Roteiro: Ilhas Maurício e África do Sul – a viagem dos sonhos
Saiba como combinar África do Sul e Ilhas Maurício na mesma viagem, um roteiro detalhado para quem quer aproveitar as praias maravilhosas das Ilhas Maurício e viver experiências únicas como um Safari na África do Sul, dirigir na Garden Route e aproveitar o melhor de Cape Town. Pronto para se apaixonar?
Combinar Ilhas Maurício e África do Sul na mesma viagem é garantia de um roteiro plural: paisagens incríveis e economia. Neste post, vamos dividir com vocês todos os detalhes da nossa viagem de 21 dias pelas Ilhas Maurício e África do Sul. Um roteiro delicioso tanto para viagens em casal (alô, lua de mel?) quanto para famílias.
Neste post você encontrará:
- Quais são os documentos necessários para viajar à África do Sul e Maurícios?
- Que moeda levar?
- Qual é a melhor época para viajar?
- Como escolher um seguro viagem para a África do sul
- Internet no celular: vale compra no Brasil ou direto na África do sul?
- Vale a pena alugar um carro?
- Como é dirigir na África do Sul?
- Roteiro no mapa
- Roteiro de 21 dias na África do Sul e Ilhas Maurício em detalhes
Planejando sua viagem para a África do Sul e Ilhas Maurício
Quais os documentos necessários para viajar para Ilhas Maurício e África do Sul
Tanto as Ilhas Maurício quanto a África do Sul não exige visto de brasileiros que estão viajando a turismo, mas o certificado de vacinação contra febre amarela é obrigatório. Caso você ainda não possua o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP), você pode solicitar pela internet – se já tiver tomado a vacina em algum momento da vida – ou se dirigir a um posto de saúde ou clínica particular (algumas liberam o certificado na hora) para se vacinar e em seguida, solicitar.
Não deixe a vacina para a última hora. O certificado só é válido 10 dias após tomar a vacina e os sistemas de análise e emissão podem atrasar. Eu começaria a organizar a viagem por aqui! Sua vacina será conferida na chegada e sem ela você não entra mesmo!
Check list dos documentos necessários para viajar:
- Passaporte com no mínimo 6 meses de validade (o que conta é a data de saída);
- Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP).
Que moeda levar para a África do Sul?
Essa é uma questão muito importante. A moeda usada na África do Sul é o rand (R), que vale cerca de R$0,30 e, nas Ilhas Maurício, a rúpia mauriciana (MUR), equivalente a R$0,12 (cotação de dezembro/2022). De cara, encontrei relatos de pessoas que levaram os rands direto do Brasil, mas digo que não vale a pena. O rand é uma moeda de giro quase nulo no Brasil, o que significa que você vai pagar uma taxa de câmbio muito acima do valor de mercado. Rúpias Mauricianas, não preciso nem dizer, né?
Nós levamos dólares americanos e trocamos a moeda diretamente no Aeroporto Internacional Oliver Tambo, em Joanesburgo. Chegando lá, fizemos as contas, incluindo todas as taxas e percebemos que nesse esquema economizamos cerca de 5%.
O mesmo aconteceu em Maurício, trocamos o dinheiro no aeroporto. Quem tiver mais paciência/tempo e quiser trocar o dinheiro na cidade certamente vai encontrar taxas muito melhores que as do aeroporto. Vale só ficar de olho se além da taxa, a casa de câmbio cobra comissão adicional. Essa é uma prática comum na África do Sul e que deixa seu câmbio bem mais caro do parece.
E o cartão de crédito?
Dependendo da volatilidade do dólar na data da sua viagem, o cartão de crédito não é uma má ideia. O cartão é amplamente aceito na África do Sul e em Maurício e evita que você faça duas conversões (real para dólar, e dólar para rand) e dependendo da bandeira que você tiver ainda te dá milhas. Vale fazer as contas. Lembrando que a taxa do IOF do cartão de crédito no exterior é 6,38%.
A Mari usou muito o cartão na viagem dela pela África e percebeu que a “perda de dinheiro” das duas trocas fez com que o IOF do cartão ficasse quase elas x elas. Com um diferença boa: o cartão dá milhas!
Qual a melhor época para viajar?
A oscilação do clima na África do Sul é bem grande. Predominantemente, o país é semiárido, ou seja, verão quente e inverno frio. A questão é que é praticamente impossível conciliar tudo, principalmente se você vai passar tanto por Joanesburgo quanto por Cape Town. Quem quer aproveitar mais os safáris deve evitar o verão e viajar entre março a novembro, mas quem gosta de praias pode curtir o período de outubro até abril. É uma questão de escolha.
Já Maurício é uma boa pedida para o ano todo. Por lá, o clima é tropical, então a temperatura é sempre quente e agradável. Atente-se apenas para a estação chuvosa, que vai de dezembro a abril, e ao período de ciclones tropicais – que podem atingir a ilha de janeiro a março. Eu evitaria esses três primeiros meses por via das dúvidas.
Nós viajamos em maio e pegamos bastante frio na região do safári em Pilanesberg, frio mediano em Cape Town, temperatura agradável na Garden Route e bastante calor nas Ilhas Maurício. Eu achei o melhor dos mundos!
Como escolher um seguro para a África do Sul?
O seguro viagem não é obrigatório para entrar na África do Sul, mas te dá aquela segurança e te protege contra qualquer eventualidade que possa atrapalhar sua viagem. Um bom seguro viagem cobre eventuais despesas médicas, problemas como mala extraviada e voos cancelados e até coisas mais sérias como uma eventual internação.
Para selecionar o melhor seguro viagem para a África do Sul, nós recomendamos a Seguros Promo, um comparador de seguros que busca os melhores custos x benefícios do mercado e te ajuda a escolher o seguro certo para a sua viagem.
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Como ter internet no celular?
Antes de embarcar para a África do Sul, pesquisei muito sobre qual era o esquema mais vantajoso para permanecer conectada durante a viagem: sair com um chip de dados já do Brasil ou comprar um chip local na África. A segunda opção tem duas principais vantagens: o valor mais baixo e a cobertura maior.
