Roteiro de 5 dias na Garden Route a partir de Cape Town
Roteiro de 5 dias na Garden Route a partir de Cape Town. Um roteiro completo para você desvendar o melhor da Garden Route (ou Rota do Jardim) em um trajeto que vai bem além da rota oficial: percorremos mais de 850 Km e fizemos o trajeto Cape Town – Port Elizabeth.
Neste post completo, você encontrará nosso mapa da Garden Route, dicas de onde parar, melhores passeios e onde pernoitar na rota mais cênica da África do sul. Pronto para se apaixonar?
Resumo: Roteiro GARDEN ROUTE EM 5 dias
- Dia 1: Hermanus + Cape Agulhas (Cliff Path + Southernmost Tip of Africa)
- Dia 2: Mossel Bay (Point of Human Origins)
- Dia 3: Knsyna (Shark Dive + Knysna Elephant Park)
- Dia 4: Plettenberg Bay (Robberg Nature Reserve)
- Dia 5: Port Elizabeth (Bloukrans Bridge + Tsitsikamma Park + Jeffreys Bay)
Planejando sua viagem para a Garden Route
Entendendo a Garden Route
A Garden Route é um percurso de 300 Km na África do Sul que vai – oficialmente – de Mossel Bay a Storms Rivers, mas você pode e deve incluir muitas outras paradas pela região.
Você pode começar este roteiro de 5 dias na Garden Route a partir de Cape Town (que foi o nosso caso) ou de Port Elizabeth, tudo depende do seu roteiro.
A melhor forma de fazer a Garden Route é alugar um carro em Cape Town e cair na estrada. Retiramos o carro no Aeroporto de Cape Town e devolvemos no Aeroporto de Port Elizabeth, nosso destino final da Garden Route. Foi um esquema bem legal que eu recomendo bastante!
Uma boa dica para alugar carro na África do Sul é conferir os preços do Rentcars.com, um site que compara os preços das melhores locadoras e te ajuda a escolher o melhor custo-benefício para a sua viagem (eu sempre escolho uma locadora conhecida para garantir a qualidade do carro). Outro diferencial da Rentcars é poder fazer o pagamento em Reais, sem IOF e parcelar em até 12 vezes sem juros.
Dá para fazer o roteiro da Garden Route em 3 ou 4 dias?
Se você tem apenas 3 ou 4 dias para fazer a Garden Route minha dica é fazer um trecho mais enxuto. Sabe aquela velha história do menos, porém melhor? Em viagens de carro com tempo limitado minha dica é diminuir o roteiro para curtir intensamente todas as paradas. E vale a pena viu?!
Se você só tem 3 dias para fazer o roteiro pela Garden Route:
Se o seu tempo é bem mais curto, considere se hospedar em Knysna e encaixar mais atrações no mesmo dia. De lá, é possível fazer um bate-volta para Mossel Bay e conhecer o Knysna Elephant Park seguindo um único trajeto. Depois, encare o Knysna Heads e o Robberg Nature Reserve e, no último dia, o Tsitsikamma. Ah, a última parada em Port Elizabeth é totalmente dispensável. Dependendo do seu horário de voo dá para sair direto de Plett. Será corrido, mas valerá a pena!
Se você tem 4 dias para fazer o roteiro pela Garden Route:
Eu pularia Hermanus e Cape Agulhas, indo direto para Mossel Bay. De resto, é só seguir o nosso roteiro daqui. Caso você queira muito passar pelo ponto mais austral do continente africano, saia bem cedinho de viagem e faça uma pequena parada lá antes de chegar em Mossel Bay. Terá que encarar mais tempo dirigindo, mas é possível de se fazer!
Vale a pena dedicar 7 dias a Garden Route?
Eu considerei cinco dias o tempo ideal para a Garden Route – fizemos tudo com calma e sem pressa. Se tivesse mais tempo, eu encaixaria uma ou duas diárias dentro do Tsitsikamma (lá, existem chalés a beira-mar que pareciam ser uma graça, me deixou com vontade) e uma diária em Jeffreys Bay para conseguir aproveitar a praia e sentir mais o clima do surf da região.
Como é dirigir na África do Sul?
Como disse, a melhor opção para se fazer a Garden Route (e aproveitá-la ao máximo) é alugando um carro. Por lá, tudo é na mão inglesa, ou seja, o motorista do carro dirige do lado direito e também na pista da esquerda. Pode parecer confuso, mas o Bruno pegou o jeito rapidinho e foi super tranquilo!
Precisa da PID para alugar carro na África do sul?
