Dica do Jalapão: Tudo o que você precisa saber para planejar uma viagem inesquecível
Se você gosta de contato com a natureza e paisagens arrebatadoras você com certeza já ouviu falar no Jalapão, um dos destinos Brasileiros mais cobiçados dos últimos tempos. Um lugar que reúne dunas de areia macia, cachoeiras refrescantes e os bucólicos e ultra fotogênicos fervedouros. “O Jalapão é bruto” é uma frase comum aos viajantes que já visitaram o destino e que, de certa forma, define as alegrias e os desafios de visitar o Jalapão. Sim, é bruto e ao mesmo tempo impressionante! Um destes lugares que escancara beleza a cada parada e que arranca suspiros a cada instante. E não confunda o lado bruto do Jalapão com perrengue, fazendo boas escolhas – e nós estamos aqui para te mostrar todas as delícias e os desafios do destino – você viverá uma experiência incrível e inesquecível por lá!
Neste Guia do Jalapão (ultra completo) você encontrará todas as questão que envolvem o Jalapão e que vão fazer com que você tenha a melhor experiência por lá. Pronto para descobrir um dos destinos mais incríveis do Brasil?
Localizado no Tocantins, região norte do país, o destino é um dos mais bonitos no Brasil e ficou mais conhecido em 2017, depois da novela “O Outro Lado do Paraíso”, que se passava por lá. De lá para cá, as fotos do Jalapão são uma constante nos perfis de viagem de Instagram (aliás, já seguiu o @Ideiasnamala?) e inspiram a curiosidade e o desejo dos viajantes. E que a verdade seja dita: o Jalapão é mais bonito e mais impressionante que as fotos!
Neste post você encontrará:
Para facilitar a sua navegação nesse texto, e te dar todas as informações completas sobre o Jalapão, criamos abaixo um menu inteligente. Se quiser saber algo específico sobre o destino, basta clicar no item e ir direto ao ponto. Se não, navegue pelo post completo e descubra tudo sobre o Jalapão:
- Entendendo o Jalapão (o que é e onde fica)
- Como chegar no Jalapão
- Melhor época para ir para o Jalapão
- Onde ficar no Jalapão
- Dá para conhecer o Jalapão sozinho ou precisa de agência?
- Dá para ir com criança?
- O que fazer no Jalapão (principais atrações)
- Quanto tempo ficar no Jalapão?
- O que levar na mala para o Jalapão?
- Quanto custa viajar para o Jalapão?
- Roteiro detalhado de 6 dias no Jalapão
- Roteiro no mapa
- O que fazer em Palmas em 1 dia
Onde fica o Jalapão
O Jalapão, ao contrário do que muita gente acredita, não é um município ou um parque, mas sim uma região complexa em meio ao cerrado brasileiro. O Jalapão é um mosaico composto por 7 municípios e 4 parques (entre eles o Parque Estadual do Jalapão) e ocupa uma área de 34 mil km². Ele fica no centro-leste do Tocantins e faz fronteira com a Bahia, Piauí e Maranhão.
O nome Jalapão vem do termo “Jalapa“, uma batata típica da região que não é comestível. É uma das regiões do Brasil mais bem preservadas e o acesso limitado faz com que ela seja pouco explorada – pelo menos por enquanto. Por lá, é possível encontrar dunas de areias, cachoeiras e, claro, os fervedouros (principal atrativo da região).
Onde fica o Jalapão no mapa
Veja onde fica o Jalapão no mapa
Como chegar no Jalapão, tocantins
A forma mais eficaz de chegar ao Jalapão é ir de avião até Palmas (capital do Tocantins) e, de lá, pegar um carro. Os acessos mais conhecidos para chegar ao Jalapão são os municípios de Novo Acordo, Ponte Alta do Tocantins, Mateiros e São Félix. O principal ponto de entrada do Jalapão é a cidade de Ponte Alta do Tocantins, que está a 190 km de Palmas. Depois dali, a estrada é apenas de terra. Mateiros, principal cidade base e onde está a maior quantidade de atrativos, está localizada a 300 km da capital Palmas.
