Alemanha além do clichê: 7 passeios encantadores na região Renânia do Norte-Vestfália

Talvez você nunca tenha ouvido falar na Renânia do Norte-Vestfália, um dos 16 estados alemães e o mais populoso. É por aqui que ficam as cidades de Colônia, Bonn e Düsseldorf. As duas primeiras são boas opções de base para visitar as cidades da redondeza e descobrir uma Alemanha que vai muito além dos clichês te presenteando com castelos de contos de fadas, palácios com jardins caprichados, vinícolas que se debruçam sobre as montanhas e as vistas sempre encantadoras do Rio Reno.

Palacio de Bruhl e seus jardins barrocos
Palacio de Bruhl e seus jardins barocos

Entre um destino e outro devoraremos schinitelz crocantes e salsichas com molho curry regados a muita cerveja boa e vinho local. Pronto para se encantar com a Alemanha além do clichê?

7 passeios encantadores na região Renânia do Norte-Vestfália

Essa é uma viagem versátil que pode ser feita de trem, de carro alugado, por meio de um cruzeiro no Reno (pense numa experiência linda!) ou de bicicleta, a Alemanha tem um sistema de ciclovias impecável que conecta cidades e vilarejos, uma experiência sensacional para quem curte pedalar. O ponto de início é o aeroporto de Frankfurt, onde você pode alugar seu carro ou iniciar o percurso de trem.

Sente na janela e vá degustando as paisagens lindas rumo a Colônia ou Bonn, o percurso de trem rápido (ICE) leva pouco menos de uma hora e quanto antes você comprar, mais barato fica. Eu paguei 35 euros comprando uma semana antes.

Museu Ludwig e catedral de Colônia
Museu Ludwig e catedral de Colônia: olha que sensacional a mistura de estilos arquitetônicos

Aí vão as 7 experiências que selecionamos na região começando por Colônia, a cidade mais turística da região (e que cidade interessante!)

  1. Se encantar por Colônia
  2. Curtir a vibe relax de Bonn
  3. Passear de bicicleta pelas margens do Rio Reno
  4. Conhecer o Castelo de Drachenburg e as vinícolas de Rhodorf Am Rhein
  5. Parque temático e Palácio Barroco em Brühl
  6. Fazer uma trilhas pelas vinícolas do Vale do Ahr
  7. Visitar o elegante Castelo de Eltz

1- Colônia: muito além de uma catedral

Os encantos de Colônia começam de dentro do trem, a catedral brota no horizonte e vai crescendo conforme o trem se aproxima da estação central. São 157 metros de altura, o que a tornou a estrutura mais alta do mundo durante sua construção, que levou mais de 500 anos para ser completada, e um monumento impressionante em pleno 2024.

Fachada da Catedral de Colônia na Alemanha
Fachada da Catedral de Colônia: o edifício mais alto do mundo até 1884 chama atenção em pleno 2024

Visita a catedral e subida as torres

Considerada uma das catedrais góticas mais bonitas do mundo, a Catedral de Colônia é a grande estrela da cidade, que recebe mais de 6 milhões de visitantes por ano, mas não é a única. A cidade tem museus excelentes, um centrinho histórico charmoso e é ponto de saída de passeios lindos pelo Rio Reno.

Vamos visitar a igreja? Uma escadaria simples conecta a estação de trem a porta lateral, o principal acesso para visitantes. Antes de entrar vale reparar nos detalhes da fachada com estátuas e ornamentos que narram passagens bíblicas.

Pórtico da Catedral de Colônia
Pórtico da Catedral de Colônia

O interior é tão impressionante quanto o exterior com arcos muito altos e vitrais coloridos. Um dos destaques é o altar principal que conta com o relicário dos Três Reis Magos, um importante símbolo para católicos e para muitos peregrinos, e um bom motivo para conhecer a cidade. A cripta, localizada abaixo do altar, também merece uma visita.

Interior catedral de colonia
Interior catedral de colonia

Quem tem um bom preparo físico pode subir as torres (6 Euros para adultos; 3 Euros para crianças) e apreciar vistas incríveis da cidade, são 533 degraus em uma dessas escadarias em formato de caracol que parecem não ter fim. A recompensa é uma vista panorâmica da cidade e do rio Reno. Grades de metal protegem os visitantes, mas atrapalham as fotos, ainda assim gostei da subida e de ver a cidade todinha do alto.

Vista da Catedral Colonia
Vista da Catedral Colonia: lha que linda a cidade!

Ponte Hohenzollernbrücke

De volta ao chão, a dica é seguir rumo a ponte Hohenzollernbrücke para ver a igreja todinha e tirar fotos caprichadas. A ponte é conhecida por ter suas laterais decoradas por milhares de cadeados, uma simpatia de casais que desejam permanecer juntos e retornar a esse mesmo ponto no futuro.

Museu Ludwig

Agora que você já conhece o principal cartão postal de Colônia, a dica é expandir o roteiro e visitar pelo menos um dos museus da cidade. Nós escolhemos dois, o Museu Ludwig, um museu de arte moderna que conta com a maior coleção de Pop Art fora dos EUA, a terceira maior coleção de obras de Picasso do mundo, muita arte contemporânea e fotografias boas; e o Museu do Chocolate, uma pedida divertida e informativa para quem viaja com crianças ou ama comer chocolate.

