Roteiro de 5 e 7 dias em Fernando de Noronha
Viajar para Fernando de Noronha é o sonho de muita gente! A ilha pertence ao estado de Pernambuco e está localizada a cerca de 500 Km da capital, Recife. Para chegar lá, você precisa passar – necessariamente – por Recife ou Natal. Está pensando em tornar esse sonho de viagem em realidade? Esse post é para você. Ficamos 9 dias em Noronha (7 dias completos) e esse tempo foi suficiente para conhecer (e repetir) todos os lugares da ilha. É um tempo excelente para quem gosta de viajar sem pressa e curtir tranquilamente a estadia.
Neste texto, destrinchamos nosso roteiro de 7 dias em Noronha com todos os detalhes – e também já pensamos em uma opção de roteiro de 5 dias em Fernando de Noronha caso você tenha menos tempo! E, se a sua passagem pela ilha for ainda mais curta, veja também o post Roteiro de 3 dias em Fernando de Noronha.
E ah, antes de embarcar, não deixe de conferir o nosso Guia completo de Fernando de Noronha, lá você entenderá como funcionam as taxas para entrar na ilha, melhor época para viajar, onde se hospedar, quais são as atrações imperdíveis, onde comer, como se locomover e muito mais.
Roteiro de 7 dias em Noronha resumido
7 dias completos em Fernando de Noronha é um tempo muito bom para conhecer absolutamente tudo – e ainda repetir os locais que você mais gostou. Um roteiro de 3 dias em Fernando de Noronha é o mínimo para fazer a viagem valer a pena. Já com 5 dias você consegue conhecer a ilha e curtir seus cantinhos preferidos sem pressa. Aí vai um resumão do nosso roteiro de 7 dias em Noronha
- Dia 1: Passeio de barco + centro histórico + agendamento no ICMBio
- Dia 2: Ilha Tour
- Dia 3: Praia do Sancho + Praia do Meio + Pôr do sol no Forte Nossa Senhora dos Remédios
- Dia 4: Canoa havaiana + Snorkel na Baía do Sueste + Praia Cacimba do Padre
- Dia 5: Trilha do Atalaia + Buraco do Galego + tarde livre
- Dia 6: Trilha Enseada dos Abreus + Snorkel no Porto + Praia do Bode
- Dia 7: Trilha Costa Esmeralda + Praia Cacimba do Padre
Se preferir ir para um dia específico, basta clicar em cima dele! E, caso queira ir direto para o roteiro de 5 dias, é só clicar aqui.
Roteiro de 7 dias em Noronha em detalhes
Nós chegamos em Fernando de Noronha em um sábado por volta das 16h. Saímos do aeroporto e fomos direto para o ICMBio tentar agendar as trilhas que gostaríamos de fazer no nosso roteiro (conseguimos apenas duas e voltamos no dia seguinte para tentar uma terceira, por isso vou descrever esse processo logo abaixo no primeiro dia).
Para o trajeto, fugimos no transfer gratuito oferecido pelos hotéis e pegamos um táxi. Do ICMBio, fomos direto para a Pousada Ventos do Atalaia (onde nos hospedamos nos primeiros quatro dias da nossa viagem) descarregar as malas e descansar da viagem. Só sobrou pique para o nosso primeiro jantar em Noronha, que foi no restaurante Cacimba Bistrô (e que se tornou o nosso preferido da ilha). A conta deu R$250 (com serviço) e consumimos um refrigerante, uma cerveja e o prato da casa, o conhecido “bobó de lagosta” – bem servido (arrisco a dizer que comem umas 3 pessoas) e extremamente saboroso. O ambiente é bem gostoso e o atendimento foi muito bom.
Dia 1: Passeio de barco + Centro histórico de Fernando de Noronha
Passeio de barco
Ufa, acordamos em Noronha! A sensação já é outra. Separamos a manhã do primeiro dia para fazer um passeio de barco em Fernando de Noronha. A Noronha Tour nos buscou às 07h30 para darmos início ao passeio que tem cerca de 3h de duração e sai da Praia do Porto (a maioria das agências segue o mesmo esquema).
