarras de chop que não paravam de brotar na mesa) fomos a terceira parada da noite o The Woolshed – que tava barulhento demais para o meu gosto. As 4 da matina, caí na real e peguei um taxi de volta para o hostel. As 7 e meia da matina tava eu lá com uma mega ressaca esperando o cara meu tour vir me buscar.
Primeira parada: Rainforest Habitat Wildlife Sanctuary
E como qualquer veículo motorizado funciona muito bem como sonífero para bêbado, capotei lindamente até a nossa primeira parada, o “Rainforest Habitat Wildlife Sanctuary”, uma espécie de zoológico onde os animais ficam soltos em grande áreas fechadas. O lugar é dividido em três grandes áreas, sendo que em duas delas você pode interagir com os animais, o que inclui dar comida na boca dos Cangurus e Wallabys ou tirar fotos com Koala, crocodilo ou cobra.
Foto com Koala
Eu que já tinha tirada foto com Koala na minha última viagem a Austrália, não resisti a tentação de segurar o bichinho novamente e paguei 16 doláres para tirar a tal da foto .
Alimentando Cangurus
Junto com a foto “ganhei” um pacote de ração de Canguru e fui dar comida para cangurus e Wallabys gulosos que sem nenhuma timidez vieram comer na minha mão. Tive uma experiência dez vezes mais turística do que o esperado, e saí Dalí com um mega sorrisão de criança feliz!
Confesso que cheguei no parque com um pouquinho de preconceito, tendo acabado de chegar da áfrica, o que eu menos queria era “perder meu tempo” em um zoológico, mas que saí de lá absolutamente maravilhada com as cores das aves, e com os animais tão diferentes que vi.
Alguns animais impressionantes:
Morcegos gigantescos, ainda bem que nenhum saiu voando em minha direção, por que eu ia MORRER de medo, mesmo sabendo que o bichão só come fruta, quem é que vai se arriscar quando um treco gigante e preto, do tamanho de um braço gordo e peludo – sim o bicho é asqueroso de verdade – vem voando em sua direção.
O crocodilo
Os ENORMES e nada amigáveis crocodilos – bem maiores que os que eu tinha visto na áfrica, que não tiram nenhum segundo o olho de você – não se preocupe que estes ficam BEM PRESINHOS. Mas para entender a agressividade do bichinho, eles te mostram um filhote – com a boquinha lotada de dentes afiados devidamente presa com um considerável pedaço de fita adesiva. De cinco em cinco minutos o bicho tenta escapar em vão das mão fortes da monitora, com movimentos super rápidos tentando chicotear o que vier pela frente com o rabo. Ela nos deixou passar a mão na pele do bicho que é incrivelmente macia.
Cobras
E para completar a fila de bichos maus, o próximo animal que ela pegou par nos mostrar, foi uma enorme cobra, sei lá de que tipo, eu de verdade não gosto de cobra, mas não resisti chegar pertinho e tirar uma foto.
A Cassowarry
Outro destaque é a Cassowarry, uma ave maravilhosa, tão grande e tão curiosa quanto uma ema, ela esta ameaçada de extinção. A ave é bem exótica tem cabeça azul, papo vermelho e bundão preto. Dizem que ela não é muito amigável na natureza e quando se sente ameaçada, pode até matar um humano, mas ali presinha a Cassi (como eles carinhosamente apelidaram a fêmea) me pareceu bem gentil!
Pássaros Australianos:
Para quem tava com fome, essa também foi a parada do café da manhã, lá no santuário eles tem um Buffet de café da manhã – caro, mas bem famoso na região – porque te permite tomar café da manhã em um lugar repleto de aves exóticas. Eu deixei essa passar, especialmente porque o almoço tava incluso no preço do pacote, e porque quis aproveitar meu tempo curtindo e fotografando as mil aves diferentes.
Segunda parada: Floresta Tropical Mossman Forge
Não preciso nem contar que dormi profundamente até a segunda parada, a floresta tropical Mossman Gorge um pedacinho do parque nacional de Dain tree. Preciso dividir que mais uma vez fiquei super bem impressionada com a infra estrutura Australiana. A linda floresta tropical, é toda sinalizada com trilhas demarcadas e banheiros de verdade (nada de xixi no matinho e muito menos no rio).
