Roteiro de 4 dias em Maui
Roteiro de 4 dias em Maui no Havaí com dicas de passeios, melhores praias, restaurantes e muito mais. Um roteiro completinho para você imprimir, e viajar sossegado.
4 dias em Maui
Este é um roteiro completo para quem quer conhecer BEM e curtir o melhor de Maui. O roteiro esta desenhado de forma bem intensa para quem quer ver de tudo um pouco, mas em cada um dos itens dei opções alternativas para quem quer fazer uma viagem mais romântica/ Relax sem correr para lá e para cá.Pronto para se encantar com Maui?
Mas 4 dias é o suficiente para conhecer Maui?
Sim e não. Se sua intenção é ver os highlights da ilha com calma, e passar rapidinho pelos outros pontos de Maui, em 4 dias dá para fazer tudo. Mas já aviso, é cansativo, e você vai dirigir pra caramba. Agora se você quer umas férias mais relax, com tempo para curtir cada lugarzinho com calma, eu recomendaria 5 ou 6 dias divindo a estadia em dois pontos diferentes da ilha. Acredite, Maui é maior do que você imagina e tem MUITA coisa bacana para fazer.
Dicas para planejar a viagem
Para te ajudar a planejar a sua viagem, criei um post com tudo o que eu queria saber sobre Maui antes de viajar. Tem dicas de onde se hospedar, melhores praias, passeios imperdíveis e muito mais. Veja o post aqui.
Roteiro Resumido: 4 dias em Maui
- Dia 1: Costa sul de Maui
- Dia 2: A cratera do vulcão Haleakala Maui
- Dia 3: Snorkel em Molokini e costa oeste de Maui
- Dia 4: Estrada para Hana (ou dia Relax para curtir com calma o que você mais gostou)
Dica: Por onde começar?
Desenhei este roteiro tendo com base os hotéis de Walea ou Kihei. Quem se hospedar na Costa Oeste (Lahaina, Kaanapali e etc) pode inverter o primeiro dia pelo terceiro e assim começar explorando os pontos mais próximos ao hotel e no terceiro dia, explorar a Costa Sul a tarde.
E claro, fique de olho no tempo e adapte-se as eventuais mudanças!
Highlights da viagem:
- Melhores praias: Makena Bay e Big Beach (Costa Sul)
- Snorkel em Molokini
- Nascer do sol em Haleakala
- Jantar no Mama’s Fish House
- Estrada para Hana
Roteiro detalhado
Dia 1: Costa sul de Maui
Chegada no aeroporto
Toda viagem para o Havaí é uma viagem longa, e ao menos que você venha de outra ilha havaiana você chegará com algumas horinhas de vôo nas costas e um fuso horário para se adaptar. Assim o dia de hoje é um dia mais leve: dia de descansar da viagem e conhecer as lindas praias da Costa Sul de Maui.
Se você não reservou um carro online (minha dica é que você reserve) terá que pegar um shuttle para uma das locadoras e negociar preços na hora. As locadoras não ficam dentro do aeroporto, mas ficam bem pertinho e a viagem de shuttle leva menos de 2 minutos. Ao pegar o carro, verifique bem a pintura, tire fotos e preencha todos os detalhes no papel para evitar cobranças indevidas na volta.
Com o carro verificado e em mãos é só seguir para o hotel, deixar as malas, colocar roupa e banho e se mandar para a praia. O principal aeroporto de Maui se chama Kahului e fica a cerca de 25-30 minutos de Kihei e Wailea.
Kihei
Kihei é uma das regiões de Maui com o melhor custo benefício para hospedagem, uma área bem local, repleta de restaurantes, barzinhos e vários pequenos parques com saída para o mar. O dia em Kihei começa bem cedinho. Graças a ausência do vento a praia ganha um visual de piscina e uma população local animada que nada, rema, mergulha e se diverte com seus Stand up Padles. Depois do meio dia, o vento costuma aumentar, os locais desaparecem, chegam as ondas, e chegam os turistas. Kihei não é a praia mais linda de Maui, mas é sem dúvida um aquecimento bacana para nossa primeira manhã de viagem.
Para almoçar
Quando a fome bater, experimente o famoso burger de peixe do Paia Fish Market (1913 S Kihei Rd) ou um dos combos deliciosos e grandalhões do Fred’s (2511 S Kihei Rd). Veja mais dicas de onde comer em Maui nesse post.
Os hotels e a praia de Wailea
Depois do almoço, vamos explorar algumas das praias mais lindas da Costa Sul de Maui. Se você tiver equipamento de Snorkel, leve-o com você. Ainda que as manhãs sejam muitos melhores que as tardes para fazer snorkel em Maui, sua chance de encontrar algo lindo é alta.
