O que fazer em Chiang Mai na Tailândia: roteiro e dicas para a sua viagem
Descubra o que fazer em Chiang Mai, a segunda maior cidade da Tailândia e uma mistura interessante de cidade grande com jeitinho de interior. A magia ocorre no centrinho histórico da cidade, rodeado por ruínas da antiga muralha que protegia a cidade contra invasões dos Birmaneses (hoje, Mianmar) e repleta de templos lindos, cheios de detalhes e muita história para contar.
Chiang Mai é um dos melhores mercados do país para fazer compra, degustar comida de rua e fazer a famosa massagem tailandesa. O auge é aos domingos, quando acontece o Sunday Market – um mercado animado que toma as ruas do centro e traz uma vibe festiva para o coração da cidade.
Aqui você vai encontrar tudo o que você precisa saber para organizar o seu roteiro em Chiang Mai: entenda o contexto histórico da cidade, os principais templos para visitar, quantos dias ficar, onde se hospedar e muito mais.
Para facilitar a sua navegação neste post, criamos um menu clicável. Se quiser ir direto ao ponto, basta clicar em cima de um dos itens abaixo:
- História de Ching Mai
- Onde ficar em Chiang Mai
- O que fazer em Chiang Mai
- Roteiro de 2 ou 3 dias em Chiang Mai
- Como chegar em Chiang Mai
- Onde comer em Chiang Mai
- Planeje sua viagem para a Tailândia
Um pouco da história de Ching Mai
A história de Chiang Mai começa no fim do século XVIII, como a capital do Reino Lanna. A cidade era cercada por uma muralha para proteção contra os birmaneses (ao longo da sua visita, você verá partes desta muralha que serve como guia para te orientar pela cidade). Com o declínio do reino, Chiang Mai foi perdendo a sua força e chegou a ser ocupada pela dinastia Taungoo, da Birmânia.
Porém, Chiang Mai preservou boa parte da sua história e de sua cultura e hoje é considerada capital cultural e espiritual da Tailândia. Se você curte história e gosta de dar um pouco de contexto às suas viagens vale visitar o Chiang Mai City Arts and Cultural Center nos seus primeiros dias. Lá você aprenderá bastante sobre a cidade, a importância de Chiang Mai para os tailandeses e as idas e vindas da cidade ao longo dos séculos.
O que faz de Chiang Mai tão especial é que, mesmo sendo uma cidade grande, com muitos turistas, ela conserva um ar interiorano. É possível se perder pelas ruelas do centro histórico, ficar em silêncio, achar um templo vazio, conversar com os monges e, ao fim de tudo isso, experimentar a gastronomia do norte da Tailândia, que é uma delícia.
Onde ficar em Chiang Mai
Quando o assunto é onde ficar em Chiang Mai, há duas possibilidades que eu consideraria: ficar em um hotel incrível mais afastado do centro (saiba que você vai precisar de transfer o tempo todo) ou escolher um hotel (ou hostel, há várias opções legais na cidade) bem localizado e fazer quase tudo a pé.
Aí vão nossas alternativas preferidas:
- Hotéis caprichados: Four Seasons, Anantara Chiang Mai Resort e Tamarind Village;
- Hotéis com bom custo-benefício: Lanna Thaphae Hotel (testado e aprovado por nós), Buri Gallery House e Goldenbell Hotel;
- Hotéis econômicos: Khunluang Hostel e What’s up Chiang Mai;
Hotéis caprichados em Chiang Mai
Para quem tem um orçamento mais folgado, o Four Seasons de Chiang Mai é um sonho. Ele fica mais afastado da cidade, mas oferece transporte para o centro histórico. O hotel é cercado de verde (ele fica em meio a um arrozal ultra fotogênico que parece de mentira de tão perfeito), quartos em bangalôs, além de piscina e spa. Como o padrão da rede Four Seasons, os quartos são amplos, confortáveis e o serviço é de primeira.
Four Seasons Chiang Mai | Foto: Divulgação
Mais uma alternativa de hospedagem caprichada é o Anantara Chiang Mai Resort. O já clássico está localizado às margens do rio Mae Ping e oferece acomodações com design asiático minimalista.
Para explorar Chiang Mai uma boa pedida é ficar dentro do centro histórico. O Tamarind Village é um hotel lindo com uma localização imbatível, um casal de amigos queridos se hospedou por lá e adorou.
