Islândia de motorhome: tudo que você precisa saber para planejar sua viagem
Neste post dividiremos com você todos os detalhes desta viagem incrível de motorhome pela Islândia. Aqui você vai encontrar dicas de como planejar sua viagem até uma sugestão de roteiro de motorhome pela Islândia. Viajar de motorhome pela Islândia é um verdadeiro sonho, foram 8 dias de viagem percorrendo a Ring Road e desbravando alguns dos cantinhos mais lindos da Islândia — com direito a aurora boreal na jogada! Vamos nessa?
Islândia: a Terra do Fogo e Gelo
A Islândia, apelidada de “Terra do Fogo e Gelo”, é um destino que realmente parece saído de um outro mundo. O contraste entre vulcões ativos, majestosas geleiras e cachoeiras de tirar o fôlego cria paisagens tão espetaculares que é difícil acreditar que são reais.
Cada canto desse país guarda uma surpresa, tornando sua viagem não só memorável, mas também repleta de momentos inesquecíveis, onde a natureza bruta revela sua beleza em formas inesperadas.
Para facilitar a sua navegação neste texto e agilizar a sua busca pelas informações que precisa, criamos um menu clicável. Para ir direto ao ponto, basta clicar nos itens abaixo. Ou, se preferir, leia o post completo para se tornar expert em Islândia!
Nesse post você vai encontrar:
- Como é viajar de motorhome na Islândia: vantagens e desafios.
- É fácil dirigir na Islândia?
- Quanto custa viajar de motorhome
- Dicas essenciais para viajar de motorhome na Islândia
- Como é a estrutura dos campings da Islândia e sugestões
- Vale a pena viajar de motorhome pela Islândia?
E ainda:
- Quando visitar a Islândia? Melhores meses para viajar
- Resumo do nosso roteiro de motorhome
- Resumo detalhado
- Seguro Viagem
1. Como é viajar de motorhome na Islândia: vantagens e desafios
Sempre tive o sonho de viajar de motorhome e nossa viagem para a Islândia era a oportunidade perfeita de realizar este desejo — quem sabe ainda ver a aurora boreal, outro sonho! Viajar de motorhome infelizmente não é comum no Brasil, mas na Islândia e na Europa em geral é uma forma deliciosa e super prática de viajar.
Optamos por uma campervan compacta, perfeita para duas pessoas. O espaço é simples, mas prático: uma cama que se transforma em mesa, um fogão portátil para cozinhar, uma pequena geladeira e dois assentos confortáveis na frente do veículo.
Quanto ao banheiro? Bem, tínhamos a opção de alugar uma privada portátil, mas decidimos não complicar. A van já é pequena, e carregar mais um item parecia desnecessário. Além disso, a ideia de limpar o sanitário portátil não nos atraía. Assim, usamos banheiros externos ao longo do caminho, o que funcionou muito bem!
Minhas dúvidas de marinheiro de primeira viagem:
Onde vou fazer xixi quando tiver vontade? E o banho, como fazer? Será que teríamos que tomar banho dia sim, dia não? Preocupada, dividi essas questões com o Neivo — namorado e companheiro de viagem — que me acalmou e me lembrou: “Essa é uma viagem de menos conforto e mais aventura e natureza”. E ele estava certo, foi uma viagem de aventura e acreditem: a questão do banheiro e do banho foi mais tranquila do que esperávamos.
Vamos falar dos desafios e das vantagens de viajar pela Islândia de Motorhome?
Vantagens de viajar pela Islândia de motorhome
Flexibilidade
A motorhome te dá a facilidade de arrastar sua casa para todo lado e consequentemente, explorar lugares mais remotos com um pouco de conforto e estrutura. Viajar de campervan é maravilhoso pois você tem muita flexibilidade, poder simplesmente viajar sem rumo e decidir dormir em qualquer lugar que tiver vontade. Calma – não no meio da rua! – Na Islândia não é permitido encostar a van e dormir onde der na telha.
Muita estrutura para trailers/campers
A boa notícia é que a Islândia é super preparada para acampar, seja de motorhome, seja de barraca. Viajar de motorhome é bem parecido com acampar de barraca, só que com mais conforto (e aquecedor!) e com a praticidade de já ter a barraca montada para partir quando quiser. Ou seja, viajando de motorhome você não precisa ter um roteiro 100% fechado, e pode ir mudando de planos conforme o andar da viagem.
Velocidade
Outra vantagem indiscutível é a velocidade, você eliminar o entra e sai de hotel, o abre e fecha mala, e aquele processo chato de check-in e check-out. A economia de tempo é indiscutível.
Desafios de viajar de motorhome
Ser responsável pela limpeza e organização do seu espaço
Por outro lado, viajar de motorhome na Islândia significa abrir mão de um certo conforto, e nessa viagem, percebi que conforto para mim tem muito a ver com espaço. Ter espaço para colocar as coisas, o lugar onde você vai dormir separado daquele que você vai comer, por exemplo. No veículo, o espaço mesmo é bem limitado, então é bem importante manter as coisas organizadas e limpas para ter uma viagem mais tranquila.
Cozinhar toda refeição
Viajar de campervan significa estar disposto a cozinhar todos os dias e arrumar a sua própria cama. Isso parece simples, mas, acredite, depois de dirigir de 200- 300 km por dia, você fica cansado e precisa ter energia para preparar comida e organizar seu espaço.
Quanto a alimentação, quando a escolha é hotel, você acaba fazendo mais refeições em restaurantes. Claro que poderíamos ter comido fora mais vezes, mas em muitos momentos da viagem, estávamos em lugares mais isolados de civilização e encontrar um restaurante daria bastante trabalho. Além disso, é fato também que seria mais caro comer em restaurantes e bares do que cozinhar, então esse é um ponto a se considerar.
2. É fácil de dirigir na Islândia?
Sim! Achamos super tranquilo. Eu que estava preocupada se conseguiria dirigir a campervan achei super fácil, igualzinho um carro, só um pouco maior na hora de estacionar.