Começaremos nosso “tour” pelas praias de Maui por Wailea, a última região hoteleira da ilha a se desenvolver. Aqui estão os resorts mais novos e alguns dos mais bacanas (e mais caros) da ilha. Como todas as praias de Maui (e de todo o Havaí) são públicas, não tenha vergonha em estacionar num hotel que não é o seu, e passar por dentro dele para ir a praia. Nós paramos no Four Seasons que é SUPER bonito e bem decorado, tomamos um sorvete no bar do hotel (estava ótimo por sinal) e dalí seguimos para a praia.
A praia de Wailea é linda, porém com muitos hotéis grandalhões na parte de trás, o que tira um pouco o clima selvagem. Eu particularmente gosto de praias um pouco mais desertas. A praia também me pareceu um pouco mais brava do que as praias mais ao sul. A correnteza puxa um pouco e as ondas batem forte. Mas gostamos de Wailea e aproveitamos bastante nosso tempo por alí.
Vale falar que Wailea tem uma área de lojas chiques bem bacanas. Se você curte fazer umas comprinhas/ admirar vitrines. Taí um bom lugar.
Makena Beach
Nossa próxima parada é na Makena Beach, uma praia pequena com apenas um hotel no canto esquerdo da praia. As vagas de estacionamento são HIPER limitadas, mas o lugar é um verdadeiro paraíso. Águas claras, areia branquinha (e sem pedras ou corais) com a vantagem do quiosque do hotel vender água, sorvetes e outras delícias. A praia tem bastante sombra natural e foi um dos nossos cantinhos preferidos da ilha.
No primeiro dia tivemos a sorte de ver jatos d’água de baleia lá longe no mar (entre dezembro e abril, Maui fica repleta de baleias) e gostamos tanto da praia e da vibe que voltamos no último dia para curtir a manhã toda de praia por alí.
Dica para quem curte snorkel: Makena Landing
Ao lado da Makena Beach há uma pequena praia chamada Makena Landing, é dali que saem muitos dos passeios de caiaque da ilha. Durante a manhã, o lugar é perfeito para fazer snorkel, a visibilidade é ótima e a chance de ver tartaruga gigantes é super alta. Durante a tarde é melhor checar correnteza, ondas e visibilidade antes de cair na água.
Big Beach no Makena Bay State Park
Depois de uma par de horas na Makena Beach, minha dica é seguir para a Big Beach, que fica no Makena State Park. O parque tem três entradas (cada um deles com um bolsão de estacionamento diferente), nós achamos que a primeira entrada é que a tem a ponta mais linda de praia. E taí um lugar pra lá de especial para passar o final da tarde e curtir seu primeiro pôr do sol em Maui. A praia é linda, deserta, e embora não tão calminha quanto a Makena Beach, é ótima para nadar.
E para quem quiser ir mais além: Ahihi Bay, Campos de lava e La Perouse Bay
Se você chegou cedinho, ou fez rapidinho o percurso das praias poderá continuar o caminho até uma parte mais deserta da ilha. Um pouco depois do Makena State Park a estrada pavimentada termina e a paisagem se transforma em um campo de lava negro (é proibido dirigir na lava, ou mesmo estacionar o carro e sair caminhando por alí, mas vale pela mudança de paisagem e pelo contraste do mar azul com a areia negra). A estrada vai até La Perouse Bay e no caminho passa por uma série de pequenas praias.
Ahihi Bay
Ahihi Bay é uma baia pequenina e segundo a Lucia Malla, um lugar incrível para fazer snorkel (minha amiga Iris testou a dica e gostou tanto que repetiu o programa duas vezes em 4 dias). Quando passamos por alí o mar estava SUPER mexido, então não nos animamos muito e passamos batido.
La Perouse Bay e Campos de Lava
A estrada termina em La Peruse Bay, um campo de lava que você poderá explorar (se você se interessa por ver paisagens vulcânicas e campos de lava, talvez deva considerar a Big Island ao invés de Maui #Ficaadica). Nada extraordinário para quem já foi para Big Island, mas com sorte, além da lava você encontrará uma colônia de golfinhos rotadores (outra dica da Lucia Malla que entende muito dessa coisa de mar). Eu não vi golfinhos, e me contentei com uma rápida trilha pela lava negra com direito a paredes de lava construídas a muitos e muitos anos atrás. Achei bonito, mas não achei imperdível.
Terminando cedo
Com o fuso horário trocado, a dica é terminar o dia cedo, jantar pertinho do hotel e dormir cedo. Amanhã começaremos o dia BEM cedinho para assistir o nascer do sol no alto do vulcão Haleakala, e para isso você precisará acordar entre 3 e 4 da matina.
