O que fazer em Berlim: 17 melhores atrações

Atualizado em junho 16, 2025 por mari vidigal

Está planejando um Roteiro na Alemanha? Então descubra o que fazer em Berlim. A capital alemã mistura história, arte, noites animadas e uma cena cultural que pulsa em cada esquina. Por lá, o passado e o presente caminham lado a lado — e sempre tem algo novo pra explorar.

Neste post, você vai encontrar as melhores atrações de Berlim. Dos clássicos como o Portão de Brandemburgo e o Muro de Berlim até rooftops com vistas lindas, museus e bares descolados para tomar um (bom) caneco de cerveja. Além disso, vamos dar dicas de ingressos que precisam ser comprados com antecedência, bate e volta e hotéis em Berlim. Quer entender por que tanta gente se apaixona por Berlim? Vem comigo que eu te mostro.

Berlim: história, cultura e descobertas inesperadas

Caminhar por Berlim é viajar no tempo. É reviver os dias sombrios da Segunda Guerra Mundial e da Guerra Fria por meio de monumentos que contam cada detalhe. É passear entre prédios modernos e lembrar o papel da cidade na história da arquitetura e do design — foi aqui que a Bauhaus deixou sua marca, revolucionando a forma de pensar espaços e objetos. A cidade é um mosaico de possibilidades que vai muito além dos pontos turísticos clássicos.

E sim, você vai adorar ver e fotografar o Portão de Brandemburgo, símbolo da reunificação alemã. Explorar as relíquias arqueológicas do Pergamonmuseum, subir à cúpula do Reichstag ou ao topo da catedral de Berlim e caminhar ao longo do trecho preservado do Muro — hoje símbolo de liberdade — são só algumas das experiências que não podem faltar no seu roteiro em Berlim.

A dica é equilibrar história e modernidade: caminhe pela Unter den Linden, principal avenida de Berlim, e pela animada Kurfürstendamm, mesclando esses trajetos com paradas em museus incríveis. Parte do roteiro em Berlim também pode incluir pedaços do Muro que ainda estão de pé, vistas panorâmicas e os jardins tranquilos do Tiergarten — um verdadeiro respiro verde no meio da cidade.

Entre uma atração e outra, o charme está nas pequenas descobertas. Uma loja de chocolates irresistíveis, o interior surpreendente da biblioteca pública da Unter den Linden (que vale a visita!) ou até a programação gratuita da Ópera de Berlim, que durante o verão oferece apresentações ao ar livre. Faça como os locais: leve um piquenique e curta boa música sob o céu da cidade.

Neste post você vai ver:

• Ingressos para comprar antes
• O que fazer em Berlim
• Bate e volta
• Onde ficar em Berlim
• Seguro Viagem

Ingressos que precisam ser comprados com antecedência

Antes de começar a lista com o que fazer em Berlim, preciso contar: minha última viagem pra lá foi totalmente espontânea. Minha irmã mora na Alemanha e, aproveitando que eu já estava por perto, comprei passagens de trem na louca. Foi sensacional revisitar uma das minhas cidades preferidas da Europa, mas… sem planejamento, acabei ficando de fora de alguns lugares incríveis.

Não consegui nem chegar perto do Parlamento (que é sensacional!) e deixei passar os tours históricos — alguns são bem concorridos e esgotam rápido. Pra você não cair na mesma cilada, aqui vai uma lista do que vale reservar com antecedência se quiser garantir a visita.

• Visita ao Parlamento (Reichstag): caso não consiga comprar os ingressos, uma boa alternativa (e barata!) é o tour guiado de 2 horas.
• Passeio de Trabi: o carro típico da Alemanha Oriental
• O balanço mais alto da Europa: esse também esgota com antecedência

O Que Fazer em Berlim: Melhores Atrações

Aí vai minha lista do que fazer em Berlim. Se você deixar a Ilha dos Museus pra outro dia, dá pra visitar os itens de 1 a 7 logo no primeiro dia e já ter uma boa noção da vibe da cidade. Depois, é só ir combinando os museus que mais te interessam com um passeio pelo Tiergarten e uma volta pela Avenida Kurfürstendamm.

