Mergulho nas placas tectônicas de Silfra na Islândia

Quando o assunto é Islândia a associação com o frio é imediata, né? Do Inglês Iceland, a terra do gelo, já indica que faz frio boa parte do ano na Islândia. Agora já parou para imaginar que um dos passeios mais famosos do país é mergulhar entre as placas tectônicas da Europa e da América do Norte nas águas mais puras do mundo? A temperatura da água gira em torno de 3 graus celsius o ano todo e o passeio foi listado pelo National Geographic como uma das 8 aventuras mais doidas do planeta. Pronto para entrar numa fria e mergulhar nas placas tectônicas de Silfras com a gente?

Mergulho nas placas tectônicas de Silfra

Visual das placas tectônicas de Silfra

Onde ficam as placas tectônicas de Silfra?

O mergulho na Sifra fica dentro do Parque Nacional Þingvellir, que é considerado Patrimônio Mundial da Unesco. O parque é um local simbólico para a Islândia, já que foi alí que o Parlamento Islandês foi fundado em 930 d.C. Apenas no ano de 1798 que o Parlamento foi transferido para Reykjavík. Além das placas tecnônicas o parque tem um geyser que explode periodicamente e a cachoeira Gullfoss, ambos imperdíveis. Para quem faz um roteiro pela Islândia ao redor da Ring Road, o Parque Nacional Þingvellir pode entrar no começo ou no final do roteiro da viagem. Nós fizemos uma viagem de Motorhome de 8 dias pela Islândia e deixamos o mergulho para o final.

Tipos de mergulho em Silfra

A primeira escolha de quem encara este passeio é escolher o tipo de mergulho, há três opções de mergulho nas placas tectônicas de Silfra:

  • Mergulho seco (exige certificação de mergulho de cilindro + dry suit)
  • Snorkel com dry suit
  • Snorkel com wetsuit

Como o nome diz, um você se molha e em outro não. Aos mais aventureiros, eles indicam o wetsuit, pois você consegue se movimentar e nadar mais. Aos aventureiros médios que desejam passar menos frio, dry suit parece e é uma ótima opção. E foi essa a nossa escolha. Digo mais: ainda bem que foi essa a escolha. Nós fizemos o passeio como Adventure Vikings e ao contar sobre a dinâmica do mergulho nas placas tectônicas falaremos mais deles, combinado?

Mergulho nas placas tectônicas de Silfra

Essa foi a roupa que eu estava vestida por baixo, eu se fosse você iria mais quentinha

Nossa experiência: como é fazer sknorkel nas placas tectônicas de Silfras

O dia começou bem cedo, era o último dia da viagem. Estávamos cansados depois de 8 dias viajando de motorhome e muitos kms rodados. Mas antes de completar a viagem queríamos ver, sentir e beber uma das águas mais puras do mundo: queríamos mergulhar entre as placas tectônicas de  que dividem a Europa e a América do Norte.

Os mais espertos pensariam, melhor é mergulhar durante o verão né?  Claro! A temperatura externa estará mais amena, e você passará menos frio ao sair da água. Mas nós viajamos no finalzinho do outono – o que para os padrões brasileiros significa um inverno bem congelante – e nossa única opção para fazer o passeio era encarar a geladeira. Quem aí toparia?

A temperatura girava em torno de zero graus, com sensação térmica de -1 , -2. Daí você pensa, como é que eu vou mergulhar em uma água a 3 graus e não morrer congelado? Também me perguntei isso antes de viver essa experiência. A boa notícia é que você sobrevive, mas a ruim é que claramente você passa frio. Mas se fosse fácil não estaria entre uma das aventuras mais doidas do mundo, não é mesmo?

O passeio começou às 10:00 da manhã, pois durante o inverno (novembro ao fim de fevereiro há passeios às 10:00 e às 13:00, já que escurece mais cedo). Aqui você consegue ver direitinho sobre os horários dos passeios. Como havíamos dormido no camping do próprio Þingvellir, teoricamente era fácil. Na prática, o GPS nos trucou.

Para não se perder: Coloque o GPS para o P5 do parque

A primeira dica importante é: coloque no google maps estacionamento P5 do parque, pois este é o estacionamento mais próximo do ponto de encontro do início dos mergulhos. No nosso caso, fomos acidentalmente para o P1 que é o estacionamento principal do parque, e não teríamos tempo de ir de carro até o P5 antes do início do nosso tour. Estacionando no P1, tivemos que caminhar cerca de 10 minutos até o ponto de encontro de início do tour. Do P5 são apenas 5 minutinhos.