Vou começar pelo Museu Ludwig, que tem um edifício modular bem moderno, pensado para compor com a arquitetura da cidade e destacar as obras de arte em seu acervo. Janelões de vidro que vão do teto ao chão trazem vistas interessantes e luz natural para o museu.

Meus filhos piraram em uma escultura que podia ser brincada e no POP Lab, uma salinha onde puderam cortar, colar e produzir suas próprias engenhocas. Muito legal quanto um museu de arte consegue integrar os pequenos e ajudar na formação de adultos que sabem apreciar arte.

Eu enlouqueci com a coleção de obras de Picasso, uma coletânea bem diversa da trajetória do pintor, com obras de várias fases divididas em quadros, esculturas e cerâmicas. Adoro a liberdade e as malandragens das obras do final da carreira do artista. Já famoso, Picasso podia pintar o que bem quisesse e tratou de compor retratos pouco comportados de seus amigos, e paródias de outros pintores. Outro ponto alto é a exposição de Pop Art que é imensa, muito bem montada e colocou a criançada pra pensar que dependendo do contexto, tudo vira arte.

Cerveja Kölsch e pratos típicos na

Para uma pausa acertada e uma cerveja Kölsch geladinha a dica é o Gaffel am Dom (Bahnhofsvorpl. 1, 50667 Köln) que fica quase em frente a catedral. Sabe aquele restaurante turístico que também é frequentado por locais?

A cerveja Kölsch é servida em copos pequeninos (esqueça o copão de cerveja a la Munique), mas a vantagem é que ela vem geladinha, como o brasileiro gosta.

Cerveja Kolsch no Gaffel am Dom, cervejaria tradicional de Colônia
Cerveja Kolsch no Gaffel am Dom

O salão histórico tem uma vibe animada e o mais importante: a comida entrega. O schinitzel com molho cremoso de cogumelos e salada de batatas foi o melhor que provei na viagem.

Altstadt: o centro antigo de colônia

Vale estender o passeio pelo centro antigo passando pela colorida Alter Markt, a pracinha principal da cidade, um desfile de casinhas históricas coloridas, restaurantes com mesinhas na calçada e o edifício da prefeitura. Entre no edifício para ver a mistura de arquitetura medieval com contemporânea.

Alter Markt a praça central de Colônia e suas casas coloridas
Alter Markt a praça central de Colônia e suas casinhas coloridas

Tünnes & Schäl

Um corredor estreito entre as casas históricas te conduz a região de Fischmarkt sinalizada pelas torres quadradas da Igreja de St. Martin, mas antes de chegar lá vale conhecer os personagens históricos Tünnes & Schäl, uma dupla de estátuas muito queridas pelos habitantes da cidade.

Tünnes é um fazendeiro com uma aparência simpática, e Schäl, que significa “vesgo”, é urbano e astuto, ambos aparecem em muitas histórias e piadas locais, e representam o espírito humorístico e acolhedor dos coloneses. Reza a lenda que tocar seus narizes traz boa sorte, na dúvida, vale tentar!

Personagens folclóricos alemãs Tünnes e Schäl
Personagens folclóricos alemãs Tünnes e Schäl

Fischmarkt

Basta caminhar mais um pouquinho para chegar ao Fischmarkt, um bairro lindo que fica na beira do rio Reno e tem casinhas coloridas muito fotogênicas. Este bairro histórico é repleto de restaurantes, cafés e bares e um ponto de encontro para locais quanto para turistas durante as tardes de verão. No natal o lugar recebe um dos mercadinhos mais bonitos da cidade e ganha uma iluminação linda.

Destaque para a Igreja de St. Martin, uma basílica românica do século XII que tem uma cúpula em formato de cebola. Seu interior tem arcos altos, colunas robustas e vitrais coloridos que resgatam o passado medieval da cidade. Embora tenha sido modificada e restaurada ao longo dos séculos, a estrutura original e muitos dos elementos arquitetônicos ainda contam sua história original.

Fischmarkt um dos lugares mais bonitos de Colônia
Fischmarkt um dos lugares mais bonitos de Colônia

Na sequência você poderá escolher: visitar o Museu do Perfume (e aprender de onde vem o termo “Água de Colônia”) ou seguir pelas margens do rio Reno rumo ao Museu do Chocolate.

Água de Colônia

Foi em Colônia que o primeiro perfume do mundo foi criado. Você vai aprender essa história e muitas curiosidades interessantes no Farina Museum (Ingresso: 8 Euros para adultos | 6 Euros para estudantes | grátis para menores de 6 anos), o casarão histórico onde nasceu a Eau de Cologne. Uma tentativa astuta de disfarçar os odores da cidade e trazer um cheiro constante de frescor.

Durante a visita guiada você poderá explorar exposições detalhadas sobre a tradição da perfumaria, desde os ingredientes e técnicas usados na criação dos perfumes até a evolução da marca Farina – que continua sendo uma empresa familiar – ao longo dos séculos. O museu também traz uma visão sobre a influência cultural e comercial da Eau de Cologne, que se tornou um dos símbolos da cidade. As visitas são guiadas, acontecem 7dias por semana mas precisam ser reservadas com antecedência no site oficial do museu.

Museu do chocolate

Para fechar o passeio minha dica é o Museu do chocolate, ou Schokoladenmuseum, um museu que pertence a uma família Alemã produtora de chocolate, e que desde 2006 opera em parceria com a marca Suíça Lindt.