Para alugar um carro na África do Sul você precisa de uma carteira de motorista válida, cartão de crédito para pagamento caução e, teoricamente, a PID (Permissão Internacional para Dirigir). Aqui, a informação é um pouco confusa, li bastante que se você for passar menos de 30 dias por lá ela não é necessária, mas no site da Embaixada do Brasil em Pretória diz que é, então preferimos não arriscar. Em toda a nossa passagem pelo país não nos foi pedido em nenhum momento (nem para a locação dos carros e nem na estrada), mas estávamos com ela – que nada mais é do que a CNH traduzida para o inglês. Melhor evitar a dor de cabeça, né?
Caso você ainda não tenha a PID, basta solicitar pela internet mesmo ao departamento de trânsito do seu estado. Em São Paulo, a taxa é de R$291 e, depois de cinco dias úteis, recebi o documento em casa.
África do Sul além da Garden Route
Fizemos uma viagem de 21 dias pela África do Sul + Ilhas Maurício. Alguns dos destaques da nossa viagem foram:
- Safári em Pilanesberg National Park
- 5 Dias em Cape Town
- Garden Route (o assunto deste post)
- 4 dias nas ilhas Maurício.
Onde se hospedar na Garden Route?
Nosso roteiro foi mais extenso que o trecho oficial da Garden Route. No total, foram 850 Km rodados e, para não ficar tão cansativo, nos organizamos para não ficarmos nenhum dia mais de 3 horas dirigindo. Nossas pernoites foram as cidades de Cape Agulhas, Mossel Bay, Knysna, Pletternberg Bay e Port Elizabeth. São as maiores cidades do trecho e com as melhores estruturas de hospedagens e atrações (exceto Cape Agulhas). Passamos uma noite em cada uma delas.
Nossas escolhas de hospedagem:
- Cape Agulhas: Villa Cape Agulhas
- Mossel Bay: Le Port Guesthouse
- Knysna: One on Bollard
- Pletternberg Bay: Dolphins’ Playground Beachfront B&B
- Port Elizabeth: On the Bay
Knysna: Uma base certeira para quem quer pingar em menos lugares
Se você não for o tipo de pessoa que gosta de um roteiro pinga-pinga, tenho uma dica. Depois da viagem, percebemos que o ponto “central” da Garden Route é Knysna. De lá, você consegue chegar nos principais pontos turísticos da rota – fora que a cidade é muito charmosa. Talvez eu teria ficado apenas uma noite em Cape Agulhas e depois me hospedado direto em Knysna e, de lá, teria feito pequenas viagens todos os dias até as atrações.
Precisa de seguro viagem?
O seguro viagem é indispensável e fácil fácil de ser contratado pela internet. Apesar dele não ser obrigatório na África do Sul, ele é extremamente importante para evitar dor de cabeça: de dor de dente a voo cancelado. Não dá para contar com a sorte, né?
Aqui, usamos e recomendamos a Seguros Promo. Um comparados de preços inteligente que busca as melhores opções do mercado para encontrar o melhor custo x benefício para a sua viagem.
Clique aqui para fazer sua cotação inserindo nosso código IDEIASNAMALA5. Com ele, você ganha até 10% de desconto na compra do seu seguro viagem.
Roteiro de 5 dias na Garden Route no mapa
Veja este roteiro de 5 dias na Garden Route sinalizado no mapa.
Roteiro detalhado: Roteiro Garden Route em 5 dias
Dia 1: Hermanus + Cape Agulhas (Cliff Path + Southernmost Tip of Africa)
Hermanus: Passeio para avistar baleias e caminhada pelo Cliff Past
Saímos de Cape Town bem cedinho, por volta das 07h. Seguimos por 1h40 até Hermanus, cidade famosa pela observação de baleias entre os meses de junho e novembro. Se estiver passando por lá nesse período, não deixe de fazer o passeio de barco para avistar baleias. Ver baleias no oceano é uma experiência mágica e os passeios para ver baleias em Hermanus são muito bem avaliados e econômicos se comparados com outras cidades do mundo. A experiência leva em torno de 2 horas e além de baleias, há grandes chances de você também avistar focas e golfinhos.
Como não estávamos na temporada de baleias, optamos pelo Cliff Path Walk, uma trilha bem asfaltada que percorre 12 km do litoral de Hermanus.
O ponto de início da Cliff Path é no porto de Hermanus (totalmente à direita). A partir dali, a trilha segue pela costa e vai até o estuário na foz do rio Klein, no leste. O visual é muito bonito e durante a temporada das baleias, você pode dar sorte de avistá-las da trilha (quem investiu em um binóculo para o Safári, vale levar para a trilha porque ajuda bem na hora de ver as baleias)!
Alguns bancos são espalhados pela trilha em pontos estratégicos, como se fossem mirantes. Não deixe de sentar por uns cinco minutinhos neles para curtir o momento. Foi uma delícia!