Dia 2: A cratera do vulcão Haleakala Maui
Aproveitando o fuso trocado (quem veio de outra ilha do Havaí terá um pouco mais de dificuldade de acordar cedo), começaremos o dia com um nascer do sol impressionante.
Ver o nascer do sol do alto do vulcão Haleakala é um dos programas mais lindos – e famosos – de Maui. Você estará acima da linha das nuvens, com um visual completamente vulcânico (com um pouquinho de imaginação dá até para pensar que estamos em outro planeta) vendo as cores do dia brotarem no horizonte. Quem tem problemas com altitude pode sofrer um pouquinho com esse passeio. O topo do vulcão fica a 3055 metros de altura.
Saia BEM cedo!
Para chegar no topo do Haleakala a tempo do nascer do sol, você terá que acordar BEM cedo, no máximo por volta das 3:00 ou 4 da manhã. Isso porque da entrada do parque nacional, até o topo da montanha gasta-se pelo menos uma hora. E não adianta nada acordar cedo e chegar lá depois do nascer do sol, adianta?! Assim programe-se BEM. Veja a hora prevista para o nascer do sol e veja quanto o Google Maps estima da porta do seu hotel até entrada do parque e coloque mais uma hora de subida no cronograma e mais uns 15 minutos para sobrar tempo.
E não preciso nem falar que o local de ver o nascer do sol é concorrido e quem deseja posicionar BEM a câmera para tirar fotos deve chegar ainda mais cedo, né? Eu não tive problema e consegui um lugarzinho bom graças a gentileza de um senhor.
Leve roupas BEM quentes
Apesar de Maui ser um lugar quente e com temperaturas agradáveis todo o ano, o topo do Haleakala é tão alto que as temperaturas são congelantes – e pode até nevar. Nós pegamos uma temperatura de zero graus, e estávamos bem preparados para isso, mas vimos muita gente congelando, gente enrolada em cobertor e gente tendo que ir embora antes da hora por simplesmente não aguentar de frio. Na dúvida, leve um bom casaco, calça comprida (eu usei duas) e luvas! (Luvas fazem toda a diferença!)
Estacionamento limitado
Outro detalhe que pouca gente comenta é a questão do estacionamento HIPER limitado no topo da montanha: Nós saímos de Kihei as 4:00 da manhã e chegamos SUPER em cima da hora. Demos a sorte de sermos o penúltimo carro a caber no estacionamento (caso contrário teríamos que parar no centro de visitantes e caminhar 20-30 minutos ladeira acima rumo ao topo, o que seria muita desagradável no frio). Um carro após o nosso, o ranger do parque fechou a entrada para carros até o final do nascer do sol.
Taxa de entrada do parque nacional
Halealaka é um parque nacional, e a entrada custa $10,00 por veículo (a entrada pode ser paga com cartão de crédito ou dinheiro no próprio guichê de entrada do parque). O ticket é válido para alguns dias e poderá ser usado na estrada para Hana. Guarde-o
O nascer do sol em Haleakala- a nossa experiência
Uma meia hora depois que saíamos de Kihei, começou a chover e eu fiquei toda desanimada pensando que não veria pôr do sol nenhum e que minhas horas perdidas de sono haviam sido em vão, mas como já estávamos acordados mesmo, resolvemos continuar e arriscar.
Conforme nos aproximávamos do parque, maior a quantidade de carros. Ficou bem claro que aquele era um programa bem popular e que não estaríamos sozinhos. Entrando no parque, ainda nublado, subimos um zigue-zague gigantes de montanhas e fomos nos aproximando do topo. Não estava claro se nosso carro chegaria até o topo ou se teríamos que caminhar o trecho final – como já contei, o estacionamento é BEM limitado) então fomos de tênis e preparados para uma eventual caminhada matinal. Também levamos uma cestinha com nosso café da manhã: sucos, sanduíches e outras gostosuras. Nossa ideia era comer no topo, mas tinha tanta gente que desanimamos e deixamos o café da manhã para depois.
Chegamos uns 20 minutos antes do nascer do sol, e tivemos bastante sorte de conseguir um bom lugar para tirar fotos bonitas. Apesar do dia nublado lá embaixo, estávamos acima das nuvens e o sol nasceu lindo, forte e brilhante. Um espetáculo que valeu cada hora de sono não dormida.
Depois do nascer do sol, fomos ao centro de visitantes (fica um pouquinho abaixo do topo e tem um mega estacionamento) e fizemos nosso piquenique dentro do carro (com frio de zero graus, quem é que quer comer do lado de fora?) Depois disso demos uma voltinha por lá e infelizmente não conseguimos ver muito da paisagem – que parece ser incrível – e nem a cratera do vulcão. Estava bem nublado e havia muita névoa. Ainda assim deu para curtir um pouco da vegetação toda diferente do parque, que num dia de sol deve ser BEM impressionante.