1. Portão de Brandemburgo 
2. Reichstag (Parlamento Alemão) 
3. Memorial do Holocausto
4. Ilha dos Museus (Museumsinsel) 
5. Berliner Dom (Catedral de Berlim) 
6. Alexanderplatz 
7. East Side Gallery 
8. Memorial do Muro de Berlim (Gedenkstätte Berliner Mauer)
9. Checkpoint Charlie 
10. Topografia do Terror 
11. Museu da DDR
12. Tiergarten 
13. Zoológico de Berlim
14. Igreja Memorial Kaiser Wilhelm 
15. Kurfürstendamm 
16. Palácio de Charlottenburg 
17. Bauhaus Museum

1. Portão de Brandemburgo 

Nossa lista do que fazer em Berlim começa no Portão de Brandemburgo, um dos grandes símbolos da cidade. Ele foi construído no final do século XVIII como um arco do triunfo prussiano, a mando do rei Frederico Guilherme II. Inspirado na entrada da Acrópole de Atenas, o portão foi concebido para simbolizar a paz — pena que, durante a Guerra Fria, acabou representando o oposto: a divisão. Ficou isolado na “terra de ninguém”, entre as duas Alemanhas separadas.

Quando o Muro de Berlim caiu, em 1989, milhares de pessoas se reuniram em frente ao portão para celebrar a reunificação, transformando o local em um ícone da nova era alemã.

De lá, siga pela Unter den Linden, a principal avenida da cidade rumo à Alexanderplatz, marcada pela famosa torre de TV — que, aliás, serve como uma ótima bússola para quem está explorando a cidade a pé.

2. Reichstag, o Parlamento Alemão

Um dos edifícios mais legais de Berlim combina a estrutura original de 1894 com uma cúpula de vidro impressionante projetada por Norman Foster nos anos 1990. O edifício que sofreu um incêndio em 1933 ficou abandonado até a reunificação alemã, e hoje é um dos pontos turísticos mais disputados de Berlim.

Sua arquitetura simboliza transparência. Ele oferece uma vista panorâmica incrível da cidade e, ao mesmo tempo, do plenário do parlamento lá abaixo. A visita é gratuita, mas os ingressos devem ser reservados pelo site oficial, e já aviso: eles se esgotam com antecedência!

Eu fiquei encantada com os reflexos da cidade e do parlamento multiplicados pela espiral de vidro, e pirei com as possibilidades fotográficas.

Dica: Caso os ingressos do site oficial estejam esgotados, você pode tentar uma vaga nesse tour guiado que é excelente e já inclui a visita no parlamento. Vagas são limitadas.

Brunch no parlamento

Além do passeio pela cúpula, que inclui um audioguia com curiosidades sobre Berlim e o funcionamento do parlamento, vale a pena conhecer o Käfer Dachgarten, o restaurante localizado no terraço do Reichstag. Ele serve café da manhã, almoço e jantar, mas o brunch é um dos destaques. Reservas são essenciais.

3. Memorial do Holocausto 

O Memorial do Holocausto, oficialmente chamado de Memorial aos Judeus Assassinados da Europa, é um dos locais mais impactantes de Berlim. Ele foi inaugurado em 2005 e homenageia os seis milhões de judeus que morreram durante o Holocausto.

Na área externa 2.711 blocos de concreto de diferentes tamanhos criam um ambiente que transmite sensações de desorientação e solidão – uma tentativa de refletir sobre a tragédia. A parte principal da exposição fica no subsolo, onde há um centro de informações com histórias pessoais, documentos e cartas repletas de sentimentos. O conteúdo é bem sensível e não recomendado para menores de 12 anos.

Visitei Berlim duas vezes, e na segunda visita, com meus filhos pequenos fiz questão leva-los para a área externa do memorial pois acredito que essa é uma visita importante, e uma forma de explicar, mesmo que de forma bem leve, um pouco do que rolou durante o nazismo. Mais do que um monumento, taí um lembrete poderoso da importância da memória histórica para que os erros do passado nunca se repitam.

Se você é Judeu ou gosta de aprender mais sobre a cultura judaica e outras religiões, vale visitar o Museu Judaico. Ele detalha a história e a cultura judaica na Alemanha, com destaque para as experiências do Holocausto e a resiliência da comunidade ao longo dos séculos. Outro destaque é o edifício moderníssimo que abriga o museu.

4. Ilha dos Museus (Museumsinsel) 

Cinco museus excelentes concentrados em uma única ilha, a Ilha dos Museus, uma ilha formada pelo Rio Spree e que fica bem no caminho de quem anda do Portão de Brandemburgo à Catedral – que por sinal também fica na mesma ilha.