O site Traffic info Islândia mostra em tempo real as condições das estradas. É sempre bom conferir a rota antes, pois isso vai te dar mais segurança na viagem. Em um dos dias, por exemplo, tivemos que mudar nosso roteiro, pois o norte da Islândia estava com neve e as estradas estavam interditadas. E antes que você me pergunte, viajamos no começo de novembro.
3. Quanto custa viajar de motorhome na Islândia
- Aluguel do motorhome: 1.138 Euros
- Camping: entre 1.500 a 2.000 ISK por noite para o casal
- Comida (supermercado): 135 Euros
- Bebidas alcoólicas: 14 Euros
- Passeios: cerca de 300 Euros
- Gasolina total: 269 Euros
Aluguel de Motorhome na Islândia
Para o aluguel da motorhome, recomendamos o pessoal da Motorhome trips. Eles trabalham com as melhores empresas de locação, oferecem condições especiais para o turista brasileiro e tem um serviço especial (se você quiser) de reservas de campings. Já fiz algumas viagens com eles pelos Estados Unidos e AMO o serviço e a sabedoria da equipe.
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4. Dicas essenciais para viajar de motorhome na Islândia
Aqui nossa melhores dicas para quem quer viajar de motorhome pela Islândia.
Viaje com menos bagagem
Minha principal dica para quem quer fazer uma viagem como a nossa é viajar leve. O espaço na motorhome é limitado e quanto mais coisas você levar mas difícil será o processo de arrumação. Acredite, o que você menos quer é um monte de coisas atrapalhando e ocupando o seu precioso espaço.
Verificar os campings na média e baixa temporada
Na média e baixa temporada é super tranquilo decidir qual o camping você vai dormir sem antecedência. O que você precisa fazer, principalmente se estiver viajando fora de temporada (entre outubro e abril), é verificar antes se o camping está aberto.
Muitos lugares na Islândia, e principalmente no norte do país, fecham durante o inverno. Então, ligue! Aprendemos isso quando tentamos ir em um camping que estava fechado. Era um camping hostel, então nem passou pela minha cabeça que pudesse estar fechado!
Neste site você consegue ver uma lista de campings espalhados pela Islândia. Nós usamos como base para achar os campings próximos da nossa rota.
Compre crampons para caminhar na neve
Caso você vá para a Islândia de novembro em diante, compre crampons, uma espécie de pregos que você acopla na tua bota e te permite andar no gelo. Eles são essenciais para quem quer fazer caminhadas mais caprichadas na neve.
5. Como é a estrutura dos campings da Islândia e sugestões
Todos os campings tem estrutura com banheiro e ducha e, na maioria das vezes, cozinha! Além disso, durante o dia, quando você está dirigindo e visitando lugares turísticos, sempre tem banheiro.
E as refeições? Muitas vezes fizemos fora da van, em alguma vista linda com o nosso fogãozinho portátil. Parar em um lugar maravilhoso e falar: “Vamos almoçar” é um dos privilégios de viajar de motorhome. Aproveite este momento.
Onde dormimos:
- Dia 1: Guesthouse Grindavik
- Dia 2: Campsite Selfoss
- Dia 3: Hamragarðar Campground (fechado, outra opção próxima o Hellishólar Campsite)
- Dia 4: Parque nacional de Skaftafell
- Dia 5: Fossardalur – Fjöll og Fossar Camping
- Dia 6: Reykir – Grettislaug camping
- Dia 7: Parque Nacional de Thingvellir
6. E vale a pena viajar de motorhome pela Islândia?
Eu adorei! Mas, como as pessoas são diferentes, sugiro você avaliar os pontos positivos e os negativos. A pergunta chave é: o que pesa mais para você na viagem? O contato com a natureza e liberdade de modificar o roteiro a cada dia ou o conforto e a certeza de um lugar para dormir que um hotel oferecem. Se você pensou em aventura ou flexibilidade, aposte no motorhome!
Leia também: Roteiro de 10 dias na Islândia
Quando visitar a Islândia? Melhores meses para visitar o país
A primeira pergunta que você deve fazer é: qual o propósito da tua viagem? curtir o país em um clima mais ameno e, quem sabe, aproveitar o sol até meia noite? Ou, explorar o frio, talvez ver neve e com sorte, ver a Aurora Boreal?
Se você preferir um clima com temperaturas mais quentes, a sugestão é desbravar a Islândia durante os meses do verão, ou seja, de maio a setembro, o período considerado alta temporada. Caso você queira um pouco mais de frio na sua aventura, eu recomendaria entre outubro e dezembro.
Sonho de ver a Aurora Boreal
Você tem o sonho de ver a tão famosa Aurora Boreal? O jogo de cores dos países nórdicos com cores surreais do céu, sabe? Bom, esse era meu sonho. Se você também tem vontade de ver essa dança da natureza, a Islândia é um bom candidato para você realizá-lo.
As condições mais favoráveis para ver a Aurora Boreal são temperaturas baixas, céu limpo e escuro. Ela pode aparecer de setembro a fevereiro na Islândia, mas, se você quer ver as cores bem marcadas, a dica é viajar durante meses mais frios. Segundo um Islandês que conheci na viagem, quanto mais frio lá fora, mais evidentes ficam as cores da Aurora e, portanto, mas fácil de vê-la.
Dica de aplicativo para ver a aurora boreal
Para verificar a atividade e chances de Aurora: fique sempre ligado neste site de previsão do tempo e baixe o aplicativo Aurora (existem muitos outros, mas eu acabei escolhendo esse por recomendação de amigos).
Tanto o site, como o aplicativo mostram quais as chances de se ver a Aurora Boreal naquele dia. No site, é um índice que varia de 0 a 9, quanto mais alto, mais chance de ver o céu dançar. Para você ter uma ideia, o índice estava em 4 e 5 quando vimos a Aurora na Islândia. Já o app trabalha com porcentagem: a partir de 20% você já consegue ver alguma coisa.
Resumo do nosso roteiro de motorhome
Neste roteiro, você encontrará uma lista resumida do que se pode fazer na Islândia viajando de motorhome. Essa programação tem um toque aventureiro e muito contato com a natureza, com direito à passeios turísticos.
E aí, pronto para viajar comigo?