E como floresta é floresta, fui DEVORADA por percevejos, pernilongos, e todo tipo de bicho que morde gente até ser salva pelos repelentes dos gringos do busão. UFFA!!!
Mas falando da parte boa, em nosso pequeno passeio pela bonita floresta, vimos arvores gigantescas (como a floresta é muito úmida, elas precisam crescer bastante para buscar ar), samambaias tão compridas que deixaria qualquer avó orgulhosa de seus vasos morrendo de inveja e alguns bonitos exemplares de lagartos australianos. E para completar o passeio nadamos no bonito rio de águas gelada. Foi um passeio mega agradável e de quebra, a água gelada ao mesmo tempo que deu uma super aliviada na minha ressaca, tirou o efeito de repelente e antes que virasse alimento de mais insetos famintos, com a maior cara de pau do planeta pedi mais um pouquinho do repelente dos gringos emprestado.
Picnic as margens do Dain Tree
Resolvido o problema da ressaca, comecei a ficar com muita fome, e por sorte fui salva pela próxima parada um Pic nic próximo as margens do rio Dain tree . De almoço, pedaços de frango, salada, frutas e para beber, um suco com a cor de Listerine – eu que já tinha tomado isso na minha ultima viagem a Austrália, mandei ver e até repeti, mas engraçado foi ver que nenhum dos gringos se habilitou, eita galera fresca, que ainda por cima me olhou torto enquanto eu lotava meu copo com o feiíssimo suco. Ah, antes que você me pergunte, o tal refresco tem um gosto bem x, uma mistura de limão com menta, mas nada haver com Listerine.
Continuamos com um passeio de barco pelo Rio Dain Tree, uma parte habitada por crocodilos e cobras, e aparentemente a graça do passeio é procurar estes animais. Nesse dia como a água tava muito cheia – quanto mais cheia, mais difícil de ver alguma coisa – demos a sorte de encontrar dois filhotes bem parecidos com os que havíamos visto no parque, mas não vimos nenhum crocodilo grande. Também vimos algumas cobras, mas nada muito impressionante.
Cape Tribulation
Outra parada para foto: Rio desaguando no mar
Algumas horas depois chegamos a Cape Tribulation, um lugar bem decepcionante para falar a verdade, a praia nem é tão bonita (Guarujá com todos os prédios no fundo deixa Cape Tribulation no chinelo, e no Guarujá, pelo menos, você pode entrar o mar sem correr o risco de vida de ser encontrado por águas vivas ou devorado por crocodilos), mas o mirante onde você consegue ver a junção entre a grande barreira de corais e floresta tropical é um pouco interessante.
Sinceramente dei graças a Deus por não ter passado nenhuma noite em Cape Tribulation, que não oferece nada além que do você pode ter em Cairns, mas por estar ali no meio do nada, tudo custa o dobro do preço.
Detalhe o mini sirizinho produtor de bolinhas
A praia é repleta de mini tocas de siri que formam bonitos mosaicos no chão. Tirei algumas fotos.
E para fechar o passeio, vimos o ultimo animal feroz – ou como um colega Brasileiro descreveu “bicho treta” – do dia, uma enorme aranha que decidiu dormir na porta de entrada do banheiro.
No final das contas, achei que o passeio vale a pena, e é uma boa forma de matar o dia que você não pode voar depois do mergulho, mas acho que uma alternativa boa é alugar um carro com um grupo de pessoas, passar pelo Santuário de animais e encerrar o passeio curtindo o dia Mossman Gorge, fazendo a trilha completa. Pularia o pedaço da caça ao crocodilo de barco e a viagem até Cape Tribulation.
Localize-se
Rainforest Habitat Wildlife Sanctuary:
Entrada: Adultos 30 Aus | Crianças 15 Aus
http://www.rainforesthabitat.com.au/
Floresta Tropical | Mossman Gorge
Oi Mari, estou adorando todos os seus posts sobre a Australia. Poderia me informar com qual empresa você fez o tour?
Abraços!
Oi Giovana,
Mil desculpa, já faz tanto tempo que não consigo mais me lembrar a empresa :(.
Abraços e que pena que dessa vez não ajudei muito.