Reconhecida como Patrimônio Mundial da UNESCO, a Ilha reúne coleções que vão da antiguidade ao século XIX e são verdadeiras joias para amantes de arqueologia. Com o ingresso único Ilha dos Museus, você tem acesso a todos os museus (Altes Museum, Neues Museum, Bodemuseum, Das Panorama, Alte Nationalgalerie) por um dia.

Vamos falar de cada um dos museus?

Pergamonmuseum

O museu mais visitado da Ilha dos Museus abriga algumas das reconstruções arqueológicas mais impressionantes do mundo. Seu acervo inclui monumentos da antiguidade trazidos de escavações na Babilônia, Grécia e Império Romano.

Atualmente fechado para reforma (2025)

O grande destaque é o Portão de Ishtar, uma das antigas entradas da cidade da Babilônia, com seus azulejos azuis e figuras de animais em relevo, que foi minuciosamente emontado no interior do museu e me impressionou pela cor intensa e pelo nível de detalhes.

A coleção também conta com o Altar de Pérgamo, a estrutura que deu nome do museu e que remota ao século II a.C., na região hoje chamada de Turquia. O altar é considerada uma das obras-primas da escultura helenística e está passando por uma grande obra de restauração que fechou temporariamente o museu. Outra estrutura que impressiona é o Mercado de Mileto, mais uma fachada imponente reconstruída no interior do museu.

Para entender a visita vale investir em um audioguia, ou em um tour guiado. Tem tanta história por lá! Eu amei a visita.

Neues Museum | Museu Novo

Dono de uma das melhores coleções de Arte Egípcia na Europa, o Neus Museum abriga mais de quatro mil anos de história do Egito Antigo e da Núbia. Uma exposição começa com a história da egiptologia e segue por retratos de reis, incluindo o impressionante Berlin Green Head com direito a três câmaras de oferendas do Antigo Reino, que recriam e explicam a arquitetura funerária egípcia.

A principal obra de arte do Museu é o busto de Nefertiti. Uma obra quem quem estuda (ou viaja) para o Egito, vai ouvir falar bastante. A exibição também conta com Biblioteca da Antiguidade, com textos egípcios e um subsolo dedicado à vida cotidiana, ao culto dos deuses e à crença na pós vida.

Outra destaque do Neues Museum é a Ala de Pré-História e História Antiga (Museum für Vor- und Frühgeschichte) que apresenta a evolução cultural da Europa e partes da Ásia, desde a Idade da Pedra até a Idade Média, além de obras da Antiguidade Clássica. Artigos como o Chapéu de Ouro de Berlim e o fóssil de um Neandertal de Le Moustier antecipam um pouco do que você verá por lá.

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Altes Museum

Foi a inauguração do Altes Museum, em 1830, num edifício neoclássico imponente que motivou a construção do que hoje chamamos de Ilha dos Museus. O museu se dedica a à antiguidade e expõe um panorama da arte na Grécia Antiga.

Alguns dos destaques são Deusa de Berlim, o menino em oração e a Ânfora de Berlim. O acervo também inclui joias de ouro, prata e pedras preciosa; moedas antigas que vão do século VII até a crise do Império Romano, uma das maiores coleções de arte Etrusca fora da Itália, e uma coleção de arte romana que conta com retratos de César e Cleópatra.

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Bode Museum

O Bode Museum reúne uma das maiores coleções de escultura e arte bizantina do mundo. Entre suas obras-primas estão a Pazzi Madonna de Donatello e a Dançarina de Antonio Canova, além de esculturas icônicas de Tilman Riemenschneider e Ignaz Günther. O legal é que a arquitetura do museu complementa as exposições.

Também se destaca a enorme coleção de moedas, uma forma de contar a história da humanidade em metal com exemplares que vão desde as primeiras moedas no século 7 a.C. até as moedas de Euro atuais.

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Alte Nationalgalerie

Fãs de arte vão adorar o acervo da Alte Nationalgalerie, ou Galeria de Arte Nacional, um museu dedicado à arte do século XIX, com obras de artistas como Caspar David Friedrich, Monet e Manet. Um ótimo lugar para quem gosta de impressionismo e romantismo alemão.

A experiência começa pela fachada neoclássica imponente, com colunas imensas e uma escadaria que pede para ser fotografada. Falando em fotos, vale cruzar o Rio Spree para tirar fotos bem legais das colunas refletidas no rio. Ainda do lado de fora há esculturas que formam um conjunto interessante, a minha preferida é a Female Archer (arqueira feminina) de Ferdinand Lepcke, mas também tem uma escultura de uma mulher bem bonita de Renoir.