Optamos por um chip da Vodacom e valeu muito a pena. Assim que chegamos no Aeroporto de Joanesburgo, nos dirigimos a loja da Vodacom (operadora local) que fica no andar térreo, próximo a saída, e compramos o chip. Escolhemos a opção de 5G válidos por três semanas (o suficiente para nós) cujo o valor era R680, cerca de R$180. Ainda tivemos o custo do chip, de R105 (por volta de R$20). O valor foi muito inferior aos chips internacionais vendidos no Brasil.
A cobertura foi excelente e ficamos conectados até mesmo no Safári em Pilanesberg. Utilizamos o chip no meu celular e com a internet roteada o tempo todo para o Bruno conseguir usar também. Foram muitas horas de Waze e Instagram – o plano contratado foi um acerto em cheio. Ele acabou no nosso último dia de viagem. Existem opções menores e maiores, tá?
Vale a pena alugar carro?
Muito. África do Sul é uma país excelente para viajar de carro, especialmente para quem pensa em percorrer a Garden Route.
Assim que pisamos em Joanesburgo, fomos buscar um carro que já havíamos reservado online na RentCars. Fazer o trajeto Joanesburgo – Pilanesberg de carro alugado é mais barato do que contratar um transfer entre o Safari e o aeroporto. E claro, o carro nos deu liberdade de fazer algumas paradas no caminho!
Fizemos o trajeto Joanesburgo – Cape Town de avião, e como faríamos muitos passeios com agências, decidimos não alugar carro e nos virar com uber – e digo que foi ótimo! Em Cape Town, o aplicativo funciona muito bem, o preço é bom e a frota é bem servida. Todas as vezes que usamos (e foram muitas) o carro chegou bem rápido e os motoristas eram super simpáticos.
No nosso último dia na cidade, alugamos outro carro novamente, dessa vez para seguir viagem pela Garden Route e esticar o passeio até Port Elizabeth. O carro foi essencial.
Ilhas Maurício
Em Maurício, não alugamos carro – mas pode ser uma boa opção para quem tem mais tempo, ou quer explorar a ilha por conta própria. Nós optamos por usar o táxi e fazer passeios com agências, o que já inclui o transporte.
Uma ótima dica para alugar carro na África do Sul e nas Ilhas Maurício é conferir os preços do Rentcars.com, um site que compara os preços das melhores locadoras e te ajuda a escolher o melhor custo-benefício para a sua viagem. Outro diferencial da Rentcars é poder fazer o pagamento em reais, sem IOF e parcelar em até 12 vezes sem juros. Escolha uma locadora conhecida para garantir a qualidade do carro, e se for a sua primeira vez dirigindo na mão inglesa, aposte em um carro automático!
Como é dirigir na África do Sul?
Atente-se que lá tudo é na mão inglesa: o motorista do carro dirige do lado direito e também na pista da esquerda. Dá para pegar fácil, o problema mesmo são os cruzamentos (que até agora não entendemos o esquema) e aí basta ficar muito atento.
Precisa da PID para alugar carro na África do sul?
Os documentos exigidos para alugar um carro são: carteira de motorista válida, cartão de crédito e, teoricamente, a PID (Permissão Internacional para Dirigir). Nós tivemos bastante dificuldade de encontrar uma informação oficial para entender se a PID era necessária ou não. Em alguns lugares, li que não era preciso para viagens curtas, mas no site da Embaixada do Brasil em Pretória diz que é, então preferimos não arriscar e providenciamos. No fim, em nenhum lugar foi pedido a PID, mas preferimos evitar a dor de cabeça.
Nossa viagem as Ilhas Maurício e África do sul
Foram 21 dias de viagem divididos em 4 partes (cada uma dessas partes ganhou posts específicos e bem detalhados):
Dividimos nossa viagem em 4 partes:
- Safári em Pilanesberg National Park: 3 dias
- Roteiro de 5 dias em Cape Town
- Roteiro de 5 dias Garden Route
- Roteiro de 4 dias nas ilhas Maurício
Em seguida, mostro junção dessas 4 partes em um roteiro completo de 21 dias pelas Ilhas Maurício e Cape Town.
Roteiro de 21 dias na África do Sul e Ilhas Maurício no mapa
Roteiro Resumido:
- Dia 1: Chegada em Joanesburgo e ida para o Pilanesberg
- Dias 2-3: Safári no Parque Nacional de Pilanesberg
- Dia 4: Ukutula Lodge & Conservation Center + ida para Cape Town
- Dia 5: Cape Town: Long Street + Bo-Kaap
- Dia 6: Vinícolas de Stellenbosch e Franschhoek + pôr do sol no Signal Hill
- Dia 7: Tour pela península de Cape Town
- Dia 8: Table Mountain + Oranjezicht City Farm
- Dia 9: Robben Island + Greenmarket
- Dia 10: Garden Route – Hermanus + Cape Agulhas
- Dia 11: Garden Route – Mossel Bay
- Dia 12: Garden Route – Knsyna
- Dia 13: Garden Route – Plettenberg Bay
- Dia 14: Garden Route – Port Elizabeth
- Dia 15: Ida para as ilhas Maurício
- Dia 16: Ilhas Maurício – Nadar com golfinhos + Le Morne
- Dia 17: Ilhas Maurício – Passeio pela região sul da ilha
- Dia 18: Ilhas Maurício – Saída de Le Morne para Belle Mare
- Dia 19: Ilhas Mauricio – Belle Mare + atividades do hotel
- Dia 20: Chegada em Joanesburgo + Museu do Apartheid
- Dia 21: Volta ao Brasil
Roteiro de 21 dias na África do Sul e Ilhas Maurício em detalhes
Dia 1: Chegada em Joanesburgo e ida para Pilasnesberg
O Parque Nacional Pilanesberg é o quarto maior parque da África do Sul e foi o escolhido para o nosso safári, principalmente, por ficar relativamente próximo de Joanesburgo e por se encaixar direitinho no nosso roteiro. Chegamos por lá e alugamos um carro diretamente no aeroporto. Dirigimos por cerca de três horas até chegar no Pilanesberg.