Almoço no EAT e giro rápido pelo centrinho
Nós fizemos um trajeto mais curto, caminhamos por cerca de uma hora e voltamos (afinal, a estrada ainda era longa). A cidade me pareceu uma graça e com uma ótima estrutura de hotéis e restaurantes. Nós almoçamos no EAT! (Section 4 – 6, Hemel & Aarde Village Hermanus, Western Cape) e foi uma delícia, recomendo! Optei pelo risoto de frutos do mar e foi uma escolha certeira!
Farol de Cape agulhas
Seguimos viagem com destino, agora, à Cape Agulhas – cidade no ponto mais austral do continente africano (não, não é o Cabo da Boa Esperança, viu?). Foram mais 1h30 até chegarmos lá e, então, já fomos direto conhecer o farol que possui uma torre de 27 metros de altura. Foi ele um dos primeiros faróis a ser construído na África do Sul.
Seguindo o farol, você encontrará uma longa passarela de madeira beirando o mar. Caminhe por lá até chegar na placa “você agora está no ponto mais ao sul do continente africano”. Também é ali que, segundo a Organização Hidrográfica Internacional, ocorre o encontro oficial entre os oceanos Índico e Atlântico. Uma bela parada para fotos – e não se preocupe, costuma estar sempre vazio.
A verdade é que Cape Agulhas não tem muito (ou melhor, nada) a se fazer além disso. Até por isso, pouquíssimos turistas vão até lá. Mas eu adorei ver o encontro dos oceanos, a natureza intocável e a charmosa e pequenina cidade. Depois de um longo trajeto de carro, a melhor decisão foi pernoitar ali mesmo.
Nosso apê em Cape Agulhas
Para isso, escolhemos a Villa Cape Agulhas, um apartamento de frente para o oceano e bem próximo das atrações acima (fizemos tudo a pé). O quarto era bem espaçoso e tinha uma cozinha completa caso ficássemos mais dias. O banheiro também era incrível, tudo com muito bom gosto. O ponto alto fica na cordialidade de Alta, a anfitriã do espaço, com quem ficamos horas conversando, e a hidromassagem de frente para o farol. Apesar do frio, encaramos e foi delicioso!
Jantar no Zuidste Kapp
À noite, jantamos no Zuidste Kaap Restaurant (99 Main Road, Cape Agulhas, L’Agulhas) – um dos poucos restaurantes abertos em uma terça-feira congelante. Nós optamos por pratos mais leves, mas os comentários são de que o joelho de porco deles é um dos melhores do mundo.
Dia 2: Mossel Bay (Point of Human Origins)
Café da manhã no Suidpunt
Acordamos cedinho para seguir viagem pela Garden Route (com muita dó de deixar esse quarto maravilhoso para trás). Tomamos café da manhã no Suidpunt Poutpourri (115 Main Rd, L’Agulhas, 7287) – uma espécie de padaria vende-tudo, única na cidade.
Mossel Bay: Mergulho com tubarão branco e Point of Human Origins
Foram 3h até a nossa próxima parada, Mossel Bay. Conhecida por suas lindas praias, a cidade também é muito famosa pelo mergulho com tubarão branco (o que o Bruno faria no dia seguinte). Reservamos a parte da tarde para conhecer a St. Blaize Trail – uma espécie de trilha beirando o mar (no mesmo estilo da Cliff Path em Hermanus) com 13,5 Km de extensão. Por conta do terreno rochoso, muitas piscinas naturais são formadas pelo caminho. Você pode “entrar” na trilha a partir de diversos pontos da cidade do Farol de St. Blaize à Baía de Dana. E vale dizer que em seu percurso, existem pequena cavernas que não necessitam de guia para conhecer, ok?
Pesquisando sobre, descobrimos o Point of Human Origins, um tour até uma caverna que desde 1997 é um ponto de estudo arqueológico muito importante para entender o nosso passado. De lá, datam os estudos mais antigos de atividade humana já encontrados, como hábitos alimentares e até mesmo o fazer fogo.
Point of Human Origins
- Como: com a Human Origin
- Quando: é necessário agendar previamente (Whatsapp: +27 79 640 0004)
- Duração: 1h30
- Valor: R350 por pessoa (cerca de R$90) caso o tour seja apenas em dupla, quanto mais pessoas, mais barato fica.
Nós reservamos o passeio no mesmo dia pela manhã (enquanto estávamos na estrada à caminho de Mossel Bay) apenas para nós dois. No fim, mais quatro pessoas fizeram conosco e o valor caiu para R275.
O nosso guia foi o Christopher, que no início explicou um pouco a história daquele lugar e fez diversas pausas para mostrar e contar sobre as marcas arqueológicas. O caminho é longo, beirando muitos penhascos e com diversas escadas. Vale muito a pena!