Hotéis com bom custo x benefício em Chiang Mai
Durante a minha passagem por Chiang Mai, eu me hospedei no Lanna Thaphae Hotel e o custo-benefício foi incrível. O quarto era super espaçoso e confortável e a localização incrível: a poucos metros do centro histórico. Foi um dos hotéis mais econômicos do nosso roteiro na Tailândia e super entregou.
Uma opção dentro do centro histórico, com bom custo benefício é o Buri Gallery House. Fica pertinho do Wat Phra Singh, um dos principais templos de Chiang Mai e na rua do Sunday Market.
O Goldenbell Hotel não é dentro do centro histórico, mas fica pertinho da muralha que delimita a parte antiga da cidade. O hotel ainda tem uma piscina ótima, o que é uma boa pedida para o calor da Tailândia.
Hotéis econômicos em Chiang Mai
Chiang Mai está repleta de ótimos hostels e o Khunluang Hostel é um deles. Localizado no centro histórico, ele possui acomodações e decorações modernas – um opção econômica no bolso, mas muito elegante na prática.
Outra boa opção de hostel é o What’s up Chiang Mai. Ele tem restaurante e piscina ao ar livre. É uma ótima pedida!
O que fazer em Chiang Mai
Chegou a hora de falar sobre o que visitar em Chiang Mai e a boa notícia é que tem muita coisa legal para fazer na cidade e várias alternativas bacanas de passeios em Chiang Mai.
Como a Tailândia enfrenta muitas questões delicadas com o turismo exploratório (seja das minorias étnicas ou exploração animal) nós fizemos uma curadoria cuidadosa e escolhemos apenas passeios que tem este cuidado com o sustentável.
A graça de Chiang Mai é vivenciar um pouco de tudo: a paz dos templos, os sabores da gastronomia, a animação dos mercados e a sabedoria dos monges. Ao montar seu roteiro de Chiang Mai, tenha o cuidado de incluir um pouco de todas atrações e, se possível, deixar um tempo livre para percorrer o centrinho sem pressa, xeretar as lojinhas, descobrir cafés incríveis e, claro, fazer uma massagem tailandesa.
Aí vai a nossa lista do que fazer em Chiang Mai:
- Templos de Chiang Mai
- Participar de um bate-papo com os monges
- Chiang Mai City Arts and Cultural Center
- Fazer massagem tailandesa
- Muralha de Chiang Mai
- Elephant Nature Park
- Curso de culinária
- Ritual Matinal das Almas
- Passeio de bicicleta pelo centro da cidade
- Mercados noturnos (e Sunday Market)
- Lanna Folklife Museum
- Rafting e trilhas
- Bate-volta para Chiang Rai
1. Se encantar pelos templos de Chiang Mai: Doi Suthep, Wat Chedi Luang, Wat Phra Singh e mais
Não dá para falar de Chiang Mai e não falar dos templos. São mais de 300 espalhados pela cidade, um mais bonito que o outro. Minha dica é mesclar os templos mais famosos como Doi Suthep (é chatinho chegar lá, mas não deixe de visitar) e o Wat Chedid Luang com cantinhos menos conhecidos, porém super especiais, como o Wat Lok Moli, o Wat Pha Lat, o Wat Pan Thao e o Wat Sri Suphan (o templo de prata).
Aí vai uma lista com os 11 templos em Chiang Mai que merecem entrar no seu roteiro:
- Wat Phrathat Doi Suthep
- Wat Pha Lat (o Templo da Floresta)
- Wat Chedi Luang
- Wat Pan Thao
- Wat Phra Singh
- Wat Chiang Man
- Wat Umong
- Wat Suan Dok
- Wat Lok Molee
- Wat Sri Suphan (o Templo de Prata)
- Wat Mo Kahn Tuang
Wat Phrathat Doi Suthep
A montanha sagrada de Chiang Mai abriga o templo mais famoso e o local mais visitado da cidade. A visita começa com uma escadaria linda com serpentes coloridas nas pontas. São 309 degraus para chegar na parte central do templo ou então pagar 50 Baht para subir de funicular.
De volta a visita, para entrar no templo é necessário cobrir os ombros e os joelhos (regatas e shorts curtos não são bem-vindos, lembre-se que estamos adentrando um local sagrado e que respeito é essencial).
Lá no alto, uma grande estupa dourada, dessas que brilham muito, e uma quantidade imensa de estátuas de budas dourados tomam conta do recinto. São tantos detalhes que é difícil saber para onde olhar e o que fotografar.