Começamos passando por algumas ilhas secundárias (incluindo o Morro de São José), onde muitos golfinhos acompanham o catamarã. Depois, seguimos para o Morro Dois Irmãos na praia da Cacimba do Padre, navegando pela Baía dos Golfinhos até o ponto mais extremo da ilha, a Ponta da Sapata. Na volta, ainda acontece uma parada para banho e snorkel na Baía do Sancho. Próximo às 11h já estamos de volta na Praia do Porto.
Ao invés de nos deixar de volta na pousada, pedimos para que o transfer da Noronha Tour nos deixasse na Vila dos Remédios, onde almoçamos no Restaurante da Mãezinha (Rua São Miguel) – uma das opções mais acessíveis para comer em Noronha. O kg custa R$80, o meu prato deu R$20 e comi arroz de polvo (bem gostoso), batata assada, camarões e peixe frito.
Centro histórico e Trilha Costa Azul
Aproveitamos o pique e já fomos conhecer o centro histórico de Noronha – que é bem pequenino. Passamos pela Igreja, pelas ruínas do forte, pelo presídio feminino e pelo museu (tudo em menos de 20 minutos, mas vale a pena conhecer e ler os informativos). Na parte da tarde, iríamos para o ICMBio agendar as trilhas e decidimos fazer isso a pé, aproveitando para conhecer a Trilha Costa Azul da ilha (2,3 km de extensão).
Partindo da Vila dos Remédios, próximo ao Bar do Cachorro, a trilha começa com uma mata mais fechada e trechos abertos que formam mirantes naturais para as praias do Cachorro e do Meio. A trilha termina na Praia da Conceição onde está o Morro do Pico. De lá, voltamos para a estrada de terra para irmos ao ICMBio.
ICMBio e pôr do sol no Mirante do Boldró
Os agendamentos para as trilha de Noronha só podem ser feitos presencialmente e pelo próprio visitante em totens de autoatendimento que funcionam das 17h às 20h no Centro de Visitantes ICMBio – Vila do Boldró. Com o seu ingresso do PARNAMAR já emitido, vá até o local para dar início ao processo. A distribuição de senhas começa às 15h30. Uma hora depois, ocorre uma palestra sobre os atrativos agendados com um Guarda florestal do parque e, às 17h, acontece abertura da sala e início do agendamento seguindo as senha distribuídas. Como aqui se perde um bom tempo, indico que isso seja a primeira coisa que você faça ao chegar em Noronha – se tiver interesse nas trilhas, claro. Dentro do Parque Nacional são 5 trilhas que necessitam agendamento.
Pôr do sol no mirante do Boldró
Saindo do ICMBio, fomos para o Mirante do Boldró que fica bem próximo e é um dos melhores lugares para ver o pôr do sol.
Encerramos o dia no Muzenza, pizzaria com música ao vivo e um dos points mais badalados de Noronha. Os dias mais disputados são as quintas, que toca reggae, e aos domingo ao som de um samba – ambos a partir das 22h. Os valores das pizzas (grandes de 8 pedaços) são R$90 (sabores mais comuns como marguerita e frango com catupiry), R$120 e R$140 (sabores mais requintados como lagosta e camarão).
Dia 2: Ilha Tour
Ilha Tour
Segundo dia é dia de fazer o Ilha Tour! A ideia era que esse passeio fosse feito logo no primeiro dia, mas como ele tem uma duração bem longa (mais de 10h), não conseguiríamos ir até o ICMBio agendar as trilhas, então deixamos o agendamento para o primeiro e o Ilha Tour para o segundo. Foi uma boa pedida.
O Ilha Tour é o passeio mais completo de Noronha e praticamente todas as agências oferecem o mesmo pacote. Reserve um dia completo para conhecer a Baía do Sancho, dos Porcos, Cacimba do Padre, Sueste e Praia do Leão. Além dos mirantes do Morro Dois Irmãos e o Buraco da Raquel. O dia é finalizado com o pôr do sol no Mirante do Boldró. Fizemos o passeio com a Noronha Tour e foi ótimo.