Dentro da caverna, a vista é impressionante! De lá, vimos uma família de golfinhos nadando pelo mar – foi a primeira vez na viagem que avistamos golfinhos e fiquei super emocionada.
A volta é bem mais puxada, afinal tudo o que descemos tivemos que subir, rs. Christopher foi paciente e fez pausas para descansarmos. Este era um passeio que não estava no nosso roteiro inicial e que, no fim, foi um dos que mais gostamos. Inclua na sua viagem!
Almoço no Pinnacle Point
Almoçamos no Pinnacle Point Golf Club (St Blaize Hiking Trail, Pinnacle Point, Mossel Bay), lugar de onde saiu o nosso passeio, no início da St. Blaize Trail. Por ser um condomínio de casas bem luxuosas e clube de golf, o restaurante era um pouco caro, mas estávamos famintos e decidimos comer ali mesmo. Pelo menos, a comida era bem boa! Fomos no básico: fillét e fritas!
Nossa pousada em Mossel Bay
Em Mossel Bay, escolhemos a pousada Le Port Guesthouse para passar a noite. O quarto que ficamos era bem pequeno, mas em compensação os espaços em comum eram confortáveis e com uma bela vista. O destaque fica para o café da manhã, servido individualmente, e o valor (uma das diárias mais baratas que pegamos).
O centro da pousada ficava a 15 minutos de caminhada, entretanto este dia aconteciam as eleições presidenciais da África do Sul (08/05/2019), então tudo estava fechado. Voltamos para a pousada e aproveitamos para descansar no quarto, afinal o passeio foi bem cansativo – a cama era extremamente confortável.
Café Gannet
Para jantar, escolhemos o Café Gannet (1 Market St, Mossel Bay). Foi uma das refeições mais gostosas que fizemos na viagem. O Bruno foi em um combinado japonês e eu em um salmão com legumes. Pedimos um vinho para acompanhar e, no final, uma das melhores panacotas que já provei. Foi uma noite deliciosa!
Dia 3: Knsyna (Shark Dive + Knysna Elephant Park)
Nosso terceiro dia de Garden Route e a manhã estava reservada para o Bruno fazer o mergulho com tubarão. Eu, confesso, que não me interessei muito (até por medo) e fiquei plena esperando na pousada. O dia, dessa vez, estava lindo – céu azul! Tomei o café da manhã sozinha e fiquei me achando naquela vista sensacional.
O mergulho com tubarão branco é um grande atrativo de algumas cidades da África do Sul. Embora os tours mais famosos partam de Cape Town, a melhor região para essa aventura é Mossel Bay, principalmente por conta de suas águas, que apresentam temperaturas perfeitas para a espécie durante todas as estações do ano. O briefing acontece na própria sede da agência, onde eles abordam, além de informações de segurança e curiosidades, a importância desses animais e as iniciativas voltadas à preservação da espécie.
O barco parte do porto aproximadamente às 8h com cerca 15 pessoas e navega por 20 minutos em direção a uma ilha rochosa – moradia de milhares de focas (é ali na região que os tubarões, convenientemente, vivem). Após ancorado, aguardam até que os primeiros tubarões brancos sejam avistados. Quando eles dão as caras, a turma da primeira gaiola (5 ou 6 pessoas) se veste e desce para a água (em geral, são 3 grupos). Bruno contou que, ao todo, ficou 25 minutos na gaiola e os tubarões passaram por ali pertinho umas cinco ou seis vezes (por conta da água relativamente turva, a visibilidade é baixa). Depois, o grupo volta ao barco e dá a chance para outras pessoas terem essa experiência surreal!
Mergulho com tubarão branco
- Como: com a White Shark Africa
- Quando: é necessário agendar previamente (Whatsapp: +27 82 455 2438)
- Duração: de 2h a 4h
- Valor: R2050 por pessoa (cerca de R$530)
O Bruno saiu por volta das 7h para o passeio e não conseguíamos saber quando ele voltaria. Confesso que quando deu 11h comecei a ficar bem preocupada (risos nervosos). Até que ele apareceu no portão da pousada, por volta das 12h, com um tubarão de pelúcia debaixo do braço – e aí eu entendi que tudo deu certo!
O trajeto entre Mossel Bay e Knysna é maravilhoso: faça com calma
Seguimos, então, viagem pela Garden Route – pausa aqui para dizer que as estradas são muito boas e as paisagens de tirar o fôlego, muitos paredões rochosos de um lado e o oceano azulzinho de outro – até Knysna. É incrível como o cenário muda rapidamente, uma curva à direita e temos diversas árvores bem altas, outra curva à esquerda e damos de cara com o mar. O caminho todo é belíssimo!