- Dia 1: Chegada na Islândia e primeira Aurora Boreal em Grindavik
- Dia 2: Blue Lagoon e Reykjavík
- Dia 3: Golden Circle (Kerið + Gullfoss + Geysir) – noite em Seljalandsfoss
- Dia 4: Skógafoss e Região de Vik
- Dia 5: Trekking na Geleira de Falljokull e Glacier lagoon
- Dia 6: Cachoeira Rjúkandi, Stuðlagil Canyon e Mývatn Nature Baths
- Dia 7: Krafla Power Plant, Lake Myvatn e Fiordes
- Dia 8: Reykir – Grettislaug com Termal Laugarvatn Fontana
- Dia 9: Þingvellir + Snorkel em Silfra
Total: 9 dias e 8 noites, cerca de 2000km rodados
Passeios pagos na Islândia: o que vale a pena?
Existe uma infinidade de passeios pagos na Islândia. Existem tours de caça à aurora boreal, passeio para ver baleias , tours de helicóptero, snowmobile, e muitos outros. Tudo depende da experiência que você quer viver e, claro, de quanto quer gastar.
Nós fizemos: food tour em Reykjavik, Trekking pela geleira, mergulho entre as placas tectônicas e as piscinas termais Blue Lagoon, MyVatn nature baths e Laugarvatn Fontana.
Nossos passeios preferidos foram:
- Food Tour: uma verdadeira imersão na cultura e na comida Islandesa.
- MyVatn nature baths: uma pegada bem mais local que a Blue Lagoon e com vistas super especiais.
Roteiro detalhado
Dia 1: Chegada na Islândia + primeira noite de Aurora Boreal em Grindavik
Como estávamos na Europa, voamos direto de Dusseldorf na Alemanha com a Icelandair. Achamos a companhia aérea super boa – tinha até televisão no nosso voo que durou 3 horas e meia. Durante o voo, ganhamos o donut islandês, diz o Neivo que no Brasil (no sul pelo menos) chama-se cueca virada ou orelha de gato.
Ao chegar no aeroporto, tínhamos um shuttle nos esperando da KukuCampers (empresa que alugamos a van na época, hoje sem dúvida iríamos com a Motorhome trips). Logo pegamos a campervan (primeira missão cumprida – yey!) e paramos no mercado para abastecer a van.
Uma dica esperta é fazer uma lista de compras para não esquecer nada para trás. Pense nas coisas mais básicas além da comida, como bucha, detergente, talheres e por ai vai.
Escolhemos o Bonus, um mercado de desconto e fizemos as compras da semana. Gastamos 90 euros. Para que vocês tenham noção de gastos com alimentação, depois desse dia, paramos no mercado mais um dia e gastamos 45 euros com comidas e mais 14 euros de cervejas.
Aqui vale explicar porque eu estou escrevendo o valor gasto em bebida separado do valor gasto no mercado: na Islândia não se vende bebida com teor alcoólico superior a 2,5% nos supermercados. Ou seja, vinho e cerveja de verdade (amantes de cerveja me entendem), somente em uma loja especializada em bebidas, que na Islândia se chama Vínbúðin.
A primeira aurora boreal da viagem
Depois de pegar a nossa motorhome e comprar comida, fomos para o camping (já eram 19h) preparar tudo para o nosso começo oficial de viagem no dia seguinte. À caminho do campsite, vi umas luzes no céu pela janela da van e pessoas paradas assistindo e fotografando. Era um pouco de Aurora Boreal! Falei pro Neivo: ”Para! É a Aurora!”. Achamos um ponto para parar, e sim, ela tinha vindo logo no primeiro dia, foi o começo de viagem perfeito.
Montei meu tripé, preparei a câmera, e então, na nossa primeira noite tínhamos as já sonhadas fotos com a Aurora. Estávamos relativamente perto da cidade, mas mesmo assim dava para ver o movimento e as ”danças” no céu. Foi emocionante, foi lindo. Mas sendo sincera? Nossos olhos não viram as luzes verdes como as lentes da minha câmera capturaram.
Noite Guesthouse Grindavik
Com mãos congeladas depois da friaca de ver a Aurora Boreal, estávamos prontos para ir para o campsite: Guesthouse Grindavik. A noite custou 3300 ISK (coroas islandesa) com eletricidade. O camping tinha banheiro, chuveiro e cozinha para usar. Jantamos, tomamos banho e era hora de dormir! Detalhe básico: nesta noite estava dando para ver a aurora do camping também!
Dia 2: Blue Lagoon + Reykjavík + Roteiro Gastronômico em Reykjavík
Blue Lagoon
Reservamos a Blue Lagoon para o primeiro horário, as 8 da manhã. Teoricamente poderíamos ficar o dia inteiro lá. Nós entramos às 8h e ficamos até por volta de meio dia. A dica principal aqui é: reserve com antecedência para poder escolher horários e não ter que ficar com as sobras.
Sobre a Blue Lagoon? É um must da Islândia. Eu diria que vale muito a pena sim! É lindo e muito agradável passar algumas horas lá curtindo o spa. Porém, como tudo não é perfeito, os pontos negativos da Blue Lagoon são o preço (é caro) e a quantidade de pessoas. Como todo mundo quer ir à Blue Lagoon, acaba tirando um pouco da privacidade da experiência.
Se você quiser ter um gostinho das águas termais, mas não ligar para a ”fama”, eu diria que a Islândia tem muitas águas termais mais incríveis e acessíveis para oferecer.
Leia também: Rota das termais- Blue Lagoon + 3 piscinas incríveis na Islândia
Reykjavik
Saindo da Blue Lagoon, paramos para almoçar em um ponto com vista gracinha (esse é o incrível de viajar de motorhome) e seguimos para a catedral de Reykjavic, a capital da Islândia (Hallgrímskirja).
Entramos e como estava um dia lindo, decidimos subir até o topo da catedral para ver a cidade de cima. Você não precisa fazer nenhum esforço – a subida é de elevador. A vista de lá de cima é bem bonita, dá para ver a cidade toda e perceber o quão pequena é a capital do país.
- Horário: 9:00 às 17:00, a torre fica aberta até as 16:30.