Fonte de chocolate uma das principais atrações do Museu do Chocolate
Fonte de chocolate uma das principais atrações do Museu do Chocolate

A visita é uma oportunidade de conhecer a história do chocolate, uma jornada que começou com às civilizações Maias e Astecas em forma de bebida sagrada e foi trazida a Europa pelos conquistadores.

Você vai ver uma árvore de cacau plantada em uma estufa de plantas tropicais, conhecer o processo de plantio e colheita, além de acompanhar o processo de produção do chocolate passo à passo em uma linha de produção da Lindt montada no próprio museu. Para quem nunca visitou uma fábrica de chocolate antes, essa é uma oportunidade única.

O museu também destaca a invenção da prensa de cacau em 1828 pelo Holândes Conrad Johannes Van Houten, adivinhe onde? Em Colônia! O processo revolucionário permitiu a extração da manteiga de cacau do pó de cacau, o que levou à criação do chocolate em pó e consequentemente do chocolate em barra, inventado 19 anos mais tarde pela empresa britânica J.S. Fry & Sons.

A entrada inclui várias mini barrinhas e uma bolota de chocolate Lindt. Por mais 3 Euros adicionais você pode participar de uma degustação explicadinha e provar desde o cacau em grão (que é bem forte pra quem não tá acostumado) aos diferentes tipos de chocolate. Meus filhos amaram a degustação e a chance de ver o chocolate saindo da esteira – ao apertar um botão, uma maquininha esperta afana um chocolatinho da produção e coloca na sua mão. É bem legal.

Máquina produzindo chocolates com formatos diferentes no Museu de Colônia
Máquina produzindo chocolates com formatos diferentes

Outro ponto alto é a fonte de chocolate que escorre 200kg de chocolate e permite que os visitantes provem o chocolate quentinho e direto da fonte; no segundo andar do museu há produção de chocolates em formatos de: ursos, bolas de futebol e coelhos. Os visitantes acompanham o que está sendo feito na hora, sendo uma experiência paga à parte, na qual você pode montar a sua própria barra de chocolate e rechear do jeito que quiser.

Dica de expert Ideias na mala

quem tem pique pode combinar a visita a Colônia com o Castelo de Brühl

2- Bonn: história e cultura universitária

A catedral está para Colônia como Beethoven está para Bonn, a cidade que serviu de capital para a Alemanha Ocidental entre 1949 e 1990 e é a terra natal do compositor. Bonn conta com uma casa museu que detalha a vida do artista e exibe estátuas gordinhas e douradas dispostas em lojas, restaurantes e até na praça central. O curioso é que Beethoven foi ganhando traços contemporâneos e em alguns casos, roupas bem coloridas.

Parque Hofgartenn em Bonn na Alemanha
Hofgarten durante o verão: a vibe é bem gostosa

Mas a parte mais tradicional de Bonn termina por aí, cidade é sede de empresas internacionais como a DHL, a Telecom (T Mobile) e a sede alemã da ONU, que reutilizou as instalações governamentais do tempo em que a cidade era a capital Alemã para estabelecer a presença na Alemanha e manter a relevância internacional de Bonn.

Outro imã para estrangeiros é a Universidade Rheinische Friedrich-Wilhelms-Universität, ou Universidade de Bonn, uma das mais renomadas da Alemanha e que tem entre seus alunos ilustres alguns ganhadores do Prêmio Nobel, como o matemático Felix Klein e o filósofo Karl Marx. O campus atrai universitários e pesquisadores de todo mundo.

Edifício principal da Universidade Bonn
Edifício principal da Universidade Bonn

Com tantos estrangeiros vivendo por lá, Bonn tem comida autêntica (e boa!) do mundo todo e um jeitão mais descolado que boa parte das cidades alemãs. Os finais de tarde de verão tem aula de zumba na praça, grupos de corrida treinando ao ar livre, músicos tocando violino nas ruas do centro e biergartens movimentados na beira do rio. Uma vibe que merece ser vivida.

Para comer tenho duas dicas divinas: um restaurante alemão bem tradicional e delicioso, o Sudhaus (Friedenspl. 10, 53111 Bonn), quem quiser provar o joelho de porco, aproveite. E um mediterrâneo DIVINO, o Mr. & Mrs. Humus (Kaiser-Karl-Ring 27, Bonn) peça o mezze e os falafels. Você vai me agradecer!

O centro de Bonn

Quem chega na estação central (cerca de 30 minutos de Colônia de trem) pode dar um giro completo pelo centro passando pela Catedral de São Martinho (Bonner Münster) uma das catedrais mais antigas do país, pela praça da prefeitura que além do edifício branquinho com uma enorme escadaria e traços dourados, recebe uma feirinha diária com pães, flores, verduras e produtinhos locais, uma dessas feiras que é a cara da Europa.

Balas de ursos & chocolates

Nessa região você encontra várias lojas interessantes como uma loja da Haribo (Am Neutor 3, 53113 Bonn), que assim como Beethoven, também nasceu em Bonn. Fãs da balas de morder mais famosa do mundo vão se esbaldar montando suas próprias caixinhas de balas com o que você quiser dentro: dos tradicionais cursinhos coloridos à cobras gigantes. Também dá para realizar meu sonho de infância: ter um saquinho SÓ de ursos vermelhos!