Chegamos depois das 19h na pousada com o coração bem quentinho por ter conhecido Noronha praticamente inteira.
Jantar no Xica da Silva
Jantamos no Xica da Silva (Alameda das Acácias, 11 – Floresta Nova) e pedimos o prato mais consumido em Noronha desde 2008. O peixe mestiço vem com molho pesto, purê de abóbora recheado com camarão e crosta de parmesão. De fato, é muito gostoso. Pedimos uma entrada de bolinho de bacalhau (10 unidades) e o peixe mestiço individual e foi suficiente. O jantar saiu por volta de R$ 190 com bebidas e sorvete. Foi um dia incrível e que valeu muito a pena!
Dia 3: Baía do Sancho + Forte dos Remédios
Dica para quem vai alugar buggy em Noronha
A partir do terceiro dia optamos por alugar um buggy. Depois do Ilha Tour, eu já entendia onde ficava cada atração e queria ter mais mobilidade e conforto para ir e vir (e emendei os passeios nos primeiros dias, já que eles normalmente incluem transfer). Aluguei com a Noronha Passeios – e foi ótimo. Se for locar um também, preste atenção nas condições e na documentação do veículo, pode parecer mentira, mas em Noronha há muitas blitz, onde fiscalizam documentos e fazem bafômetro. Aconteceu comigo e, por estar tudo em ordem, não perdi tempo e nem dinheiro nesse processo.
Baía do Sancho
Fomos passar a manhã na Baía do Sancho. A praia, que já foi eleita a mais bonita do mundo por três vezes, tem água azul turquesa. O costão que a cerca faz o cenário ser ainda mais surreal. Para ter acesso à praia, é necessário descer por duas escadas de marinheiro encravadas na rocha e uma terceira de pedra. Para organizar e facilitar esse processo, o ICMBio estipulou horários de descida e subida – planeje sua visita com eles.
Passamos pouco mais de 1h no Sancho curtindo o visual (lembre-se de levar água e petiscos, não há estrutura no local), vale a pena dedicar um bom tempo para a Baía que é realmente muito bonita. Em meses de águas mais calmas (normalmente de abril a outubro), é possível ver bastante vida marinha apenas fazendo snorkel por lá.
Pôr do sol no Forte Nossa Senhora dos Remédios
Voltamos para a Vila dos Remédios e almoçamos no Restaurante Flamboyant (que fica na praça de mesmo nome) e ficamos curtindo um pouco o centrinho sem pressa. De lá, fomos para o Forte Nossa Senhora dos Remédios que fica bem próximo ao centrinho também (é possível ir a pé). O Forte era a principal estrutura de defesa da ilha e passou por obras de ampliação a partir de 1741. Hoje, o Forte está passando por uma revitalização e está super bonito! Também é um dos lugares mais disputados para assistir o pôr do sol.
Jantamos na Creperia Euforonha, também na Praça do Flamboyant. Bem simples e com poucos lugares, o quiosque tem diversas opções de crepes que custam na média R$40 e dá fácil para dividir. Ou seja, mais uma boa opção com ótimo custo benefício.
Dia 4: Nascer do sol de canoa havaiana + Snorkel no sueste
Canoa havaiana
Que tal madrugar em um dos dias? Foi o que fizemos para fazer o passeio de canoa havaiana em Fernando de Noronha! Por volta das 05h30 já estávamos à bordo de uma canoa remando para ver o nascer do sol do mar. Que experiência incrível! O Alef Alves, que é nativo da Ilha, tem algumas canoas na empresa Noronha Va’a e fornece o passeio em alguns horários – mas o nascer do sol é muito especial, vale o esforço!
Logo depois do sol nascer, os golfinhos deram às caras e centenas deles ficaram bem pertinho da nossa canoa. O passeio tem duração de pouco menos de 3h e passa pela praia do Cachorro, do Meio e da Conceição, onde é possível descer e fazer snorkel um pouco (vimos uma tartaruga gigantesca ali)!