- Entrada: 1.000 ISK (aproximadamente 7 euros).
Food tour – um dos destaques da viagem
Depois disso, fomos para o nosso food tour. Decidimos fazer um tour gastronômico, pois gostamos muito de provar as comidas típicas dos lugares que vamos, afinal é uma ótima maneira de entender um pouco mais sobre a cultura local.
Foi o melhor tour da viagem, amamos. Escolhemos o tour Reykjavik Food Walk, promovido pela Wake Up Reykjavik: são 4 horas andando pela cidade parando em 5 lugares diferentes para provar as comidas mais típicas da Islândia. Vamos com a gente?
1a parada: Restaurante Messin
Comemos o tradicional Plokkfiskur, ou fish stew – este foi nosso preferido. Era um bacalhau delicioso e um outro peixe, parecido com o salmão, segundo o guia, um ”parente” do salmão. Os peixes vieram acompanhados de espinafre, batatas e tomate. Por lá provamos o pão de centeio islandês acompanhado de caldo de peixe. Estava tudo muito saboroso.
2a parada: Restaurante Íslenski Barinn
Aqui experimentamos uma cerveja islandesa bem gostosa, tomamos a famosa sopa de cordeiro e ainda provamos carne de tubarão fermentado e peixe seco! Eu achei a sopa ok, talvez porque eu não ligo tanto para carne, era mais um caldo de carne. Quanto ao tubarão? Ele fica fermentando por 3 meses. Eu achei um gosto super estranho, mas eu não ia deixar de provar né?
3a parada: Café Loki
Comemos novamente o pão de centeio doce islandês. Um pedaço veio com salmão defumado e queijo cottage e outro com carne de ovelha defumada. E de sobremesa, sorvete de pão de centeio. Nós amamos esse pão islandês, gostamos tanto que pegamos a receita para fazer o pão em casa. É um pão que tem na Islândia inteira e combina muito com coisas defumadas.
O salmão defumado era muito defumado. Quando a garçonete veio trazer o prato, achei que tinha sentido um cheiro de fumaça, era o salmão defumado do meu prato. O sorvete tinha uns pedacinhos de pão, eu achei gostosinho, mas nada de super especial. Aparentemente é algo bem famoso na Islândia também.
4a parada: barraca do Hot Dog Bæjarins bestu
Comemos um cachorro quente com mostarda (doce), ketchup, maionese temperada, cebola normal e cebola frita. Estava bem gostoso. O interessante é que o cachorro quente na Islândia é tipo o kebab de outros países da Europa. O nosso guia nos explicou que o preço é relativamente barato (470 ISK) por um hot dog e que é um lanche super comum entre os jovens.
5a parada: restaurante Reykjavík – Happy Marriage Cake – ou se você preferir, o famoso bem casado
Achei o bolo muito doce e aí percebi que os islandeses gostam muito de coisas doces.
O tour custou cerca de 100 euros por pessoa, nosso guia se chamava Magnús Bjarki, um islandês super hiper simpático, que nos contou várias curiosidades legais do país. Para nós o tour nos trouxe um pouco mais de proximidade com a cultura Islandesa. Sem ter feito o tour, jamais saberíamos pedir todos estes pratos. E quanto ao pão de centeio doce? Amamos, compramos durante a viagem e comemos com ovelha defumada de café da manhã!
Se esse é um programa que você também curte, é bom reservar com antecedência porque as vagas esgotam rápido e realmente vale muito a pena, foi um super diferencial da nossa viagem.
Aurora Boreal
A atividade da Aurora estava alta e conseguimos vê-la de Reykjavik. Saindo do tour, seguimos para nosso camping e tentamos caçar a Aurora. Novamente conseguimos vê-la, mas não tão forte quanto o primeiro dia. O nosso guia do tour gastronômico nos explicou que as cores ficam mais fortes à olho nu, quando a temperatura externa está mais fria. No caso, víamos faixas da Aurora dançando, mas a minha câmera fotografou cores muito mais fortes do que as que realmente vimos.
Nesta noite dormimos em um camping chamado Selfoss.
Dia 3: Golden Circle (Kerið + Geysir + Gullfoss) + Hrunalaug Hot Spring
+Seljalandsfoss +Gljúfrabúi
Saindo de Reykjavik, seguimos para explorar o Golden Circle, um dos principais circuitos turísticos da Islândia. O Golden Circle é composto por três passeios principais: a cachoeira Gullfoss, o Geysir Hot Springs Area e o Thingvellir National Park (famoso pelo mergulho nas placas tectônicas). Há uma série de desvios interessantes como o passeio de Snowmobile pelo glaciar, a cratera do vulcão Kerid, vilarejos charmosos e até uma fazenda de tomates.
Nós separamos o Golden Circle em duas partes: começamos explorando a cratera do vulcão Kerid, seguimos para o Geysir, fechando esta parte do círculo com a cachoeira Gullfoss. Deixamos o Thingvellir National Park para o último dia da viagem.
Kerið
É um vulcão que entrou em erupção explosiva há 6500 anos atrás. A entrada foi 400 ISK por pessoa (cerca de 3 euros para cada), mas não tinha nenhuma estrutura de banheiro ou restaurante. O passeio é prático, pois fica na estrada e a parada é rápida. Você pode optar por dar a volta na cratera e depois descer para vê-la de perto. Quando descemos, foi divertido jogar pedrinhas na água que estava congelada e ouvir o som.
Geysir
É um Geyser natural que não custa nada para entrar e estacionar. Havia estrutura de banheiro e restaurantes. O espetáculo de ver o geysir explodir é bem interessante! A temperatura das águas estão entre 80 e 100 graus e o geysir maior explodia a cada 2 minutos aproximadamente. Nós paramos para ver o geysir maior explodir e seguimos viagem. Quem tiver mais tempo e estiver mais interessado em uma experiência mais completa pode explorar um pouco mais da região e visitar outros geysers por meio de trilhas.