As empresas geralmente pedem para você fazer o check in 15 minutos antes do início do tour. Chegamos com 10 minutos de antecedência pois tivemos algumas dificuldades para encontrar o local. Éramos um grupo de 6 pessoas mais o guia.

Vestindo o Dry Sui – uma missão

Ao chegar lá nosso guia, que chamava Bart, foi super simpático e explicou como funcionaria o tour. Antes de começar a vestir a roupa para o mergulho, a primeira coisa que nosso guia pediu para fazermos foi ir ao banheiro, já que segundo ele ”o que entra no dry suit fica no dry suit”, então você definitivamente não quer fazer xixi durante o passeio. Brincadeiras a parte, rimos e fomos ao banheiro!

Use meias de lã

Em seguida, começava a missão de vestir a roupa do dry suit. Depois de toda a explicação que é feita do lado de fora, você pode se trocar em uma van e também pode deixar a mochila durante o passeio. Esse processo de explicação de como se vestir e vestir a roupa (que é feita passo a passo) levou um bom tempio. A ideia é construir um bloqueio para não se molhar. Eu estava com bastante frio no pé nesse momento. Acho que não estava com a melhor meia, então deixo a dica: vá com meias de lã!

Mergulho nas placas tectônicas de Silfra

Van da Adventure Vikings e eu de dry suit

Use roupas quentes por baixo

Você pode ficar com uma camada de roupa por baixo da roupa do mergulho. Aqui vai mais uma super dica: venha com uma roupa quente por baixo (sim, você vai mergulhar com essa roupa e a boa notícia é que não vai molhar). Eu recomendo  roupas térmicas de manga comprida na parte de cima, uma calça térmica e uma meia bem quente, preferivelmente de lã! O importante é “construir” uma camada quente, mão não muito quente, pois teoricamente você soa nadando – para ser bem sincera, com o frio que estava, não me lembro de ter suado, mas o guia explicou que se você vai mergulhar com vários casacos, ” várias camadas” você soa, e depois passar frio, o que faz totalmente sentido.

Depois de cerca de uma hora até colocar todos os equipamentos, entender como usar o snorkel na friaca e conhecer qual seria o nosso trajeto dentro da água, estávamos pronto para ”embarcar”! O embarque é feito grupo a grupo para tornar a experiência mais exclusiva, mas já adianto: mesmo assim sempre haverá gente perto de você.

Todas as empresas fazem o mesmo trajeto de tour, o que muda entre empresa para empresa é o serviço prestado e o equipamento. Ficamos mesmo muito felizes com a nossa escolha!

Mergulho nas placas tectônicas de Silfra

Toda equipada e pronta para entrar na água

Nessa hora, eu percebi que não tinha mais volta. Sim, eu ia entrar na água a 3 graus celsius

Depois de mais uns 20 minutos esperando na fila do embarque, chegou nossa hora de entrar. O guia foi primeiro e fomos um por um entrando na água por uma escadinha. O primeiro momento foi de testar a roupa e a respiração com a máscara de mergulho. Foi nessa hora que eu bebi a água. Sim! A água do Silfra é uma das mais puras do mundo. Fazia parte do tour bebê-la (se você quiser é claro), e a água de Silfra é bem pura, mas bem geladinha, é claro.

Mergulho nas placas tectônicas de Silfra

Este é o ponto de início do passeio e as placas tectônicas vistas do alto

Tempo de duração do passeio

O tour dura aproximadamente 35 minutos, e a sensação de sentir a água naquela roupa é bem estranha. Eu estava impressionada pois não estava com frio. Ao começar a nadar, eu mexi a minha mão e a deixei de baixo da água a maior parte do tempo, pois estava com a go pro filmando. Foi aí que começou o frio: As únicas partes que molham são o rosto (surpresa!) e a mão, pois a luva que você usa não é a prova d’água. O interessante é que, se não não ficar colocando e tirando a tua mão da água, mesmo molhada, ela vai se ajustar com a temperatura do teu corpo. Então a dica do guia era deixar a mão flutuando acima da água.

Pensa em alguma coisa que flutua muito! Então, éramos nós nesse tour. Como falei o dry suit tem o objetivo de te manter seco, e você basicamente flutua. Então não dá para ficar nadando para lá e para cá.