Melhor época para ir para o Jalapão
O destino pode ser visitado o ano todo, mas lembre-se que o calor é o ponto forte da região – a temperatura média é de 30°C. A época de seca no Jalapão vai de maio a setembro e, dentro desse período, os meses até julho são os mais indicados por conta da umidade do ar estar mais alta. Entre agosto e setembro a alta temperatura e a secura podem deixar o passeio mais desconfortável, entretanto é quando o pôr do sol é mais bonito.
A partir de outubro até abril acontece o período das chuvas – que tem ápice nos meses de dezembro e janeiro. O calor fica mais ameno, mas as pancadas (que normalmente são passageiras) podem atrapalhar alguns atrativos. Eu fui em novembro e confesso que esperava bem mais calor, estava um clima bastante gostoso (e ainda bem) e só choveu no primeiro dia – foi uma chuva passageira, mas bem quando chegamos nas Dunas.
Como em qualquer destino, feriados e férias escolares tendem a ser mais movimentados.
Onde ficar no Jalapão
Existem diversas formas de conhecer o Jalapão. As principais são: ir com uma agência e fazer um roteiro rotativo, isto é, mudando o local da hospedagem a cada dia afim de diminuir os trajetos de carro ou ir por conta própria alugando um carro (e um guia com experiência, por favor) e ter uma cidade base (geralmente é Mateiros), fazendo deslocamentos maiores.
Eu optei por conhecer o Jalapão com uma agência que faz roteiro circular (escolhi o roteiro de de 6 dias e 5 noites) e foi ótimo. As cidades e pousadas que fiquei foram:
- Ponte Alta do Tocantins: Pousada Águas do Jalapão (1 noite)
- Mateiros: Formiga Ecolodge (2 noites)
- São Félix do Tocantins: Pousada Bela Vista (1 noite)
- Taquaruçú: Casa das Flores (1 noites)
Confesso que estava esperando hospedagens bem mais simples e rústicas, mas fui surpreendida positivamente com as que fiquei. Todas muito confortáveis e com café da manhã de lamber os beiços. Ao redor de Mateiros está a maior parte dos fervedouros, então se você pensa em conhecer o Jalapão para curtir esse tipo de atrativo, ter Mateiros como cidade base pode ser sim uma opção bacana – e o Formiga Ecolodge é extremamente caprichado (mas por enquanto é exclusiva da Cerrado Dourado, a agência que escolhi para essa viagem).
A Korubo, primeira agência a oferecer o turismo no Jalapão, lá em 2001, trabalha no estilo safári camp. O acampamento deles fica na beira do Rio Novo, a 60km de Mateiros, e os deslocamentos são feitos em um ônibus que lembra os safáris africanos. De fato, é uma experiência diferente, mas confesso que os longos trajetos em um “caminhão” não me brilharam os olhos.
Dá para conhecer o Jalapão sozinho ou precisa de agência?
A resposta é sim, mas eu não indicaria. Eu, Malu, sou do tipo que monta o roteiro e faz tudo na viagem sozinha – nada de comprar pacote fechado com agências, mas no Jalapão é diferente. Ir com uma agência vai muito além de ter conforto, mas também garante sua segurança em todo o passeio. Como falamos acima, o Jalapão é acessado apenas por estradas de terra e, muitas delas, são bem esburacadas e complicadas. O terreno arenoso faz com que carros atolem com frequência. Não há nada de sinal de celular (esqueça aquilo de colocar no Waze) e a sinalização é bem precária. Se um pneu furar ou você tiver qualquer problema com o seu carro, perderá horas e horas da viagem. Eu cheguei a percorrer mais de 3h em estrada de terra sem ver nenhuma casa ou outro carro passando por nós.