Estábulo de cavalos
Entre Geysir e a Gulfoss, paramos em um estábulo de cavalos no meio da estrada para fazer carinho e tirar umas fotos! A Islândia tem muitos cavalos e durante a Ring Road vimos algumas vezes estábulos como esses, onde os turistas têm a chance de ver de perto os cavalos Islandeses. A raça dos cavalos islandês é super pura, são os cavalos que chegaram na Islândia desde os anos 800 mais ou menos. Eu me perguntava se os cavalos não tinham frio aqui, mas quando vimos de perto, percebi que eles são diferentes, peludinhos e menores.
Gulfoss
Paramos o carro e fomos caminhando até chegar perto da cachoeira que é muito linda. Foi a primeira cachoeira da viagem. Tivemos sorte de ver um arco-íris super bonito, deixando a experiência ainda mais especial.
A cachoeira em alguns pontos estava congelada, mas na maior parte a água corria. Depois de tirar fotos mais ”de perto” da cachoeira, caminhamos um pouco e vimos ela mais de cima. Foi um passeio fácil, rápido e gratuito.
Hrunalaug Hot Spring
Ao decidir ir para Islândia, nosso objetivo era explorar as diferente águas termais do país. Essa era uma água natural, de água da chuva aquecida com as pedras! Era completamente na natureza. Pagamos 10 euros cada um para entrar (ou 900 ISK) – na época não aceitavam cartão, mas atualmente aceita.
Tinham alguns outros turistas, mas foi um passeio bem tranquilo e bem menos turístico. Curtimos o fim de dia lá. Achei que ia passar bastante frio para me trocar, porque não tem cabana modesta apenas, mas foi surpreendentemente tranquilo. Essa foi uma das termais que tinha menos estrutura mas foi uma das que mais curtimos.
Seljalandsfoss + Gljúfrabúi
Essa foi nossa última parada do dia. Já estávamos cansados, mas fomos surpreendidos com uma linda cachoeira. A primeira e de mais fácil acesso é a Seljalandsfoss. O estacionamento era pago e custou 700 ISK.
Se você tiver pique, faça uma mini caminhadinha (10 min) e siga para ver a Gljúfrabúi. Ela é bonita, mas algumas partes de acesso estavam fechadas por conta do inverno, o gelo congela no chão e fica perigoso.
Noite no Hamragarðar Campground
O camping ficava praticamente dentro do último ponto que visitamos e deu para ver a Aurora Boreal, estava bem bonita. Atualmente esse camping não funciona mais, então vale calcular bem a rota para sair das cachoeiras e procurar um outro camping próximo. Um pouco mais a frente tem o Hellishólar Campsite, que pode ser uma opção.
Dia 4: Skógafoss + Região de Vik
Skógafoss
Uma cachoeira linda que tem com estacionamento gratuito e um camping. Você pode optar por ver a cachoeira de cima subindo uma escadaria (pirambeira!), mas vale super a pena! Mesmo chovendo e com frio, resolvemos ver como seria o passeio e a surpresa foi bastante positiva: vimos a cachoeira do alto (claro) e a paisagem com direito a muitas ovelhas. Sim, na Islândia tem muita ovelha!
Geleira Sólheimajökulsvegur
É uma geleira com estacionamento gratuito. Você consegue caminhar até certo ponto e depois somente em tour guiado. A caminhada é bonita e dá direito a umas belas fotos. Caso você queira caminhar pela geleira, você pode contratar alguma empresa. Aqui, usar os crampons seria bem útil pois parte do trajeto que caminhamos estava congelado, então a atenção tinha que ser dobrada!
Avião Dakota
Planejamos ir ver o avião Dakota, o famoso avião da marinha dos EUA que fez um pouso forçado na praia de areia negra na Islândia. O lugar promete um cenário deslumbrante, porém acabamos desistindo da caminhada de 3 horas no frio para chegar lá. Cogitamos pagar o shuttle por 2000 ISK (ida e volta por pessoa), mas mesmo assim o passeio levaria 2 horas, então decidimos passar este ponto. De qualquer forma deixo no roteiro para quem tiver interesse e um pouquinho mais de tempo.
Região de Vik
Dyrhólaey (estacionamento gratuito | banheiro pago)
É uma península com vista para a praia de areia negra. Tem 3 lugares principais para ver a praia negra, nós caminhamos por todos eles. Para mim foi uma das vistas mais bonitas da viagem: achei bem lindo e impressionante. Como estávamos perto do mar estava ventando bastante.
Praia de Areia Negra (estacionamento gratuito | restaurante no local)
Como o nome sugere: é uma praia com areias pretas. Depois de vê-las de cima, é legal poder caminhar por elas. É uma parte bem turística, tinha bastante gente. O legal dessa parada é ver os pilares de basalto, uma formação rochosa chamada Reynisdrangar. Como estava ventando e bem frio, foi uma parada rápida e uma das mais cheias que fizemos na Islândia: haviam muitos turistas por lá.
Vik e Praia Negra
Almoçamos dentro do motorhome em uma parada que tinha entrada para a praia de areia negra. Depois disso, aproveitamos para ver a praia que dessa vez estava mais agradável, pois não tinha tantos turistas.
Fjaðrárgljúfur
É um cânion gigante, de aproximadamente 100 m de profundidade com extensão de 2 km. Acaba sendo um parque para caminhar entre os cânions. Como estávamos cansados, e já estava quase escurecendo, nossa parada foi rápida. Mesmo assim tiramos belas fotos e apreciamos a vista. Este foi um dos pontos preferidos do meu namorado.
Curiosidade: no passado era possível chegar mais perto da vista, isto é, caminhar pelas montanhas mais livremente. Agora o parque é cheio de placas: “acesso negado para preservação da flora”. Isso porque em 2015, o Justin Bieber gravou um clipe lá, o que tornou o cânion muito mais famoso e visitado.
Noite no camping do parque nacional de Skaftafell
Passamos a noite no próprio parque nacional, já que seria nosso primeiro ponto de visita do dia 4. O camping custou 29 euros para os dois. Tinha banheiros e chuveiros limpos, mas não tinha cozinha. Como era um parque nacional bem famoso, o camping tinha bastante gente.