Por volta das 07h30 estávamos de volta na Praia do Porto (de onde saímos). Passamos na pousada rapidinho para tomar um café da manhã reforçado (não caia na cilada de dar um cochilo, hein?) e aproveitamos o embalo para seguir direto para a Baía do Sueste! Durante o Ilha Tour, fizemos snorkel lá com o nosso guia e tínhamos decidido que voltaríamos ali. O Sueste abre às 09h e antes disso já estávamos lá equipados com snorkel, colete e pé de pato.
Snorkel na Baía do Sueste
No PIC (Posto de Informação e Controle) do Sueste ficam guias credenciados para acompanhar o snorkel. Eles trabalham no esquema de rodízio e nós fizemos com o Carioca – que pelo nome vocês já perceberam que não é nativo, mas mora na Ilha há muitos anos e é expert no Sueste. É possível fazer sozinho, claro, mas achamos que valeu muito a pena contratar um guia que já conhece todos os cantinhos dali e pode nos levar para ver ainda mais belezas (gostamos tanto desse esquema que repetimos a dose na Praia do Porto depois).
O valor do guia para o casal é R$100 e é bem legal – além de que ele leva boia e cordas para ajudar na hora que o cansaço bater. Vimos muitas tartarugas, lagosta, arraia, peixinhos e até um tubarão. O legal é que ele vai parando e explicando sobre a espécie e passando informações que nós não teríamos se estivéssemos sozinhos ali. Enfim, indico muito!
Voltamos para a pousada ainda antes do 12h e fizemos a troca, saímos da Pousada Ventos do Atalaia e fomos para a Ecocharme Pousada do Marcilio. Como eu tinha 8 diárias em Noronha, decidi dividir a hospedagem em duas regiões diferentes (Vila dos Remédios e Vila do Boldró). Assim, conheci dois tipos de pousada sem pesar o orçamento. É uma boa tática para quem tem mais dias na ilha.
Almoçamos na Tapioca da Babalu (Rua São Miguel S/N Vila dos Remédios) que serve tapiocas, crepioca, lanches e porções. Os preços variam de R$10 (um hot dog) a R$30 (um sanduíche mais caprichado). Boa opção para quem faz questão de almoçar e quer economizar!
Tarde na Cacimba do Padre
Passamos a tarde curtindo a Praia Cacimba do Padre (que ganhou o meu coração todinho). Com vista privilegiada para o Morro Dois Irmãos, a praia é a queridinha dos surfistas e lá existe estrutura para alugar guarda-sol e cadeiras. Também há um restaurante no local e opções de porções e açaí. Uma praia bem gostosa para passar uma manhã ou tarde.
Encerramos o dia com um jantar caprichado no Teju-Açu (Estrada da Alamoa, s/n – Boldró). O restaurante fica em um hotel de luxo (de mesmo nome) e para jantar por lá, em dias movimentados, é preciso reservar. Pedimos um ceviche de entrada e um prato individual que dividimos: rabo de lagosta com risoto de limão siciliano (era o mais caro do cardápio, R$190). De sobremesa – até que enfim pedi uma – fui de cocada mole com sorvete de tapioca. Divino! No fim, a conta saiu R$290 e nós achamos que valeu muito a pena pelo jantar sofisticado e delicioso que tivemos.
Dia 5: Atalaia + Piscinas naturais da praia do Cachorro
Trilha do Atalaia
Uma das trilhas que agendamos no ICMBio foi na piscina natural da Atalaia – são 96 vagas por dia e ela é o atrativo mais disputado de Noronha. A visita só é possível na maré baixa, com agendamento prévio e não necessita de guia (para fazer a Atalaia longa é necessário contratar um guia). Conseguimos o horário das 10h30 e exatamente nesse momento já estávamos caminhando rumo à piscina. O caminho é bem tranquilo e sinalizado. Foram cerca de 40 minutos de caminhada até chegarmos.
Flutuando no Atalaia
A atividade que ocorre na piscina é de flutuação com um grupo de no máximo 16 pessoas e dura 30 minutos. É obrigatório usar colete e máscara de mergulho (dá para alugar no local) e é proibido usar protetor solar, repelente ou qualquer tipo de dermo-cosméticos.