Optei por conhecer o Jalapão com a Cerrado Dourado e só tenho elogios – desde os carros extremamente confortáveis até os guias prestativos, zelosos e divertidos (Márcio, que saudade de você)! O meu roteiro foi “Pacote Jalapão 6 dias e 5 noites“, que irei detalhar logo abaixo. Ele inclui o transporte, hospedagem, entrada nos atrativos e toda a alimentação.
Agora, se você optar em conhecer o Jalapão por conta própria, não economize e alugue um carro com tração nas quatro rodas, veículos do tipo SUV 4×4 são a melhor opção, e um guia experiente para ir com você. Lembre-se de alugar esse carro em Palmas com antecedência, pois eles esgotam rapidamente.
Jalapão com crianças: dá para ir?
A maioria das agências indica o passeio para crianças acima de 10 anos, mas essa indicação é mais por conta dos longos trechos de carro, não pelos atrativos em si. Há momentos que você passará boas horas percorrendo estrada de terra sem nenhuma opção de parada, seja para comer ou ir ao banheiro. Se o seu pequeno lida bem com isso, vá em frente! Se ele não tem muita paciência, talvez seja melhor esperar crescer mais um pouco.
O que fazer no Jalapão (principais atrações)
Chegou a hora de detalhar o que fazer no Jalapão, e como a maior parte das pessoas que viaja para lá contrata um pacote fechadinho, pode ser que nem todos esses atrativos entrem no seu roteiro. De qualquer, saber o que tem por lá te ajuda a escolher o melhor pacote para a sua viagem. Certo?
Os principais atrativos do Jalapão são:
- Cachoeira da Velha & Prainha do Rio Novo
- Pedra Furada
- Dunas do Jalapão
- Cachoeira do Formiga
- Lagoa do Japonês
- Cânion do Sussuapara
- Fervedouro do Buriti
- Fervedouro do Rio Sono
- Fervedouro das Macaúbas
- Fervedouro Bela Vista
- Fervedouro do Ceiça
Cachoeira da Velha e Prainha do Rio Novo
É a maior cachoeira da região e, graças a uma plataforma, é possível chegar bem pertinho das suas grandes quedas. A cachoeira é formada por duas quedas – uma fica de costas para a outra. Quem visita apenas a plataforma, consegue avistar o menor lado. No outro, é onde é feito o rafting (atividade opcional do passeio). Sem o rafting, não é permitido entrar em suas águas, apenas na Prainha do Rio Novo – no final da cachoeira. Tanto a passarela da Cachoeira da Velha quanto a Prainha tem acesso gratuito.
Pedra Furada
A Pedra Furada está a 35km de Ponte Alta e é uma formação impressionante. Em meio ao cerrado, a rocha possui alguns buracos que permitem assistir o pôr do sol e a infinidade da natureza. Para chegar até o buraco mais alto – onde se assiste o entardecer – é necessário fazer uma trilha de 10 minutos bem tranquila. O acesso é gratuito.
Dunas do Jalapão
Formado pela erosão de rochas de arenito que formam a Serra do Espírito Santo, as Dunas do Jalapão surpreende pela grandiosidade. No final da tarde, a areia ganha tom alaranjado graças aos raios do sol e proporciona um visual ainda mais bonito. Vá no pôr do sol! Com acesso também gratuito, lá do alto não deixe de reparar no lago que fica à beira das areias.
Cachoeira do Formiga
Com certeza a água azul turquesa é o que surpreende nessa cachoeira. Apesar da queda d’água não ser tão grande, ela é uma das mais procuradas para quem quer se refrescar. A água é transparente e tem uma temperatura bem agradável. Ao final da queda, a água forma um poço também delicioso para perder alguns minutos (e ótima opção para quem não sabe nadar e prefere ficar em uma piscininha). A taxa cobrada neste atrativo é de R$20 (também incluso para quem está com agência).