Aproveite a visita e faça como os locais: dê oito voltas em torno da estopa central (grande monumento dourado). Faça as voltas em sentido horário e aproveite para pensar em algo bacana, ou quem sabe, agradecer a visita. Em seguida, vá até o hall de ordenação e seja abençoado com água sagrada por um dos monges e receba uma fitinha de barbante branco. Após a bênção, é recomendado que você faça uma pequena doação.
Dizem que um dos pontos altos do Doi Suthep é a vista da cidade, mas quando o visitei havia uma neblina densa da chuva que caiu pela manhã e não dava para ver absolutamente nada.
Saindo do templo, aproveite para visitar o mercadinho do templo, achei muito coisa bacana e consegui bons preços em um colar de miçangas bem vermelho e bem especial.
Lenda do Doi Suthep
Reza a lenda que o templo Wat Phra That Doi Suthep data lá de 1386, quando uma parte do ombro de Buda foi descoberta em Sukothai. Duvidando da autenticidade da peça, o Rei de Sukothai mandou o ombro do Buda para Chiang Mai (na época era o Reino Lanna). Antes de ser consagrada, a relíquia se replicou, como um milagre. O osso clonado foi amarrado nas costas de um elefante branco, que saiu vagando e foi parar no no alto da montanha onde hoje está o templo. O rei de Lanna entendeu isso como um sinal e mandou construir o templo para abrigar o ombro do Buda.
Como chegar ao Doi Suthep
O Wat Phrathat Doi Suthep é o templo mais visitado de Chiang Mai e o mais distante do centro. Nós fomos de Grab (versão local do Uber) e a viagem foi bem rápida e tranquila. Slicitamos o carro e ele chegou bem rápido (também demos sorte com um motorista super simpático que fez questão de parar em um templo um pouco antes do Doi Suthep (o próximo da nossa lista, (e não nos cobrou nada por isso). Também existem vans e tuktuk que fazem o transporte.
Quer fazer uma trilha?
Com tempo e disposição você pode fazer a trilha que conecta o pé da montanha ao Wat Pha Lat e de lá seguir até o Doi Suthep. Essa trilha, conhecida como Monks Trail (Trilha dos monges) é o caminho original rumo ao topo da montanha e ainda é usada pelos monges para percorrer o caminho entre os dois templos. Separe pelo menos duas horas para fazer o trajeto e leve bastante água. Veja a descrição da trilha como fotos aqui.
Wat Pha Lat
Como contei acima, fomos de Uber até o Doi Suthep e o nosso motorista foi muito simpático. Apesar de não conseguir se expressar muito bem em inglês, ele fez questão de fazer uma parada no caminho para que a gente conhecesse o Wat Pha Lat que, segundo ele, era o seu templo preferido. Ele não cobrou nada a mais por isso (e, confesso que ficamos com receio de estar caindo em um golpe, mas não era).
Ele parou no templo e disse que nos esperaria o tempo que quisessemos para seguir a viagem até Doi Suthep. E que bom que aceitamos a proposta dele! O Wat Pha Lat se tornou o nosso templo preferido.
Conhecido como o templo da montanha, ele é bem menos turístico que todos os outros e haviam poucos locais rezando por ali. Pequeno e com muito verde, a neblina e as árvores a sua volta davam todo um charme a mais ao templo. Isso sem falar na cachoeira que atravessa o templo.
Minha sugestão é aproveitar a ida até o Doi Suthep e incluir esse templo em seu roteiro – diferente de tudo o que você vai ver na Tailândia!
Wat Chedi Luang
É o principal templo do centro de Chiang Mai. É um complexo com três templos: Wat Chedi Luang, Wat Ho Tham e Wat Sukmin. Do Wat Chedi restam as ruínas, a construção original foi parcialmente destruída em 1545 em um terremoto. O templo foi a primeira casa do Buda de Esmeralda, que hoje fica no Grand Palace, em Bangkok.
As ruínas são impressionantes, uma estopa de tijolos esculpida com elefantes e decorada com budas dourados. Vale contornar a estopa e descobrir estátuas (algumas bem peculiares) e ser abençoado pelo monge local.
Wat Pan Thao
Coladinho no Wat Chedid Luang, o Wat Pan Thao é um templo de madeira escura com jeito antigão, e bem bonito, e que frequentemente é decorado com centenas de bandeiras laranjas (a decoração depende do festival que vem por aí e da lua cheia).