Loja da Haribo no centro de Bonn
Loja da Haribo no centro de Bonn

Dica de expert Ideias na mala

Vale falar para os fãs de plantão que há uma loja de fábrica imensa na cidade (Friesdorfer Str. 125, 53175 Bonn). Ela fica um pouquinho longe do centro e tem uma pegada mais atacadista, mas a variedade de balas e produtos da marca beira o infinito.

Em frente a loja da Haribo está a chocolateria Suíça Lindt (Am Neutor 6, 53113 Bonn) uma loja caprichada que exibe incontáveis barrinhas do que meu marido descreveria como “o melhor chocolate do mundo”, não concordo com ele mas fiz a alegria da família comprando umas 10 diferentes com a desculpa de que “precisamos provar”.

Loja da Lindt: quem gosta da chocolateria Suíça vai pirar
Loja da Lindt: quem gosta da chocolateria Suíça vai pirar

Loja de brinquedos

Quem viaja com crianças ou tem pequenos para presentear, vai amar a Ludus (Friedrichstraße 8, 53111) uma loja de brinquedos das antigas como pelúcias lindas, caixinhas de música de girar, jogos de madeira lindos e alguns brinquedos mais moderninhos. Meus filhos amaram.

A universidade de Bonn

Dali siga rumo a universidade, um edifício em tons amarelos que fica em frente ao parque Hofgarten, um gramadão verde delicioso que tem cada centímetro aproveitado durante o verão. Ali há um ótimo parquinho pra criançada.

Biergarten com caipirinha no menu

Continuando rumo ao rio, há um biergarten que vale a parada: Biergarten Am alten Zoll (Brassertufer, 53113 Bonn) sombreado por uma árvore majestosa e com vistas lindas do rio Reno. Aproveite a caipirinha no menu ou faça como os alemães: peça cerveja no copão.

Biergarten Am alten Zoll, tem até caipirinha no menu
Biergarten Am alten Zoll, tem até caipirinha no menu

Na sequência vale caminhar alguns passos rumo a fortificação Alter Zoll, o que sobrou de um antigo posto alfandegário, parte da fortificação histórica da cidade hoje rende fotos caprichadas do rio. Daqui você pode continuar o passeio pelas margens do rio, que é super arborizado e tem canteiros muito bem cuidados.

Jardim Botânico de Bonn

Na volta, se tiver pique, estique a caminhada rumo ao Jardim Botânico de Bonn, que é lindo e gratuito.

O jardim faz parte do campus da Universidade de Bonn e fica junto ao palácio Palácio Poppelsdorf, que atualmente funciona como Museu de Mineralogia. O palácio barroco de 1753 compõem fotos lindas com os canteiros bem cuidados e o espelho d’agua. Também há um estufa recheada de plantas aquáticas.

Palácio Poppelsdorf e o Jardim Botânico de Bonn
Palácio Poppelsdorf e o Jardim Botânico de Bonn

Taí um desses passeios que dá pra fazer em um horinha de forma despretensiosa ou levar um livro e passar a tarde por lá.

Museus de Bonn

Tem mais tempo? Bonn tem museus excelentes como o Haus der Geschichte (Museumsmeile – Willy-Brandt-Allee 14 | entrada grátis), em tradução literal, Casa de história, um museu que conta a história da Alemanha a partir de ano de 1945 e como o país se transformou completamente; o museu também aborda o período em que a Alemanha foi separada em dois países distintos. A entrada é gratuita e a aula de história (das boas) é garantida.

Fãs de arte de plantão vão adorar o Kunstmuseum Bonn (Entrada: 7 Euros | grátis para menores de 18 anos), o Museu de Arte contemporânea de Bonn, que tem um edifício super moderno e uma instalação de arte em formato de escorregador (que sim, você pode e deve descer) que extrapola os limites do edifício e te convida pra brincar. A obra do artista belga Carsten Höller instiga os visitantes a repensarem o conceito de um museu como um espaço estático e a vê-lo como um lugar de descoberta e interação dinâmica.

O ponto alto do Museu é a arte alemã pós guerra com obras de Joseph Beuys, Gerhard Richter, Blinky Palermo entre outros.

Outro Museu interessante é o Museu de História Natural de Bonn (Museum Koenig Bonn), que funciona com um centro de pesquisas super ativo sobre biodiversidade e ecologia. Há inclusive uma brasileira muito querida que faz parte do time de pesquisadores do museu, ela fez seu doutorado sobre as espécies de inseto que descobriu. Legal, né?! Durante a visita você aprenderá sobre a diversidade no planeta terra com exibições detalhadas e dioramas bem montados.

E claro que vou incluir a casa Beethoven Haus, residência onde o compositor nasceu e um dos museus de música mais visitados do mundo. A visita inclui uma coleção de objetos pessoais como manuscritos, cartas, instrumentos musicais, partituras e móveis.

Beethoven- Haus, a casa Museu de Beethoven em Bonn
Casa Museu de Beethoven no centro de Bonn

3- Passeio de bike pelas margens do Rio Reno

Curte pedalar? Tenho duas sugestões lindas de passeio MARAVILHOSAS, e a boa notícia é que você pode alugar bicicleta dentro da própria estação de Bonn, inclusive com cadeirinha/ trailer para puxar crianças ou bike elétrica. Os valores dependem do modelo de bike escolhido e do número de horas, mas começam em 8 Euros pelo período. Veja detalhes no site (em alemão)

Circuito pelas pontes de Bonn

O primeiro e mais básico é o circuito pelas três pontes de Bonn que vai margeando o rio e tem vistas lindas dos dois lados. São 16 km de pedalada. A dica é fazer um desvio, antes de subir a ponte do norte (o acesso fica dentro do parque), para conhecer o Rheinaue Park, um parque que tem um jardim japonês super bem cuidado e gratuito; um jardim de rosas que fica lindo durante a primavera e lagos fotogênicos.