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5. Berliner Dom, a Catedral de Berlim

A Catedral de Berlim impressiona. Seja por sua cúpula verde cobre que pode ser vista de longe, ou pelo interior bem decorado com vitrais coloridos, uma junção linda de branco e dourado no teto, e o gigantesco órgão de 7.269 tubos. A visita ao interior da igreja é gratuita e imperdível, mas minha parte preferida é a cúpula.

São 270 degraus para chegar no topo, e a recompensa são as melhores vistas de Berlim (a Torre de TV que me desculpe, mas as vistas da Catedral são muito melhores). Como a cidade é relativamente baixa, e a torre é muito mais alta que seu entorno, lá do alto você acaba perdendo os contornos tão lindos da cidade.

Dentre os passeios pagos de Berlim, esse é um passeio que não abro mão e que fiz questão de incluir nas minhas duas viagens a cidade.

6. Alexanderplatz 

Chegamos ao coração da antiga Berlim Oriental, e um dos lugares mais agitados da cidade. Como a praça é sempre movimentada e há muita gente passando, vale ter aquele cuidado especial com o telefone celular e a carteira. Não é uma região perigosa, mas como toda região turística muito movimentada, vale ficar atento.

Essa região repleta de lojas turísticas e restaurantes é marcada pela Torre de TV (Fernsehturm), que tem 368 metros de altura e é um dos observatórios mais badalados de Berlim.

Por lá também está o Relógio Mundial, um relógio que marca as horas em diversos cantos do mundo. Se a fome bater, há uma filial da cervejaria Hofbräu (endereço: Karl-Liebknecht-Str. 30, 10178 Berlin) ali do ladinho. A comida e a cerveja são boas, mas o serviço é médio então vá com paciência.

Para um brunch colorido ou drinks no final da tarde, minha dica é o Lieschen Mueller im Parterre (endereço: Panoramastraße 1A, 10178 Berlin) que tem uma decoração sensacional e a noite conta com entretenimento burlesco. Meus filhos tomaram sorvetes de casquinha enquanto eu tomei um drink e bati papo com o staff mais gente boa de Berlim.

7. East Side Gallery 

O maior trecho preservado do Muro de Berlim virou uma galeria de arte a céu aberto com 1,3 km de extensão e mais de 100 murais pintados por artistas do mundo todo logo após a queda do muro, em 1990. Entre as obras mais icônicas, estão o famoso “Beijo Fraternal” de Dmitri Vrubel, que retrata Leonid Brezhnev e Erich Honecker, e a imagem do carro Trabant atravessando o muro, de Birgit Kinder.

Uma curiosidade que aprendi sobre a visita é que esse segmento do muro só permaneceu de pé porque servia como barreira entre a Berlim Oriental e o rio. Sorte a nossa ter um pedacinho de muro vivo e tão colorido para visitar e refletir!

Para os curiosos de plantão, minha dica é ler placas que narram fatos históricos vividos nesse pedaço de muro, e que explicam como as torres de observação eram usadas pelos guardas da Stasi (a polícia secreta da Alemanha Oriental) para monitorar a fronteira e impedir fugas para o lado ocidental. Uma das poucas torres de observação que restaram na cidade pode ser vista junto a ponte Oberbaumbrücke bem pertinho dali.

Passeio de Trabant

Quer uma forma nada óbvia de explorar Berlim e ainda se sentir dentro de um filme da Guerra Fria? Então faça o passeio de Trabant, aquele carrinho simpático e diferente que virou símbolo da antiga Alemanha Oriental. É uma das experiências mais divertidas da cidade.

O Trabant era o carro mais comum da Alemanha Oriental. Lento, barulhento, com motor 2 tempos e cheiro de gasolina no ar, ele virou um ícone pop depois da queda do Muro. E quer saber? Dirigir um é muito mais divertido do que parece.

O passeio, chamado de Trabi Safari, mistura tour guiado com uma espécie de volta no tempo. Você dirige (sim, você dirige) um Trabant original dos anos 70/80 pelas ruas de Berlim, seguindo um comboio com outros carros. O trajeto passa por pontos históricos como o Portão de Brandemburgo, Checkpoint Charlie e o trecho mais famoso da East Side Gallery.

Enquanto dirige, você escuta pelo rádio o guia contar as histórias por trás de cada lugar. No final do tour, você ainda ganha uma “carteira de motorista Trabant” de souvenir.