Lagoa do Japonês
Nem todas as agências do Jalapão incluem este atrativo no roteiro, mas ela é muito bonita. A lagoa fica no município de Pindorama, um pouco a frente de Ponte Alta. Suas águas possuem um tom de verde esmeralda e dois decks com opções diferentes de lazer: um lago tranquilo e uma gruta. O braço do rio dá acesso à caverna – que rende fotos lindas. No local, é possível alugar snorkel, colete e espaguete. É recomendável que você entre de sapatilhas para não machucar os pés nas pedras.
Cânion do Sussuapara
Uma paradinha na estrada mais quinze minutos de caminhada dão ao Cânion do Sussuapara, uma formação pequena (seus paredões atingem até 12m de altura) em meio à vereda do cerrado. No local, há também uma pequena queda d’água.
Fervedouros
O que é um fervedouro?
Fervedouro é uma formação natural que existe apenas no Jalapão. São nascentes de rios subterrâneos que, normalmente, não tem vazão da água e formam piscinas naturais. Há mais de 20 fervedouros na região (isto é, que foram catalogados, deve existir muitos outros ainda não descobertos). A profundidade varia entre 10 e 15 metros e a experiência de nadar em um deles é bem diferente de uma piscina ou do mar: a pressão do lençol freático gera um fenômeno chamado ressurgência das águas, o que na prática é algo bem doido que faz com que independentemente do seu peso ou tamanho seja impossível afundar nos fervedouros (mesmo, eu tentei).
As águas são cristalinas com uma mistura de areia bem fina que fica suspensa também pela pressão. Para preservar a pureza dessas águas, é proibido entrar nos fervedouros usando protetor solar ou repelente, além de ser feito um rodízio de até 6 pessoas em um tempo máximo de 20 minutos (cada fervedouro tem sua própria regra).
Principais Fervedouros do Jalapão
Os fervedouros mais conhecidos são o do Buriti, do Rio Sono, das Macaúbas, Bela Vista e o fervedouro do Ceiça, que foi o primeiro a ser descoberto e aberto ao público. Alguns dos fervedouros ficam dentro de propriedade privada, portanto é cobrada uma taxa de visitação (geralmente entre R$10 e R$20), já inclusa no pacote de quem faz o passeio com agências.
Quanto tempo ficar no Jalapão?
Os pacotes oferecidos pelas agências variam de 3 a 7 dias. Com poucos dias você conseguirá conhecer os principais atrativos (Cachoeira da Velha, Prainha do Rio Novo, Dunas do Jalapão, Cachoeira da Formiga e algum fervedouro). Com 5 dias ou mais você poderá aproveitar bem mais a região e conhecer cantinhos ainda pouco explorados.
Eu optei pelo roteiro de 6 dias – foram 1250 km percorridos, sendo 800 deles em estrada de terra (onde a velocidade não passa de 60km/h) – e foi ótimo. Visitei todas as principais atrações e cinco fervedouros diferentes. Se tivesse mais tempo, teria até ficado 1 ou 2 dias a mais. Em resumo: no Jalapão a máxima do “quanto mais tempo melhor” é absolutamente verdadeira. Após ter vivido 6 dias incríveis por lá penso que uma experiência de 3 dias teria sido corrida demais e considero 5 dias o mínimo para aproveitar a região de verdade.
O que levar na mala para o Jalapão?
Repelente e protetor solar! Esses são os dois itens mais indispensáveis: protetor para sobreviver ao dia e repelente a noite. Brincadeiras a parte, não é algo tão extremo assim. Eu fui em novembro e o clima estava agradável. Repelente usei mais a noite quando ficava conversando e tomando uma cerveja na pousada com os amigos.
Cuidado com o tamanho da mala:
Fora esses dois itens, seja bem econômico na mala, afinal você terá que abri-la e fechá-la todos os dias. Invista em biquínis, shorts, toalha e um bom tênis. Indo com agência, cada passageiro tem direito a levar uma mala (do tamanho mala de mão dos aviões) e uma mochila para ir no colo. Ah, lembre-se de levar dinheiro vivo caso queira comprar um artesanato ou um sorvete local – nada de cartão por lá.