Passeio de bicicleta pelas margens do Rio Reno em Bonn
Passeio de bicicleta pelas margens do Rio Reno em Bonn

Ao cruzar a ponte você chega no bairro de Buel, cujo destaque é Reueler Rheinaue, uma área verde ao longo do rio Reno com túneis de árvores e um super parquinho para quem viaja com crianças.

Quem quiser encerrar o passeio com um mergulho pode conhecer o Römerbad (Eduard-Spoelgen-Straße 11, 53117 Bonn), uma das piscinas públicas da cidade, que vive cheia durante o verão, e tem uma piscina de ondas deliciosa. A vibe é super família.

Rio Reno, castelos e vinícolas

Meu rolê preferido exige uns 25 km de pedalada, mas vai te presentear com vistas do castelo de Drachenburg no alto do morro, além de fileiras de parreiras pregadas nas montanhas. É lindíssimo.

Passeio de bicicleta pelas margens do Rio Reno em Bonn na Alemanha.
Passeio de bicicleta pelas margens do Rio Reno. Consegue ver o Castelo de Drachenburg no alto da montanha?

Com pique dá para seguir a pedalada até o Castelo de Arenfels (33,1 km apenas ida) ou pegar uma balsa (há vários pontos pelo caminho e custa 2 euros por pessoa) até a outra margem do rio e voltar pedalando pelo outro lado. Seja qual for a sua escolha, pedalar pela Renânia do Norte-Vestfália é inesquecível

4- Castelo de Drachenburg e as vinícolas de Rhodorf Am Rhein

A Alemanha é conhecida pelos Castelos da Rota Romântica e pelo elegante Castelo Neuschwanstein, mas o que pouca gente sabe é que bem perto de Frankfurt e em toda a Renânia do Norte-Vestfália há castelos lindos abertos para a visitação e custam bem mais barato que os castelos famosos.

Nessa lista de passeios diferentões pela Alemanha vou incluir 3 castelos que enchem os olhos de beleza e rendem memórias de viagem inesquecíveis.

Vista do alto do Castelo de Drachenburg
Vista do alto do Castelo de Drachenburg

Vou começar pelo Castelo de Drachenburg (site oficial | entrada: 8 Euros para adultos; 6 Euros para crianças e 18 euros para famílias com 2 adultos e até duas crianças) que fica no alto da colina de Drachenfels e bem pertinho de Bonn. Foi esse castelo que avistei durante o passeio de bicicleta pelas margens do rio Reno.

Trata-se de um castelo particular construído entre 1882 e 1884 para o banqueiro Stephan von Sarter, ele foi projetado em estilo neogótico para servir de residência do magnata, mas nunca foi usado como moradia. Sorte a nossa que hoje podemos visitar o castelo que é desses passeios completos: jardins impecáveis, interior bem decorado e vistas arrasadoras do Vale do Reno. Não sei o que gostei mais, dos jardins ou da vista.

Crianças são MUITO bem vindas

Também fiquei encantada com o carinho que meninos foram recebidos. O Caio catando um pau de tamanho pouco modesto no jardim e o porteiro com toda a simpatia do mundo falou que precisava guardar o pertence dele na chapelaria. E não é que quando saíamos do castelo ele foi até a chapelaria pegar o pau guardado junto a bolsas e casacos?

Castelo de Drachenburg visto dos jardins
Castelo de Drachenburg visto dos jardins

A gentileza não para por aí, os pequenos puderam abrir arca do tesouro para escolher uma “moeda de ouro” de chocolate e ainda tiveram acesso a uma área do castelo que é fechada para visitantes para descobrir e adentrar uma passagem secreta. As crianças ficaram extasiadas pelo castelo e pela lojinha que vende brinquedos lindos inspirados no mundo dos castelos. Há espadas de madeira, dragões de pelúcia e muito mais.

Jardins do Castelo de Drachenburg
Os jardins são um dos pontos altos da visita

Como é a visita pelo Castelo de Drachenburg

A forma mais legal de chegar ao castelo é com o Drachenfelsbahn, o trenzinho funicular mais antigo do país e que conecta o pé da colina até a porta do castelo. Também há estacionamento de carro, ou para os fortes, há opção de caminhar morro acima por 1,5 km rumo a entrada do castelo (a boa notícia é que caminhada é no meio da mata).

Durante o verão há uma sorveteria móvel na frente do castelo que vende sorvetes de massa um pouco mais doces do que eu gosto, mas perfeito para o paladar dos pequenos. Parada estratégica para dias quentes de verão como o que pegamos.

Passando pela catraca (que fica em um edifício moderninho) você chegará aos jardins e a entrada principal do castelo, e aqui minha dica é: dê a volta pelo jardim, visite o interior de castelo decorado no estilo neo-renascentista cujos destaques são a escadaria com teto todinho pintado e a Sala de Música, que exibe instrumentos e decoração do século XIX.