Reserve o seu passeio aqui

8. Memorial do Muro de Berlim (Gedenkstätte Berliner Mauer)

Depois de visitar a East Side Gallery e ver um pedação do Muro de Berlim em pé, chegou a hora ver e entender a divisão da cidade e suas consequências no Memorial do Muro de Berlim. Taí mais uma atração gratuita, cheia de história e que merece entrar na sua lista do que fazer em Berlim.

Por lá você verá mais um trecho original do muro, incluindo a “faixa da morte”, uma área altamente vigiada que ficava entre as duas camadas do Muro de Berlim, projetada para impedir fugas da Alemanha Oriental para o Ocidente (e vice-versa) e uma torre de vigilância. O foco da visita são as memórias de quem viveu a separação com direito a relatos de quem tentou escapar do regime comunista.

A visita inclui um Centro de Documentação com uma exposição bem interessante sobre o período entre a construção e demolição do muro, e a Capela da Reconciliação, construída no local onde, em 1985, o governo da Alemanha Oriental demoliu uma igreja por razões de segurança da fronteira.

9. Checkpoint Charlie 

Checkpoint Charlie, o antigo posto militar que marcava uma das fronteiras entre o lado oriental e ocidental da cidade na época da Guerra Fria foi um dos lugares que mais gostei de conhecer na minha primeira visita a Berlim.

O local que serviu de palco em momentos tensos, como o confronto entre tanques dos EUA e da União Soviética em 1961, mantém uma réplica da guarita e placas que indicam antiga fronteira e rendem fotos bem legais da visita.

O ponto alto da visita é o Museu do Checkpoint Charlie, um museu exibe relatos de tentativas de fuga ousadas, desde túneis subterrâneos, carros adaptados para esconder fugitivos e até equipamentos de mergulho improvisados para tentar atravessar o Rio Spree. O Museu é bem turístico e poderia ser mais interativo/ moderno, mas é um desses lugares tocantes e que exemplifica a criatividade humana em momentos de tensão. Eu adorei.

Compre seu ingresso sem fila para o Checkpoint Charlie

10. Topografia do Terror

Curte história e quer aprender um pouco sobre os horrores do regime nazista? Minha dica é a Topografia do Terror, um museu gratuito e ao ar livre que funciona no antigo quartel-general da Gestapo e das SS, a polícia secreta nazista. Ele fica relativamente perto do Checkpoint Charlie e você pode combinar os dois passeios em uma única tarde.

O Centro de documentação expõe de forma crua e direta, os horrores do regime nazista, desde a perseguição política e racial até os crimes cometidos durante a Segunda Guerra Mundial. Por lá há trechos preservados do Muro de Berlim, e uma galeria interna, repleta de documentos históricos e testemunhos que deixam a visita intensa e reflexiva.

Para completar a experiência você pode pegar gratuitamente audioguias em espanhol, inglês ou alemão. Faz toda a diferença na experiência, que já aviso, será intensa.

11. Museu da DDR 

O Museu da DDR (compre seu ingresso sem fila) é uma pedida bem legal para quem quer entender como era a vida na Alemanha Oriental durante a cortina de ferro. O museu é interativo e cheio de boas histórias, mas para aproveitá-lo você precisa ir com paciência para ler textos em inglês, espanhol, ou claro, Alemão.

Por lá você poderá abrir gavetas recheadas de curiosidade, entrar em um Trabant (o icônico carro da época e dirigi-lo em um simulador) e até visitar a réplica de um apartamento típico da DDR, com móveis, roupas e objetos originais.

A exposição conta como o governo tentou controlar e manipular a vida na Alemanha Ocidental falando de esportes (uma propaganda do Regime para o mundo), Sistema Educacional rígido e os programas de TV da época. Uma parte dedicada a alimentação explica a escassez de produtos importados –e a tentativa de, por exemplo, misturar o café com centeio e beterraba, criando o “Kaffee-Mix”.

Eu visitei o Museu com meus dois filhos pequenos, fui aprendendo tudo o que consegui enquanto eles abriam e fechavam gavetas loucamente. Eles amaram o simulador de carros e uma parte dedicada ao jardim da infância com brinquedos da época. Todos adoramos a visita.

Dica: chegue no horário de abertura para pegar o Museu vazio, e compre ingressos antecipados para evitar fila chata.