Wat Phra Singh
Localizado na rua principal do Centro Histórico, o Wat Phra Singh é daqueles templos que você pode ficar um tempão explorando. São vários anexos e ele está super bem conservado e os jardins também são bem bonitos.
Programe sua visita por volta do 12h para assistir ao ritual lindo de agradecimento, seguido pela única refeição do dia. Ou tente encaixar a visita com algumas das orações (ver o templo cheinho e monges cobertos com suas vestimentas laranjas é bem especial).
Wat Chiang Man
O Wat Chiang Man é o templo mais antigo de Chiang Mai. Sua construção começou em 1036, mas muitas de suas partes foram colocadas no local séculos antes. Na entrada do templo tem-se um Buda de cristal (bastante famoso por lá).
Não deixe de conferir a estupa dos elefantes, a construção mais antiga do templo. O Wat Chiang Man tem dois Budas muito importantes para a população: o Phra Sae Tang Khaman e o Phra Sila. O primeiro tem apenas 10 cm e protege a cidade de grandes desastres. Já o Phra Sila tem o poder de fazer chover e é muito importante nas celebrações que marcam o fim da estação seca.
Dentro do templo há dois salões de meditação decorados em ouro e repletos de imagens do Buda. Dentro do maior dele está um Buda em pé segurando uma tigela de esmolas. Essa é a mais antiga imagem de Buda de Chiang Mai.
Wat Umong
Afastado do centrinho de Chiang Mai, e um tiquinho mais vazio que os templos principais, o Wat Umong combina um jardim lindo com antigas ruínas e túneis de meditação. A ideia é que você vá andando (sempre em silêncio) e parando nos pequenos espaços de adoração aos longo dos corredores.
Wat Suan Dok
Lembram do osso de Buda partido em duas metade? Metade foi colocado no lombo do elefante que o levou ao topo da montanha do Doi Suthep. A outra metade foi colocado sob a estopa principal do templo que também serve de abrigo para antigas famílias nobres e os primeiros governantes da cidade. Este Mausoléu pode ser visto na parte externa do templo com várias estruturas brancas ornamentadas e muito bem mantidas.
Outra curiosidade legal: o Wat Suan Dok é afiliado a Mahachulalongkorn Buddhist University e lá você poderá fazer workshops de 1 a 4 dias focados em budismo e meditação. Além disso o templo oferece programas de bate-papo com os monges (Monk Chat) que são sempre interessantes.
Wat Lok Molee
O templo abriga as cinzas da dinastia Mangrai, responsável pela construção desse templo, um dos mais antigos de Chiang Mai. Aproveite para passar no jardim e deixar o seu pedido, agradecimento ou oração nas árvores sagradas.
Durante a visita vale ficar de olho nas estátuas hindus espalhadas pelo templo, uma mistura bem interessante que não vi em tantos lugares na Tailândia.
Wat Sri Suphan (o Templo de Prata)
Ainda tem pique? Não deixe de visitar o incrível Wat Sri Supan, o templo de prata de Chiang Mai, e uma experiência super impressionante. Como ele fica meio afastado do centro, pegue uma carona com o aplicativo Grab (versão local dos apps de corrida compartilhada) ou feche um Tuk Tuk para te levar e esperar.
É importante lembrar que lá mulheres não podem entrar na estrutura prateada, mas ainda assim vale muito a pena a visita.
Wat Mo Kahn Tuang
O Wat Mo Kahn Tuang não entra na lista dos templos mais famosos e nem dos mais bonitos de Chiang Mai, mas achei a visita tão especial e as pinturas internas do templo (que contam passagens do Budismo) tão especiais que não posso deixar e incluir a visita nos meus queridinhos. O Buda branquinho e sereno sentado na lateral do templo também me arrancou um sorriso e uma par de fotos.
2. Participar de um bate-papo com os monges, o “Monk Chat”
O budismo é a principal religião da Tailândia e está presente no cotidiano da população. Uma maneira prática de conhecer mais sobre o budismo e sobre os preceitos da religião é conversando com os monges. Durante minha estadia em Chiang Mai tive a chance de participar do Monk Chat em três templos diferentes: no Wat Chedid Luang onde há mesinhas de plástico com monges dispostos a bater-papo todos os dias das 9h às 18h; no Wat Pra Singh, onde vimos uma cerimônia linda e conversamos com monges na sequência, e no Wat Sri Suphan, onde peguei o templo praticamente vazio e fiquei um tempão conversando com o monge.