Dia 5: Região de Vik e Skaftafell (Trekking na Geleira de Falljokull) + glacier lagoon + Diamond Beach
Trekking na Geleira Falljokull
Decidimos na noite anterior fazer um passeio pela geleira. Já que estávamos na Islândia, tínhamos que experimentar as coisas mais diferentes do que já fizemos certo? Depende! E vou explicar para vocês porque.
Há várias empresas que oferecem esse tour que é super badalado e esgota com antecedência, assim reservamos um tour bem avaliado e que custou cerca de 110 euros por pessoa.
São 3 horas de caminhada no gelo. Não estava frio, pelo contrário, até suamos. Foi bem impressionante praticamente escalar uma montanha de gelo (já que você faz o passeio com crampons, você anda em cima do gelo sem problemas). Porém ficamos um pouco decepcionados com as cavernas de gelo.
O que vimos nas fotos dos sites eram grandes cavernas de gelo, o que na prática eram bem pequenininhas. Mesmo assim, é bem diferente e te dá uma noção única e especial comparada a tudo que já tínhamos visto, afinal: geleiras e cavernas de gelo não se encontram em todo lugar, certo?
Eu tive que lidar com meu medo neste passeio. Percebi que tenho medo de altura, principalmente quando estou em uma nova situação. Subimos bastante e durante a subida, eu estava morrendo de medo de escorregar e cair lá embaixo. Não me arrependo do passeio, mas confesso que foi um desafio para mim. O guia do nosso tour foi super atencioso, e na volta, desci de mão dada com ele.
Assim, eu diria que este passeio não é para qualquer um. Se você é aventureiro, ama neve, gelo: eu diria que vale a pena! A vista era fantástica e a experiência de caminhar pelo gelo é realmente única. Porém, se você não tem uma verba para pagar 110 euros por cada passeio, esse pode ser um que você talvez possa pular já que é um passeio longo e toma basicamente o seu dia inteiro (09:30 – 13:30).
Skaftafell
Como estávamos bem cansados da nossa caminhada pelo gelo e precisávamos seguir viagem, decidimos apenas almoçar pelo parque (no nosso camping). Aqui, você pode optar por, ao invés de fazer o tour da geleira, gastar apenas com o estacionamento do parque e passar o dia lá. Tem uma cachoeira famosa (Svartifoss) e infinitas opções de trilhas e algumas cachoeiras para ver.
Glacier Lagoon
Essa parada fica na estrada e é imperdível, é uma lagoa com gigantes pedaços de gelo e existem várias entradas para curtir a vista da lagoa. Nós paramos em um ponto que não precisava pagar estacionamento, a vista é incrível e ver o gelo é bem impressionante, foi um dos meus pontos preferidos da viagem.
Diamond Beach
Basicamente cruzando uma ponte, alguns metros de distância da Glacier Lagoon você chega na famosa praia de Diamantes. É uma parada bem linda. As pedras de gelo da Glacier Lagoon caem na praia e é bem bonito de ver, diferente de tudo que eu já tinha visto! Fora que dá para brincar com as pedras gigantes de gelo. Nós ficamos carregando e brincando um pouco antes de seguir viagem. Seguimos estrada, longo dia de muita estrada pra rodar, mas um trajeto super lindo!
Noite em um camping dos sonhos – Fossardalur – Fjöll og Fossar Guest house and Camping
Aqui tenho uma história interessante para contar. Já parou pra pensar em uma casa linda, aconchegante que fica com a chave na porta pra você? Então, essas coisas acontecem só em países de primeiro mundo como a Islândia… Não é brincadeira!
Ligamos para confirmar se o camping estava aberto e eles falaram que estavam abertos sim, só não explicaram que não teria ninguém lá. Falaram que o ideal seria pagar em dinheiro, mas a gente só tinha cartão.
Ao chegar lá ficamos um pouco surpresos, pois não tinha nada nem ninguém. Foi o primeiro camping que não tinha nenhuma outra campervan. Pensa em um lugar no meio do nada, mas super aconchegante! Foi a noite que nos sentimos em casa, hora de carregar todos os meus eletrônicos e ir para van só na hora de dormir!
Despedida da Aurora Boreal
Até então, todos os dias vimos a Aurora Boreal. Dessa vez as condições foram perfeitas, pois estávamos em um lugar completamente escuro e céu limpo! Não preciso falar muito. Montei meus equipamentos de fotografia e curtimos o céu.
Desta vez conseguimos ver o movimento e as cores mais fortes, mas nada ainda chegou a ser aquele verdão das fotos que se vê por aí. Entendemos, então, que a Aurora Boreal nesta época do ano se manifesta de forma diferente. Provavelmente com um clima mais frio, as cores ficariam mais fortes.
Dia 6: Fiordes + Cachoeira Rjúkandafoss + Stuðlagil Canyon + Hverir + Mývatn Nature Baths
Fiordes
O passeio é dirigir pela costa da Islândia e apreciar a beleza dos Fiordes. Passamos duas horas e meia na estrada, parando às vezes para tirar fotos. A neve começou a aparecer no cenário da nossa viagem. Para mim, esse passeio é absolutamente imperdível. É uma paisagem realmente maravilhosa.
Egilsstaðir
Aqui paramos para abastecer o carro, comprar algumas coisas no mercado e comprar bebida! A experiência de comprar bebida foi divertida: só tinha nós dois na loja, e enquanto escolhemos as cervejas que íamos levar, pareceu que o vendedor da loja ficou meio que controlando a gente!
Rjúkandafoss
Ao seguir viagem, montanhas e muita neve tomaram conta do cenário! A próxima parada é simples e relativamente rápida: uma cachoeira linda chamada Rjúkandafoss. Atenção na hora de seguir o Google Maps pois ele nos levou em um ponto um pouco depois da cachoeira.
Fizemos o retorno e voltamos até um estacionamento ( de graça) e só tinha a gente! A caminhada até a cachoeira é pequena, mas com muita neve para brincar. A cachoeira deságua em um rio bem cristalino. Na sequencia continuamos andando até uma vista mais alta da cachoeira!
Cânion Stuðlagil
É um cânion com parede de basalto que no verão fica bem cristalino. Foram uns 30 minutos de estrada de terra para chegar lá. Como não tínhamos crampons e o chão estava cheio de neve e gelo, não conseguimos descer até o cânion, então vimos apenas de cima!