12. Tiergarten 

O Tiergarten é um dos parques mais bonitos de Berlim e um refúgio perfeito para quem quer desacelerar o ritmo intenso da viagem em meia a natureza. O parque ocupa o espaço da antiga área de caça da realeza e conta com trilhas sombreadas, lagos tranquilos e monumentos como a Coluna da Vitória (Siegessäule) e o Memorial Soviético.

Meu passeio preferido é remar os barcos de madeira pelo Neuer See, um lago cercado por árvores que refletem na água, criando uma paisagem super charmosa. Vale combinar o passeio com um brunch no Café am Neuen See, que tem um biergarten aconchegante e é um ótimo lugar para relaxar.

13. Jardim Zoológico de Berlim

Quando postei no Instagram que ia para Berlim com as crianças recebi várias mensagens do tipo: “Não deixe de visitar o zoo, é incrível”, mas confesso que mesmo sabendo que o Zoo de Berlim apoia vários projetos de conservação bacanas pelo mundo, esse não é meu tipo de programa favorito.

Com tanta coisa legal para conhecer e revisitar em Berlim, o zoo definitivamente não estava nos meus planos. Mas sim, ele é tido como um dos melhores Zoológicos da Europa, e todos os meus amigos que visitaram gostaram muito.

O Zoo de Berlim abriga mais de 20.000 animais de diferentes partes do planeta, incluindo espécies raras como o urso panda gigante. Outra curiosidade é que durante o nazismo, ele serviu de esconderijo para judeus perseguidos, que se abrigavam em túneis subterrâneos e recintos abandonados para escapar da deportação.

14. Igreja Memorial Kaiser Wilhelm

Com sua estrutura fortemente bombardeada durante a segunda guerra mundial e uma restauração muito bem feita a Igreja Memorial Kaiser Wilhelm (Kaiser-Wilhelm-Gedächtniskirche) é um cartões-postais mais impactantes de Berlim, não só pela sua arquitetura, mas pelo simbolismo histórico.

Em vez de reconstruí-la completamente, Berlim optou por preservar suas ruínas como um memorial contra a guerra, criando uma moderna igreja hexagonal ao lado, conhecida por seus vitrais azuis. É uma vista impactante e mais um lembrete duro dos tempos de guerra.

15. Kurfürstendamm 

A Kurfürstendamm, ou Ku’damm como dizem os locais, é uma das ruas mais legais de Berlim para passear. A avenida, que durante a divisão da cidade, funcionou como o centro comercial da Berlim Ocidental foi a resposta capitalista à Friedrichstrasse do lado oriental.

Por lá, há vitrines caprichadas de marcas como Louis Vuitton, Chanel e Apple, além da histórica KaDeWe, uma das maiores lojas de departamento da Europa e muitos cafés e restaurantes. A Igreja Memorial Kaiser Wilhel fica na própria avenida.

16. Palácio de Charlottenburg

O Palácio de Charlottenburg é residência real mais impressionante de Berlim, e uma chance de mergulhar na era prussiana. Construído no final do século XVII pelo rei Frederico I para sua esposa, a rainha Sophie Charlotte, o palácio combina arquitetura barroca e rococó com interiores luxuosos e salões muito bem decorados.

Entre os destaques estão a Galeria Dourada, um salão de baile ricamente decorado, e os aposentos reais, que exibem móveis e obras de arte da época.

A entrada nos jardins é gratuita

Ainda que você não tenha planos de visitar o interior do Palácio, vale dar um passeio pela área externa para conhecer os jardins lindos e bem cuidados com fontes, lagos e esculturas. Durante o natal, o jardins ganham um mercadinho muito charmoso.

Compre seu ingresso aqui e evite as filas enormes

17. Arquivo da Bauhaus

Arquitetos e Designers de plantão vão adorar visitar o Arquivo da Bauhaus em Berlim (Bauhaus-Archiv), um museu dedicado à escola de design, arquitetura e arte que revolucionou o modernismo no século XX.

O acervo reúne uma coleção impressionante de móveis, objetos, maquetes, fotografias e esboços originais de mestres como Walter Gropius, Ludwig Mies van der Rohe e Paul Klee, oferecendo uma visão profunda sobre a influência da Bauhaus no design contemporâneo.

[O edifício principal está em reforma — 2025]

Atualmente, o museu passa por uma grande renovação para expandir seu edifício e está fechado para visitas. Enquanto isso, a exposição temporária “Bauhaus-Archiv / Museum für Gestaltung” funciona em um espaço alternativo na Knesebeckstrasse, permitindo que os amantes do design tenham uma palhinha da visita e vejam um pedacinho da renovação imensa que acontece ali do lado.

