Roteiro Islândia: 10 Dias Explorando Vulcões, Cachoeiras e a Aurora Boreal
Cachoeiras imponentes, piscinas termais relaxantes, crateras vulcânicas dignas de fotos incríveis e, claro, a deslumbrante Aurora Boreal — esses são apenas alguns dos motivos que tornam a Islândia um destino irresistível. E o melhor? A lista continua!
Neste Roteiro Islândia de 10 dias, você vai descobrir os principais pontos turísticos que fazem deste país um dos mais surpreendentes. Prepare-se para explorar paisagens que parecem de outro mundo, repletas de aventuras e beleza em cada esquina. Quer saber como aproveitar tudo isso ao máximo? Vem com a gente!
Nesse post você vai encontrar:
- Roteiro Resumido
- Roteiro de 10 dias no mapa
- Alugue um carro e explore o país por conta própria
- Passeios pagos na Islândia: o que vale a pena
- Roteiro de 10 dias detalhado
- Seguro viagem
Roteiro Islândia Resumido
Já para você se localizar, aqui vai uma lista simplificada do nosso roteiro de viagem pela Islândia:
- Dia 1: Chegada na Islândia + Blue Lagoon
- Dia 2: Golden Circle (Gullfoss + Passeio de Snowmobile + Geysir)
- Dia 3: Passeio rápido em Reykjavík + Sudoeste da ilha
- Dia 4: Região de Vik (Avião Dakota + Kirkjufjara Beach + Praia de areia negra Reynisfjara)
- Dia 5: Região de Vik e Skaftafell (Trekking na Geleira de Falljokull)
- Dia 6: Glacier Lagoon + Diamond Beach
- Dia 7: East Fjords e Lake Myvatn
- Dia 8: Região de Myvatn + Tour de baleias em Husavik
- Dia 9: Ida para Snaefellsness
- Dia 10: Oeste da Islândia (Arnarstapi + Djupalonsandur + Kirkjufell)
- Dia 11: Parque Nacional Thingvellir + Volta para Reykjavik
- Dia 12: Devolução do carro e viagem de volta
Total: 10 dias e 12 noites
Quilometragem rodada: ~ 3200Km
Roteiro de 10 Dias na Islândia no Mapa
Veja todas as paradas e dicas deste roteiro no mapa
Alugue carro e explore o país por conta própria
Há duas formas de explorar a Islândia: usar Reykjavík como base e fazer passeios de bate e volta pelo país contratados com as agências locais, ou alugar um carro (ou motorhome) e fazer os passeios por conta própria.
Para o aluguel de carros nossa recomendação é a RentCars, um comparador de locadoras de automóvel que te ajuda a encontrar o melhor custo x benefício para a sua viagem. Além disso, você pode pagar em reais e parcelar em até 10 vezes sem juros.
Alugue um motorhome
Nós escolhemos alugar o motorhome para rodar a Islândia com mais conforto. Adoramos a flexibilidade de montar o roteiro do nosso jeito fazendo os passeios no nosso ritmo. O legal é que grande parte do nosso roteiro inclui passeios gratuitos espetaculares (cachoeiras, montanhas, lagos) e ao dirigir por conta própria fizemos uma economia considerável.
Para alugar um motorhome, sugerimos a equipe da Motorhome trips. Além de oferecerem condições diferenciadas para turistas brasileiros, eles têm parceria com as melhores empresas de locação. Além disso, se você preferir, eles também cuidam das reservas de campings. A equipe tem bastante experiência e qualidade no serviço, já viajei com eles pelos Estados Unidos algumas vezes e super recomendo.
Vale falar que durante a temporada é preciso reservar com bastante antecedência pois as opções se esgotam rápido.
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E não deixe de fazer seguro (ou garantir que seu cartão de crédito ofereça um seguro com boa cobertura), porque como venta muito na Islândia, ao retirar o veículo você terá que assinar um termo dizendo que caso a porta do carro seja arrancada pelo vento você será responsável pelos danos!
Leia também: Islândia de motorhome- tudo o que você precisa saber para planejar sua viagem
É fácil dirigir na Islândia?
Super, as estradas são boas e bem sinalizadas. A Ring Road (Estrada número 1) dá a volta no país passando por dezenas de cachoeiras maravilhosas, igrejinhas fofas, crateras vulcânicas e parques nacionais lindíssimos.
Fique de olho na velocidade máxima
Cuidado com o pé pesado no acelerador. Em um dos trechos da viagem acabamos ultrapassando o limite máximo, fomos parados pelos policiais e multados. A multa foi bem cara, então deixo a dica: respeite o limite de velocidade sempre.
Passeios pagos que valem a pena incluir no seu Roteiro na Islândia
Grande parte dos pontos turísticos da Islândia é um atrativo natural e portanto é grátis. Há poucos passeios pagos, porém eles são bem caros. Alguns dos passeios que fizemos:
- Blue Lagoon: Um dos passeios mais famosos da Islândia. Lindo, gostoso e bem organizado. Recomendamos muito e recomendamos que você reserve com antecedência.
- Myvatn nature baths: Tem menos cara de spa que o blue lagoon, mas o preço é mais em conta, a vista é linda e há piscinas com diferentes temperaturas.
- Passeio de Snowmobile pela região de Gulfoss: é um passeio bonito e gostoso, não achamos imperdível.
- Passeio para ver baleias em Husavik: Se você nunca viu baleias na vida, taí uma oportunidade pra lá de especial. Ver um grandalhão desses na natureza é sempre lindo.
- Passeio de barco pelos lagos Glaciares: Ver Icebergs de perto é uma experiência pra lá de especial. O passeio é lindo e vale super a pena.
- Trekking pela geleira Skaftafell: Um passeio inesquecível e muito especial
Roteiro de 10 dias pela Islândia detalhado
Agora que você já tem nossas dicas essenciais de Roteiro na Islândia. Vamos ao nosso roteiro detalhado.
Dia 1: Chegada na Islândia + Blue Lagoon
- Hotel Fosshotel Reykjavik: um hotel bem confortável, inclui academia, restaurante, bar e café da manhã ótimo com opções vegetarianas. Conta ainda com estacionamento, serviço de quarto e shuttle do aeroporto.
O aeroporto internacional de Keflavik é a principal porta de entrada da Islândia. Ele fica a uns 50 Km de Reykjavik, a capital da Islândia, e a 21 Km da Blue Lagoon, um dos principais atrativos turísticos do país.
Ir para a Blue Lagoon direto do aeroporto (tanto na ida quanto na volta) é tão popular que há shuttles que conectam o aeroporto ao complexo termal e guarda-malas para deixar a bagagem no spa. Nós chegamos no final da tarde então alugamos nosso carro no próprio aeroporto e seguimos para a Blue Lagoon (Lagoa Azul).
Blue Lagoon
A Blue Lagoon é um Spa geotermal construído pelo homem e preenchido com águas termais naturalmente aquecidas. A piscina é gigante, tem uma estrutura incrível e fica aberta o ano todo e sempre com a temperatura de 38 graus.