Knysna Elephant Park
Na verdade, fomos direto para o Knysna Elephant Park, que fica um pouco depois da cidade de Knysna. O parque é reconhecido como um dos melhores ambientes não naturais para elefantes no mundo. É também um dos fundadores e sede da AERU – African Elephant Research Unit. Um belo exemplo de turismo responsável na África do Sul.
Lá, optamos pela excursão diária, que ocorre de meia em meia hora entre às 09h e 15h e dura cerca de 1h. Assistimos um curto vídeo que conta toda a história do parque e, depois, seguimos para o campo onde ficam os elefantes. Pudemos caminhar, interagir e alimentar os animais, tudo acompanhado de um guia, claro. O valor é de R320 por pessoa (R$83), crianças entre 5 e 12 anos R160 (R$42) e menores que isso não pagam.
Essa é Sally. Junto com seu irmão, Harry, ainda filhotes, foram os primeiros elefantes órfãos a chegarem no parque em 1994. Seus pais foram vítimas da caça ilegal na região do Kruger. De lá pra cá, cerca de 45 elefantes já passaram pelo parque, todos órfãos – vítimas da caça – ou resgatados de circos, além dos poucos que nasceram no próprio parque. Hoje, a manada conta com 10 elefantes. Os outros 35 já foram realocados à reservas naturais, inclusive Harry. Sally permanece como matriarca dessa família, já que os outros elefantes possuem um vínculo muito forte com ela.
One on Bollard: nossa hospedagem em Knysna
Comemos um lanche rápido por lá mesmo na lanchonete do parque. Saímos e “voltamos” para a cidade de Knysna, cerca de meia hora. Lá, nos hospedamos na pousada One on Bollard, que fica na Leisure Island – uma espécie de braço da cidade, formando uma pequena ilha extremamente charmosa e acolhedora.
Aqui, tenho que deixar todos os meus elogios para essa hospedagem. Arrisco a dizer que foi a nossa melhor passagem de toda a viagem.
A casa era muito espaçosa, assim como o quarto, que possuía todas os elementos de conforto possíveis (cama grande, sofá, poltrona, ótimo secador de cabelo, televisão com netflix, ar-condicionado, varanda gigantesca, espreguiçadeiras, bicicletas à disposição e muito mais). Os quartos da casa levam o nome dos cachorros de Diane e Rob – os melhores anfitriões que já conheci – que ficam livres pelo local. O nosso era o Mojo!
Ficamos conversando por horas com Diane, que nos recepcionou com os braços abertos, um sorrisão no rosto e um “Mariana and Bruno, welcome!”. Ela nos preparou um pink gin tonic deliciosa e nos convenceu a ir até a praia que fica praticamente no quintal da casa – presenciamos um belo pôr do sol.
Os planos eram conhecer o “Knysna Heads”, um mirante no topo de uma montanha de beleza natural indescritível, mas nos sentimos tão abraçados por Diane que abortamos a missão e ficamos na sala, espaço comum da pousada, conversando com ela e assimilando toda aquela receptividade. Destaque também para o Rob, marido de Diane, que prepara todo o café da manhã (sim, ele é quem faz até a manteiga!).
Conversando com eles (e adorando tanto estar ali), chegamos a um ponto-chave da viagem pela Garden Route. Knysna é base central da rota. A cidade fica a uma distância considerável de todos as atrações do trajeto (uma hora de Mossel Bay, meia hora de Robberg Nature Reserve, uma hora do Parque Tsitsikamma e por aí vai). Então, é uma boa opção passar mais noites em Knysna caso você não goste do arruma/desarruma mala. E, se possível, opte pela One on Bollard – juro que você não vai se arrepender (e isso nem é publi, rs).
Jantar no 34 South
À noite, seguindo a recomendação da Diane, fomos jantar no 34 South (Shop 19 Knysna Waterfront, Knysna Central), que fica no Waterfront da cidade. Com muitas opções de frutos do mar, nós escolhemos provar ostras como entrada e, depois, fomos de poke. Tudo bem fresquinho!
Dia 4: Plettenberg Bay (Robberg Nature Reserve)
Nosso plano era sair por volta das 09h de Knysna seguindo até Plettenberg Bay, mas caímos novamente nos encantos de Diane e Rob e estendemos a manhã por lá. E não nos arrependemos, viu? Após um belíssimo café da manhã, com tudo orgânico e feito por eles mesmos, nos despedimos de Knysna.
Trilha na Robberg Nature Reserve
Após meia hora de carro, chegamos em Robberg Nature Reserve por volta do 12h (convenhamos que não é o melhor horário para se iniciar uma trilha, né?) e pagamos a taxa de conservação para entrar na reserva – R50 por pessoa (R$13). No início, você pode escolher qual trilha seguir: menor (2,1km), média (5,5km) ou maior (9,2km). Fomos pela média e levamos quase 4h para completá-la, com muitas paradas para fotos, é claro.