O passeio vale a pena caso você tenha tempo sobrando, a paisagem para chegar até ele é linda, porém é um passeio mais demorado! No verão, pelas fotos que eu vi quando pesquisei, é absolutamente maravilhoso!
Hverir
Como já era fim do dia, a parada foi rápida. Vimos rapidamente as águas do campo geotermal. Para mim, o cheiro de enxofre era insuportável – mais um motivo pela parada ter sido rápida.
Myvatn Nature Baths
Tem coisa melhor do que passar o fim de dia em uma água termal? Chegamos lá por volta de 16:30 e a ideia era curtir o fim de dia, ver o pôr do sol e observar as estrelas. Conseguimos fazer exatamente da forma que queríamos e foi absolutamente sensacional. Para nós, entre as águas termais pagas, essa foi a preferida da viagem! É um must da Islândia, na nossa opinião: preço bem mais em conta, ambiente muito agradável, e bem mais vazia que a Blue Lagoon.
Leia também: Blue Lagoon + 3 piscinas termais na Islândia
Noite em Hlíð Ferðaþjónusta
Não gostamos muito deste camping, pois a estrutura da cozinha ficava longe – precisávamos pegar a van para chegar até lá. Banheiros ok, nada de especial!
Dia 7: Krafla Power Plant + Hot Spring Shower + Lake Myvatn + Godafoss + Fiordes (Desvio do Túnel +Akureyri + Siglufjörður)
Krafla e usina Geotermal Krafla
A ideia era visitar o vulcão Krafla, mas como tinha nevado, a estrada estava fechada – ficou para a próxima! Sem planejar, passamos em frente a usina geotermal. Não chegou nem a ser uma parada, vimos de dentro da van mesmo, já que estava bem frio!
Chuveiro de água termal (Hot Spring Shower)
Voltando do Krafla, encontramos, no meio do nada, alguém tomando um banho no meio da neve, dá pra acreditar? Só na islândia mesmo! É uma atração turística e dá direito a umas fotos bem divertidas ! A água não é tão quente assim, estava morna.
Lake Myvatn
É um lago bem gigante! Algumas partes estavam congeladas e com neve ao redor, o que deu para tirar belas fotos. Como estava um frio de lascar (- 4 graus) , fomos rápidos.
Cachoeira Godafoss
Traduzindo do Islandês, significa cachoeira dos Deuses. Boa parte da cachoeira estava congelada e com bastante neve. Como estava muito frio e nevando, paramos rapidinho para tirar fotos e seguimos viagem! Pelas fotos que eu vi durante o verão, a cachoeira é bem impressionante. No caso, era tanta neve e gelo que não vimos a cachoeira grande como ela realmente é.
Desvio do túnel Veggjald
A rota tradicional da Ring Road fala para você pegar este túnel. Recebemos a dica de contornar o túnel, pois além de um trajeto lindo, você não precisa pagar para passar pelo túnel. O túnel corta um pouco do caminho e faz parte da rota 1, a rota principal. Você geralmente deve pagar online 3 horas de antecedência, caso você deixe para pagar na hora é mais caro! Contornando o túnel, o passeio dura cerca de meia hora a mais do que se você fosse pela rota principal, mas é absolutamente maravilhoso, passa pelos Fiordes e a vista é imperdível!
Akureyri
Uma cidade bonitinha. Caminhamos pela cidade, aproveitamos para abastecer, e seguimos viagem pelos Fiordes.
Almoço pelos Fiordes
A Islândia é cheia desses pontos com estacionamento com vista e banquinhos. Escolhemos um e paramos para almoçar. Como estava bem frio, comemos dentro da van mesmo, olhando a vista pela janela.
Noite em Reykir – Grettislaug camping
Mais uma termal para a nossa lista! É um camping/guesthouse de uma família. É um lugar lindo, no meio do nada, com duas piscinas termais deliciosas, naturais! O local não fica oficialmente aberto no inverno. Como ligamos, eles nos receberam.
Por isso, o camping não estava ”pronto” para receber visitas: a cozinha não tinha sido limpa, banheiros sem água quente, etc. Como estávamos no modo ”roots”, aproveitamos a natureza, a oportunidade e o banho da noite foi na termal mesmo. Mesmo sem conforto, foi um dos pontos mais marcantes da viagem.
Dia 8: Reykir – Grettislaug + Fiordes (Grábrók + Borgarnes + The Settlement Center ) + Termal Laugarvatn Fontana
Reykir – Grettislaug
Começamos o dia com um banho de termais privada, naturais e uma paisagem absolutamente maravilhosa. Este lugar para mim descreveu muito o que é a Islândia: um país maravilhoso com muita natureza! Esse é um passeio bem rústico. Para amantes da natureza, é perfeito, mas para quem quer um pouco mais de conforto, talvez não seja a melhor opção!
Grábrók
Começar o dia com águas termais te deixa bem relaxado. Somado com o fim de uma viagem de 8 dias… mais ainda! Paramos nesta cratera, que estava na estrada. É uma parada rápida e gratuita. Subimos algumas escadas, e vimos as crateras. Era bonito, mas ok se compararmos com outros pontos lindos que vimos durante a viagem. Segundo o Neivo “os fiordes nos estragaram”, depois deles, e das águas termais, ficou difícil ter algo que ganhasse nosso coração.
Borgarnes + Landnámssetur (Centro de Assentamento)
Aqui, paramos próximo do museu e vimos uma vista muito bonita, afinal a cidade Borgarnes fica em um Fiorde. Como queríamos adicionar um pouco de cultura para a nossa viagem, resolvemos visitar o museu que contava um pouco da história da Islândia. Optamos por visitar apenas a parte sobre a história do país. O passeio custou 1900 ISK por pessoa e durou 30 minutos com guia em inglês.