Muita gente combina o passeio na Blue Lagoon com o tour pelo Golden Circle, o que funciona bem, mas na prática faz muito mais sentido casar a visita com a chegada (ou com a volta) no aeroporto.
Reserve com antecedência: A entrada na Blue Lagoon é feita com horário marcado e só dá para entrar na hora certa, os horários se esgotam bem rápido.
Quanto custa
São três pacotes disponíveis:
- Comfort : custa 86 euros e inclui toalha, máscara de sílica e um drink;
- Premium: custa 106 euros e inclui toalha, roupão, duas máscaras adicionais de argila, um drink na piscina e outro adicional;
- Signature (sazonal): custa 130 euros e inclui toalha, roupão, duas máscaras adicionais de argila, um drink na piscina e um adicional além de uma máscara de sílica de brinde para levar para casa.
- Retreat Spa que custa a partir de 590 Euros;
Nós escolhemos o pacote Premium e achamos que valeu a pena ter o roupão quentinho para lidar com a diferença de temperatura. Também comemos um lanchinho no café e gostamos.
Como é visitar a Blue Lagoon
Quando chegamos na Blue Lagoon estava chovendo um pouco, lá de fora víamos todas as pessoas sorridentes do outro lado do vidro e achamos uma loucura, mas logo entendemos a cara de felicidade de todos os que estavam na piscina e entramos no clima.
O lugar é sensacional, a piscina é gigantesca e o quentinho da água dá um contraste bem legal com a temperatura ambiente, e para a nossa sorte parou de chover assim que entramos na Blue Lagoon. Amamos a experiência!
A Blue Lagoon ficou conhecida graça ao poder das suas águas termais, e pra entrar no clima resolvemos testar o bar de máscaras. A de sílica é grátis para todos que entram na Blue Lagoon, fica dentro de um potão que é passado de mão em mão. Já a máscara de argila ou algas, disponível para quem optou pelo pacote premium ou paga a parte é trazida na hora.
Além da piscina gigante, o complexo da Blue Lagoon conta com uma caverna de vapor, sauna, spa (até tentamos fazer massagem, pena que não haviam mais horários), um restaurante que parece ser caro e um café com opções mais rápidas de comida. O café também é caro, mas a comida é boa.
Em breve haverá um complexo de hotéis dentro da Blue Lagoon, o que deixará a viagem aeroporto-lagoa ainda mais prático.
Dá para tirar fotos na Blue Lagoon?
Quanto as fotos, muita gente leva o telefone protegido por uma capa plástica para poder fotografar. Nós optamos por entrar sem nada e aproveitamos que o próprio staff da casa fotografa as pessoas com Ipads e envia as fotos por email na hora.
Leia também: Rotas termais- Blue Lagoon +3 piscinas incríveis na Islândia
Dia 2: Golden Circle (Gullfoss + Passeio de Snowmobile + Geysir)
- Hotel Fosshotel Reyjavik (segunda noite)
Dia de explorar o Golden Circle, um dos principais circuitos turísticos da Islândia. É uma rota ideal para quem tem pouco tempo e quer ver uma das partes mais bonitas do país.
O Golden Circle é composto por três passeios principais: A cachoeira Gullfoss, o Geysir Hot Springs Área e o Thingvellir National Park (famoso pelo mergulho nas placas tectônicas). Há uma série de desvios interessantes como o passeio de Snowmobile pelo glaciar, a cratera do vulcão Kerid, vilarejos charmosos e até uma fazenda de tomates.
Nós fizemos o Golden Circle em duas partes: Começamos explorando a cachoeira Gullfoss e a área termal de Geysir e deixamos o Thingvellir National Park para o último dia da viagem.
Gullfoss (Golden Waterfall)
A Gullfoss, ou cachoeira de ouro, é uma das cachoeira do Rio Hvítá (Rio Branco) alimentado pelo glaciar Langjökull (o segundo maior glaciar da Islândia). A cachoeira tem duas quedas que somam 32 metros de altura, é realmente linda e fica ainda mais bonita quando bate o sol e os raios solares formam um arco íris; pena que o tempo estava nublado quando fomos. A Gulfoss fica há 125 Km de distância, cerca 1 hora e 40 de Reykjavík.
A Gullfoss foi nosso ponto de saída do passeio de Snowmobile pelo Glaciar, um passeio de 4 horas que começa e termina na cachoeira. O passeio inclui roupa apropriada como macacão, luvas e etc, não chega a ser uma super aventura mas é bem bonito e pode ser feito o ano todo.
Na volta do passeio aproveitamos que o tempo abriu para dar mais um pulinho na Gullfoss e ver o arco íris, foi bem especial.
Geysir Hot Springs Area
Dali seguimos para a área geotermal de Geysir, um conjunto de piscinas termais coloridas, Mud Pots, e o Geyser Strokkur que jorra água a cada 8-10 minutos numa altura de cerca de 30 metros. O espetáculo é lindo e impressionante, pouco antes da explosão o Strokkur forma uma espécie de uma bolha, então dá para ver bem quando vai explodir. A entrada no complexo é grátis e o passeio é bem bacana.
Kerid: Uma cratera de vulcão ultra fotogênica
Nossa próxima parada é o lago vulcânico Kerid, um lago formado pela cratera de um vulcão extinto que rende fotos pra lá de especiais. Na teoria a Cratera Kerid é considerada um desvio da Golden Route, na prática, a cratera fica bem no caminho, é fácil de visitar e bem bonita. Pra quem tiver pique, dá para caminhar até a borda e colocar a mão no lago, a entrada na Cratera custa cerca de 4 USD por pessoa, e fica aberta até às 21:30.
Ida para Reykjavik
Terminado o passeio pelo Lago, seguimos para Reykjavik, a capital da Islândia e a maior cidade do país. O centro de Reykjavik é uma delícia de passear e têm paradas turísticas bem populares:
O que fazer em Reykjavik:
- Ver a cidade do alto da Hallgrímskirkja, ou Igreja de Hallgrímur;
- Passear pelas ruas do centrinho (a Rua Laugavegur é a mais badalada da cidade) e fotografar o arco íris com a Hallgrímskirkja no fundo;
- Ver e fotografar os Murais de Rua: tem muita street art boa em Reykjavik;
- Visitar a Casa de Concertos Harpa;
- Ver as esculturas na Orla da cidade: a mais famosa delas, a Solfar (Sun Voyager) remete a um barco viking feito de metal e é linda;
- Passear pelo Old Harbor, a região do porto antigo.
Neste dia demos um giro gostoso pelas ruas do centro que estão cheias de lojinhas fofas e lojas de souvenir, visitamos a igreja Hallgrímskirkja e subimos no topo dela para ver a cidade do alto. A subida custa cerca de USD 10 (1000 Coroas) e é feita de elevador, seguida por um lance de escadas. De volta às ruas de Reykjavik, tiramos a tradicional foto da igreja no fundo do arco íris.