A piscina do Atalaia é realmente surreal, parece um aquário em tamanho ampliado. Em algumas regiões tem que se ter bastante cuidado para não tocar no chão e nos corais. É uma atividade de contemplação. Nós vimos apenas peixes (muitas espécies). Há quem tenha mair sorte e veja outros animais, até mesmo filhotes de tubarões.
Particularmente, eu achei a piscina super bonita, mas como já tinha vista uma vida marinha tão incrível em outros lugares, achei um pouco superestimado. Tá certo que a diferença principal está na água, que é extremamente cristalina e intocável. Eu não repetiria em uma próxima vez, mas acho que vale o passeio!
Piscinas naturais na Praia do Cachorro
Saímos de lá e, aproveitando ainda a maré baixa, corremos para a Praia do Cachorro para conhecer as piscinas naturais que ficam em suas rochas laterais. A mais famosa delas é o Buraco do Galego. Um pouco a frente tem-se uma piscina um pouco menor e, ainda mais para a frente, a Lasca da Velha. Surpreendentemente, as pessoas vão apenas até o Buraco do Galego e nem sabem da existência dessas outras duas – que são tão bonitas quanto. Para chegar até elas, apenas na maré baixo e o caminho é pelas pedras (aconselho fortemente a usar um tênis – o meu não saia da mochila).
Almoçamos no restaurante O Pico (Praça dos Remédios, S/N, Fernando de Noronha), um restaurante com vista para o mar – ponto forte do local. Pedimos novamente um ceviche de entrada e um risoto de camarão (também individual – já percebeu que rola fácil dividir um prato na Ilha, né?) e, depois, tiramos a tarde para descansar e curtir um pouco a piscina da Ecocharme Pousada do Marcilio.
Para o jantar, uma experiência diferente que necessita reserva. A escolha da noite foi a Palhoça da Colina (Estrada da Colina, 4, Fernando de Noronha), a casa do Tinho – nascido e criado em Noronha – que prepara um jantar para turistas. A experiência traz até 16 pessoas na casa dele para uma refeição simples (e bem gostosa), em um ambiente decorado com carinho e bem aconchegante. O valor é R$150 por pessoa, mas eu super indico porque de fato é uma experiência – e não apenas um jantar. Sentados no chão e descalços, o momento é repleto de conversa boa e histórias do Tinho – e nada melhor do que isso para conhecer verdadeiramente Fernando de Noronha. Foi bem legal!
Dia 6: Enseada dos Abreus + Mergulho no Porto
Trilha Enseada dos Abreus
Mais uma manhã de trilha, dessa vez foi a Enseada dos Abreus a piscina do dia – que recebe apenas 24 pessoas por dia. O caminho até as piscinas se dá por uma descida rústica e íngreme, diretamente na rocha, com o apoio em uma corda (não é recomendada para crianças, idosos ou quem tem medo de altura). O visual é espetacular – gostei mais do cenário que Abreus tem a sua volta do que da sua piscina em si. Para a flutuação na piscina, também é necessário máscara e colete (e não há onde alugar o equipamento por lá, alugue no dia anterior em algum lugar da Vila dos Remédios), além de ser proibido protetor e repelente.
Snorkel na Praia do Porto
Saindo dos Abreus, fomos para a Praia do Porto fazer snorkel também com um guia credenciado e local. Por lá, há dois grandes naufrágios que hoje abrigam uma vida marinha incrível. O nosso guia foi o Jhonata que conhece cada cantinho do naufrágio como ninguém. O passeio foi tão gostoso que arrisco a dizer que ficamos 1h30 curtindo o visual (sendo que o combinado no início eram 40 minutos) e até os golfinhos apareceram. Vimos muitas tartarugas, uma arraia gigantesca, tubarão e muito mais. Foi o lugar mais repleto de animais e com a melhor visibilidade. Teria repetido fácil a dose!