Os monges são super disponíveis e atenciosos. Tenha paciência, pois às vezes o inglês não é dos melhores. Um dos monges me explicou que uma das funções do Monk Chat é exatamente treinar o inglês dos monges e eu achei essa troca super legal.
Vale falar que roupas próprias com joelhos e ombros cobertos são um sinal de respeito e que mulheres não podem tocar o monge. Nem pense em dar aquele abraço! Lembre-se que você está em um espaço religioso e respeite as regras.
3. Chiang Mai City Arts and Cultural Center
O centro cultural foi criado para preservar a história de Chiang Mai. O museu tem exposições permanentes que mostram diferentes períodos de Chiang Mai, desde a pré-história até os dias de hoje. Com vídeos, fotos e projeções, o Chiang Mai City Arts and Cultural Center mostra de uma maneira moderna e de fácil entendimento como Chiang Mai foi se transformando. No segundo andar é possível ver a réplica de uma casa na época do Reino Lanna.
Antes de explorar a cidade e seus templos, e caso você tenha tempo, é interessante fazer uma parada no museu para conhecer melhor a história do local.
Na frente do centro cultural tem o monumento “3 Reis” em homenagem aos monarcas na época da fundação de Chiang Mai: Mengrai, de Chiang Mai, Ramkamhaeng de Sukothai e Ngam Muang de Payo. O monumento é uma referência bem importante aos locais e durante minha estadia na cidade foi por várias vezes usado como ponto de referência.
4. Fazer uma massagem tailandesa
Um dos grandes atrativos para turistas na Tailândia é a massagem tailandesa. Na técnica antiga, conhecida como “thay massage”, as terapeuras utilizam pés, joelhos, polegares, palmas, cotovelos e muita pressão no corpo do paciente. É revigorante!
O mais legal é o preço das massagens – muito em conta, principalmente se comparado com os valores de massagens no Brasil.
E, de toda Tailândia, um dos melhores lugares para fazer a massagem é Chiang Mai. Existem lojinhas praticamente uma do lado da outra. Eu fiz duas vezes: na tradicional, paguei 300 Baht em 1 hora de massagem (cerca de R$ 42); também fiz uma com aromaterapia e óleo por 550 Baht (cerca de R$ 72). As casas de massagem costumam servir chás no início ou no fim do procedimento, além de ter salas e roupas para se trocar antes da massagem.
5. Muralha de Chiang Mai
O centro histórico de Chiang Mai é cercado por uma muralha que data da fundação da cidade. Chiang Mai sofria ameaças constantes de invasão birmanesa (onde hoje fica Myanmar) e, por isso, se protegia com o muro. Hoje, o centro histórico abriga os principais pontos da cidade, hotéis, restaurantes, cafés e mercados. Alguns portões estão mais bem conservados que outros, então aproveite para passar pela muralha em pontos diferentes.
Não deixe de passar em frente ao Phae Gate, um dos portões mais famosos da muralha.
6. Visitar o Elephant Nature Park
Um passeio sensacional em Chiang Mai é o Elephant Nature Park. O lugar é um refúgio para elefantes que sofreram maus tratos por seus antigos donos. A proposta do Elephant Nature Park é ser um lugar onde os animais voltar a ser elefantes de verdade.
Não espere montar em elefantes e nenhum tipo de contato próximo. Aqui é possível alimentar os elefantes e ver eles interagindo uns com os outros, nadando e fazendo a maior bagunça.
O Elephant Nature Park foi pioneiro no resgate de elefantes na Tailândia, mas não é o único: amigos queridos visitaram o Elephant Retirement Center (que é menor mais mais intimista) e adoraram a experiência.
Para facilitar a sua visita, a Phi Phi Brazuca (uma agência de brasileiros na Tailândia) oferece o passeio até o Santuário de Elefantes saindo de Chiang Mai. O tour dura meio período e inclui chá e café de boas-vindas, uma refeição e água, além do transporte do hotel até o santuário.
Por que você não deveria fazer Passeio de Elefante
Chiang Mai tem várias empresas que fazem passeios com elefantes, pena que para serem domesticados os elefantes passam por um ritual horrível e super doloroso. Por isso, pesquise bastante sobre o trabalho que a empresa ou agência faz com os animais.