Dia 3: Passeio rápido em Reykjavík + Sudoeste da ilha
- Hotel Skogar Guesthouse: é uma casa familiar bem aconchegante, estilo bed& breakfast, cozinha disponível e equipada, com chuveiro e banheira do lado de fora. São quatro quartos confortáveis, sendo dois de casal e dois com cama de casal e uma de solteiro, e banheiros compartilhados. No inverno é preciso reservar com mais antecedência e acaba sendo uma hospedagem bem em conta visto que é uma região super procurada. A casa fica a 5 minutos a pé do Skogar Museum, bem localizada e oferece um ótimo café da manhã.
Harpa Concert Hall: Uma sala de concertos lindíssima
Nosso terceiro dia na Islândia começou com um passeio rápido pela Casa de concertos Harpa, a arquitetura hiper moderna do edifício é o máximo e, para melhorar a experiência, há várias lojas de design interessantes lá dentro.
Vale ficar de olho na programação porque tem vários concertos em inglês, e na real, não há forma melhor de visitar uma casa de espetáculos do que vendo um show.
Um almoço na fazenda de tomates
Saindo de Reykjavik começamos a nossa viagem rumo a Skogar. Nossa primeira parada foi na Fazenda de Tomates Fridheimar (reserve o passeio com antecedência), a segunda maior produção de tomates da Islândia. É um passeio delicioso que inclui visita às estufas, que produzem cerca de uma tonelada de tomate por dia, e almoço no restaurante da casa. Gostamos do passeio e achamos a imersão na agricultura local bem interessante.
Dica para quem tem menos tempo
Vale falar que para chegar a fazenda passamos em frente a Cratera do Vulcão Kerid, ou seja, quem quiser eliminar um dia no roteiro pode tirar o passeio de snowmobile na jogada e fazer os nossos dias 2-3 num só dia.
Outra sugestão é pegar um tour para fazer o Golden Circle, incluindo a cachoeira Gulfoss, o Geysir, o vulcão Kerid e a fazenda de tomates tudo no mesmo dia. Essa é uma opção fantástica para ver os melhores pontos dessa região de um jeito prático e legal.
Cachoeira Sejjalandsfoss
Saindo da fazenda de tomates fomos para a cachoeira Sejjalandsfoss, uma cachoeira com uma queda de 60 metros e uma trilha que te leva até a parte de trás da cachoeira dando a volta completa. O arco íris formado pela cachoeira é lindo e a chance de passar por trás da queda é bem especial.
Gljúfrafoss
Ali pertinho há uma segunda cachoeira bem especial chamada Gljúfrafoss. O curioso é que a Gljúfrafoss é formada dentro de uma caverna escavada pela própria cachoeira. Para chegar perto vá com um bom calçado (de preferência impermeável, porque você vai se molhar), uma roupa que dê para molhar e prepare-se para passar por uma abertura estreita dentro da caverna da cachoeira. O visual é lindo e pra lá de diferente.
Skogafoss
Continuamos o passeio rumo a Skogafoss, uma das cachoeiras mais famosas da Islândia. A cachoeira tem cerca de 15 metros de largura e 60 metros de altura (é água pra caramba!) e nos dias ensolarados forma um ou dois arco íris na sua base. Quem tiver pique pode continuar o passeio fazendo uma trilha que leva ao topo da cachoeira, nós optamos por vê-la de baixo mesmo e ficamos satisfeitos.
Skogar museum
Quem tiver interesse em aprender um pouco mais sobre a parte histórica da Islândia e visitar edifícios antigos interessantes, a pedida é o Skogar Museum, o museu fecha às 18:00 e nós chegamos um pouco tarde, mas achei bem bem fofo e gostaria de ter visitado.
O museu é praticamente um complexo, com casinhas bem típicas islandesas e mais de 18.000 artefatos culturais. Tem um café para uma pausa e uma loja de souvenir.
- Horário: junho a agosto das 9:00 às 18:00. Setembro a maio de 10:00 às 17:00.
- Entrada: adulto 2750 ISK, crianças de 12 a 17 anos 1900 ISK, abaixo de 12 a entrada é gratuita.
Skogar Guest House
Nesta noite dormimos no vilarejo de Skogar, um vilarejo pequenino com um par de ruas. Ficamos hospedados na Skogar Guest House, bem pertinho da cachoeira Skogafoss. A Guest House é bem bacana, os banheiros são compartilhados, mas os quartos são ótimos e o café da manhã é delicioso.
Depois da visita a cachoeira, demos uma passadinha na Guest House, deixamos nossas coisas e nos conectamos para checar que outros lugares bacanas poderíamos incluir neste final de dia, nossa escolha foi a piscina Seljavallaug construída há muitas anos atrás para ser uma piscina de prática e natação (já havia lido relatos sobre ela e sobre a dificuldade de encontrá-la, e decidimos arriscar). O bacana de ter passado na Guest House antes foi ter pegado toalhas já que a estrutura na piscina é mínima.
Seljavallaug (Piscina)
A Piscina Seljavallaug fica há cerca de 11 Km de Skolgar e é chatinha de chegar, sem indicação por isso deixo as coordenadas geográficas (63.5655, -19.60794).
Para chegar lá estacionamos o carro no final da estrada e caminhamos cerca de 20 minutos numa trilha que parecia estar errada, até avistarmos uma caixa D’água. Continuamos a caminhada e chegamos na piscina.
O lugar é lindo, super vazio, uma água quentinha no meio da natureza com portinhas de vestiários e banheiros (infelizmente) bem sujos. De qualquer forma achamos a experiência de nadar numa terma vazia, no meio do nada bem especial.
Dia 4: Região de Vik (Avião Dakota + Kirkjufjara Beach + Praia de areia negra Reynisfjara)
- Hotel Fosshotel Nupar: super confortável e bem localizado, o hotel oferece estacionamento gratuito, duas opções de restaurantes, bar, internet e café da manhã maravilhoso. Os quartos são aconchegantes e bem novos com vistas lindas para os glaciares.
Fizemos o trajeto Skogar – Vik com direito a várias paradas interessantes.
Destroços do avião Dakota
Começamos pelo Dakota Plane Wreck, uma trilha de 3 Km rumo aos destroços do avião que ficam na praia de Sóllhemasandur. Fomos num ritmo lento e levamos cerca de 50 min para ir e mais 50 min para voltar, mas dependendo das condições climáticas do dia, o trajeto pode levar até 3 horas! O caminho é plano, cheio de pedrinhas e todo sinalizado por estacas amarelas (assim quem quiser caminhar nos dias de neve não se perde). Achamos bem tranquilo.
Chegando no avião a graça é passear, observar os destroços e fotografar. O avião Dakota, um C-47 SkyTrain, da Marinha Norte Americana caiu na Praia de Sóllhemasandur após tentar um pouso forçado no local, os 7 passageiros da expedição sobreviveram. Como era muito caro remover o avião, o Dakota ficou ali paradinho e hoje é um dos pontos de parada mais especiais da Ring Road.
Nós visitamos os destroços de manhã cedinho, mas quem curte fotografar pode tentar encaixar este passeio no final da tarde para ganhar uma luminosidade linda nas fotos.