Interior do Castelo de Drachenburg na Alemanha
Interior do Castelo com teto pintado. Vale reparar nos detalhes

As vistas da torre

Terminado o passeio pelo interior a dica é visitar os terraços que tem vistas lindas do rio, e subir até a torre principal que tem vistas espetaculares. A subida é feita por uma escada em formato de caracol e o site oficial não divulga o número exato de degraus, mas posso dizer que não são poucos e que quem sobe com crianças precisará ficar atento aos pequenos no topo do castelo.

Vistas do alto do Castelo de Drachenburg na Alemanha
Vistas do alto do Castelo de Drachenburg

Acessibilidade:

Há um elevador que pode ser usado por pessoas com mobilidade reduzida para conhecer o interior do castelo, mas há algumas áreas sem acessibilidade, como por exemplo a torre.

Drachenfels Plateau

Quem quiser esticar o passeio pode continuar de bonde rumo ao topo da montanha ou encarar uma subida de cerca de 1 km. Lá no alto há um observatório moderninho, um restaurante com vistas lindas e as ruínas do antigo Castelo de Drachenfels (Burgruine Drachenfels).

A vista do rio é bem parecida a vista que tivemos do topo do castelo com uma diferença fundamental, daqui é possível enxergar o topo Castelo de Drachenburg.

Dica de expert Ideias na mala

O Platô de Drachenfels é aberto e gratuito. Taí um possibilidade linda de vista para quem não está afim de pagar entrada (ou de visitar o interior) do castelo.

Vinícolas de Rhodorf Am Rhein

Quando terminei a visita ao castelo perguntei para minha irmã que mora na região: “aquelas videiras que vi durante o passeio de bicicleta estão abertas para visitação? Será que podemos fazer uma degustação?” A resposta foi positiva, mas como já era fim de tarde precisaríamos de um pouco de sorte.

Centro de Rhodorf Am Rhein na Alemanha
Centro de Rhodorf Am Rhein na Alemanha

Nossa primeira parada Weingut Broel (Karl-Broel-Straße 3, 53604 Bad Honnef) foi recomendada por amigos da Ana e tem vinhos ótimos, uma cave bem fotogênica e uma área externa super agradável. Pelo telefone nos disseram que estavam abertos, mas acho que os perdemos por alguns minutos.

De lá caminhamos até o hotel Haus im Turm (Drachenfelsstraße 6 b, 53604 Bad Honnef) e que sorte a nossa! O lugar é lindo e super aconchegante.

Há duas possibilidades: uma vinícola mais descontraída que fica na porta do hotel, a Weingut & Weinhandel ou o bar e restaurante do hotel que é mais sofisticado, mas uma ótima opção para tomar vinhos e comer um aperitivo. Pedi vinho local (delicioso), salsicha com molho curry (adoro) e uma mousse de chocolate deliciosa.

O restaurante tem um pátio que fica em frente a um gramado com muitas esculturas, incluindo uma réplica da famosa escultura LOVE de Robert Indiana. Na saída ainda demos um passeio pelo centrinho da cidade que é muito charmoso e tem videiras até na pracinha central. Taí um desses lugares que vale visitar sem pressa e pronto para fazer descobertas.

Outra parada bem recomendada (e que continuava animada quando passamos em frente) é o Weinhaus Domstein (Am Domstein 14, 53604 Bad Honnef) um restaurante típico alemão e vinícola que fica rodeado de parreiras, parece ser bem legal.

5- Brühl: Castelo e diversão

Vamos colocar mais um castelo no roteiro? Esse é todinho maravilhoso e pode ser combinado com o passeio a Colônia ou com o divertido Phantasialand. O Castelo de Brühl ou Schloss Augustusburg é patrimônio mundial da Unesco, e é considerado um dos principais exemplos da arquitetura barroca na Alemanha. É super fácil de visitar, ele fica na porta da estação de trem de Brühl.

Castelo de Brühl ou Schloss Augustusburg
Castelo de Brühl ou Schloss Augustusburg

O castelo foi construído por Clemente Augusto da Baviera, o arcebispo e eleitor de Colônia, para servir como residência de verão e local de prática do seu hobbie, a falcoaria, um tipo de caça que usa falcões adestrados para caçar garças. O castelo foi projetado por François de Cuvilliés, um dos expoentes da arquitetura barroca e foi concluído em 1768.

Os destaques da visita são o jardim (que é gratuito e aberto para qualquer um) inspirados nos jardins franceses e recheados de flores coloridas durante a primavera e o verão. A composição do jardim me lembrou o Castelo de Villandry no Vale do Loire, e os túneis de árvores me lembraram dos jardins do Palais Royal em Paris. Há um espelho de água que rende fotos caprichadas e um bosque bem vistosos onde os locais praticam corridas e caminhadas. Pense numa vibe deliciosa.

Espelho d'agua no Castelo de Bruhl
Espelho d’agua no Castelo de Bruhl

Interior do Castelo de Brühl

As visitas ao interior acontecem de terça a domingo somente com visitas guiadas. Confira os horários de abertura no site oficial. O tour é em alemão, mas há áudio guias em várias línguas, incluindo português. A visita dura 1 hora e o grande destaque é a escadaria barroca projetada por Balthasar Neumann.

O interior é todinho decorado com afrescos, tapeçarias e mobiliário da época. Além das escadaria (que é realmente um show), destaque para o salão de festas e para capela.