Bate e volta saindo de Berlim

Tem mais do que três dias em Berlim? Então vale a pena olhar as possibilidades de passeios de bate e volta. O mais conhecido é Potsdam, a cidade dos palácios da Alemanha, mas o Campo de Concentração de Sachsenhausen e a Floresta de Spree também são boas opções. Vamos falar de cada um deles?

Potsdam

A antiga residência dos reis da Prússia é um dos passeios de um dia mais bonitos saindo de Berlim. A cidade fica a cerca de 40 minutos da capital e pode ser visitada por conta própria ou por uma excursão guiada. Outra opção é a excursão privada em português para Postdam.

No verão, é essencial reservar com antecedência a visita aos palácios, sendo o grande destaque o Palácio Sanssouci, muitas vezes chamado de “Versalhes alemão”. Com sua arquitetura imponente e jardins magníficos, ele é a atração mais emblemática da cidade.

Outros pontos imperdíveis incluem o Neues Palais (Novo Palácio), uma obra-prima da arquitetura barroca, e a Ponte Glienicke, que durante a Guerra Fria foi um dos locais mais vigiados da Cortina de Ferro —usada para trocas de espiões entre os Estados Unidos e a União Soviética. Já o Bairro Holandês encanta com suas ruas charmosas e construções de tijolos vermelhos, remetendo à influência holandesa na cidade.

Para quem tem mais tempo, vale visitar o Palácio Cecilienhof, onde ocorreu a Conferência de Potsdam (1945), encontro histórico entre Stalin, Churchill e Truman, que definiu o futuro da Alemanha após a Segunda Guerra Mundial.

Reserve sua vista ao Palácio de Sanssouci

Campo de Concentração de Sachsenhausen

A visita ao Campo de Concentração de Sachsenhausen, nos arredores de Berlim, é uma experiência forte, impactante e extremamente importante para quem quer entender a história da Alemanha nazista e o horror do regime.

Sachsenhausen está localizado na cidade de Oranienburg, a cerca de 35 km de Berlim. É fácil chegar de trem (linha S1 até Oranienburg) e depois basta caminhar ou pegar um ônibus até o memorial.

O local funciona hoje como um memorial e museu, com entrada gratuita, embora algumas exposições internas cobrem um pequeno valor. Para compreender melhor a história e os acontecimentos do local, um tour guiado (em inglês) faz toda a diferença.

Durante a visita, você vai ver os barracões dos prisioneiros, torres de vigilância e celas de punição, locais de trabalho forçado, o antigo crematório e várias exposições informativas com fotos, objetos e depoimentos. Reserve pelo menos 3 a 4 horas para explorar com calma. É um passeio que exige atenção e respeito, muitas pessoas saem de lá emocionalmente abaladas.

Você também pode fazer uma excursão privada em português a Sachsenhausen.

Spreewald – a Floresta de Spree

Fazer um bate e volta de Berlim à região de Spreewald é uma forma deliciosa de fugir da cidade e se conectar com a natureza. A cerca de 100 km ao sul da capital, Spreewald é conhecida por seus canais tranquilos, florestas densas e vilarejos pitorescos

A melhor base para explorar a região é a cidade de Lübbenau, e chegar lá é fácil: basta pegar o trem regional RE2 na estação central de Berlim (Hauptbahnhof) e descer em Lübbenau. A viagem dura cerca de 1h20, e os trens partem com boa frequência ao longo do dia.

Outra ótima opção é a Excursão à floresta do Spree (com audioguia em português). Incluso transporte e passeio de barco.

Chegando lá, a dica é começar com um passeio de barco tradicional pelos canais (ou alugar uma canoa, se quiser remar por conta própria). Visite o vilarejo de Lehde, com suas casas históricas e museu a céu aberto, e experimente os famosos picles de Spreewald. Se sobrar tempo, vale ainda fazer uma trilha leve ou relaxar nas termas da cidade vizinha de Burg. Um dia só já é suficiente para sair encantado.

Onde ficar em Berlim

Escolher onde se hospedar em Berlim depende muito do estilo da sua viagem. Se a ideia é ficar perto das atrações mais famosas, Mitte é o melhor ponto de partida — é lá que estão o Portão de Brandemburgo, a Ilha dos Museus e vários restaurantes e cafés charmosos.