A Península de Dyrhólaey
Nossa próxima parada foi no Mirante do arco de Dyrhólaey, um arco natural maravilhoso e com vista para a Kirkjufjara Beach, uma praia de areias negras. Há dois pontos de parada: um junto ao farol (use o banheiro, é o último) e um segundo ponto com vistas para a Reynisfjara Beach.
Reynisfjara Beach
Depois seguimos para a praia de Reynisfjara, conhecida pelas suas formações rochosas chamadas de Reynisdrangar que são grandes paredões de basalto e a Caverna Hálsanefshellir na ponta esquerda da praia. Tanto a Praia Reynisfjara quanto a caverna apareceram em diversos filmes de Hollywood como Star Wars, Game of Thrones, A vida secreta de Walter Mitty e Thor.
Vik: Um vilarejo charmoso
Depois do passeio caprichado pela península de Dyrhólaey, seguimos para Vik, um vilarejo pequeno porém bem conhecido na Islândia. Vik tem alguns hotéis, posto de gasolina, supermercado e uma igrejinha fotogênica.
Para ver a cidade do alto, a dica é subir no mirante que fica junto ao cemitério. A vista é linda e o vilarejo bem lindinho.
Dica para ganhar umas horinhas no roteiro
Nesta noite dormimos num hotel há cerca de uma hora de Vik chamado Foss Hotel Nupar, não percebemos que no caminho do hotel acabamos passando e pulando alguns dos pontos de visita do nosso roteiro do dia seguinte e tivemos que voltar. Caso você opte por ficar mais longe do que Vik como nós (e é perfeitamente possível) já encaixe mais passeios neste dia.
Dia 5: Região de Vik e Skaftafell (Trekking na Geleira de Falljokull)
- Hotel Fosshotel Glaciar Lagoon: hotel lindo com spa e sauna, dois restaurantes que funcionam até tarde, bar, estacionamento gratuito e excelente café da manhã. Os quartos são super confortáveis, silencioso com vistas lindas. Equipe atenciosa e ótima localização.
Canyon FJdrárgljúfur
Tivemos que fazer um pequeno retorno para visitar uns lugares lindos que sem querer havíamos pulado no dia anterior, o primeiro deles foi o Canyon FJdrárgljúfur.
Um cânion maravilhoso, estreito e profundo. São cerca de 2 Km de cânions com um paredão de 100 metros de altura recortado pelas águas do rio Skaftá. Ali ficou conhecido como Bieber Canyon depois de aparecer em um dos clipes de Justin Bieber e tem muitas áreas protegidas e trilhas lindas para quem quer explorar a região.
Systrafoss & Kirkjugólf
De lá, passamos pra ver a cachoeira Systrafoss que fica nos pés do vilarejo Kirkjubæjarklaustur. Aproveite que você está pertinho para dar uma paradinha no monumento natural Kirkjugólf (em português, chão da igreja), são dezenas de pedrinhas de basalto coladinhas uma nas outras formando um perfeito chão de igreja natural. O impressionante é que o encaixe das pedrinhas hexagonais é perfeito e parece ter sido feito pelo homem, mas elas são realmente naturais.
Dverghamrar
Nossa próxima parada foi uma descida rápida do carro seguida de uma trilha de uns 5 minutos para visitar as formações rochosas de Dverghamrar, uma série de colunas hexagonais de basalto cobertas por uma camada mais bagunçada de rocha basáltica. Valeu a parada.
Skaftafell National Park
De lá fomos para o Skaftafell National Park, o maior parque nacional da Europa e a principal atração turística do sul da Islândia. O parque fica há 45 minutos de Núpar (cidade onde dormimos, e de onde começaríamos o roteiro de hoje se tivéssemos prestado mais atenção na rota).
O parque é gigantesco e está repleto de trilhas e de possibilidades, as atrações mais visitadas do Skaftafell National Park são a cachoeira Svartifoss e o Treking pela geleira Vatnajökull mas quem tiver mais tempo pode dar uma passadinha no Centro de Visitantes do parque e se informar sobre outras trilhas ou possibilidades.
A Trilha da Svartifoss
A Trilha da cachoeira Svartifoss começa em frente ao centro de visitantes e é super bem sinalizada. São cerca de 45 de caminhada (claro que tudo depende das condições climáticas) e quando começamos estava chovendo bastante, mas aos poucos o tempo foi se abrindo e quando chegamos lá tivemos uma boa visão da cachoeira que é a mais linda que vimos até agora e está rodeada de formas basálticas lindas.
Nós fomos e voltamos pela mesma trilha, mas quem preferir pode fazer um loop mais longo e encaixar duas outras cachoeiras menores na jogada. Também ouvimos falar de uma outra trilha que vai até a boca do glaciar e leva cerca de 30 minutos, mas como faríamos o trekking, deixamos passar.
O Trekking na Geleira Vatnajökull
Terminada a trilha da Svartifoss, seguimos para o Treking pela geleira Vatnajökull Nós reservamos o passeio no mesmo dia, mas nos meses de verão vale a pena reservar com mais antecedência. O passeio tem duração de cerca de 3 horas, eles te levam de carro até o pé da geleira e para subir no glaciar é preciso calçar os grampos no sapato (crampons) e segurar o martelinho (Ice Pick). O tempo estava incrível e eu achei o passeio demais.
Quem antecipar o roteiro e começar pelo parque, pode aproveitar a parte da tarde para conhecer as Lagoas glaciares e a Praia dos Diamantes e ganhar 1 dia no roteiro.
Dia 6: Glacier Lagoon + Diamond Beach
- Hotel Fosshotel Glaciar Lagoon (segunda noite)
Hoje foi dia de conhecer as lagoas Glaciares e a Diamond Beach, a famosa praia dos Icebergs da Islândia
São duas lagoas de geleiras, FJallsarlon que é menorzinha e a Jokulsárlon que é a maior e mais famosa das lagoas Glaciares, ambas formadas pelo degelo do glaciar Vatnajökull.
Lagoas Glaciares
Começamos nossa visita na FJallsarlon, e demos uma sorte danada com o tempo pegando um arco íris espetacular. A visita às lagoas glaciares é a chance ver uma série de Icebergs se deslocando lentamente graças a ação dos ventos, e se você der sorte, ver os Icebergs se quebrando.
Em seguida visitamos a Jokulsárlon, a lagoa Glaciar mais famosa, e aproveitamos para fazer um passeio de lancha rápida (zodiac boat) que também pode ser reservado na hora graças a baixa temporada. Antes de começar o passeio recebemos uma roupa impermeável para vestir por cima das nossas roupas e que foi essencial para não virarmos pinguim.
O passeio dura 1 hora e nos levou pertinho do Glaciar, de quebra ainda vimos uma foca no caminho. Acabamos fotografando pouco e aproveitando a vibe deliciosa para curtir o passeio.