Phantasialand: um parque temático super divertido

Para dar uma quebrada no combo castelo – vinícola – centro histórico, que tal incluir um dos melhores parques de diversões da Europa no Roteiro? O Phantasialand fica em Brühl e me surpreendeu muito. Achei o parque lindo, organizadíssimo e o mais importante, divertido para adultos e crianças. 

Chapéu Mexicano no Phantasialand
Chapéu Mexicano no Phantasialand em Bruhn

O parque é muito família. Crianças a partir de 1 metro conseguem brincar em 3/4 das atrações, que vão desde brinquedos clássicos como o carrossel e o chapéu Mexicano à montanhas-russas modernas que usam óculos de realidade aumentada – Crazy Bats, que é MUITO fofo, e tão divertido que fomos duas vezes seguidas.

Também adoramos a montanha-russa Colorado Adventure, que tem forma de trem, é longa, rápida e divertida, e a Winja’s Fear, uma montanha-russa no escuro com carrinho giratório.

Colorado Adventure no Phantasialand em Bruhn
Subindo da Colorado Adventure. Os meninos amaram o parque, e nós também

Os pequenos se encantaram com o brinquedão de subir Avocas (uma das novidades do parque), e com o “jogo-competição” Maus au Chocolat. É muito legal!

Dica de expert:

Ingressos antecipados são bem mais baratos. Fora da temporada há ingressos a partir de 28 Euros. Não há bilheteria no local e 100% das vendas são feitas online.

6- Trilhas pelas vinícolas do Vale do Ahr

A região vinícola do Rio Ahr, um dos afluentes do Rio Reno, é uma das regiões vinícolas mais conhecidas da Alemanha e ponto de partida de várias trilhas fantásticas pelos vinhedos da região. Essa região fica no estado vizinho de Renânia-Palatinado, mas é tão fácil de visitar a partir de Bonn ou Colônia que resolvi incluir na lista.

Vale do Ahr na Alemanha
Cidade de Rech no Vale do Ahr

Há uma série de vilarejos fotogênicos conectados por trilhas que passam no meio dos vinhedos. A graça é degustar os pinot noires e rieslings produzidos pelas vinícolas locais enquanto atravessa o caminho. Para mim que amo trilhas e adoro vinho: pura poesia!

Com as crianças na jogada, escolhemos uma trilha relativamente curta (5.1km com ganho de elevação de 100 metros) e com início e fim na cidade de Rech, que pode ser acessada de trem ou de carro. Nós paramos para almoçar na fofíssima Dernau antes de começar a trilha, mas se você começar a trilha mais cedo, pode parar no meio do caminho e almoçar. É caminho.

Schönste Weinsicht der Ahr 2016

A vista mais bonita dos vinhedos do Ahr, tradução literal de Schönste Weinsich, é um mirante no alto da montanha com vistas lindas das encostas recheadas de videiras, o rio Ahr correndo em forma de curva e os vilarejos lá embaixo. Paradinha rápida, porém impactante. Faça!

A vista mais bonita do Vale do Ahr
O nome do mirante não deixa dúvidas, essa é a vista mais bonita do Ahr

Almoço no Hofgarten-Restaurant

Dernau é um desses vilarejos fofos com casinhas em estilo medieval e janelas decoradas com floreiras. As ruas são estreitas e as videiras complementam o visual de cartão-postal.

Para o almoço escolhemos o Hofgarten-Restaurant, um restaurante com jeitão tradicional e um pátio aberto super agradável. Pedi uma salada com frango grelhado, enquanto minha irmã mandou ver num Flammkuchen (massa fininha típica da Alsácia e cujo formato lembra uma pizza), e que delícia! Iniciei os trabalhos com uma taça de vinho local.

Rech, o ponto de início da trilha

O centrinho de Rech é um pouco mais espalhado que Dernau, mas também conta com casinhas fofas e opções de restaurantes.

Geladeira que vende vinhos na entrada da trilha

Confesso que eu tava mais interessada na geladeira que vende vinhos (e taças!) estrategicamente disposta no começo da trilha. Só não me contaram que para atingir essa genialidade alemã eu teria que caminhar 300 metros de pirambeira pura. É pra valer o sacrifício que fala?

Com um toque de cartão de crédito você compra uma garrafa geladinha do tamanho da sua “sede”, copos e caminha bebemorando a vida. Ou no meu caso, meu aniversário que havia sido na mesma semana. Achei sensacional!

Vistas incríveis e um pedaço de mata

A subida é brava, mas as vistas do vale entregam suspiros do início ao fim. Em algum momento a trilha se conecta com um pedacinho de floresta e a paisagem muda completamente. A mata abre espaço para samambaias bem verdinhas, pedras recortadas e, no final do caminho, mais videiras e um túnel que atravessa a trilha rumo a cidade.

Videiras do Vale do Ahr na Alemanha
A trilha e o túnel que conecta o caminho a cidade. O visual é lindo do início ao fim

Vinícola Gebr Bertram

Estava esperançosa de achar mais um geladeira no meio da trilha, mas achei algo melhor: a vinícola Gebr Bertram (Hauptstraße, 53507 Dernau), que temporariamente está operando em um contêiner moderninho enquanto suas instalações estão em reforma, nos recebeu com os melhores vinhos da viagem.