A reserva nos surpreendeu muito. Estávamos muito ansiosos pelo Tsitsikamma Park (que virá logo em seguida), mas depois de conhecer Robberg, as outras paisagens ficaram para trás. A península é Patrimônio Mundial da Humanidade da UNESCO e as vistas são realmente encantadoras. Leve bastante água e algum petisco pois não há nada dentro da reserva.
A trilha é bem sinalizada e não demora muito até chegar na parte mais alta dela. De lá, podemos ver uma colônia de lobos-marinhos. Há quem veja tubarões e baleias também, mas nós não tivemos essa sorte.
Começamos a descer para a parte baixa de Robberg por uma duna e é aí o maior dos encantos. Pudemos observar, ainda do alto, uma pequena ilha conectada à península por uma pequena faixa de areia. Aproveitamos o pique e subimos também nesta ilha – a vista foi a mais linda de toda a Garden Route.
Depois, seguimos pela praia à caminho de volta (a trilha é circular) e aí encontramos o mais difícil do trajeto. Grandes paredões rochosos beiram o mar e o caminho por onde temos que passar. É necessário se apoiar e usar as mãos para continuar o percurso. Confesso que deu frio na barriga, mas as vistas eram cada vez mais lindas.
Almoço no Full Circle Plett
Finalizamos a trilha com o coração quentinho por ver tantos lugares bonitos e seguimos à caminho de Plettenberg Bay, bem pertinho dali, cerca de 9km. No trajeto, encontramos um restaurante/lanchonete charmoso e paramos para almoçar. Pedimos hambúrguer no Full Circle Plett (82 Longships Dr, Plettenberg Bay) e o preço foi justíssimo.
Na cidade, escolhemos a Dolphins’ Playground Beachfront B&B para passar a noite. E, de fato, a pousada tem o quintal perfeito para os golfinhos – e um pôr do sol espetacular.
A casa é mais antiga, mas muito bem localizada e a apenas alguns passos da praia. Se não quiser pisar na areia, fique no deck apreciando a belíssima vista e, com sorte, veja alguns golfinhos brincando ali mesmo. O quarto era confortável e cumpria com o que prometia, o charme mesmo ficou por conta da porta que dava direto a esse espaço com vista para o mar.
Para jantar, seguindo o conselho da anfitriã da pousada, fomos para o Nguni (6 Crescent St, Plettenberg Bay) que só é possível com reserva – foi a Pam quem fez para nós. O restaurante mantém a estrutura de uma casa europeia antiga e é muito aconchegante. O Bruno finalmente experimentou avestruz e e fui de filet simples, porém delicioso. Eles também possuem uma carta de vinhos muito boa. Foi um dos melhores jantares da viagem!
Dia 5: Port Elizabeth (Bloukrans Bridge + Tsitsikamma Park + Jeffreys Bay)
Acordamos e fomos para o café da manhã, que é servido no deck da pousada. Tivemos a surpresa e o carinho de encontrarmos uma bandeirinha do Brasil reservando a nossa mesa. Legal, né? Então, saímos com destino à nossa última cidade, Port Elizabeth.
Seguimos por meia hora na estrada e paramos na Bloukrans Bridge, o maior bungee jump do mundo em uma ponte, com 216 metros de altura! Paramos apenas para apreciar a vista e ver os doidões saltando, porque coragem mesmo não temos. Caso você queira saltar (e desembolsar R.1350 – cerca de $95 USD), você pode fazer a reserva online na Get your Guide.
A ponte fica às margens da N2 Highway, é uma boa parada caso você esteja a caminho do Tsitsikamma National Park. Lá também é um ótimo lugar para fazer compras de souvenirs a bons preços. Nós compramos quadros e objetos de madeira com facilidade e bem mais em conta do que em Cape Town.
Tsitsikamma National Park
Ficamos cerca de 2h ali e seguimos, então, para o Tsitsikamma National Park. O parque é conhecido pelas suas pontes suspensas e pela ótima infraestrutura para camping. Para entrar, o preço já é bem mais salgado comparado aos outros: R235 por pessoa (R$60).
O parque oferece chalés, restaurantes, área para camping, lojas e diversas atividades como trilhas e caiaques. Nós optamos pelo caminho mais curto (e também famoso) que vai direto para as pontes suspensas. A paisagem é realmente linda e o caminho bem delimitado. Apesar de curto, ele é bastante íngreme e com muitas escadas.
Chegamos na ponte e, de fato, é bonito. Conseguimos tirar ótimas fotos ali, mas fomos pacientes e esperamos algumas pessoas passarem. A ponte balança bastante, mas não me deu nem frio na barriga. Pela beleza, eu preferi o Roberg Nature Reserve, mas levo em consideração que conheci uma parte muito pequena do Tsitsikamma.