Diamond Beach
Nossa próxima parada foi a Diamond Beach (Praia dos Diamantes), uma praia de areias negras repleta de grandes pedaços de gelo que se desprendem da geleira e chegam ao mar. A Jökulsárlón é conectada ao oceano por um canal que leva os icebergs direto para o mar. Graças a ação das ondas e dos ventos muitos Icebergs voltam para a areia formando um espetáculo lindo de ver, viver e fotografar.
A Diamond Beach fica especialmente linda no finalzinho da tarde, quando as cores do pôr do sol deixam os Icebergs com um efeito espetacular. E quanto ao nome, Praia dos Diamantes, não poderia ser mais perfeito: a mistura do gelo com as areias negras deixa o gelo realmente parecendo um diamante.
Neste noite dormimos no Foss Hotel Glacier Lagoon que serviu de base por duas noites. O hotel é lindo, o restuarante é ótimo. Adoramos a experiência e achamos que valeu super a pena!
Uma opção para conhecer a geleira e a praia caso você não esteja de carro é reservar um passeio saindo de Reykjavik que é super recomendado e assim você não perde a oportunidade de conhecer esses lugares maravilhosos do roteiro da Islândia. O tour ainda inclui uma parada nas cachoeiras
Skógafoss e Seljalandsfoss que já contamos no dia 03.
Dia 7: East Fjords e Lake Myvatn
- Hotel Laxá: com vistas espetaculares e bom café da manhã, o hotel oferece estacionamento gratuito, restaurante que atende bem restrições alimentares, bar e quartos bem modernos e confortáveis.
Nesse dia fizemos um dos trechos mais longos da viagem, o percurso entre Glacier Lagoon e o Lago Myvatn leva em torno de 7 horas e está repleto de paradas interessantes. Vale falar que a maior parte dos roteiros da Islândia que pesquisamos não mencionava as regiões Oeste e Norte do país, nós adoramos e não nos arrependemos de incluí-la na nossa viagem. Para quem curte zonas geotermais e paisagens vulcânicas taí uma viagem incrível.
Djupivogur e seus 34 ovos
Nossa primeira parada do dia foi em Djupivogur, um vilarejo de pescadores aos pés da montanha Búlandstindur. A montanha piramidal super fotogênica é um centro energético importante para os locais, reza a lenda que a montanha realiza desejos durante o solstício de verão. De uns anos para cá a vila Djupivogur começou a despontar como destino turístico, ganhou hotéis e hostels e aos poucos a economia da cidade começa a ser moldada pelas novas possibilidades.
Djupivogur tem o Langabud Cultural Center localizado no edifício mais antigo da cidade, um porto bonitinho para ver barcos – dali saem os passeios de barco pela ilha de Papey, um lugar excelente para ver Puffins, os famosos papagaios-do-mar, e uma escultura ao ar livre bem bacana com ovos de 34 pássaros que habitam a região. A lojinha de artesanatos Collection nature art craft que fica coladinha na escultura parece ser uma graça.
O centro cultural ainda tem um café com especialidades locais , um lugar bem gostoso de conhecer.
- Horário: no verão (15 de maio a 15 de setembro) de 11:00 às 18:00. No inverso é preciso checar os horários que variam bastante de acordo com as condições climáticas.
- Entrada: 500 ISK.
Caso você resolva dormir por lá, vale dar uma nadada na piscina pública da cidade, uma piscina aquecida com vistas lindas da montanha Búlandstindur.
A Guest House dentro de uma antiga igreja
Depois de uma passada rápida por Djupivogur, continuamos a nossa viagem. O próximo vilarejo do caminho é Stodvarfjordur, famoso por oferecer uma acomodação bem única na Islândia: A chance de dormir dentro de uma antiga igreja, hoje transformada em guest house. Há um único quarto e parece ser bem legal, mas para o nosso roteiro não fazia sentido, então nem cogitamos.
Seydisfyordur: Uma cidade repleta de arte
Nossa próxima parada foi um vilarejo gracinha chamado Seydisfyordur que tem cerca de 700 habitantes e uma cena cultural artística bem bacana. O auge da cidade na cidade é durante a semana de Arte LungA que acontece em meados de julho. De toda maneira, a cidadezinha ainda que pequena é muito viva, então independente da época do ano dá para viver um pouco da atmosfera artística da cidade.
Destaque para a Blue Church (igreja azul), para chegar nela é preciso percorrer um caminho de arco íris lindo e que é a cara da cidade. As casinhas são todas pintadas e charmosas, restaurantes e cafés com vista para a montanha, é um lugar realmente muito bonito.
Outra parada imperdível no vilarejo é o Tvisongur, um conjunto de 5 domos de alturas diferentes que ressoam os sons das músicas tradicionais irlandesas, achamos super interativo e por uns minutos nos sentimos em Inhotim no Brasil. A instalação é do artista alemão Lukas Kühne, e para chegar nela é preciso fazer uma caminhada de cerca de 20 minutos.
Chegada em Lake Myvat
Dali seguimos para a região de Myvatn, nossa base pelas próximas 2 noites e uma das surpresas mais bacanas da viagem. Começamos pela região da Krafla Power Plant (uma usina geotermal) com paradas bem interessantes: Krafla Viti Crater e a região termal de Leirhnjukur.
Krafla Viti Crater
A Cratera Viti, que em Islandês significa inferno, surgiu de uma erupção potente que durou quase 5 anos em 1714. O resultado é uma cratera enorme com cerca de 300 metros de diâmetro preenchida com uma água azul turquesa. O acesso a cratera Viti é bem fácil, o estacionamento fica praticamente em frente ao lago, e bastam 5 minutinhos de caminhada para tirar fotos incríveis. Quem quiser curtir ainda mais a paisagem, pode percorrer um circuito maior de cerca de uma hora, com vistas lindas da cratera e de um segundo lago menorzinho.
Leirhnjukur: Uma zona geotermal bem legal
Nossa próxima parada foi Leirhnjukur, um vulcão ativo com uma área geotermal bem viva e colorida. Há duas possibilidades de trilhas em Leirhnjukur:
- o primeiro circuito menor é bem rápido e conta com algumas piscinas geotérmicas coloridas (nada comparado as piscinas de Yellowstone ou o Wai-o-Tapu na Nova Zelândia, mas já dá para ter um gostinho legal)
- o segundo circuito é bem diferente, te permite caminhar em meio aos campos de Lava Fumegantes. Por uns minutos tivemos a sensação de estar caminhando em Marte, em meio às pedras magmáticas, fumarolas e piscinas geotermais coloridas.
Hverir e os poços de lama borbulhantes
Na última parada do dia foi em Hverir, um campo geotermal amarelado com piscinas sulfúricas, muitos Mud Pots (poços de lama) borbulhantes e fumarolas. A caminhada em Hverir é bem diferente das outras zonas termais da Islândia e te proporciona a chance de ver e fotografar bastante. Este pedacinho da viagem nos lembrou muito de Rotorua (Nova Zelândia),
Iaxá Hotel:
Nesta noite dormimos no Iaxá Hotel, um hotel bacana e com bom café da mãnhã e no mesmo estilão dos hotéis da rede Foss. Eles tem wake up call para aurora boreal e a dica é ser um dos primeiros a solicitar o call. Nós fomos os últimos e perdemos o espetáculo por pouco.