Itens indispensáveis para a mala para o Jalapão:
- Protetor Solar
- Repelente
- Dinheiro em espécie
- Tênis confortável
- Traje de banho
- Toalha
Quanto custa viajar para o Jalapão?
Preço médio dos pacotes:
O Jalapão é um destino relativamente barato para viajar. Os pacotes oferecidos pelas agências possuem preços bem semelhantes e variam de R$1200 a R$2900 (entre 2 e 7 dias). Eles incluem basicamente todo o seu custo (translado de Palmas até o Jalapão – eles te buscam no hotel, transporte por lá, entrada nos atrativos, serviço de guia, hospedagens e toda alimentação). Além disso, você terá apenas os custos extras com artesanatos, consumo de frigobar e um sorvete, por exemplo, que não devem passar de R$50 por dia.
Atividades extra:
Algumas atividades opcionais também são cobradas a parte. No meu pacote, elas eram o rafting na Cachoeira da Velha (R$200), trekking para ver o nascer do sol no Morro do Jacurutu ou Serra do Espírito Santo (R$150) e a tirolesa no Vale de Taquaruçú (R$120).
Além destes custos vale considerar o preço da passagem e, caso você tenha tempo para esticar a viagem para outros destinos do Tocantins, vale incluir no cálculo. Geralmente, o custo médio de uma passagem de São Paulo até Palmas gira em em média de R$600 a R$700 (mas fique de olho em promoções que já vi aparecer por R$400).
Roteiro de 6 dias no Jalapão – detalhado
Fizemos essa viagem em novembro (aproveitamos o feriado da Proclamação da República), chegamos em Palmas no próprio dia 15 (uma sexta-feira), no fim da tarde, e partimos para o Jalapão na manhã do sábado seguinte. Veja o nosso roteiro detalhado a seguir:
- Dia 1: saída de Palmas + Lagoa do Japonês + Pedra Furada + Pernoite em Ponte Alta
- Dia 2: Cachoeira da Velha + Prainha do Rio Novo + Dunas do Jalapão + Pernoite em Mateiros
- Dia 3: Fervedouro do Rio Sono + Fervedouro dos Buritis + Cachoeira da Formiga + Fervedouro do Ceiça
- Dia 4: Trekking no Morro do Jacurutú (opcional) + Poços Encantados do Formiga + Fervedouro das Macaúbas + Fervedouro Bela Vista + Pernoite em São Félix do Tocantins
- Dia 5: Fervedouro Bela Vista + Cachoeira das Araras + Serra da Catedral + Morro Vermelho + Pernoite em Taquaruçu
- Dia 6: Cachoeira do Evilson + Cachoeira das Araras (Fazenda Ecológica) + Chegada em Palmas
Dia 1: saída de Palmas + Lagoa do Japonês + Pedra Furada + Pernoite em Ponte Alta
Saímos de Palmas por volta das 08h30 (eu e o Bruno – meu namorado e companheiro de viagem – fomos os primeiros a serem buscados pela Cerrado Dourado) e, logo de cara, vimos que o carro era bastante espaçoso e confortável. Ufa! Partimos rumo ao Jalapão e já sabíamos que o primeiro trajeto seria bastante longo. Nossa turma era composta por dois carros da agência (que sempre andam juntos) e, em cada um deles, éramos em cinco turistas mais um guia/motorista.
Fizemos duas paradas para ir ao “banheiro” e aqui digo que foi no matinho mesmo. No carro, sempre tínhamos papel higiênico e lenços umidecidos. Nessas paradas, meninas iam para um lado e meninos para o outro. Confesso que foi mais “tranquilo” do que pensei, mas imagino que nem todos pensem assim. Já estávamos entrando no clima roots! Por volta do 12h40 chegamos na primeira parada oficial, o Restaurante da Dona Minervina (localizado já em Pindorama do Tocantins) – bem rústico e simples, mas com boa comida.