Ficamos hospedados no Shepherd’s Tree Game Lodge, um hotel localizado dentro do parque. O valor da diária incluía todas as refeições e dois safari games por dia. Nossa rotina era acordar bem cedinho para o safári matinal, que durava cerca de 3h, e ao entardecer, próximo das 16h, saíamos para o segundo game do dia.
Chegamos a tempo de fazer o segundo sáfari do dia e foi incrível. De cara, já vimos muitas zebras, elefantes, gnus e muito mais.
Dia 2 e 3: Safári no Parque Nacional de Pilanesberg
Ficamos por ali por mais dois dias. Chegamos em um domingo pela manhã e fomos embora quarta-feira logo depois do safári matinal. No total, fizemos seis games e avistamos três dos big five. Em um saldo geral, eu achei a experiência ótima!
Leia o relato completo do safári em Pilanesberg. Lá, explicamos as principais diferenças entre reservas privadas e nacionais, melhores épocas do ano para ver os animais, estilos diferentes de hospedagens e todos os detalhes da nossa experiência.
Dia 4: Saída do Parque Nacional de Pilanesberg + parada Ukutula Lodge & Conservation Center + chegada em Cape Town
Pegamos a estrada de volta a Joanesburgo, onde embarcaríamos no final do dia para Cape Town.
No caminho, resolvemos parar no Ukutula Lodge & Conservation Center – um centro de pesquisa de vida selvagem e conservação de predadores. Você pode tanto se hospedar quanto fazer um tour guiado para conhecer o Centro. Nós fizemos apenas o tour que acontece diariamente das 10h às 14h e custa R680 por pessoa (cerca de R$180). Tenho um pouco de pé atrás em relação a esse tipo de turismo que envolva animais, então a minha primeira impressão não foi muito positiva.
Eles iniciam o tour mostrando alguns felinos e depois os guepardos. A guia entra no espaço dele, joga um pedaço de carne e ele se alimenta. As pessoas podem tocar e tirar fotos, se quiserem. Estávamos um pouco “assustados” (não por medo) e não tiramos fotos e nem tocamos os animais. Durante toda essa primeira ala, ela atribuía a manutenção dos animais ali (inclusive tigres – não nativos) à conscientização e educação humana.
Após isso, nos levou à área onde eles mantém os filhotes (até 5 meses). O contato, com alguns avisos, era liberado. Ficamos mais tranquilos sabendo que aquilo só acontecia duas vezes ao dia, com um número reduzido de pessoas (o nosso tour tinha 5 pessoas e ela garantiu que a média é ainda menor), evitando o estresse dos filhotes.
Depois disso, nos levou às instalações do centro de conservação e, a partir daí, nossa percepção mudou muito. Deu para perceber que é um trabalho muito sério. É uma parceria da Universidade de Britts com a Universidade de Hamburgo. Eles foram os primeiros no mundo que tiveram sucesso com fertilização in vitro de leões. Já são 7 nascidos ali via inseminação artificial. Eles fazem congelamento de material genético pensando que esses animais podem desaparecer na natureza em poucas décadas. Estão iniciando ainda o estudos com guepardos e o próximo da lista são os tigres de bengala que, embora não sejam nativos, são os felinos que mais correm risco de extinção na natureza.
Terminaram mostrando os leões que eles mantêm lá. Ficamos mais “leves” e até nos soltamos um pouco mais nesse último trecho. A percepção é outra após entender e, principalmente, ver o trabalho e a estrutura que possuem. O quanto eles realmente se importam com a perenidade da espécie. Em um saldo geral, gostei. Acho que manter animais em cativeiro nunca é legal, mas existindo um propósito muito maior por trás disso me deixou mais tranquila.
Foram mais algumas horas de estrada até chegarmos em Joanesburgo e, então, esperamos o horário do nosso voo para Cape Town no próprio aeroporto. Chegamos na Cidade do Cabo por volta das 23h, então apenas pegamos um uber até nossa hospedagem.
Dia 5: Cape Town: Long Street + Bo-Kaap
Em Cape Town, ficamos em um apartamento próximo ao V&A Waterfront, uma área turística lindinha, e muito bem servida com mercado, farmácia, casa de câmbio e muitas opções de restaurantes. Adoramos a localização.
O apartamento SleepSweet Granger era espaçoso, com divisão de quarto, sala, cozinha e banheiro, e tinha bons utensílios na cozinha. Ele ficava exatamente em frente ao Estádio da Cidade do Cabo e a alguns minutos do V&A Waterfront. Gostamos muito da localização e, principalmente da comodidade do apartamento. Ele tinha máquina de lavar e secadora o que foi extremamente útil já que estávamos na metade da viagem.
No nosso primeiro dia em Cape Town, fomos conhecer a famosa Long Street – fica no centro da cidade e tem muitas opções de bares e restaurantes. Aproveitamos que estávamos próximos e fizemos um tour guiado pelos City Sightseeing de Cape Town até o bairro de Bo-Kaap, aquele das casas coloridinhas, sabe?
Terminamos o dia no Victoria & Alfred Waterfront com um jantar no City Grill Steakhouse (Shop 155, Victoria Wharf Shopping Centre) e foi uma delícia. A carne é super macia e o preço em conta!
Dia 6: Vinícolas de Stellenbosch e Franschhoek + pôr do sol no Signal Hill
Com a mesma agência do dia anterior, fomos conhecer as vinícolas. Dica boa: comprando o ticket online e pelo site da Get Your Guide, você economiza uns 150 Rands no valor total do ingresso.
Franschhoek & Stellenbosch com degustação de vinhos
- Como: com a City Sightseeing
- Quando: segundas, quartas e sextas
- Que horas: saída às 09h do ponto da City Sightseeing no V&A Waterfront
- Duração: 08h
- Valor: R600 por pessoa (cerca de R$165) | Compre seu tour online e pague R 460.
A primeira parada foi na Backsberg Estate Cellars (Klapmuts – Simondium Rd, Paarl, 7625), na região de Stellenbosch. O passeio contava com um tour guiado pela vinícola e depois uma pequena degustação de três tipos de vinhos, todos bem gostosos (e baratos, viu?).