E ah, nós passamos pela área dos chalés do parque e achamos muito legal. Eles ficam bem à beira-mar. Ficamos com vontade de ter passado pelo menos uma noite ali. Caso tenha interesse (e tempo para isso), dê uma olhada nas opções de acomodações dentro do Parque – são muitas!
Jeffreys Bay: a cidade de surf
Continuamos viagem e optamos fazer também uma parada em Jeffreys Bay, o paraíso do surf na África. Estávamos ansiosos para conhecer a cidade e, no final, nos decepcionamos. Fomos direto ao Village Surf (1, JBay Surf Village, 4 Da Gama Rd, Jeffreys Bay), um local com bons outlets de marcas de surf, como Billabong e Quick Silver. Parecia ser um espaço bem legal, mas não sabíamos que aos finais de semana fechava cedo. Chegamos a tempo apenas de comer um wrap em uma lanchonete. Não conseguimos comprar nem um ímã da cidade – tudo fechou antes das 14h. Ficamos frustramos e decidimos ir direto para Port Elizabeth, a uma hora dali.
Port Elizabeth
Nossa última parada da Garden Route era uma cidade bem maior e diferente de todas que paramos antes (mais parecida com Cape Town). Nos hospedamos na Pousada On the Bay, localizada em uma região bem gostosa e a poucos passos da King’s Beach. No geral, foi uma escolha bem mediana, mas acabamos usando o quarto mais para arrumarmos as malas antes de embarcarmos de volta para Joanesburgo.
Port Elizabeth é uma cidade grande e sem muitas atrações. Caso a sua passagem por lá seja mais longa, vale conhecer a Donkin Reserve, um pequeno parque com museu a céu aberto e o centro de proteção e reabilitação de pinguis (SA Marine Rehabilitation and Education Centre – SAMREC). Nós percebemos que, caso o horário do nosso voo fosse compatível, poderíamos ter saído de Plettemberg e ido direto para o aeroporto – a parada por lá foi boa para organizarmos nossas malas e descansarmos antes da volta, mas no quesito atração, foi dispensável.
Saímos para curtir o pôr do sol no Shark Rock Pier e foi uma ótima escolha. O visual era espetacular. Depois, finalizamos o dia no Sun Boardwalk – um shopping/cassino que fica bem em frente ao píer. Ali, aproveitamos para comprar os souvenirs que faltavam.
No dia seguinte, bem cedo, fomos até o Port Elizabeth International Airport, onde devolvemos o nosso carro alugado e embarcamos sentido Joanesburgo para a nossa última parte da viagem: Ilhas Maurício!
A Garden Route nos surpreendeu em diversos aspectos. Eu, que não estava com tantas expectativas, acabei me apaixonando por tantas paisagens diferentes e tão próximas umas as outras. De fato, apenas a estrada em si já é um passeio encantador. Se você está cogitando dedicar alguns dias ou não para a Garden Route, nem pense mais: faça sem dúvida alguma!
Curtiu o nosso roteiro? Ficou com alguma dúvida sobre a Garden Route? Conta aqui nos comentários!
Veja também:
- Safári em Pilanesberg: 3 dias de safári na África do Sul
- Roteiro: 5 dias em Cape Town
- Ilhas Maurício: Roteiro e dicas imperdíveis
- Ilhas Maurício: como é se hospedar no The Residence Mauritius
Para ficar por dentro de todas as novidades do Ideias na Mala, siga nosso instagram!
Guarde este post no Pinterest!
OLá
Voo com ida e volta por cape town, recomenda ir de carro até port elizabeth e volta de avião? Nao compensa ida e volta de carro? Não vou fazer Joanesburgo.
Elisabete, bom dia!
Voltar de avião te poupa tempo em estrada, mas caso preferia não há problema nenhum.
Boa viagem!
O melhor trajeto da Garden Route é Cidade do Cabo em direção à Porto Elizabeth ou o contrário? Para ter a melhor vista litorânea e poder parar nos pontos cênicos.
Olá Marisa, bom dia!
Embora a Garden Route possa ser percorrida em qualquer direção, a maioria das pessoas prefere dirigi-la de oeste para leste, ou seja, da Cidade do Cabo até Port Elizabeth (Mossel Bay até Storms River). Dirigir de oeste para leste também proporciona uma transição mais suave das áreas mais desenvolvidas perto de Mossel Bay para as paisagens mais selvagens da região de Tsitsikamma, perto do rio Storms.
Aqui no blog temos roteiros dos dois jeitos. No texto África do Sul com crianças, o irmão da Mari fez de Port Elizabeth para Cape Town e adorou o passeio. Ele chegou por Joanesburgo e voltou por Cape Town. Vou deixar o link do roteiro deles! è super completo e fácil de adaptar para quem não tem crianças também.