Tarde e pôr do sol na Praia do Bode
Depois de uma manhã agitada e muito bonita, almoçamos na nossa própria pousada Ecocharme Pousada do Marcilio e, depois de alguns minutinhos de descanso, saímos para curtir mais uma tarde em uma praia. A escolha foi a Praia do Bode, que tem fácil acesso e fica entre a Praia do Americano e a Quixambinha. Apesar de ter pouquíssimas pessoas na praia, por ali tem-se uma barraquinha que vende água de coco e derivados. É uma delícia! A Cacimba do Padre e a do Bode disputam o primeiro lugar no meu coração.
Curtimos a tarde ali, deu até para tirar um belo cochilo pois a praia tem boas sombras e, perto do pôr do sol, fomos para o lado direito dela, onde fica a Pedra do Bode. Esse lugar fica na frente do Mirante do Boldró, então é uma bela opção de local para ver o pôr do sol com menos gente (arrisco a dizer que daqui um tempinho será tão disputado quanto). É lindo!
Finalizamos o dia com um jantar Varanda (Rua Major Costa, 130 – Vila do Trinta), um dos restaurantes mais conhecidos de Noronha e um dos poucos que não fica na Vila dos Remédios. Comemos um bobó de camarão que custou pouco mais de R$200. Vale a pena, é o preferido de muita gente que passa por lá (talvez eu não tenha escolhido o prato certo para ter se tornado o meu favorito, também não sobrou espaço para a sobremesa que dizem que são divinas).
Dia 7: Trilha Costa Esmeralda
Trilha Costa Esmeralda
Último dia completo e Noronha e dedicamos ele a Trilha Costa Esmeralda. Nós começamos a trilha na Praia da Conceição, passamos pela Praia do Boldró (da Conceição ao Boldró é o trajeto mais chatinho e longo, todo em pedras), Praia do Americano (que estava completamente vazia), do Bode (onde tomamos uma água de coco revigorante), Quixambinha, Cacimba do Padre e terminamos na Baía dos Porcos.
Leve bastante água, só faça esse trajeto na maré baixa, pois grande parte dele é sobre as pedras das encostas, e com tênis. É um caminho bem gostoso e com paisagens lindíssimas – fica fácil percorrer mais de 3km com elas.
Terminamos a trilha na Baía dos Porcos (que ainda não tínhamos ido) e ficamos uma horinha nela, aproveitando o cenário do Morro Dois Irmãos e das águas turquesas. É realmente muito bonita. Para mim, foi a praia que tem o visual mais bonito. Para voltar, você necessariamente terá que passar pela Cacimba novamente – e aí ficamos por lá mesmo. Difícil, né?
Tarde na Praia Cacimba do Padre
Passamos a tarde na Cacimba e aí decidimos alugar um guarda-sol e cadeiras (R$50) e comer alguns petiscos por ali mesmo. Como adoramos essa praia, nada melhor do que encerrar nossa estadia em Noronha nela, não é mesmo?
Falando em encerrar a estadia, escolhemos novamente o Cacimba Bistrô para o nosso último jantar. Lembram que falei que fizemos nossa primeira refeição da ilha nele? Depois de provar muitos outros locais, ele seguiu sendo o nosso favorito. Dessa vez, pedimos o “Gratinado do mar ao sertão”, uma espécie de arroz cremoso com carne seca e camarão. Divino! Também super servido e custava R$163.
No dia seguinte, nosso voo era ao 12h. Só deu tempo de acordar, tomar um belo café da manhã e nos despedirmos do paraíso – já planejando a volta, claro.
Roteiro de 5 dias em Fernando de Noronha
Com 5 dias você consegue conhecer a ilha e ainda curtir seus cantinhos preferidos sem pressa! Também dá para incluir algumas trilhas!
Dia 1: passeio de barco pela manhã, seguido de caminhada pelo centro histórico. Na sequência, corra para o ICMBio para agendar suas trilhas escolhidas. Finalize o dia com o pôr do sol no Forte Nossa Senhora dos Remédios.