Dia 8: Explorar região de Myvatn + Tour de baleias em Husavik
- Hotel Laxá (segunda noite)
Dia de conhecer as cachoeiras da região de Myvath, ver baleias em Husavik, curtir um pôr do sol espetacular nas pseudo crateras e fechar o dia com uma banho nas águas termais de Myvatn.
Cachoeira Dettifoss
Começamos pela cachoeira Dettifoss, que fica no meio de um desfiladeiro e pode ser vista tanto do lado leste, quanto do lado oeste. Nós escolhemos o lado Leste – rodovia 864 – mesmo sabendo que o caminho era maior e que a estrada não é pavimentada (o lado oeste é 100% pavimentado). Antes de ir havíamos lido que a vista do lado leste é mais bonita e que é possível chegar mais perto da cachoeira. Achamos a estrada bem ok.
Chegando lá, dá para ver que a cachoeira é maravilhosa independente do lado que você escolher. São 100 metros de largura por 34 metros de queda que geram uma vazão de 500 metros cúbicos e tornam a Dettifoss a cachoeira mais volumosa da Europa.
Selfoss: Escolha o lado leste
A partir do estacionamento da Dettifoss é possível fazer uma caminhada de cerca de 1 Km para a Selfoss. Aqui, estar do lado leste faz a diferença, pois a vista é mais bonita e a vazão de água é bem maior. A cachoeira Selfoss tem apenas 10 metros de altura, mas a queda é tão espalhada que parece ser mais alta.
Cachoeira HafragilFoss
Terminada a trilha, pegamos o carro e fomos para uma cachoeira que só dá para ver de cima e é maravilhosa, a HafragilFoss. Sabe aquela parada rápida, mas impactante?
Ásbyrgi Canyon
Dali continuamos mais uns 20 minutos de carro rumo ao Ásbyrgi Canyon, que fica dentro do mesmo parque nacional das cachoeiras, o Vatnajökull National Park e é famoso por seus paredões de pedra imponentes de cerca de 100 metros de altura.
O Parque é dividido por um penhasco chamado Eyjan (ilha), e quem tiver pique e quiser ter vistas maravilhosas do parque, pode fazer uma caminhada de 5 Km (ida e volta) até o topo do paredão. Apesar de íngreme esta é uma caminhada considerada moderada, nós não fizemos.
Optamos por uma caminhada mais leve, cerca de 800 metros rumo ao Botnstjörn pond, um lago esverdeado cercado pelo canyon. Uma lindeza.
Husavik ver as baleias
Nossa próxima parada foi no porto de Husavik, ponto de saída do nosso Whale Watching Tour (passeio para ver baleias). Na Islândia há baleias o ano todo, mas no verão as chances de vê-las, são maiores, e como estávamos em outubro, nossas chances eram altas!
Para garantir o passeio reservamos na noite anterior, mas se puder se organizar e reservar com um pouco mais de antecedência é melhor, principalmente de junho à agosto.
Pagamos cerca de 100 USD por pessoa, o passeio dura 3 horas no total e existem duas possibilidades de barco: um grande onde todo mundo pode ir em pé e se deslocar pelo barco (há também uma área coberta com cadeirinhas) e um barco menor e mais ágil.
No barco pequeno vai todo mundo sentado, mas como o barco é mais rápido, as chances de chegar mais perto das baleias são mais altas. Nós escolhemos o barco grande e gostamos da experiência.
E não é que as baleias apareceram? Vimos algumas baleias Jubarte a amamos a experiência!
Cachoeira Godafoss
Terminando o passeio, retornamos para o lago Myvatn pelo outro lado. No caminho paramos na cachoeira Godafoss, uma queda de 12 metros que também pode ser vista pelas duas margens, a leste ou a oeste.
Quem quiser estender um pouco a viagem (e sair um pouquinho da rota) pode passar pela Aldeyjarfoss, outra cachoeira linda rodeada por colunas basálticas. Parte da estrada é de difícil acesso e para chegar lá você vai precisar de um carro 4×4.
Região de Myvatn
De volta a região de Myvatn, fizemos algumas paradas interessantes: a caverna Grjotagja, a cratera Hverfjall, campo Dimmuborgir, vimos a península Hofdi e por fim as crateras Skutustadagigar.
Nossa primeira parada foi na caverna magmática Grjotagja, uma caverna linda com uma lagoa de águas termais no seu interior. Até a década de 70 a piscina era usada pelos locais para banho, mas após as erupções mais recentes entre 1075 e 1984 as águas se tornaram absurdamente quentes para nadar. Após 1984 a temperatura baixou bem e até chegou a se estabilizar, mas como as forças geotérmicas da região são imprevisíveis e a temperatura sobe muito rápido, o banho é proibido.
De qualquer forma, a visita é interessante para ver o lago de perto (colocar a mão e sentir a temperatura). Uma curiosidade para os fãs de Game of Thrones, há cenas do episódio 4 na terceira temporada gravadas dentro da caverna!
Hverfjall crater
Nossa segunda parada foi na cratera de Hverfjall, uma trilha de cerca de 20 minutos te leva para uma cratera de cerca de 1 km de diâmetro. As vistas são lindas e a chance de observar bem pertinho a força da natureza e a destruição gerada por uma erupção vulcânica é de impressionar.
Dimmuborgir (Campo Magmático)
Nossa próxima parada foi Dimmuborgir (em português, Forte Negro) um campo magmático repleto de formações rochosas interessantes. O campo oferece algumas opções de trilhas e passa por cavernas magmáticas lindas e rochas super diferentes.
Quer uma sugestão de trilha? A Trlha Kirkjuhringurinn tem 2,4 Km e te leva até a gruta vulcânica Kirkjan (A igreja), são as formações rochosas mais famosas deste campo magmático.
Hofdi (Lake Myvatn)
Dali seguimos para uma região chamada Hofdi, uma península toda arborizada com vistas bem especiais para o Lago Myvatn. Curtimos um pôr do sol lindo na região.
Skutustadagigar (pseudo-craters)
Nossa última parada foi em Skutustadagigar, uma região conhecida pelas pseudo crateras, crateras que são muito parecidas com crateras vulcânicas, mas que não foram causadas por nenhuma erupção. Chegamos nas pseudo crateras no finalzinho do dia e ainda deu para curtir e tirar umas fotos antes de escurecer. Achamos a região linda!
Myvatn Nature Baths (Lake Myvatn)
Terminamos o dia com um banho de águas termais maravilhoso nas termas de Myvatn, são duas piscinas enormes e um conceito bem parecido com a Blue Lagoon só que com preços bem mais acessíveis.
As piscinas são bem conhecidas então sugiro que você garanta seu ingresso com certa antecedência e vale muito a pena, ainda mais depois de um dia cheio, foi perfeito para relaxar.