Seguimos para a cidade de Franschhoek, onde tivemos tempo para almoçar. A cidade é bem pequena e uma graça – repleta de restaurantes e cafés charmosos. Depois, seguimos para a Vergenoegd Löw Wine Estate (Baden Powell Dr, Faure, Stellenbosch), a segunda vinícola do dia e, por lá, a degustação foi com queijo, deixando os vinhos ainda mais saborosos.
Chegamos em Cape Town e corremos para ver o pôr do sol no Signal Hill. Do topo da montanha, você tem uma belíssima vista da cidade. Vale muito a pena um final de tarde lá – se der tempo, leve alguns petiscos e um bom vinho para apreciar o momento. No frio, não esqueça de mais agasalhos ainda – lá venta que uma beleza!
Dia 7: Tour pela península de Cape Town
Para conhecer os principais pontos turísticos de Cape Town, escolhemos fazer o passeio com uma agência privada – e que ótima escolha! O preço é um pouco mais salgado que o oferecido pelo famoso onibus vermelho, por exemplo, mas a comodidade e o conforto valem a pena (nossa van tinha até wi-fi)!
The Peninsula (full day tour)
- Como: com a agência African Eagle
- Que horas: eles buscam você no seu hotel às 08h
- Duração: 10h
- Valor: R1040 por pessoa (cerca de R$280)
A primeira parada foi no Hout Bay – uma baía com alguns restaurantes e lojinhas. É de lá que saem os barcos para a Seal Island (ilha das focas) – um passeio que dura cerca de uma hora para observar centenas de focas em cima de uma pequena ilha.
Seguimos viagem pela Chapman’s Peak Drive – uma das estradas mais lindas do mundo (mesmo)! O caminho por depende de boas condições meteorológicas. São 9km e 114 curvas com diversas opções de mirantes pela sua extensão. O ponto alto do caminho são as curvas rentes aos paredões rochosos. Dá bastante frio na barriga, mas o visual é surreal!
Chegamos, então, a Península do Cabo. Seguimos direto para o Cape Point, onde encontramos um farol e uma bela paisagem. Para chegar lá, é necessário encarar uma subida curta, porém íngreme, ou desembolsar R80 por pessoa para subir de funicular. Nós escolhemos essa opção! A vista é realmente linda, dali podíamos observar o Cabo da Boa onde jajá chegaríamos.
Cabo da Boa Esperança
O cenário é incrível: ondas quebrando fortemente nos paredões rochosos e muito (mas muito mesmo) vento! Nos aventuramos (e enfrentamos o frio) a andar sobre as pedras para conseguirmos boas fotos e depois esperamos um pouquinho na fila para registrar o momento com a famosa placa.
A próxima parada foi a Boulders Beach – a praia dos pinguins é um dos maiores pontos turísticos de Cape Town. Lá, é possível andar sobre um longo caminho que fica acima da praia, onde estão os pinguins. Para entrar lá, há uma taxa de R150 por pessoa (essa não estava inclusa no nosso passeio).
Saindo da Boulders Beach seguimos para o Jardim Botânico Kirstenbosch e fizemos uma pequena parada em um mirante da estrada para avistar a praia de Muizenberg.
O Jardim Botânico de Cape Town, o Kirstenbosch (Rhodes Dr, Newlands, Cape Town, 7735), é bem grande e dá para percorrer muitos caminhos. Nós escolhemos o mais simples – e também mais conhecido: o “Centenary Tree Canopy Walkway” – uma passarela suspensa em meio à copa das árvores. É incrível!
Dia 8: Table Mountain + Oranjezicht City Farm
O grande truque quando estiver em Cape Town é manter o roteiro bem flexível. Assim, quando acordar e perceber que o céu está limpo, corra para a Table Mountain. Foi o que fizemos neste dia! Em duas nublados, o Cableway é fechado. Falando nele, para utilizá-lo – que é uma espécie de teleférico – o valor é, em média, R330 isso das 08h às 12h. Na parte da tarde, depois das 13h, o valor é R290. Vale checar as condições aqui.
A Table Mountain fica a 1086m acima do nível do mar e é o símbolo de Cape Town. Se você tiver o espírito aventureiro, dá para chegar ao pico de trilha (a mais curta leva em média três horas). No topo, o planalto se estende por aproximadamente 3km e a vista é de tirar o fôlego! Vale fazer um piquenique e tirar belas fotos de todos os cantinhos possíveis.
Da Table Moutain, dá para ir até a praia de Camps Bay, uma região mega badalada de Cape Town (os terrenos mais caros da África do Sul estão ali) e um cantinho delicioso para passear e fotografar! É de lá que você consegue um belo registro dos Doze Apóstolos.
Outra opção legal também é o mercado Oranjezicht City Farm (Granger Bay Blvd, V & A Waterfront, Cape Town, 8051). Ele fica próximo ao Waterfront e acontece aos sábados, das 09h às 14h, e aos domingos, das 09h às 15h. O espaço tem uma diversidade gigante de produtos (doces, salgados, roupas, jóias, essências, sucos, drinks e comidinhas orgânicas) e é mais frequentado pelos locais do que pelos turistas. Eu achei a feira uma graça e ainda não tinha lido nada sobre ela. Adoramos passar a tarde lá!
Dia 9: Robben Island + Greenmarket
Último dia em Cape Town e fomos conhecer a Robben Island. A ilha foi uma prisão de segurança máxima durante o Apartheid – regime de segregação racial na África do Sul que durou de 1948 até 1994.
O ingresso é um pouco salgado, R360 por pessoa (quase R$100), mas vale a experiência. Pegamos o tour das 09h e voltamos ao 12h. Mas, vale ressaltar que aqui é necessário comprar o ingresso antecipado. Chegando lá, o passeio se divide em duas partes: city tour pela ilha e tour guiado dentro da prisão. A maioria das pessoas que trabalham lá tem alguma ligação com o apartheid. O pai da guia que fez o nosso tour pela ilha havia ficado preso ali e, depois, fomos guiados por um ex-detento dentro do prisão. Chega de spoiler! Apenas digo que tem que ir!