Prefere um clima mais alternativo? Então vale considerar Kreuzberg ou Friedrichshain, bairros cheios de arte urbana, bares descolados e vida noturna agitada. Já quem busca uma estadia mais tranquila e elegante vai gostar de Charlottenburg, com seus cafés aconchegantes, lojas sofisticadas e uma atmosfera mais clássica.

Hotéis Caprichados

• TITANIC Gendarmenmarkt: um hotel luxuoso e sofisticado, a uma curta caminhada dos pontos turísticos da cidade. Quartos amplos e muito confortáveis, excelente chuveiro. Oferece SPA, academia, hammam (banho turco)/sauna a vapor, quartos para famílias e um delicioso café da manhã.
• Radisson Collection Hotel: quartos amplos e muito confortáveis. Algumas acomodações dispõe de cozinha compacta com geladeira, micro-ondas e cooktop. Próximo as melhores atrações de Berlim. Oferece piscina coberta, academia, SPA e um bar muito elogiado pelos hóspedes. Possui restaurante.
• HYPERION Hotel: localizado a uma curta caminhada da estação de metrô: Güntzelstraße. Hotel bem moderno, com quartos confortáveis, banheiros amplos e itens do frigobar inclusos na diária. Ao lado há uma praça com restaurantes e mercado.

Hotéis com bom custo x benefício

• Ibis Berlin Hauptbahnhof: localizado a 300m da estação central de Berlin. A rede Ibis é uma ótima opção de hotel com bom custo benefício em Berlim. Os quartos tem o tamanho padrão da rede, tem estacionamento, oferece café da manhã (pago à parte), muitos restaurantes e cafés nas redondezas.
• ibis Berlin Mitte: localizado bem no meio do centro histórico e a uma curta caminhada das principais atrações da cidade. Os quartos possuem o padrão Ibis e são confortáveis. O hotel fica ao lado de um posto de gasolina, com loja de conveniência 24 horas que oferece lanches, sanduíches diversos e bebidas.
• Emma by Schulz Hotel: como excelente localização, bem frente ao Ostbahnhof e ao lado da East Side Gallery, o hotel dispõe de quartos com ótimo tamanho, arejados e muito bem iluminados. O café da manhã é delicioso e ainda conta com um parquinho infantil!
• Garner Hotel Berlin: localizado a uma curta caminhada dos melhores pontos turísticos. O hotel possui quartos com ótimo tamanho, café da manhã delicioso e fácil acesso ao transporte público.

Hotéis Econômicos

• Schulz Hotel Berlin: colocadinho na East Side Gallery, no moderno bairro de Friedrichshain. Fica bem em frente a estação de trem e dispõe de cafeteria e restaurante no térreo. Os quartos são pequenos, mas muito confortáveis.
• The Circus Hostel: localizado bem no centro de Berlin e próximo do metrô. Os quartos são limpos, os armários são grandes, tem tomada, com banheiros e chuveiros organizados e espaçosos. Tem um bar e dispõe de café da manhã pago à parte.
• Grand Hostel Berlin Classic: próximo da estação de metrô Möckernbrücke que dá fácil acesso as atrações turísticas. Possui quartos grandes e arejados, oferece luggage storage gratuito. Dispõe de bar e quartos para famílias.
• Three Little Pigs Hostel: Possui uma ótima localização, a uma curta caminhada de muitos pontos turísticos e bem próximo a estação de trem e ônibus. No entorno do hostel há diversas opções de comércios, cafés e restaurantes.

Seguro Viagem Alemanha

O seguro viagem é obrigatório para os turistas que desembarcam na Europa. Um bom seguro te ajuda em caso de atrasos ou cancelamentos de voos, extravios de bagagens e até mesmo alguma emergência hospitalar.

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mari vidigal

Mari é editora do Ideias na Mala há 14 anos e mora na Califórnia. Já visitou dezenas de países e explorou boa parte dos Estados Unidos com seus filhos Tom e Caio. Sua paixão? Viajar com o motorhome Rocky e colecionar Springs na Flórida. Mari é conhecida pelos seus roteiros super completos dos principais destinos da Europa (sim! Tem roteiro de Paris, Madri, Londres, Portugal e Amsterdam) e pelo conteúdo mais completo da Califórnia, Flórida e Las Vegas entre os sites de viagem do Brasil. Em 2021 recebeu o prêmio IPW Travel Awards, um dos maiores prêmios de jornalismo de viagem, e em 2024 foi finalista do prêmio Europa de Comunicação.

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