Opção: descer de Mountain Bike
Uma opção de passeio que eu fiquei morrendo de vontade de provar é fazer a subida ao Haleakala de van e descer de Mountain Bike. A grávida que vos escreve não foi autorizada a cometer tamanha imprudência, mas ficou com inveja branca de todos os ciclistas que passaram por ela descendo os 16 Km de descida do parque nacional em uma velocidade incrível. Fico com vontade só de imaginar! Várias empresas de Maui oferecem esse passeio que custa entre $95-$130 dólares por pessoa.
Outras atrações no parque nacional de Hakeleakala
Caso você tenha mais sorte que nós com o tempo, vale a pena passar o dia (ou pelo menos a manhã) no parque e explorar as trilhas com vistas vulcânicas (com sorte você encontrará uma ave “Nene” que é super rara e mora no parque) e vegetação extravagante. A Lucia Malla – que é a pessoa mais entendida de Havaí que eu conheço – recomendou e muito as trilhas do parque. Fiquei com muita pena de sair de lá sem explorar nada.
Algumas opções de passeios para a parte da tarde: Fazenda, praia, compras
Caso explorar o parque não seja parte dos seus planos, você tem uma tarde livre para encaixar uma praia especial, fazer compras no centrinho de Lahaina ou em alguma das áreas mais comerciais da ilha, ou visitar uma das fazendas de Maui. A seguir uma descrição rápida de cada um desses programas.
Opção 1: Fazendas de Maui
A região central de Maui tem uma série de fazendas interessantes, tem produção de vodka, vinícola, fazenda de lavanda, plantações de abacaxi e muito mais. Abaixo alguns dos lugares melhores avaliados: (se alguém tiver mais dicas, deixe um comentário!)
- Aliʻi Kula Lavender Farm: Uma fazenda que produz lavanda e tem várias opções de tours, picnics e experiências
- Degustação de vinhos: Maui tem uma vinícola histórica e várias opções de degustação gratuitas e alguns tours pagos que combinam degustação com tours ou harmonização de vinhos com comidinhas.
- Ocean Vodka organic farm and distillery: Visite a produção da vodka mais famosa do Havaí. O tour inclui degustação para maiores de 21 anos.
- Surfing Goat Dairy: Essa fazenda produtora de queijos e chocolates feitos com leite de cabra tem várias opções de tours, degustações e experiências. Aqui crianças podem aprender e tirar leite de cabra.
- Maui Pineapple Tour: Uma visita por uma fazenda produtora de abacaxis em Maui. O tour do abacaxi pode ser combinado com um tour por destilarias das região.
- Kula Country Farms: Vendinha de produtos da fazenda e experiências para toda a família como a colheita de morangos e o labirinto das abóboras.
Depois de visitar uma ou duas fazendas, faça um passeio pelo centrinho histórico e HIPER fofo de Paia. A rua principal é uma graça e está repleta de barzinhos animados e de restaurantes.
Opção 2: Compras
Aproveite que você está no centro da ilha e faça uma visita ao centro histórico de Paia, uma rua para lá de bonitinha repleta de restaurantes e barzinhos. Depois de almoçar em Paia, siga para uma das regiões comerciais da ilha.
- Lahaina: Meu centro comercial preferido, uma rua bem fofa com várias construções históricas, lojinhas, restaurantes e uma árvore de Banayan para lá de charmosa. Lahaina foi a capital do Havaí no tempo em que a ilha era um reino e a pequena cidade ainda guarda heranças desse tempo. Em Lahaina você poderá encontrar lojinhas de Sourvenirs (desses bem típicos e um pouco turistões com direito a muitas camisas floridas, colares havaianos e outros clichês)
- Wailea (Costa sul) ou Kaanapali: Wailea e Kaanapali são duas áreas comerciais mais premium para quem quer comprar algo de marca ou namorar umas vitrines. Para quem quer aproveitar o combo praias + compras Wailea me parece uma melhor opção, a praia é menor e não tem corais no chão. Dá para nadar sem medo de ser feliz ( É so prestar atenção nas ondas para não arriscar um caldinho básico).
Opção 3: Praia
E para quem quer curtir todo o clima de romance sem ficar dirigindo para lá e para cá, uma praia vai sempre bem. Escolha algum lugar perto do seu hotel e curta o final do dia sem pressa com a calma que Maui merece.
Para Jantar:
Minha dica para o jantar de hoje é o Mama’s Fish House (99 Poho Pl, Paia), uma das experiências gastronômicas mais incríveis da ilha. Veja detalhes nesse post.