Dia 2: Ilha Tour para conhecer bem Noronha. Na parte da tarde, ainda dá tempo de conhecer as piscinas naturais da Praia do Cachorro e finalizar o dia com o pôr do sol no Bar do Meio (Praia da Conceição).
Dia 3: canoa havaiana pela manhã e já emende o snorkel na Praia do Porto. Pela tarde, vá até os mirantes do Sancho e Golfinhos para fazer belas fotos. Ainda sobrou tempo? Curta o final da tarde na Praia do Bode e o pôr do sol na Praia do Bode.
Dia 4: dia de fazer sua trilha agendada – geralmente, a mais clássica é a Trilha do Atalaia. Dê uma passada rápida na Praia do Cachorro e Buraco do Galego e depois faça um snorkel na Baía do Sueste. Pôr do sol no Mirante do Boldró.
Dia 5: Aqui, você escolhe: Trilha Costa Esmeralda ou Trilha do Piquinho! O Piquinho é o segundo ponto mais alto de Fernando de Noronha e a vista é surreal! Até dá para fazer sozinho, mas não é indicado. Contrate um guia para uma experiência mais completa e segura. Curta a tarde na Praia Cacimba do Padre.
Onde se hospedar em Fernando de Noronha
O principal truque de quem viaja para Fernando de Noronha pela primeira vez é ficar na Vila dos Remédios. Assim você terá a possibilidade de caminhar para diversoss bares e restaurantes a pé, além de chegaar facilmente as praias urbanas de Noronha (Praia do Cachorro, Praia do Meio e Praia da Conceição). Algumas das principais opções de hospedagens na Ilha, divididas por categorias de preço, são:
- Hotéis caprichados: Pousada do Zé Maria, Pousada Triboju, Pousada Morena e Pousada Maravilha
- Hotéis com bom custo benefício: Pousada Mar Aberto, Pedras Secas, Ecocharme Pousada do Marcilio e Pousada Seu Dodó
- Hotéis econômicos: Pousada Ventos do Atalaia, Vila Mar, Casa Berna e Euforonha Hostel
Quer entender melhor onde ficar em Noronha? Confira o Guia completo: Tudo sobre Fernando de Noronha que você encontrará as descrições de cada uma dessas hospedagens, além de outras dicas.
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E aí, curtiu nosso roteiro de 5 ou 7 dias em Fernando de Noronha? Deixe seu comentário!
Veja também:
- Tudo sobre Fernando de Noronha: guia completo
- Ilha Tour em Fernando de Noronha: todos os detalhes
- Passeio de barco em Fernando de Noronha
- Roteiro de 3 dias em Fernando de Noronha
- Passeio de canoa em Fernando de Noronha
- A trilha pela Costa Esmeralda
- Lua de mel em Fernando de Noronha
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excelente dicas!! Muito obrigado!
queria saber se o paseio de baro enjoo.li auns comentarios.
Oi Márcia, tudo bem? Acho que depende muito da maré e também do seu estômago. Para mim, todos que fiz peguei o mar bem tranquilo e não enjoei, mas algumas pessoas tem o estômago mais sensível, né? Sempre válido ter um remédio na bolsa! Uma ótima viagem 😉
Helloo!! Adorei o roteiro de vcs…eu e meu marido vamos a Noronha em Outubro e ficaremos 7 dias.
Uma pergunta…vcs ficaram com Buggy quantos dias? Para fazer os passeios por conta propria, o Buggy facilita muito?
Obrigada, Lilian
Oi Lilian, tudo bem? Que bom que gostou do roteiro! Eu acho que o buggy facilita muito por você ter total liberdade sobre lugares e horários. Para os dias que vocês forem fazer passeios com agência, o buggy é mais dispensável porque geralmente eles te buscam e deixam na pousada. A minha dica para economizar com o buggy é concentrar esses passeios no início da viagem e alugar só depois de ter feito todos os passeios. Agora se vocês não forem fazer passeio com agência, o buggy desde o início facilita sim! Beijo e boa viagem!
Parabéns, post perfeito, estou indo na proxima semana e já salvei 😉
Eba! Conta pra gente como foi?! Noronha é inesquecível!