O Ideias na Mala testou, aprovou e recomenda o Elephant Nature Park e o Elephant Retirement Center. Ambos limitam ao máximo o contato entre as pessoas e os elefantes, pois eles querem que o animal esteja no habitat mais natural possível.
7. Fazer um curso de culinária
Aromática e deliciosa, a culinária tailandesa vai te surpreender aos poucos e te deixar completamente apaixonado. E, para levar um pouco dos sabores, e quem sabe até exibir seus dotes culinários para os amigos, nada como uma aula de culinária tailandesa! Há vários bons cursos de culinária tailandesa em Chiang Mai e, se você tem tempo, vale super incluir um no roteiro.
A Phi Phi Brazuca também tem em seu portfólio o curso de culinária em Chiang Mai, disponível pela manhã, à noite ou, para quem quiser uma imersão total, de dia inteiro.
Fizemos o curso do Grandma’s Home Cooking School e adoramos! Outro local super bem avaliado é a Red Chili. Ambos incluem uma visita ao mercado local, uma experiência que eu considero sensacional.
Fazer o seu próprio pad thai, mango sticky rice, rolinho primavera e outras gostosuras é tão gostoso quanto comer tudo no final.
8. Acompanhar o Ritual Matinal das Almas
Uma prática comum em cidades majoritariamente budistas, o ritual matinal das almas acontece todos os dias pelas ruas de Chiang Mai. Em uma “cerimônia” simples e bonita, os monges saem dos templos e vão para as ruas em busca de doações. Na maioria das vezes, o que os monges coletam é o único alimento do dia.
Para acompanhar, é preciso acordar bem cedo, por volta das 5h30 da manhã, que é a hora que os monges percorrem as ruas. Lembre-se que, apesar de atrair turistas, é um momento religioso, então respeite o momento e o silêncio dos monges.
Tive um pouco de dificuldade de descobrir a rota que os monges percorrem, muitos sites falavam para esperar na região da estátua dos três reis, mas não vi nenhum monge passando por lá. Onde sim vi alguns monges foi no mercado de Chang Puek.
9. Passear de bicicleta pelo centro da cidade
O centro de Chiang Mai é um quadrilátero delimitado por uma muralha construída no século XVIII. Percorrer o entorno da muralha de bicicleta é a melhor maneira de explorar Chiang Mai e o legal é que você vai descobrir templos lindos no caminho que não estão entre os mais famosos.
A cidade é super charmosa e, além dos muitos templos, tem cafés – o Into the Woods (191 193 Prapokkloa Rd, Tambon Si Phum, Mueang Chiang Mai District) é uma graça – restaurantes e lojinhas que valem a parada. Aproveite para descobrir os cantinhos mais lindos e fotogênicos de Chiang Mai.
10. Mercados noturnos
Chiang Mai é a cidade dos mercados. O Kalare Night Bazaar acontece todos os dias a partir das 17h e vai até às 00h. É até difícil dizer onde começa e onde termina o mercado. Você encontra de tudo: roupas, artigos de casa, decoração e, claro, muitas comidas deliciosas. Ao lado do Kalare Night Bazaar, cerca de seis minutos andando, tem o Warorot Market.
Chiang Mai também tem um Chinatown, onde o Warorot Market é o principal mercado de lá.
Nimman Road
A Nimman Road é uma região mais boêmia de Chiang Mai, e um pouco mais cara também. Uma espécie de Vila Madalena para os que conhecem São Paulo. Ali, passei por um shopping, o One Nimman, com vários restaurantes e bares. No shopping, estava acontecendo também uma feira livre com roupas, artesanados e comidas.
Rachadamnoen Road
Aos sábados, também tem um mercado noturno dentro do centro histórico. Diferente do Kalare Night Bazaar, que tem a parte principal dentro de um armazém, o mercado de sábado ocupa as ruas e calçadas do portão sul.
Sunday Market
Como o nome sugere, no mesmo local aos domingos acontece um mercado ainda maior. Ele começa no final da tarde de domingo ao longo da Ratchadamnoen Road. De todos os mercados que visitei, esse foi o que mais gostei: tanto em relação à comida – vá caminhando e comprando comidinhas que tiver curiosidade – quanto artesanato, e até massagem tailandesa.
Perca a vergonha e faça uma massagem no meio da rua, a massagem nos pés por 30 minutos me custou 100 Baht (R$ 14, vai perder?).