Leia também: Rota das termais
O dia em que quase vimos a aurora boreal
Depois do banho voltamos para o hotel e logo recebemos um telefonema da recepção dizendo que a aurora boreal estava visível do estacionamento, infelizmente fomos um dos últimos quartos a serem avisados e quando chegamos tinha acabado.
Dia 9: Caminho para Snaefellsness
- Hotel Fosshotel Hellnar: hotel aconchegante com vistas maravilhosas para o mar. Oferece ótimo café da manhã, estacionamento gratuito, restaurante e bar. Os quartos são menores mas confortáveis, localização boa apesar de ser um pouco afastado.
Acordamos e fizemos o segundo trajeto longo da viagem, o trajeto de Myvatn até a península de Hellnar. Ao desenhar o roteiro optamos por pular os West Fiordes, para explorar esta região precisaríamos de pelos menos mais 3 dias. No caminho fizemos duas paradas:
Glaumbauer – Uma antiga casa de relva muito bem preservada
Nossa primeira parada foi na Glaumbauer Farm, um museu que abrange um conjunto de 13 casas de relva bem típicas islandesas com os telhados cobertos por vegetação) em excelente estado. As casas estão abertas para visitação e mostram como era a vida na Islândia durante os séculos XVIII e XIX.
Hvammstangi
Nossa segunda parada foi na baía de Hvammstangi, uma baía que é ótima para ver focas. Durante a maré baixa há 70% de chance de vê-las mas chegamos na maré alta e só vimos uma foquinha.
Hraunfossar: A cachoeira de lavas
Aqui faço um parêntesis para contar que a cachoeira Hraunfossar fica bem fácil de visitar para quem faz esta rota. Acabamos não visitando pois percebemos depois, mas quem se planejar bem consegue fácil encaixá-la na viagem. A Hraunfossar é uma cachoeira feita de lava petrificada e pelas fotos parece bem bonita.
Chegada em Hellnar
Nossa base para as próximas duas noite foi o vilarejo de Hellnar, um vilarejo pequenino com uma igrejinha fofa. Nosso hotel ficava próximo a um café charmoso, o Fjöruhúsið, com vistas para o mar. Falando em mar, vale dar uma caminhada junto a costa que tem rochedos formados magmáticos bem bonitos e pedras de diferentes tonalidades.
Dia 10: Península de Snaefellsnes
- Hotel Fosshotel Hellnar (segunda noite)
A trilha rumo a Arnarstapi
Nosso dia começou com uma caminhada linda rumo ao vilarejo de Arnarstapi. Uma trilha de 2,5 Km conecta os vilarejos de Hellnar y Arnarstapi, a caminhada começa próximo ao café Fjöruhúsið e dá para tirar fotos bem legais nos rochedos pelo caminho. A foto mais famosa é no topo de um rochedo/ precipício.
Chegando em Arnarstapi, passeamos pelo vilarejo que tem um dos portos naturais mais lindos da Islândia e um conjunto de chalés fotogênicos aos pés do Mt. Stapafell, uma montanha em formato de pirâmide bem bonita.
Pertinho do porto há um arco natural chamado Gatklettur Arch Rocks que rende fotos bem bonitas.
Penhascos de Londrangar
Dali seguimos para o penhasco de Londrangar, onde restos de uma cratera vulcânica formam um rochedo com dois grandes pilares de basalto. O rochedo mais alto tem 75 metros de altura e o segundo tem 61 metros. Pertinho de Londrangar há um farol chamado Malariff, quem se animar pode até fazer tirolesa por lá.
Vatnshellir Cave
Nossa próxima parada foi na caverna Vatnshellir, uma caverna de lava. A entrada é feita por uma casinha prateada seguida de uma longa escadaria em caracol e visita os três níveis da caverna.
Lá dentro é absolutamente escuro, molhado e gelado. Só bactérias sobrevivem e a temperatura é 0 a 2 graus. O tour dura 45 minutos e custa cerca de 30 USD. Achamos interessante.
Djupalonsandur Beach
Nossa próxima parada foi a Praia Djupalonsandur Beach, uma praia de areias negras conhecida por suas formações rochosas magmáticas e por abrigar os destroços do navio Epine GY 7. O navio naufragou deixando 14 mortos e 5 sobreviventes, os destroços do navio foram mantidos na praia em memória aos que faleceram no acidente.
Outra curiosidade interessante da praia são as 4 rochas que antigamente que eram usadas para fazer o teste de aptidão nos pescadores locais. As rochas têm pesos variados (de 23 a 155 Kg) e com nomes específicos: Amlóði (Fraco – 23 Kg), Hálfdrættingur (Peso médio – 54 Kg), Hálfsterkur (Meio forte -100 Kg) and Fullsterkur Forte 154 Kg) e para se tornar um pescador era necessário erguer e carregar a pedra de 54 Kg até a plataforma de pesca.
Hoje não há mais pescadores em Djupalonsandur e quem levanta a pedra são turistas curiosos brincando de testar sua força.
Saxhóll – Cratera
Nossa próxima parada foi a cratera do vulcão Saxhóll. A cratera tem cerca de 100 metros de altura e a trilha para chegar lá é bem demarcada e ajeitada com direito a banquinho para descansar no meio. Além da cratera, vale falar que Saxhóll é um lugar excelente para ver a península do alto.
Saindo de Saxhóll, fizemos uma série de paradas rápidas para fotos, passamos pela igrejinha Ingjaldshólskirkja e pela cachoeira Svödufoss que tem vistas lindas para o glaciar Snæfellsjökull.
Falando em Glaciar, quem leu Viagem ao Centro da Terra de Jules Verne vai reconhecer o nome! O Snæfellsjökull é o ponto de abertura ao centro da terra descrito no filme. Para quem ficou com vontade de explorar a região, há passeios de snowmobile e trekking pela região. E para quem gosta de fotografar como nós, ao longo da caminhada pela península há alguns mirantes com vista para o Glaciar.
Dica: No caminho há uma praia bem bonita e areias brancas e rochas magmáticas chamada Skarðsvík Beach, não paramos mas deixei marcado no mapa.
Almoço em Olafsvik
Nossa parada para o almoço de hoje foi em Olafsvik. Quem não foi até Husavik para fazer o passeio de baleias, pode fazer um dos passeios que saem do porto de Olafsvik, que é um dos maiores vilarejos da Península de Snaefellsnes.
Mt. Kirkjufell: a montanha mais fotografada da Islândia
Seguimos rumo a montanha Mt. Kirkjufell, cuja tradução literal é montanha igreja, uma das paisagens mais fotografadas da península. Há vários pontos bonitos para fotografá-la, o mais famoso em frente a uma cachoeira que fica do ladinho da estrada.
Ytri Tunga: parada certeira para ver focas
Dali seguimos para Ytri Tunga, uma praia famosa por sua colônia de focas. E dessa vez sim vimos muitas focas! Não é permitido se aproximar tanto das focas (eles pedem para manter uma distância de 50 metros), mas dá para tirar fotos boas com um bom zoom.