O que nós fizemos:
O mal tempo prejudicou nossa exploração pelo parque e fez com que saíssemos de lá um pouco antes que o planejado. Não nos empolgamos em visitar fazendas e resolvemos voltar para o hotel, dormir um par de horas, recuperar as energias e passar o final da tarde na praia.
Acordamos na hora do almoço, comemos algo rápido em Kihei e seguimos para explorar a Costa Oeste de Maui. Nossa ideia era seguir até Kapalua (hiper bem recomendada por uma amiga) e passar a tarde fazendo snorkel e curtindo a praia. O tempo estava lindo até metade do caminho, mas depois disso começou a chover – percebemos que é uma chuva localizada naquele pedacinho de Maui, as montanhas não deixam as nuvens se mexerem e chove praticamente só em Kapalua e nas praias vizinhas. Esse fenômeno se repetiu durante toda a nossa estadia em Maui, e pelo que vi na internet é bem freqüente chover em Kapalua enquanto o sol brilha nos outros cantos de Maui. De qualquer forma, fica a dica!
Aproveitando que já estávamos por lá, demos a volta pelo lado de trás da ilha seguindo até Kahului. Vale falar que um pouquinho depois do Nakalele Blow Whole (que é uma parada interessante) a estrada se transforma em pista única e que a quantidade de curvas e recortes é gigante. Gostamos de conhecer o trecho, mas só recomendamos para casais aventureiros e BEM acostumados a dirigir. E quer saber? De tudo que vimos e vivemos em Maui este é o trecho menos bacana, eu se fosse você, daria a meia volta e voltaria pela pista dupla.
Umas três horas de estrada depois, chegamos no hotel. Cansados e a tempo de curtir os últimos raios de sol na piscina. Foi um dia BEM cansativo e curtimos MUITO menos da ilha do que gostaríamos, assim recomendo que no dia do vulcão você pegue mais leve que nós e faça coisas mais pertinho de você. 🙂
Dia 3: Snorkel em Molokini e costa oeste de Maui
Hoje é dia de explorar os encantos da barreira de corais de Molokini, uma das experiências mais lindas e impressionantes de Maui e na parte da tarde, curtir as praias da Costa Oeste.
Snorkel em Molokini
Molokini é uma ilhota vulcânica (na verdade, uma cratera de vulcão embaixo do mar) cuja vida marinha e visibilidade são IMPRESSIONANTES. Se você gosta de mar e tem vontade de fazer um snorkel, taí uma experiência que considero imperdível. A quantidade e a diversidade de peixes é incrível, e para melhorar, entre dezembro e abril suas chances de ver uma baleia durante o caminho são altíssimas (entre Maui e Molokini os barcos percorrem um santuário de baleias Jubarte).
Várias empresas locais oferecem tours de meio dia que incluem Molokini e mais uma parada na Costa de Maui em locais com alta probabilidade de avistar tartarugas marinhas, escolhermos a Pacific Whale Foundation e adoramos. Os tours começam bem cedinho (as ondas e o vento fazem com que a parte da manhã seja melhor para mergulhar que a parte da tarde), incluem café da manhã, almoço e equipamento de mergulho e custam por volta de $100.
Nesse post descrevi nossa experiência em Molokini em detalhes. Caso ainda esteja em dúvida quanto a fazer ou não o passeio, leia o post e veja quantas baleias, golfinhos e peixes lindos vimos pelo caminho. Quem sabe assim você não se anima? Outra alternativa para quem não curte mergulhar é fazer um passeio para observar baleias, ver um desses gigantes de perto é EMOCIONANTE e vale mega a pena! Recomendo muito.
Os tours para Molokini geralmente saem de Maalea ou Lahaina, assim recomendo que você aproveite a tarde de hoje curtindo a Costa Oeste.
A estrada: de Maalea a Lahaina
Terminado o tour, passaremos o dia percorrendo – e curtindo – as praias da Costa Oeste de Maui. Aqui acho importante você tomar uma decisão:
A) Dar a meia volta completa nessa metade ilha: o final da estrada é pista única e repleto de curvas. Sinceramente acho que não vale o perrengue, mas deixo a escolha para vocês
B) Ir até o Nakalele Blow Whole e de lá voltar pela pista dupla: uma alternativa mais rápida.
Caso você escolha a alternativa B, vale a pena deixar Lahaina para o final e jantar por lá. Caso você escolha a alternativa A, comece por Lahaina.
A estrada entre Maalea e Lahaina passa longe da Costa e infelizmente não tem grandes atrativos (quem veio de Wailea, Kihei pela manhã teve a chance de passar por várias praias pequenas com águas tranquilas e transparentes. O que veremos até Lahaina é bem menos interessante do que o trajeto Wailea – Maalea.