Ficamos por ali pouco menos de uma hora e seguimos para o primeiro atrativo do dia, a Lagoa do Japonês. Foi um trajeto bem rápido, cerca de 1,5km. Fiquei um pouco assustada logo de cara pois ela estava bastante cheia (mas era feriado e ficou nítido para mim que as pessoas que estavam ali não eram turistas, mas sim locais que também estavam aproveitando o feriado para se divertir). Acontece, né?
Lagoa do Japonês
A lagoa é bem grande e tem dois píers de madeira, um que está de fato na lagoa e outro (seguindo para o lado direito) que te dá acesso a caverna. Para chegar até a caverna você pode ir nadando (use sapatilhas nesse atrativo!) ou usar um bote que fica disponível no local para levar e buscar a galera. Havia muita gente da terceira idade no local.
Na Lagoa do Japonês é possível alugar sapatilhas, coletes e espaguetes. Eu aluguei um espaguete por R$2 e me senti mais segura, já que na região da gruta a profundidade chega a 3m. A lagoa é muito bonita e a cor da água impressiona. Confesso que a magia perdeu-se um pouco pela quantidade de gente que estava ali, mas é o que acontece em datas que englobam férias e feriados, né?
Pedra Furada
Por volta das 15h saímos da Lagoa do Japonês e fomos para a Pedra Furada (foram 2h de estrada). Essa atração já fica na cidade de Ponte Alta do Tocantins, onde iríamos pernoitar. A Pedra Furada fica em uma propriedade privada, mas (por enquanto) não existe taxa de visitação. Alguns minutinhos subindo e chegados no primeiro furo, onde já se tem uma vista bem bonita. Mais 10 minutos de caminhada (entre pedras e galhos) e chegamos na parte mais alta da rocha onde a galera se junta para assistir o pôr do sol. O céu não estava tão aberto nesse dia, mas mesmo assim valeu a vista!
Mais 50km e chegamos, por volta das 20h, na Pousada Águas do Jalapão onde jantamos e passamos nossa primeira noite. A pousada é bem grande e possui até piscina e bar – foi bem gostoso para relaxar depois de um dia cansativo (foram longos trajetos dentro do carro) e para já ir conhecendo a galera.
Dia 2: Cachoeira da Velha + Prainha do Rio Novo + Dunas do Jalapão + Pernoite em Mateiros
Acordamos cedinho para tomar um belo café da manhã, afinal o nosso guia Márcio já nos tinha avisado que esse dia seria bem longo também. Saímos da pousada (já com todas as malas) antes das 07h30 rumo à Cachoeira da Velha – que fica na cidade de Mateiros, a cerca de 100km de onde estávamos (mas lembre-se que a velocidade na estrada de terra gira em torno de 30km/h). No caminho fizemos algumas paradas para fazer xixi e esticar as pernas, a última delas foi em uma fazenda que pertenceu ao colombiano Pablo Escobar. Atualmente, o local está abandonado, contudo segue aberto ao público. Na década de 80, a fazenda era uma casa térrea, com piscina, sauna e churrasqueira. No local também é possível avistar uma pista quilométrica de pouso e descolagem, afinal era assim que Pablo chegava à região.
Cachoeira da Velha
Passado a parte histórica, chegamos na Cachoeira da Velha por volta das 11h. As quedas são em formato de “U”, do deck de observação só é possível, então, ver apenas um dos lados da Cachoeira (que já é bem bonita). Quem optar por fazer o rafting, conhece o outro lado (e sim, ele é bem mais grandioso). Tiramos algumas fotos nos pontos que eram permitidos e a divisão foi a seguinte: quem optou por fazer o rafting (que era uma atividade opcional no valor de R$200) seguiu com a equipe da Nova Ventura e quem não quis, já seguiu para a Prainha do Rio Novo.