Laugarvatan Fontana
Como já era fim de viagem, decidimos parar de visitar pontos turísticos e acabar o dia com uma água termal. Por que não? Escolhemos esta pois o local é famoso em fazer pão de centeio geotermal (o pão tradicional islandês que amamos) que é feito enterrado 24 horas assando! Eles tem inclusive um passeio de visitar a padaria deles. Infelizmente o passeio ocorre apenas duas vezes por dia (11:30 e 14:30) pelo valor de 1500 ISK. Conseguimos um desconto de 25% na entrada de 3800 ISK por pessoa e fomos. Foi… ok! Mas achamos bem ‘comercial’ e menos do jeito que gostamos.
Noite no camping do parque nacional de Thingvellir (Þingvellir – Nyrðri Leirar)
Seguimos para nosso camping. Fomos acampar no parque Thingvellir pois tínhamos o tão famoso mergulho entre as placas tectônicas marcado para o dia seguinte de manhã! Tivemos um pouco de dificuldade de encontrar o local pois existem 3 diferentes campings no parque, e dois deles fecham durante o inverno. A dica é colocar o nome exato no Google Maps. A estadia foi 2900 ISK para os dois, a estrutura do camping era ok, não tinha cozinha em área fechada e para chegar nos banheiros precisava fazer uma caminhadinha.
Dia 9: Þingvellir + Snorkel em Silfra + Devolução da van
Mergulho entre as placas tectônicas em Þingvellir
Daria para ter feito este passeio no começo da viagem, logo no primeiro dia, mas como cheguei na Islândia recém curada de um gripe não quis arriscar um banho básico com água a três graus
Fizemos o passeio com a Adventure Vikings. Escolhemos o tour snorkeling in dry suit , que custou 18400 ISK por pessoa. Mergulhar nas placas tectônicas da Islândia é uma experiência gelada e diferente de tudo o que já fizemos. O visual é especial, a chance de provar uma das águas mais puras do mundo é interessante, mas pense em algo frrrrrio.
Leia também: Mergulho nas placas tectônicas de Sifra na Islândia
Devolução da Van e Noite em Kef Guest House
Fomos devolver a van e seguimos até um hotel para passar a última noite, já que nosso voo era bem cedo no dia seguinte.
O Hotel era ok, foi um sonho dormir em uma cama de verdade depois de 8 dias dormindo na motorhome. Custou 66 euros para os dois, e eles tinham um shuttle para o aeroporto, então foi a solução perfeita! A viagem na Islândia de motorhome chegou ao fim e ficamos com as vistas maravilhosas e muita aventura para contar!
Seguro viagem para a Islândia
O seguro viagem é obrigatório para quem viaja a Islândia e altamente recomendável já que envolve aventuras. Nossa dica é escolher um seguro confiável e com excelente cobertura. Um bom seguro viagem cobre: voos cancelados, bagagem extraviada, eventualidades médicas (de consultas a internação) e até mesmo um retorno de emergência.
Nós usamos e a Seguros Promo, um comparador de seguros que te ajuda a selecionar o melhor custo benefício para a sua viagem. Você sabia que um excelente seguro viagem pode custar menos de R$10 por dia de viagem? Não tem nem porque arriscar!
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Gostou das nossas dicas para conhecer a Islândia de motorhome? Ficou com alguma dúvida? Deixe suas dúvidas nos comentários!
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Veja também:
- Roteiro de 10 dias na Islândia
- Aurora Boreal na Islândia: dicas para embarcar na aventura
- Mergulho nas placas tectônicas de Silfra na Islândia
Eu fiquei com uma dúvida: estacionar o motorhome ou campvan maior nas cidades,principalmente em Reykjavik, é difícil? Teve regras?
Christiane, bom dia!
Tem regras sim e não dá para parar no meio da cidade, somente em locais permitidos para camping. Vou deixar aqui um link de um post (em inglês) com as regras:
Everything You Need to Know About Iceland Camping Law
Aqui um link para você verificar os campings ao longo do seu trajeto. Entre em contato com o camping e reserve com antecedência:
Camping Islândia
Boa viagem
Ola, tudo bem ? Pretendo fazer em novembro, tenho duvidas em relação aos campins , quanto eles cobram para usar o banheiro e a cozinha? É fácil achá-los?
Olá Isabella, bom dia!
No site abaixo você consegue ver uma lista de campings espalhados pela Islândia. Foi o site usado pela Ana para organizar a viagem.
Camping Islândia
Boa noite
Excelente guia, parabéns.
Faremos essa viagem agora em Setembro quase da mesma forma como vc descreveu. Uma dúvida: para dirigir na Islândia o quê é necessário em relação à documentação? Vou alugar uma Van que acho que é exatamento como essa que vc alugou.
Obrigado
Olá Pedro,
A Ana mora na Europa, então não precisou de nenhuma documentação em especial. A Islândia pode exigir a permissão internacional para dirigir, já houve casos que ela não exigiu. Na dúvida, é melhor levar!
Caso você nunca tenha tirado, é bem fácil, basta pagar o Duda e o Detran entrega em 7 dias se não me engano.
Espero ter ajudado.
Boa viagem!
Olá!!! Vc poderia indicar uma empresa pra alugar o motorhome, por favor.
OI Stella,
A Motohrome Trips! No instagram @motorhome_trips e tem um mini desconto com o cupom Ideias na mala
Abraços
Muito legal o roteiro de vcs, gostei bastante . Só gostaria de saber em qual mês vcs fizeram esse roteiro . Estou na dúvida entre os meses de setembro e novembro
Oi Alexandre,
A Ana viajou em outubro.
Beijos
Olá Ana. Muito bom encontrar seu relato sobre a viagem na Islândia. Fiquei apenas com uma dúvida, ou fui desatenta ao ler – exatamente quando fizeram a viagem. Desde já fico grata por sua atenção. Abraço
Oi Liciana,
2019 antes da loucura do COVID pintar!
Abraços
Parabéns, que sonho!
Oi Ana!
Estou lendo seu relato sensacional e me planejando com ele ,pois irei em Setembro para a Islandia.
Tenho duas perguntas a te fazer: Quanto tempo ao todo , além dos 35 do minutos do mergulho , você teve que disponibilizar para fazer essa parada. A outra quetão diz respeito ao Tunel Veggjald, que via você utilizou para fazer o desvio no Túnel?
Muito obrigada por compartilhar sua experiência!
Mônica