África do Sul com crianças: um guia completo para a sua viagem
Boa tarde, tudo bem ?
To seguindo todas suas dicas para Africa, incluindo o Safari … parabéns !
Dúvida !! Vou chegar por JNB, pensei em alugar um carro, fazer Safari ali em pilanesberg, e iria descer para Cape Town, mas antes fazer a Garden Route e depois chegar em Cape! Da certo tbm ??
Olá Bruno, tudo bem?
Publicamos recentemente um post chamado África do Sul com Crianças (ele é super adaptável só para adultos). A viagem começa por Joanesburgo, passa por safári e termina em Cape Town, incluindo todas as paradas da Garden Route (com vinícolas, avistamento de pinguins e etc.). Dá uma olhada
África do Sul com crianças: um guia completo para a sua viagem
Quanto a sua dúvida, dá super certo sim! Mas recomendo que você olhe o post para se organizar e escolher o melhor safári pra você.
Boa viagem! Volte para nos contar. Qualquer dúvida estamos aqui.
ola!! todo bem? amei teu reoteiro obrigad pelo trabalho!! vamos em família em janeiro 2025. vamos fazer este roteiro!! terminarem em porto Elizabeth. mas nosso voo é de Cape Town, vamos vir de carro. como vc sugere voltar para pegar voo? ou tem um outro caminho de caro? temos 11 dias totais de vaiem, tem crinas e idoso. nao podemos pegar tao puxado. abraço!! aline
Olá Aline,
Temos um roteiro completo da África do Sul com crianças. Você já deu uma olhada? Inclui safári, Joanesburgo e toda a garden route (com paradas inclusive em vinícolas kids friendly), além de uns dias em Cape Town.
África do Sul com crianças: um guia completo para a sua viagem
Veja se esse roteiro te ajuda. Ele é super completo e foi feito pelo irmão da Mari com a esposa e três filhos pequenos.
Qualquer dúvida estamos por aqui!
Parabéns pelo roteiro, dicas detalhadas e esclarecedoras, serão muito úteis para a viagem que faremos para a região no mês de fevereiro.
Oii Malu!
Eu e meu namorado estamos aqui na Diane e Rob no One on Boullard seguindo suas dicas!!
Na verdade estamos conseguindo seguir quase todas suas dicas, nosso muito obrigada por compartilhar conosco suas experiências. Através dos olhos de vocês pudemos planejar nossa viagem que está sendo incrível!
Continuem com o conteúdo incrível! Com certeza a Garden ficou com um gostinho a mais com esse lugar 🥰
Olá Caroline!
Obrigada pelo comentário fofo!
Abraços
Olá, bom dia!!! Estou seguindo seu roteiro (todooss kk) para montar minha viagem para a África! Me tira uma dúvida, por favor? A caverna Point Of Human Origens precisa ser feita com guia? E é somente a caverna? Ou lá (nesse “parque”) é onde também fica Cape St Blaize Lighthouse, Cape St Blaize Cave (esse é o point of human origens?) e a Piscina Natural de Cape St Blaize? Obrigada!!! E parabéns pelo blog!
Oi Ana, tudo bem? Que bom que o blog está te ajudando! A Cape St Blaize Lighthouse fica em outro local, a uns 10 km do Pinnacle Point (onde fica o Point Of Human Origens). Confesso que não sei te dizer se o “Cape St Blaize Cave” é ali, não encontrei esse nome, mas pode ser que seja já que no Pinnacle estão mais de 10 cavernas (incluindo a Point Of Human Origens). Elas podem ser acessadas sem guia, mas no geral tem que se descer bons abismos, eu indicaria ir com o guia por segurança (e para entender mais sobre a história do local também). A agência que usei foi essa: https://www.humanorigin.co.za/ gostei bastante! Depois conte para a gente como foi a sua viagem! Beijo e obrigada por nos acompanhar 😉
Ola, tudo bem?
Obrigada pelas dicas! Vou em janeiro com minha família (9 pessoas), sairemos de Capetown após 4 noites lá em direção a Garden Route. Tenho 5 noites, sendo que a última tem que ser em Port Elizabeth devido ao voo de volta. Uma dúvida: você acha que diminuo uma noite, ficando uma noite nas vinícolas? Com tanta gente assim, pensei em dormir em menos cidades, você recomenda ir direto pra Mossel Bay ou pela distância não vale a pena ir direto pra ksnia?
Oi Natália, tudo bem e você?
Para diminuir uma noite, eu sugiro ir direto para Knysna por ser uma cidade muito bacana e cheia de boas opções de hospedagens – e também próxima a diversas atrações da rota. Acredito que pernoitar lá vai diminuir seu trajeto nos próximos dias!
Depois conta pra gente! Beijos e boa viagem!