Eu e o Bruno fizemos o rafting (confesso que mais por vontade dele do que minha) e ainda bem. Foi super bacana! Os instrutores eram muito bons e nos passaram todas as instruções de segurança. Pudemos chegar bem próximos da queda, andar por trás da água e, em seguida, fazer o rafting em si. Se você tiver essa opção, faça! Mesmo com o céu super escuro (ia cair um pé d’água em breve), o visual foi um dos mais bonitos que pude registrar – e as emoções durante o rafting uma das mais divertidas.
O rafting termina na Prainha do Rio Novo, onde encontramos nosso pessoal que já estava lá curtindo as águas calmas do local. Ainda ficamos um pouquinho por lá até a hora de almoçar. Lembram que no começo do dia o nosso guia avisou que seria um dia mais puxado de estrada? Nosso almoço foi no estilo piquenique e para isso a Cerrado Dourado preparou um almoço na própria Prainha. O cardápio do nosso almoço incluiu frutas, pães, frios, saladas, sucos, água de coco, panetone e até um cafézinho. Deu para encher bem a barriga – e foi bem gostoso!
Dunas do Jalapão
De lá, partimos para as Dunas do Jalapão assistir o pôr do sol. Foi mais um longo trajeto e, infelizmente, pegamos uma baita chuva no caminho (o que deixou a estrada ainda mais complicada). Chegamos nas Dunas ainda com chuva e o nosso guia nos deu a opção de subir ou não. A princípio, eu ia, mas quando desci do carro e senti a água gelada só consegui pensar em uma coisa: “Vou ficar mais duas horas dentro do carro ensopada assim?”. E desisti. NÃO FAÇA ISSO! Me arrependi profundamente quando a galera voltou e eu vi as fotos. Mesmo com chuva, as Dunas estavam intactas e lindas. Vacilei feio nessa decisão. Mas, já foi. Ficará para uma próxima!
De fato, foram mais duas horas até o Formiga Ecolodge que fica em Mateiros e onde passamos duas noite. De todas as hospedagens, essa foi a mais charmosa. São diversos bangalôs privativos super confortáveis – além da comida ser absurdamente gostosa! Foram os melhores jantares e cafés da manhã da viagem. Chegamos e, por conta da chuva, a luz acabou logo depois do nosso jantar (esteja preparado para esses imprevistos, não adianta ficar de mau humor, hein?). Para nós, isso não foi um problema, a temperatura estava agradável e dormimos ao sons dos grilos e sapos. Ah, por enquanto o Formiga Ecolodge é exclusivo da Cerrado Dourado (ponto positivo para nós!).
Dia 3: Fervedouro do Rio Sono + Fervedouro dos Buritis + Cachoeira da Formiga + Fervedouro do Ceiça
Até então, eu estava curtindo a viagem, mas nada que tivesse superado minhas expectativas. A partir desse dia tudo mudou! A partir daqui os trajetos foram bem mais curtos e teríamos mais atrativos por dia. Depois de um belo café da manhã (o capricho do Formiga Ecolodge era de se surpreender), saímos por volta das 08h40 rumo ao nosso primeiro fervedouro do Jalapão. Apenas 10 minutinhos depois, já estávamos no Fervedouro do Rio Sono.
Como explicamos lá em cima, os fervedouros possuem número de pessoas limitado por vez (varia de fervedouro para fervedouro) e tempo máximo de permanência. Quando chegamos no Rio Sono, havia um grupo e aguardamos alguns minutos até que pudéssemos entrar (a espera não se dá no próprio fervedouro, mas geralmente em uma casa e/ou restaurante que fica na entrada).