Maui Ocean Center
Vale falar que além do porto de onde saem os passeios e excursões de barco Maalea tem o Maui Ocean Center (192 Ma’alaea Rd), um aquário que exibe os peixes e criaturas que habitam a Costa do Havaí. Não visitei o aquário, e ouvi opiniões contraditórias: tem gente que amou, e tem gente que acha que para quem conhece o aquário de Monterey na Califórnia, o de Maui não vale tanto a pena.
Passeio em Lahaina
Lahaina tem um dos centrinhos turísticos mais fofos e mais desenvolvidos de Maui. A pequena cidade, que foi capital do reino havaiana entre 1820 e 1845 preserva de forma bastante interessante prédios históricos (tem prisão, museus, a antiga corte de Lahaina e até um templo budista) e tem um jeitão “internacional” com restaurantes bem turísticos como o Hard Rock Café e o Bubba Gump, além de vários barzinhos e restaurantes fofos e muitas lojinhas de souvenir.
Um dos meus cantinhos preferidos de Lahaina é a antiga árvore de banayan, uma árvore centenária e para lá de bonita. A árvore gera sombra para um mercadinho de arte que acontece aos finais de semana das 9:00 às 17:00. O outro lado da rua está o Hotel Piooner, um dos mais antigos do Havaí e que tem uma arquitetura típica de velho oeste. É do píer de Lahaina (em frente ao hotel) que saem os ferrys para Lanai, outra ilha havaiana LINDA e que merece ser visitada (pena que em 4 dias não dá para fazer tudo, né?!
Para comer, nós testamos e aprovamos o Lahaina Fish Company (831 Front St). Peixes gostosos e com uma vista especial do oceano.
Saindo de Lahaina, começaremos nossa viagem pela Costa Oeste. Eu não parei em todas as praias, apenas escolhi algumas para visitar com calma e curtir por mais tempo.
Kaanapali
Kaanapali é uma das áreas mais desenvolvidas de Maui e a primeira área hoteleira da ilha. Aqui há uma série de resorts tradicionais pé na areia e com preços bem mais convidativos que Wailea. O bom custo benefício torna Kaanapali uma área bem visitada e bem disputada de Maui. A praia é bonita e gigante, são quase 5 Km de costa, dos quais muitos estão cobertos por pedras e corais o que dificulta bastante uma nadada despretenciosa.
Apesar da fama – a praia já foi eleita uma das mais bonitas do mundo – eu confesso que achei Kaanapali bem ok, e que preferi outros lugares de Maui.
Napili Bay
Napili é uma versão “mini” de Kaanapali. Praia bonita, areia branca, resorts. Nós demos uma olhadinha rápida, mas optamos por seguir para Kapalua direto.
Kapalua
A praia de Kapalua é realmente muito bonita e tem uma estrutura ótima para visitantes: estacionamento, banheiro limpo e até bebedor. A praia é gostosa para nadar -cuidado com o pé nas extremidades pois aqui também tem pedras e corais – e um ótimo lugar para fazer snorkel. Quem se animar pode alugar prancha de SUP ou snorkel no quiosque que fica na extremidade direita da praia (não conferi o preço, mas como Kapalua é uma região bem Upscale, imagino que não seja barato.)
Quem se animar, pode pegar a trilha costeira “Coastal Trail” e seguir a pé para até o D.T. Fleming Beach Park. Veja mais detalhes das trilhas da região aqui.
A chuva e os ventos de Kapalua
O único ponto contra Kapalua é a nuvem de chuva cinzenta que fica aprisionada pelas montanhas e castiga a região com garoas chatas ou pingos grossos de chuva enquanto o sol reina pelos outros cantos de Maui. Leias as reviews do Ritz Carlton de Kapalua e você descobrirá que muita gente sai de lá triste depois de vários dias chuvosos. A chuva nos pegou e fez com que nossa passagem por Kapalua fosse bem menos especial do que poderia ter sido. Seguimos viagem para caçar o sol, ou melhor, fugir da chuva.
Dentes de gigante
Antes de sair de Kapalua, fizemos uma trilha de 10-15 minutos por um lugar muito bonito chamado de dentes de dragão. Ondas forte batem em pedras que lembram dentes de uma fera, a paisagem é bem linda, mas não dê bobeira com chapéu ou coisas que voam. O vento tava bravo e arremessou o boné do Gustavo no mar. Pior que não dava nem para descer e pegar. Era pura onda e pedra. Era uma vez um boné, e um Gustavo chateado pela perda. Eu tratei de segurar meu chapéu mais forte, mas não deixei de rir da situação.
Honolua Bay
Saindo de Kapalua fomos percorrendo a estrada de praia em praia. Passamos pela Honokahua Bay e seguimos até a Honolua Bay. Esse pedaço tem uma série de entradinhas que valem a parada para foto.