Budir: Igreja preta
Nossa última parada do dia foi na igrejinha preta de Budir, o antigo vilarejo de pescadores já foi um dos portos mais prósperos da Islândia e hoje é apenas um ponto de visitação com direito a famosa igrejinha preta e um hotel. Após fotografar a igrejinha, voltamos para o nosso hotel em Hellnar.
Dia 11: Thingvellir National Park e volta a Reykjavik
Último dia completo de viagem pela Islândia para visitar o pedacinho que ficou faltando conhecer do Golden Circle, o Thingvellir National Park, e dia de voltar para Reykjavik.
A viagem entre Hellnar e o Thingvellir National Park levou um pouco mais de duas horas e ainda aproveitamos para encaixar uma parada no Gerouberg, uma formação de colunas basalticas bem interessante e bem fácil de visitar.
As colunas ficam coladinhas na estrada, é só parar o carro e visitar, e o legal é que elas chegam até 15 metros de altura.
Thingvellir National Park
O Thingvellir National Park foi o local escolhido pelos Irlandeses para fundar seu primeiro parlamento que funcionou entre 930 e 1798, as ruínas deste parlamento até hoje são visíveis no parque. E também foi o local escolhido para celebrar a independência da Islândia em 1940.
Mas não é só de história que vive o Thingvellir, o parque marca o ponto de encontro das placas tectônicas Norte Americana e Eurásia. O encontro das placas é visível por meio de diversas fissuras preenchidas por água, e aqui está a principal graça do Thingvellir: mergulhar de snorkel ou cilindro numa fissura chamada Silfra.
Leia também: Mergulho nas placas tectônicas de Silfra
Outra dica na região é curtir um banho termal na Laugarvatn Fontana , um spa também parecido com a Blue Lagoon. O lugar é lindo e próximo dali ainda tem uma experiência bem interessante de tour à padaria geotérmica.
O famoso pão de lava islandês é cozido no chão por 24 horas aproveitando o calor geotérmico do país, e o tour te leva conhecer o processo e ainda experimentar a especialidade islandesa. É um tour famoso então sugiro que reserve com alguma antecedência.
Final de tarde em Reykjavik
Curtimos nossa última tarde na Islândia passeando pelas ruas de Reykjavik. No dia seguinte cedinho, devolvemos o carro no aeroporto e embarcamos de volta para o Brasil. Foram 3300 Km de estrada e muitas aventuras na Islândia! Adoramos e recomendamos a viagem!
E a Aurora Boreal?
Numa das nossas noites em Nupar vimos um aurora bem fraquinha. Como ver a Aurora Boreal não era o grande objetivo da viagem ficamos bem felizes com o presente. Não deu para fotografar, mas deu para curtir e aproveitar muito!
Seguro viagem
O seguro viagem para a Islândia é obrigatório e muito recomendado para evitar dores de cabeça e imprevistos na viagem. Um bom seguro cobre despesas hospitalares como consultas e internações, atrasos de voos, extravio de bagagem entre outras eventualidades.
Para simplificar (e muito) a pesquisa pelo seguro ideal, recomendamos o site da Seguros Promo, que funciona como um comparador de apólices, onde você “filtra” de acordo com o local para onde está viajando, número de dias e necessidades – super rápido, simples e prático.
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Veja também:
- Mergulho nas placas tectônicas de Silfra na Islândia
- Aurora Boreal na Islândia: dicas para embarcar na aventura
- Islândia de motorhome: tudo que você precisa saber para planejar sua viagem
- Rota das termais: Blue Lagoon +3 piscinas incríveis na Islândia
Excelente roteiro e ótimo texto, pessoal.
Muito obrigado pelas dicas.
Numa viagem de carro, seguindo este roteiro, vocês acham necessário reservar os hotéis antes ou dá para encontrar vagas na hora?
Eu sempre gosto de viajar com a liberdade de parar onde e quando quiser…
Oi José,
Depende muito da época do ano. Na alta temporada, eu não correria esse risco!
Abraços
Em que mês fizeram essa viagem?
Em outubro
QUE ROTEIRO INCRIVELLLLL PARABÉNS
Olá, Parabens pelo post. Òtimo, de todos o mais completo que li até agora.
Que tipo de carro vc alugou?
Acha que com um carro sem ser 4×4 conseguimos nos virar bem em Fevereiro?
Oi Gi, os meninos não alugaram 4×4, mas em faveiro vc tem que estar pronta para dirigir na neve, e ter correntes!
Fica ligada nos nossos stories @ideiasnamala que a Aninha tá chegando na Islândia amanhã!
Beijos
Olá!
Parabéns pelo blog!! É ótimo, estou utilizando ele para montar meu roteiro.
Em que mês vocês foram para a Islândia?
Eu estou indo em outubro e gostaria de saber se as estradas F já estarão todas fechadas. Eu quero muito conhecer a região do Landmannalaugar/ Highlands, e gostaria de saber se em outubro eu consigo ir com carro 4 x 4 ou se tem que ir necessariamente com empresas de turismo.
Saberia me informar?
Grata!!
Oi Bianca,
Outubro é lotaria, mas no final do mês pode haver bastante em quantidade sim. Quanto ao passeio Landmannalaugar, não sei te dizer 🙁
Abraçoos,
Olá!
Eu faço coleção de “copinhos” dos lugares que conheci. Gostaria de saber se eu encontro opções nas cidades menores ou apenas na capital.
Ah, parabéns pelo blog! Está bem completo
Oi Julia,
Pergunta difícil pra quem não coleciona copinhos e nem prestou atenção nisso :P. Vou ficar devendo essa! Desculpe!
Beijos
Mari, seu blog já me ajudou em muitas viagens e cá estou em busca de mais uma aventura: países nórdicos! parabéns pelo conteúdo e cuidado em passar tantos detalhes. Estou pensando em ir no fim de outubro. Acha uma boa época?
Oi Vanessa,
Bem vinda de volta e que máximo de viagem!
Final de outubro é uma boa época sim, e com sorte, vai dar até para ver a Aurora Boreal!
Beijos
Mari, voltando a pesquisar no ideiasnamala… Em busca de realização de mais um sonho.
Que máximoooo! Islândia está SUPER na minha lista dos sonhos!
Tenho só 3 dias na islandia. Quais passeios vc focaria? Bjs
Ficaria na capital e faria bate e voltas pelo Golden Circle + e talvez as lagoas glaciares + Diamond Beach.
Abraços
Olá! Qual época do ano vc foi e em qual vc recomenda ir para passear por lá, dando a volta no país?
Oi Carlos,
Os meninos viaja em setembro (tenho 99% de certeza que foi setembro).
Islândia é uma viagem fantástica para todo o ano, tudo depende dos seus objetivos.
Abraços,
Mari
Nossa, o post tá muito legal!
Já peguei várias dicas valiosas.
E o hotel que eu tinha pensado em ficar era justamente dessa rede que eles escolheram também, me pareceu o melhor custo beneficio.
=)
Yaaaay! Quantos dias vc tá pensando em passar por lá Mila?