Você deve estar se perguntando como você faria para nadar então? Eu pelo menos pensei que seria difícil – mas não é nem um pouco. A água tem uma mini correnteza que te leva naturalmente, somado a umas pernadas de pé de pato, você se mexe! Ir para frente é bem fácil, o difícil é voltar.

Veja aqui a experiência da Camila Kafino mergulhando nas placas tectônicas da Islândia

O fim do passeio:

Quanto ao fim do passeio: saímos da água e foi aí que eu congelei! Para ser sincera, comecei a ter frio no final do passeio, e estava pronta para voltar e colocar uma roupa bem quentinha. Ao sair, foi uma sensação de dever cumprido, passeio realizado e, para o Neivo, um alívio total. Caminhamos até a van e essa caminhada durou uns 5 minutos. Foram os 5 minutos mais frios da vida. Já imaginou? O pior foram as mãos, estavam realmente congeladas.

Mergulho nas placas tectônicas de Silfra

Final do passeio: frio

Chegando na van, tiramos a roupa de mergulho e surprise: a nossa roupa de baixo estava intacta! Molhei meu cabelo e a mão. Nesse momento que eu vi a minha mão vermelha e gelada, coitada, meu corpo demorou pra voltar ao normal , e eu mal conseguia fazer os movimentos! Em seguida, depois de me trocar, tomamos um chocolate quente que a Adventure Vikings tinha para nos oferecer, e esse ajudou bastante a gente a se esquentar. Chegava ao fim a nossa experiência de mergulho. E que experiência diferente!

Vale a pena mergulhar nas placas tectônicas de Silfra?

Foi muito legal, foi bem único e eu não vi o tempo passar. Confesso que o começo foi bem impressionante e nadar naquela água SUPER cristalina e ao mesmo tempo congelante. Eu ficava alternando entre nadar e olhar para fora. Também tava tentando tirar umas fotos minhas e filmar…

O guia deu a dica de eu só filmar pois ele estaria com a go pro tirando fotos, e ele realmente tirou algumas fotos minhas, mas não muitas! Então , se você curte fotos, eu diria que vale sim muito a pena ter a go pro com você. Mas, adianto: a graça de levar a câmera vai te fazer passar um frio adicionou (quem aí já passou frio para tirar uma foto? Me coloco na frente da fila)

É realmente muito lindo e especial ver e estar entre as duas placas tectônicas. Talvez as minhas expectativas estivessem muito altas, pois eu tinha amigos que tinham ido e amado muito. Eu também amei, mas sei que o passeio não é para todo mundo pois é MUITO FRIO. Para os mais aventureiros, é uma experiência e mais uma incrível história para contar de mergulhar na Islândia a temperatura negativa e água à 3 graus. Eu não vi os 35 minutos passarem exatamente, no começo eu estava bem e impressionada com o isolamento da roupa. Mas as mãos molham e congelam! E os pés também, coitados . Então depois de um tempo, eu estava pronta pra sair e mal sabia que eu ia passar bastante frio até me trocar de volta. Se eu gostei? Sim e muito! Foi sair da zona de conforto, totalmente. Valeu a pena! Se eu faria de novo? Acho que não – passei muito frio, no final especialmente. Para mim foi uma experiência de uma vez na vida, tirei da lista – check!

O Neivo achou muito frio e isso prejudicou a experiência dele. Então eu diria que esse passeio é um passeio que depende muito de pessoa pra pessoa. Se você não tolera água gelada, esse passeio não é para você. Se você não curte água gelada (acho que ninguém gosta né?) mas tolera, talvez seja uma aventura legal para viver! Eu gostei.

Faça o passeio no começo da viagem

Quanto ao momento que fizemos o passeio, deixamos pro ultimo dia pois eu peguei uma super gripe antes de vir e estava meio doente. A ideia era fazer no segundo dia de viagem, mas mergulhar a 3 graus quando você está doente não parece uma boa ideia né? Na minha opinião, esse passeio deve ser feito no início da viagem! Nosso cansaço da viagem intensa afetou na disposção: é bem mais fácil encarar a água fria no começo da viagem, #Ficaadica

Não esqueça o seguro viagem

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Um bom seguro viagem cobre:

  • Voos cancelados;
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E aí, animado para mergulhar em Silfra? Deixe suas perguntas!


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Ana Vidigal

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Comentários:
Avatar Eudes Lima disse:

Parabéns pela experiência e ótimas dicas. Estarei indo pra Islândia esse ano e sonho em fazer esse mergulho. A questão é que não sei nadar!!! Parece q vou ficar somente no sonho!!!