Honolua Bay é uma praia escondida e toda de pedra – repare na quantidade de carros parados no estacionamento -para chegar lá você precisará caminhar por uma pequena trilha na mata. Vale a pena pela sensação desértica do lugar e pela chance de explorar um dos melhores cantos de snorkel da costa leste de Maui.
Papua Gulch: para ver surfistas e ondas grandes
Passando Honolua Bay, sugiro que você dê uma saidinha da estrada de asfalto (cuidado para não detonar o carro alugado) e se meta num cantinho chamado “Papua Gulch“, uma rua de terra sem saída que termina no precipício. Alí é um lugar bacana para ver surfistas experientes curtindo as ondas gigantes (essas ainda não são as famosas ondas de Maui as “Jaws”, mas já fazem um bom estrago. Alí não tem praia, as ondas quebram no penhasco e os surfistas precisam ficar bem espertos para evitar acidentes). Para nós espectadores, vale o espetáculo!!!
Nakalele Blow Whole: um “geyser” criado pela força das ondas
O Nakalele Blow Whole é uma fenda nas rochas que com o bater das ondas ganha uma força e altura impressionantes. Parece até um geyser no meio do mar. Para chegar ao Blow Whole você terá que fazer uma pequena trilha (uns 100-200 metros no máximo). Do alto do barranco já dá para ver bem o fenômeno, mas quem descer até lá perto (cuidado que muita gente já desapareceu sugado pelo buraco, ou seja, nadar nem pensar!) poderá avistar uma rocha com um coração escavado pelo mar. (Confesso que fiquei com preguiça de descer tudo e deixei o coração passar).
Aqui você tem duas opções:
A) Retornar pelo lado de Lahaina (mais rápido e com a vantagem de poder curtir o final da tarde e jantar em Lahaina).
B) Seguir até Kahakuloa e assim dar a volta nessa parte da ilha. A estrada de uma mão é BEM meia boca e meu marido não achou que o caminho valeu o perrengue. Eu gostei de ter feito, mas não amei e não recomendo.
Kahakuloa
Prepare-se para uma estrada apertada e repleta de curvas. A via é de mão única e por várias vezes você terá que dar ré e esperar um carro vindo no outro sentido passar. Passado o Nakalele Blow Whole as paisagens costeiras incríveis desaparecem, ou seja, em termos de visual esse pedaço é bem mais menos. O que eu curti foi ver a cidade no meio do nada (tem uma banca de raspadinha, uma vendinha de bolo de banana e algumas galerias de arte) e o clima bem rippongo do lugar. No mais, achei o passeio demorado e preferia ter investido esse tempo em mais horas na praia, ou em mais tempo fazendo snorkel.
O que nós fizemos: Como já havíamos dado a volta no dia anterior, passamos algumas horas em Kaanapali, e depois voltamos para Lahaina, onde passeamos sem pressa e jantamos cedo (porém na hora do nosso jantar californiano :P) tomando drinks e curtindo o pôr do sol.
Dia 4: Estrada para Hana (ou dia Relax para curtir com calma o que você mais gostou)
Até o segundo dia de viagem, tínhamos certeza ABSOLUTA que dedicaríamos nosso último dia em Maui percorrendo e desvendando os encantos da Estrada para Hana, que é sem dúvida, uma das grandes atrações turísticas de Maui. Mas depois de tantas horas dirigidas no segundo dia, e com a certeza de que como moramos na Califórnia, e que o Havaí é SEMPRE uma opção de férias muito real para nós, acabamos desistindo da ideia e optando por um último dia de sombra e água fresca. Repetiríamos as praias da Costa Sul que haviam sido nossas preferidas.
Opção 1: Estrada para Hana
Há quem diga que a estrada para Hana é tão linda que chega a superar as paisagens de Big Sur na Califórnia. Juro que fiquei curiosa, e que dá próxima vez não deixo escapar. Reuni abaixo as dicas de paradas que meus amigos aqui da Califórnia sugeriram, e todos os lugares que eu visitaria se fosse você. Se alguém tiver dicas e sugestões, por favor deixe comentários nesse post.
Dicas para quem quer fazer essa viagem:
- Costuma enjoar? Tome um remédio anti-enjoo. A estrada é repleta de curvas BEM fechadas.
- Vá de tênis, roupas confortáveis e preparado para caminhar: Algumas das paradas mais lindas exigem trilhas, e você não quer perder, quer?
- Programe-se: A viagem é longa. São cerca de 3 horas para ir + 3 horas para voltar. Saia cedo e priorize bem suas paradas
- Tem mais que 5 dias em Maui? Considere dormir uma noite em Hana e quebrar essa viagem em dois dias. Parada linda e lugar interessante é o que não falta nesse trajeto.