De volta à Cape Town, decidimos ir ao centro para comprar algumas lembranças no mercado de pulgas da cidade, o Greenmarket. Lá é um ótimo lugar para você pechinchar até não poder mais. Eu não gosto muito de ficar negociando com os vendedores insistentes e acabei saindo de mãos vazias.
Quer ter ainda mais detalhes sobre nossa passagem por Cape Town e sobre todos os pontos turísticos mencionados aqui – além de ótimas opções para hospedagem?
Dia 10: Hermanus + Cape Agulhas
Saímos de Cape Town bem cedinho e seguimos por 1h40 até Hermanus. A cidade é famosa pela observação de baleias entre os meses de junho e novembro. Se estiver passando por lá nesse período, não deixe de fazer o passeio de barco para avistar baleias.
Fomos em maio, então optamos pelo Cliff Path Walk, uma trilha bem asfaltada que percorre 12 km do litoral de Hermanus. É um caminho tranquilo que rende ótimas fotos.
Seguimos viagem com destino, agora, à Cape Agulhas – cidade no ponto mais austral do continente africano. Chegamos e, então, já fomos direto conhecer o farol que possui uma torre de 27 metros de altura. Por lá, você encontra também uma longa passarela de madeira beirando o mar. Caminhe até chegar na placa “você agora está no ponto mais ao sul do continente africano”.
Também é ali que, segundo a Organização Hidrográfica Internacional, ocorre o encontro entre os oceanos Índico e Atlântico. Uma bela parada para fotos (e quase sempre vazia)!
Para passar a noite em Cape Agulhas, escolhemos a Villa Cape Agulhas, um apartamento de frente para o oceano e bem próximo das atrações acima (fizemos tudo a pé). O destaque dele fica para a hidromassagem de frente para o hotel. Mesmo no frio, vale entrar e registrar o momento!
Dia 11: Mossel Bay (Point of Human Origins)
Conhecida por belas praias, a cidade também é muito famosa pelo mergulho com tubarão branco (o Bruno se aventuraria nisso no dia seguinte). Reservamos a parte da tarde para conhecer o Point of Human Origins, um tour até uma caverna que desde 1997 é um ponto de estudo arqueológico muito importante para entender o nosso passado.
Point of Human Origins
- Como: com a Human Origin
- Quando: é necessário agendar previamente (Whatsapp: +27 79 640 0004)
- Duração: 1h30
- Valor: R350 por pessoa (cerca de R$90) caso o tour seja apenas em dupla, quanto mais pessoas, mais barato fica.
Dentro da caverna, a vista é impressionante! Parece cenário de filme – mesmo. Dali, vimos uma família de golfinhos nadando pelo mar – foi a primeira vez na viagem que avistamos golfinhos e fiquei super emocionada. Não sabíamos deste passeio até chegar em Mossel Bay e, no fim das contas, foi um dos momentos que mais gostamos. Encare os muitos degraus e inclua na sua viagem!
Nossa pousada em Mossel Bay
Em Mossel Bay, escolhemos a pousada Le Port Guesthouse para passar a noite. O quarto que ficamos era bem pequeno, mas o valor da diária um dos mais baratos. Um belo custo-benefício, ainda mais com o ótimo café da manhã servido individualmente com vitsta para o oceano.
Tiramos esse dia para descansar um pouco (afinal, foram muitas escadas) e tomar fôlego para o restante da viagem.
Dia 12: Knsyna (Shark Dive + Knysna Elephant Park)
O Bruno fez o mergulho com tubarão branco nesta manhã. Eu preferi ficar esperando no hotel mesmo (risos nervosos). Embora os tours mais famosos partam de Cape Town, a melhor região para essa aventura é Mossel Bay, já que as águas apresentam boa temperatura durante todo o ano.
Ele contou que, ao todo, ficou 25 minutos na gaiola e os tubarões passaram por ali pertinho umas cinco ou seis vezes – vale dizer que a visibilidade não é das melhores. Depois, o grupo volta ao barco e dá a chance para outras pessoas terem essa experiência surreal! No total, são uns 5 grupos. O Bruno adorou, diz que foi um dos melhores momentos de toda a viagem.
- Como: com a White Shark Africa
- Quando: é necessário agendar previamente (Whatsapp: +27 82 455 2438)
- Duração: de 2h a 4h
- Valor: R2050 por pessoa (cerca de R$530)
Por volta das 13h, fomos direto para o Knysna Elephant Park, que fica um pouco depois da cidade de Knysna. O parque é reconhecido como um dos melhores ambientes não naturais para elefantes no mundo. Eles oferecem diversos tours para conhecer a história do parque, nós optamos pela excursão diária, que ocorre de meia em meia hora entre às 09h e 15h e dura cerca de 1h.
Assistimos um curto vídeo e seguimos para o campo onde ficam os elefantes. Pudemos caminhar, interagir e alimentar os animais, tudo acompanhado de um guia, claro. O valor é de R320 por pessoa (R$83), crianças entre 5 e 12 anos R160 (R$42) e menores que isso não pagam.
One on Bollard: nossa hospedagem em Knysna
Comemos um lanche rápido por lá mesmo na lanchonete do parque e “voltamos” para a cidade de Knysna. Lá, nos hospedamos na pousada One on Bollard, que fica na Leisure Island – uma espécie de braço da cidade, formando uma pequena ilha extremamente charmosa e acolhedora.
Preciso dizer que essa foi a hospedagem que eu mais gostei de toda a viagem – tanto pelo conforto quanto pela receptividade. A casa era espaçosa e o quarto, nem se fale. Se estiver de passagem por lá, não deixe de ir conhecer Diane e Rob – os melhores anfitriões que já conheci.
Dia 13: Plettenberg Bay (Robberg Nature Reserve)
Depois de um belíssimo café da manhã, com tudo orgânico e feito por eles mesmos, nos despedimos de Knysna, rumo à Plett.
Trilha na Robberg Nature Reserve
Chegamos em Robberg Nature Reserve por volta do 12h e pagamos a taxa de conservação para entrar na reserva – R50 por pessoa (R$13). Extremamente barato se pensado na beleza que o parque oferece. No início, você pode escolher qual trilha seguir: menor (2,1km), média (5,5km) ou maior (9,2km). Fomos pela média e levamos quase 4h para completá-la, com muitas paradas para fotos, é claro.