Degustando vinho rosé na Gebr Bertram em Dernau, Alemanha
Degustando vinho rosé na Gebr Bertram

O dono fez a gentileza de abrir a vinícola que estava prestes a fechar, servir água geladinha para nós todos, suco de uva para os pequenos e uma degustação com vinhos impecáveis.

Gostei tanto que comprei 3 garrafas, uma de vinho rosé (gelada pra tomar na hora) e duas de vinho Weissburgunder (ou Pinot Blanch). E teria comprado mais se não tivesse que carregar as garrafas nas costas até o final da trilha. As garrafas custaram entre 8-12 Euros e o dono da vinícola ainda nos presenteou com duas taças (cheias!) para bebermos pelo caminho. Ele também não me cobrou a degustação. Resultado, ganhou a cliente (minha irmã que frequenta a região) e uma indicação super merecida por aqui.

Steinbrücke

A última parada e um dos destaques do trajeto de volta é a Steinbrücke, uma ponte de pedras antigona, uma das poucas pontes que sobreviveram as enchentes de 2021. Esse pedaço da cidade está sendo todinho reconstruído, mas as vinícolas seguem abertas e seguem hospitaleiras. Amei o passeio e recomendo muito.

Ponte de pedra Steinbrücke
Ponte de pedra Steinbrücke

Are Castle

A onda de calor deixou meus pequenos exaustos então acabamos passando batido por uma das paradas que eu tinha planejado. O Are Castle que fica a apenas 9 minutos de carro de Dernau. As ruínas fotogênicas tem vistas lindas da região e rendem fotos

7- O castelo de Eltz

Deixei o Castelo de Eltz por último, pois ele também fica no estado vizinho de Renânia-Palatinado, e pode ser acessado a partir de Bonn ou Colônia de carro. Esse é um dos castelos medievais mais bem preservados e impressionantes da Alemanha. Como o castelo fica rodeado de mata e de certa forma “escondido” do mundo, ele não sofreu danos significativos durante as Guerras Mundiais ou a Revolução Francesa.

Castelo de Eltz, um dos castelos medievais mais bem conservador da Alemanha
Castelo de Eltz, um dos castelos medievais mais bem conservador da Alemanha

O Castelo foi erguido no século XII, não se sabe exatamente o ano, por uma das famílias mais tradicionais e nobres da Alemanha, os Eltz, que ainda são proprietários do castelo. Ele foi construído em fases distintas e com diferentes residências; cada braço da família tinha um pedaço distinto do castelo que posteriormente foi conectado formando um único edifício.

Trilha para chegar ao castelo

Ao chegar no estacionamento os visitantes tem a opção de pegar um shuttle (2 euros por pessoa por trajeto) ou caminhar uma trilha linda de cerca de 1 km rumo ao castelo. Eu amei a trilha, a energia das montanhas e recomendo: se você tiver pique, faça a caminhada.

Trilha para chegar ao castelo de Eltz
A trilha item 1 km é toda sombreada e bem bonita

O finalzinho de caminho tem vistas lindas do castelo que fica no topo de uma montanha bem verde. Há mais possibilidades de trilhas e até ruínas de um antigo castelo para quem quiser esticar o trajeto.

Interior do castelo de Eltz

A visita ao interior do castelo acontece de forma guiada e há tours em inglês ou alemão (Entrada: 14 Euros para adultos; 7 Euros para estudantes e 34 euros para famílias com crianças abaixo dos 18 anos).

Pátio interno Castelo de Eltz
Pátio interno Castelo de Eltz, aqui dá pra ver as diferente casas conectadas ao longo dos anos

Há um pátio bem bonito onde acontece a espera dos tours, uma área de armaduras e tesouros que pode ser visitada por conta própria e o tour que leva cerca de 1 hora e detalha a história do castelo, além de dar detalhes sobre a decoração/ arquitetura.

O interior do castelo foi pra mim uma ótima surpresa. Amei as paredes antigas pintadas, as obras de arte e o antigo banheiro que nada mais era do que um latão de ferro colocado sobre um móvel de madeira. Não é permitido tirar fotos dentro do castelo.

Mapa das atrações desse post

Veja todas as atrações desse post no mapa dinâmico:

Vale a pena conhecer a Renânia do Norte-Vestfália?

Muito! Adorei a mistura de cidade vibrante com natureza e história. Há muitos castelos lindos, vinícolas deliciosas e passeios surpreendentes.

Colônia, o principal destino da Renânia do Norte-Vestfália
Vistas do Rio Reno em Colônia

Tanto Colônia quanto Bonn são boas bases para explorar a região e fazer passeios de bate e volta. Você vai amar a Renânia do Norte-Vestfália.

mari vidigal
mari vidigal
Mari é editora do Ideias na Mala há 14 anos e mora na Califórnia. Já visitou dezenas de países e explorou boa parte dos Estados Unidos com seus filhos Tom e Caio. Sua paixão? Viajar com o motorhome Rocky e colecionar Springs na Flórida. Mari é conhecida pelos seus roteiros super completos dos principais destinos da Europa (sim! Tem roteiro de Paris, Madri, Londres, Portugal e Amsterdam) e pelo conteúdo mais completo da Califórnia, Flórida e Las Vegas entre os sites de viagem do Brasil. Em 2021 recebeu o prêmio IPW Travel Awards, um dos maiores prêmios de jornalismo de viagem, e em 2024 foi finalista do prêmio Europa de Comunicação.

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