11. Lanna Folklife Museum
O Lanna Folklife Museum é focado na arte e na cultura do povo Lanna. Os Lanna foram os primeiros habitantes do norte da Tailândia, suas tradições e costumes são milenares. O museu mostra os locais de oração, música, vestimenta, escultura e outras expressões artísticas desse povo.
O museu fica localizado em frente ao monumento dos Três Reis, bem no meio do centro histórico, dentro da antiga corte municipal de Chiang Mai.
O Lanna Folklife Museum mostra Chiang Mai de uma perspectiva diferente, que não é muito falada ou vista nos outros pontos turísticos. Então, é uma boa oportunidade para aprender mais sobre a Tailândia. Lá, você vai encontrar cerca de 18 exposições que mostram como era a vida no passado (há bonecos de cera em tamanho real e com vestimentas tradicionais). Para entrar, o ingresso custa 90 Baht para adultos e 40 Baht para crianças.
12. Rafting e trilhas
Chiang Mai está próxima de uma grande área verde e é um prato cheio para quem procura atividades ao ar livre, das mais radicais as mais tranquilas.
A Monk’s Trail é uma das trilhas mais conhecidas da região. Não é muito difícil e nem muito grande, são aproximadamente 40 minutos, e leva até o Wat Pha Lat, O templo no meio da floresta. Para chegar no início da trilha, a melhor maneira é pegar um Grab até o Zoológico de Chiang Mai. O início da trilha está marcado no Google Maps, não tem muito erro, quem quiser pode continuar a trilha rumo ao Do Suthep.
O Bamboo Rafting também é bem popular entre os viajantes. Não é nada radical, pelo contrário, é um passeio bem tranquilo pelo Rio Wang. A melhor maneira é fechar um passeio com uma agência, tem muitas pelas ruas de Chiang Mai.
Também existe uma variedade enorme de trekkings que passam pelas comunidades locais, algumas até com pernoite. Procure pesquisar sobre as empresas que oferecem os trekkings e passeios para checar se eles têm um trabalho socialmente responsável. Peça também indicações no seu hotel ou hostel, pode ser uma boa saída.
13. Fazer um bate-volta para Chiang Rai
Localizada a 200 km de Chiang Mai, Chiang Rai é a província mais ao norte da Tailândia, quase na fronteira com o Laos e Myamar, uma região conhecido como Triângulo Dourado. A principal atração da cidade é o Wat Rong Khun, o Templo Branco, que como o próprio nome já diz é todo da coloração branca.
Mas, para quem acha que é uma construção antiga e tradicional, não é nada disso. Na verdade, o templo foi construído em 1997, ou seja, é relativamente novo. De qualquer maneira a construção impressiona e é no mínimo curioso ver um templo com artes contemporâneos.
Você pode fazer um tour para Chiang Rai de dia todo. No passeio da Phi Phi Brazuca, você conhecerá o Templo Branco, o Templo Azul e o Templo das Artes – tudo com um guia que fala português, o que facilita e muito a compreensão das informações e, consequentemente, entedimento da cultura local.
Roteiro de 2 ou 3 dias em Chiang Mai
Como deu para perceber, Chiang Mai tem muitas atrações, então eu indicaria no mínimo 3 dias. Eu curti muito a vibe da cidade, então passaria fácil mais tempo por lá explorando os templos menos turísticos e a natureza ao redor da cidade. Ah, se der para encaixar um domingo na sua passagem por Chiang Mai, melhor ainda!
Mas, para quem tem 2 ou 3 dias em Chiang Mai, a minha sugestão de roteiro seria:
- Dia 1: Templos de Chiang Mai ( Wat Lok Moli + Wat Rajamontean + Wat Phra Singh + Wat Sri Suphan + Wat Chedi Luang) + algum mercado noturno (Nimman Road)
- Dia 2: Templos da floresta (Doi Suthep + Wat Pha Lat) + Tha Pae Gate + Massagem + Night Bazaar
- Dia 3: bate-volta para Chiang Rai + algum mercado noturno (se der para ser o Sunday Market, seria perfeito)
Como chegar em Chiang Mai
Chiang Mai, na Tailândia, pode ser uma parada no seu roteiro pelo Sudeste Asiático. Com um aeroporto internacional, a cidade também é ponto de partida para explorar o norte da Tailândia. Além de Chiang Rai, você pode conhecer Pai, uma cidade pequenininha cheia de cachoeiras, além de cruzar a fronteira com o Laos ou Myanmar.