Principais parada da Estrada para Hana:
Twin Falls (Milha 2): Como essa é a primeira cachoeira e uma das mais fáceis de acessar da estrada, essa parada vive cheia de carros. As cachoeiras são uma aquecimento para as que veremos a seguir. E no estacionamento tem uma vendinha com sucos naturais e água de coco. 🙂
Hokipa beach Park (Milha 9 – Hana Hwy): Para quem quer ver surfistas e ondas grandes (essas não são as gigantes) a Hokipa Beach Park é uma opção acessível e com uma boa estrutura.
As ondas de Peahi (Jaws Surf Break) 4243 Hana Hwy: Essa é uma dica da Lucia Malla (veja o post aqui) que presenciou e fotografou ondas gigantes impressionantes neste lugar. As Jaws são as maiores ondas do mundo e uma grande desafio até para surfistas experientes. O lugar para ver essas ondas fica no meio do nada e você vai precisar de 4×4 (as locadoras aplicam multas fortes para quem enfia e atola um carro normal por alí) ou de disposição para caminhar. As ondas dão de frente para um rochedo – e não para uma praia – e lá do alto, você terá uma visão panorâmica do surf. Antes de se meter na estrada, vale checar o tamanho das ondas e condições do vento. Caso não hajam ondas de bom tamanho, os surfistas não estarão por lá.
Wailua Valley: Wailua é uma parte bem bonita da estrada e repleta de possibilidades como a igreja de Saint Gabrielʼs Church (igrejinha católica construed 1860 com pedaços de coral branco), a Waikani Stream Bridge – Após a milha 18 (uma das pontes mais impressionantes de Maui), Waikani Falls -Milha 19- (vista de longe no alto das montanhas), o Wailua Valley State Wayside Park e o Wailua Lookout (o ultimo mirante para a região de Wailua – do lado esquerdo da rodovia após o Wailua Valley State Wayside Park.
Cavernas de lava (Milha 31): Quem nunca foi para Big Island e ainda não viu cavernas formadas pela lava vai curtir essa parada. É impressionante como a lava forma cavernas interessantes!
Wainapipi State Park (Black Sand Beach & cavernas (Milha 32): Essa é uma parada bem exótica que combina uma praia de areias vulcânicas negras e cavernas (muito lindas) esculpidas nas rochas. Prepare-se para caminhar um pouquinho.
Hana: Uma cidade pequenina com algumas opções de hotel, restaurantes, lojinhas e cafés. Vale uma passadinha rápida e uma merecida parada para descanso. Chegando em Hana, nem pense em voltar sem conhecer a Praia de areias vermelhas (Red Sand Beach) e as 7 piscinas sagradas.
Red Sand Beach: Uma das praias mais exóticas de Maui. Pelo que lí a chegada é complicadinha e o GPS ajuda bastante. A praia tem um paredão de areias vermelhas que dá um super contraste com as águas azuis do pacífico. Especialmente linda num dia ensolarado.
Kapahulu / O’he o Gulch ( Seven Sacred pools) – Milha 42: Este parque é parte do Haleakala National Park (a entrada que você comprou no segundo dia estará válida para o dia de hoje) e um dos cantinhos que mais me chamou atenção por fotos e pela descrição dos meus amigos. Deve ser lindo. O parque é famoso para abrigar as 7 piscinas sagradas, um conjunto de cachoeiras, a mais famosa delas é a Waimoku Falls, sendo que várias delas podem ser usadas para banho. Para chegar a Waimoku Falls você terá que caminhar 3.2 Km pela Pipiwai trail. O caminho é bem sinalizado.
Opção 2: Praia, sombra e água fresca – uma opção mais relax.
E essa foi a opção escolhida por nós. Acordamos sem pressa, tomamos café da manhã em Kihei e seguimos para a Makena Beach. Passamos algumas horinhas curtindo o sol, fizemos snorkel na Makena landing (olha só a tartaruga que veio nos cumprimentar) e quando cansamos do sol, fomos até o quiosque do hotel Makena Golf Resort tomamos uma raspadinha e comemos uma quesadilha.
Passamos a parte da tarde na Big Beach (Makena State Park), uma praia sem estrutura, mas também muito linda e quando cansamos, seguimos até os campos de lava de La Perouse Bay que não havíamos visto no primeiro dia. Passamos o final da nossa última tarde em Maui com drinks gostosos na piscina do hotel
No dia de ir embora, tivemos as primeiras horas da manhã para dar um mergulho final e curtir o mar “piscina” de Kihei. Foi uma ótima forma de nos despedirmos do Havaí, e prometermos para nós mesmos que voltaremos logo!
E aí, curtiu esse roteiro de 4 dias em Maui?
Alguém aí já foi para Maui e tem mais dicas para esse post?
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