Tudo o que havíamos lido fez com que tivessemos muitas expectativas para o Tsitsikamma Park (que virá logo em seguida), mas depois de conhecer Robberg, as outras paisagens ficaram para trás. O cenário parece de mentira de tão lindo. Ah, leve bastante água e petiscos, pois não há nada para comprar dentro da reserva.
Em Plettenberg Bay, escolhemos a Dolphins’ Playground Beachfront B&B para passar a noite. O deck da pousada tem uma das vistas mais lindas: oceano com golfinhos pulando o tempo todo.
Dia 14: Port Elizabeth (Bloukrans Bridge + Tsitsikamma Park + Jeffreys Bay)
Seguimos viagem e paramos na Bloukrans Bridge, o maior bungee jump do mundo em uma ponte, com 216 metros de altura! Apenas paramos para curtir a vista, registrar fotos e admirar a coragem das pessoas. Caso você queira saltar (e desembolsar R1350 – cerca de $95), você pode fazer a reserva online na Get your Guide.
Tsitsikamma National Park
Próxima parada: o Tsitsikamma National Park. O parque é conhecido pelas suas pontes suspensas e pela ótima infra-estrutura para camping. Se tiver um dia sobrando em seu roteiro, considere passar uma noite lá. Para entrar, existe uma taxa de R235 por pessoa (R$60).
Chegamos nas pontes e, de fato, é bonito. Exercitamos a paciência e esperamos alguns minutos até conseguirmos um momento sozinhos e garantir boas fotos ali. A ponte balança bastante, mas não me deu nem frio na barriga. Pela beleza, eu preferi o Roberg Nature Reserve, mas levo em consideração que conheci uma parte muito pequena do Tsitsikamma.
Jeffreys Bay: a cidade de surf
À caminho da nossa última cidade, fizemos uma pequena parada em Jeffreys Bay, o paraíso do surf na África. Estávamos ansiosos para conhecer a cidade e, no final, nos decepcionamos. Era um sábado e não sabíamos como tudo fechava tão cedo. Fomos direto ao Village Surf (1, JBay Surf Village, 4 Da Gama Rd, Jeffreys Bay) e mal deu tempo de comer um wrap. Fomos embora sem nem sequer um imã do famoso local. Bem frustrante.
Port Elizabeth
Port Elizabeth é uma cidade bem maior e diferente de todas que paramos antes (mais parecida com Cape Town). Nos hospedamos na Pousada On the Bay, em uma região bem gostosa e a poucos passos da King’s Beach. Nossa passagem por lá foi estratégica: arrumar as malas e pegar o voo de volta à Joanesburgo.
Fomos ver o pôr do sol no Shark Rock Pier e foi uma ótima escolha. Compramos os últimos souvernirs que faltavam e descansamos para a última parte da viagem.
Se preferir, neste outro post você terá ainda mais detalhes sobre a nossa Garden Route a partir de Cape Town – com informações extras, ainda mais atrações, experiência nas hospedagens e ótimas dicas de restaurantes.
Dia 15: Voo de Port Elizabeth para Joanesburgo + voo Joanesburgo para Mauritius
Este dia foi dedicado praticamente aos deslocamentos. Acordamos cedo em Port Elizabeth e embarcamos de volta à Joanesburgo. Almoçamos no aeroporto e esperamos nosso próximo voo, agora a caminho de Maurício.
Quer entender melhor como funciona o país insular do Oceano Índico? Neste post completo sobre as Ilhas Maurício explicamos quais os documentos necessários para entrar no país, que moeda levar, como se locomover pela ilha, principais atrações turísticas de Maurício (incluindo as melhores praias), quais são as principais atividades para fazer por lá e muito mais.
Dia 16: Nadar com golfinhos + curtir a praia de Le Morne
Chegamos em Maurício em um domingo à noite (de Joanesburgo até lá são cerca de 4h) e fomos direto para o Dinarobin Beachcomber Golf Resort & Spa – local da nossa primeira hospedagem (escolhemos Le Morne, principal cartão-postal da Ilha).
Nadar com Golfinhos
Para o nosso primeiro dia em Maurício já tínhamos reservado o momento mais especial e esperado por nós: nadar com golfinhos. Para isso, escolhemos a agência Dolswin, que cumpre todas as orientações de segurança para nós e para os animais. Eles também possuem selo de operadora sustentável.
Observação e nado com os golfinhos
- Como: com a Dolswin (é necessário reserva)
- Quando: todos os dias mediante reserva
- Horário: saída às 07h30h da agência (La Jetée Road, Black River, Mauritius)
- Duração: 2h30
- Valor: MUR 1.900 por pessoa (cerca de R$200)
Estávamos em 10 turistas e 2 tripulantes na lancha, bem moderna e confortável. Navegamos por uns 30 minutos até chegarmos em uma região onde, para o meu espanto, haviam muitos barcos estacionados. Dali, já podíamos avistar os golfinhos nadando em bando.
Esperamos mais uns 20 minutos até que os instrutores começaram a nos organizar. As regras eram diversas: só era permitido entrar na água duas pessoas por vez (e acompanhada de um dos tripulantes) e com o colete salva-vidas (além da nossa própria segurança, isso também protege os golfinhos pois impede que a gente afunde e encoste neles).
Pulamos e quando me dei conta estava em um dos momentos mais lindos da minha vida. Os 10 golfinhos que conseguimos ver da superfície, estavam acompanhados de mais uns 30 que ficam no fundo do mar. Eram muitos!
Bem próximo deles, nadamos tranquilamente, dava até para ouvir o barulho que eles fazem. A imagem é tão linda e surreal que você até perde a noção do tempo. Foram uns cinco minutos, mas até agora quando eu lembro sinto que eram horas e horas.
De volta à Le Morne, por volta das 11h, agora sim pudemos curtir a praia. A montanha que leva o mesmo nome da praia é o cartão postal de Maurício.