- De avião: existem voos frequentes de Bangkok a Chiang Mai, com companhias aéreas low cost. Para quem está vindo do Laos o preço é um pouco mais caro;
- Ônibus ou trem: a viagem dura de 10 a 12 horas e é um opção mais econômica que o avião. Porém, é necessário ter um pouco mais de tempo de viagem. Caso você opte por esse meio de transporte, vale parar em Sukhotai. A cidade foi a primeira capital do Reino do Sião (como a Tailândia era chamada) e hoje tem um parque histórico com as ruínas da época;
- Barco: essa opção é para quem tem bastante tempo e está indo para o Laos. São quase 15 horas de barco pelo Rio Mekong, um dos maiores da Ásia, além de um pernoite em um vilarejo do Laos. É uma forma diferente de explorar o interior da Tailândia e do Laos. Várias agências de Chiang Mai vendem esse pacote, só confirme se a estadia inclui a acomodação nesse vilarejo;
Onde comer em Chiang Mai
Um dos highlights da minha visita a Ching Mai foi a comida. De mercados de rua caprichados e o inesquecível Pad Thai seguido de um Mango Sticky Rice… É uma delícia e uma das combinações mais baratas para comer bem. E o legal é que há mercados e barquinhas de comida espalhados por toda a cidade, você nem precisa procurar muito!
Dicas de restaurantes em Chiang Mai
Minha primeira refeição em Chiang Mai foi no Baan Khun Nine Kitchen (16 Hussadhisawee Soi 5, Si Phum Sub-district, Mueang Chiang Mai District), coladinho no hotel em que estava hospedada. E que surpresa boa! A comida estava deliciosa, mas o ponto alto mesmo foi o atendimento super atencioso do próprio dono do restaurante que, ao perceber que éramos turistas meio perdidos, fez questão de nos explicar com detalhes o que cada prato era.
Também comemos lá uma sobremesa de mandioca que não encontramos em nenhum outro lugar da Tailândia e foi inesquecível! Recomendo de olhos fechados!
Quer comer no conforto de um restaurante gostoso (mas sem grande luxos) minha dica é o It’s Good Kitchen (175/6 Rachadamnoen Rd, Phra Sing, mueang). Comida tailandesa bem gostosa e pratos lindos para devorar (e fotografar). Um dos melhores pad thai de toda a minha viagem!
Para quem quer comida Tailandesa caprichada o Dash! Restaurant and Bar (83/2 Moon Muang Rd Lane 1, ตำบล พระสิงห์ Mueang Chiang Mai District) é uma super pedida. Os pratos são coloridos, perfumados e hiper bem servidos. Uma delícia.
Cafés e comida ocidental
Outro ponto que me chamou atenção em Chiang Mai foram os cafés fofos, visitei alguns lindos e deliciosos e o meu preferido é o Into The Woods (191 193 Prapokkloa Rd, Tambon Si Phum, Mueang), com decoração de contos de fadas, cafés lindos e sobremesas gostosas. Super ocidental, mas super gostoso.
Também amei a vibe descomplicado (e descolada) do Tiger Ted Café (Chang Phueak, Mueang Chiang Mai District).
Agora se você quer algo mais tradicional, o Italics & Rise (22/2 Nimmana Haeminda Rd Lane 9, Tambon Su Thep, Mueang Chiang Mai District) é uma boa pedida. Um bom Italiano para quem quer fugir do tempero tailandês.
Planeje sua viagem: seguro viagem
Por último, mas não menos importante: o seguro viagem. Apesar de não ser obrigatório para quem viaja para a Tailândia, ele é essencial – ainda mais em um destino com língua, cultura e costumes tão diferentes. Um bom seguro viagem vai te salvar de algumas ciladas como malas extraviadas e voos cancelados. Além de evitar, claro, maiores problemas caso você necessite uma consulta médica.
Por isso, sugerimos que você contrate um seguro com boa cobertura e que cubra tudo no ato, por isso recomendamos e não viajamos sem os seguros da Seguros Promo, uma empresa brasileira que funciona como um comparador de seguros, buscando os melhores custos benefícios do mercado sem abrir mão de uma cobertura excelente!
É um site esperto que compara os seguros e te ajuda a encontrar o melhor custo x benefício para a sua viagem. Use o código IDEIASNAMALA5 para ganhar até 15% de desconto na compra do seguro.
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