Dia 17: Passeio pela região sul da ilha
Maurício não se resume a apenas praia não, viu? No nosso segundo dia na Ilha, fomos conhecer alguns pontos da região sul. Fizemos esse tour com um guia exclusivo que nos buscou no hotel por volta das 08h30.
Tour pela região sul da Ilha
- Como: com a Belle Mare Tours (táxi privado, até 4 pessoas)
- Quando: basta reservar o melhor dia disponível para você
- Horário: saída às 08h30h
- Duração: 8h
- Valor: MUR 2.400 (cerca de R$260)
Percorremos uma hora de carro até chegarmos na primeira parada do dia, um vulcão adormecido há muitos anos e coberto por vegetação.
Trou aux Cerfs
O país tem origem vulcânica e a maior cratera do seu passado é a Trou aux Cerfs, que fica na planície central da ilha, no território de Curepipe. O vulcão está a 605m de altura e não é considerado extinto, apenas adormecido há séculos (a última erupção foi há 600 mil anos).
Grand Bassin, o Templo Hindu
Grand Bassin (também chamado de Ganga Talao) é outra cratera que recorda a origem vulcânica de Maurício. Ao contrário do vulcão acima, esse está coberta de água e tornou-se o lago mais popular do país. É considerado a região mais sagrada de Maurício para os adeptos do hinduísmo, pois acredita-se que o lago se comunica por debaixo da terra com o rio Ganges, na Índia. Por lá, diversas estátuas dos deuses hindus e templos – tudo muito colorido e alegre!
Na entrada do templo ficam as estátuas de Shiva (a segunda maior do mundo, a primeira está na Índia) e a outra de Durga – considerada a forma da esposa de Shiva, ambas com 33 metros de altura. A imagem impressiona pela beleza e, principalmente, pela riqueza de detalhes.
Vale colocar na agenda que em fevereiro e março acontece o “Maha Shivaratree”, festival hindu em homenagem à Shiva, recebendo 300 mil peregrinos que caminham descalços de suas casas até lá.
Black River Gorges National Park
Nossa terceira parada foi no Parque Nacional de Black River Gorges. O lugar é cheio de cantinhos para fazer piquenique, estradas para caminhar, longas trilhas para quem quer mais aventura e mirantes para observar a linda paisagem. Nós ficamos apenas no mirante da entrada do parque – o que rendeu ótimas fotos de macacos bem sapecas, cuidado com eles!
Lá é um ótimo local para fazer compras. Na entrada do parque ficam diversos comerciantes vendendo os souvenirs típicos de Maurício com um preço bem mais em conta do que no centro. Leve uns trocados e garanta algumas lembranças!
Chamarel (Chamarel Waterfall e 7 Coloured Earth)
Última parada do dia (ufa, bastante coisa para conhecer, né?). A aldeia de Chamarel abriga duas grandes atrações de Maurício: a maior cachoeira da ilha e a Terra das Sete Cores. Para entrar no parque, precisamos desembolsar mais MUR 250 cada um – a taxa de preservação do local que não estava inclusa no passeio (cerca de R$30).
Logo na entrada, temos a Chamarel Waterfall, com 100 metros de queda d’água. Suba as escadas à direita para ter uma vista ainda mais bonita da cachoeira.
Depois, seguimos para a Terra das Sete Cores, um lugar dentro de uma propriedade privada onde avistamos um tipo de solo raro e colorido. As cores predominantes são vermelho, marrom, verde, azul, roxo e amarelo e elas são resultado de um fenômeno geológico: a lava que um dia desceu do vulcão Trou aux Cerfs oxidou metais dando cor à terra.
Além disso, no parque você também poderá encontrar tartarugas gigantes e uma bela loja de café. Voltamos para o hotel a tempo de assistir o pôr do sol na areia de Le Morne, que privilégio!
Dia 18: Saída de Le Morne para Belle Mare
Neste dia, mudamos de hospedagem – isso porque tínhamos pouco tempo na Ilha e optamos por essa divisão afim de economizar tempo. Aproveitamos a manhã para curtir os últimos momentos no hotel Dinarobin.
Fizemos o check-out, aguardamos nosso táxi e fomos para Belle Mare, onde ficaríamos no The Residence Mauritius.
Chegando lá, descansamos um horinha no quarto (pode não parecer, mas piscina e praia cansa bastante, hein?) e fomos curtir a jacuzzi do hotel.
Dia 19: Curtir a praia de Belle Mare + atividades do hotel
Praticamente todos os resorts de Maurício oferecem muitas opções de atividade aquáticas inclusas no valor da diária e, então, escolhemos aproveitar isso no nosso último dia. O The Residence Mauritius (confira preços e reserve aqui) era assim também, então aproveitamos nosso dia em Maurício para curtir tudo o que tínhamos direito.
Parasailing: aventura e vistas maravilhosas
Decidimos sermos radicais e fizemos parasailing. Essa atividade não era inclusa pois não era o hotel que oferecia, mas ficava bem próximo e arriscamos. Foi demais! Eu, que morro de medo de altura, não me arrependo em nada! Estávamos presos a uma asa parecida com um para-quedas e fomos “rebocados” por uma lancha.
Aquilo subiu e muito, mas a vista uma das mais surreais de toda a viagem. Sente só os muitos nuances de azuis do mar. O valor para a aventura é de MUR 2.000 para nós dois, cerca de R$ 220, ficamos uns sete, oito minutos “no ar”.
Fizemos um lanche rápido no hotel e seguimos para continuarmos nossas atividades aquáticas. Arriscamos o Stand Up Paddle, mas eu descobri que sou um fracasso nisso, e depois fomos para o snorkelling – onde tivemos uma das maiores visibilidades de todo o mundo.
Muitos peixes diferentes, cardumes de pequenos peixinhos e corais hiper coloridos. Foi muito mágico terminar a viagem dessa forma. Nosso voo de volta à Joanesburgo era no dia seguinte bem cedo.
Dia 20: Chegada em Joanesburgo + Museu do Apartheid
Chegamos em Joanesburgo por volta do 12h e fomos direto para o hotel The Capital on Bath. Ainda não era o horário correto do check in, mas eles deixaram guardarmos nossas malas para seguir em um rápido passeio. Como tínhamos apenas um dia na cidade, escolhemos conhecer o Museu do Apartheid. Caso você tenha mais tempo, vale investir em um tour que passe pelo Museu e pelo famoso bairro de Soweto também. No Get Your Guide, você consegue comprar ingressos antecipados.
Museu do Apartheid (Northern Park Way and Gold Reef Rd, Johannesburg)
- De domingo à segunda-feira: 09h às 17h
- Adultos: R100
- Crianças, estudantes e idosos: R85
O passeio é bem bacana e o Museu é gigante. Vale dedicar, no mínimo, umas quatro horas dentro dele. Além das exposições fixas, como a do Nelson Mandela, por exemplo, existem algumas esporádicas que vale conhecer.
Na entrada, você recebe um mapa com identificações e localizações específicas – o museu segue uma ordem cronológica. Confesso que em algumas partes o clima é pesado, mas não podemos ignorar o que aconteceu lá, não é mesmo?
Voltamos para o hotel, descansamos e organizamos as malas. Afinal, teríamos um voo longo na manhã seguinte. Para encerrar a viagem, decidimos jantar no The Grillhouse Rosebank (1, The Firs, Hyatt Centre, Oxford Road & Biermann Avenue, Rosebank, Johannesburg) – o terceiro melhor restaurante da cidade.
E faz jus à colocação. Segue o clássico de bons cortes de carne e cartela de vinhos da África do Sul e fomos nesse combo clássico. Não tiramos fotos, mas acredite que estava uma delícia. Recomendo!
Dia 21: Volta ao Brasil
Acordamos, tomamos um café da manhã (não era muito farto, talvez o mais simples de toda a viagem) e seguimos para o aeroporto. Nosso voo de volta saía de lá ao 12h e chegamos em São Paulo por volta das 19h (contando com o fuso horário, são mais de 11h de trajeto, bem cansativo).
* Todos os valores citados neste texto são referentes a cotação de maio/2019;
A viagem foi uma delícia, deixou muitas saudades, mas principalmente ótimas lembranças. Ficou com alguma dúvida no roteiro? Deixe aqui nos comentários!
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Oi Malu, boa tarde
Amei seus relatos e seu roteiro! Já quero fazer exatamente o mesmo. Vc sabe estimar qual o valor médio para fazer essa viagem?
Sabe me dizer quanto foi o valor médio das passagens?
Minha rota seria — Brasília -> São Paulo -> Joanesburgo -> Ilhas Maurício -> Capetown -> São Paulo -> Brasília
Oi Paula, tudo bem? Que bom que gostou! Essa viagem realmente foi inesquecível. Olha, nós compramos todos os trechos aéreos por R$9.600 (duas pessoas com malas despachadas). Mas isso em maio de 2019, né? Depois me conta se vai rolar a viagem! Um beijo 😉
Olá !! Estou indo a Cape Town em agosto e docarei 45 dias, pensando em incluir Mauritius, depois que li seu relato me pareceu ainda mais viável !!!
Sobre passagem, vcs compraram a passagem para Mauritius aqui no Brasil ou em Joanesburgo ? Muito caro ??
Olá Juliana, tudo bem?
Compramos a passagem aqui no Brasil mesmo. Começamos a monitorar e encontramos passagens Joanesburgo > Maurício por um valor em conta e aí fomos deixamos pra frente. No final, acabamos pagando BEM mais caro do que queríamos (achamos que sempre estaria naquele valor – ato falho). A dica é colocar um alerta e assim que encontrar passagens com preço em conta, já comprar!
Depois nos conte se deu certo 😉
Beijos!
Oi Malu, vamos fazer uma viagem mais econômica para Mauritius, alugar um carro e nos hospedar em apartamentos, não em resorts. As praias públicas de lá tem estrutura de bar e restaurante, com cadeiras que dão para alugar? Ótimas dicas do seu blog!!! Beijos
Oi Francine, tudo bem? Obrigada pelo seu comentário, que bom que gostou do texto! Eu acabei visitando poucas praias, né? Apenas Bella Mare e Le Morne, essas não possuem estrutura nenhuma, apenas as que o hotel oferece aos hóspedes. Sei que as praias mais próximas a capital Port Louis possuem mais estrutura. Depois conta pra gente! Beijos
Oi Malu, top a viagem de vocês, 21 dias achei muito, teria algum lugar da viagem que daria pra diminuir os dias sem ser em Maurício? Uns 16 dias no máximo.
Oi Vinicius, tudo bem? Você pode diminuir uma noite no safári e diminuir a Garden Route – dá pra fazer em menos dias e correr um pouquinho mais. Se tiver pique, juntar um ou dois dias em um só em Cape Town também pode te ajudar. Reduzir em Maurício com certeza não vale a pena! Depois conta pra gente! Beijos!
Boa tarde! Passei minha lua de mel nas Ilhas Maurício e foi incrível. Mas por algum descuido voltei com mais de R$5.000,00 em Rupias Mauricianas e não consigo trocar em nenhuma casa de câmbio. Caso alguém que esteja indo para lá por favor entra em contato comigo que VENDO ABAIXO DA COTAÇÃO ATUAL. Posso mostrar tudo da minha viagem também. Favor me chamar no wpp 31 99183-5956.
Oi, Malu! Adorei o seu relato. Quanto vocês gastaram em média na viagem?
Oi Marina, tudo bem? Obrigada! Olha, valores dependem muito do seu estilo de viagem. A África do Sul é barata, hospedagens e ótimos restaurantes com preços bem justos. Por lá, comemos do bom e do melhor – mas dá para atingir todos os bolsos, mesmo. Em Maurício já é mais restrito, os resorts são bem salgados e você fica bem preso à eles se não estiver de carro. Para economizar por lá, alugue um carro, hospede-se em uma região mediana e faça refeições nos centrinhos. Aí rola um valor legal! A gente exagerou no luxo e, no final, gastamos em 4 dias em Maurício o mesmo que 17 na África do Sul, rs. Mas dá pra ser diferente, claro! Beijos 😉