Fervedouro do Rio Sono
No Fervedouro do Rio Sono, apesar dele ser bem pequeno, a capacidade era de 10 pessoas, ou seja, o nosso grupo todo. Foi o nosso primeiro contato com o fervedouro e foi diferente de tudo o que já vivi. É muito engraçado, pois você tenta afundar e não consegue por nada. Em alguns locais, onde a pressão é mais forte, dá para sentir uma cócegas nas pernas que até assusta. Foi super divertido e fiquei encantada por essa formação. Ficamos cerca de 20 minutos no local até que demos a vez para o outro grupo que aguardava.
Fervedouro do Buriti
Seguimos para o Fervedouro do Buriti, a menos de 5 minutos dali. Esse fervedouro é bem maior e mais impressionante. É uma delícia ficar boiando e relaxando na água de um fervedouro. Ficamos brincando de tentar afundar, de encostar na areia em suspensão e coisas do tipo (rendeu fotos bem divertidas). Nele, não havia nenhum outro grupo aguardando, então ficamos mais de uma hora por ali. Chegamos por volta das 10h10 e saímos às 11h40. Aproveitamos muito!
Saímos dali e fomos almoçar no Restaurante e Camping do Vicente, além da comida ser bem saborosa, tinham vários banheiros extremamente limpos e um local com muitas redes para dar aquela relaxada (ou, como dizia o nosso guia, “fazer o quilo”). Ali também tinha wifi (é claro que o sinal não é aquelas coisas), mas eu estava adorando tanto ficar totalmente desconectada que mantive meu celular no modo avião – e foi ótimo!
Cachoeira do Formiga
A próxima atração do dia era a Cachoeira do Formiga – ainda mais bonita pessoalmente. Chegamos lá por volta das 13h40 e estava praticamente vazia. Foi ótimo! Deu tempo de relaxar no poço mais raso que fica no fim da cachoeira e nos divertir nas quedas d’água. A água realmente impressiona pelo seu tom turquesa (achei que era efeito das fotos, mas não é não). Foi um dos lugares que mais gostei de conhecer!
Ficamos uma hora curtindo o local, até que chegou um grupo de turistas bem grande (lembram que comentei da Korubo no início desse texto? Todas as agências tentam fugir das atrações quando a Korubo chega, como eles andam em um “ônibus” a chegada da Korubo significa no mínimo umas 50 pessoas no local, rs). Para nós, hora de seguir para a próxima parada!
Fervedouro do Ceiça
Às 15h saímos da Cachoeira e às 15h20 chegamos do Fervedouro do Ceiça. Esse foi o foi o primeiro a ser descoberto pela região e, portanto, é o que possui maior controle de entrada (máximo de 6 pessoas a cada 15 minutos). O recorte dele é diferente de todos os outros e, em sua volta, as bananeiras dão um charme especial. O Fervedouro do Ceiça foi o que eu achei mais bonito, e também o meu favorito.
Saímos dele e fizemos um lanchinho preparado pela agência – muito bom comer uma bolachinha e uma maça depois de tanta água, né?
Comunidade do Quilombola do Carrapato
Seguimos viagem de volta à pousada. No caminho, passamos para conhecer a Comunidade do Quilombola do Carrapato onde foi possível tomar sorvete e conhecer o artesanato do capim dourado. O capim dourado se dá em campos úmidos próximos a veredas em diversas regiões do cerrado e os locais fazem diversos produtos com ele, desde vasos a bijouterias – um mais lindo que o outro. Você sabia que em Paris existe uma loja de peças feitas de capim dourado do Jalapão? Pois é, e nós aqui sem mal conhecer esse tipo de atividade. Eu garanti uma pulseira, dois brincos e um vaso. Tudo bem baratinho!
Chegamos na pousada por volta das 18h (reparou como os trajetos já foram bem mais curtos?) e pudemos curtir um pouco mais do Formiga Ecolodge. Nesse dia, depois de um belo banho e alguns minutos de descanso, até compramos um vinho na pousada mesmo e tomamos depois do jantar! Foi um dia super especial, mas nada de dormir muito tarde, afinal eu escolhi madrugar no dia seguinte!
Dia 4: Trekking no Morro do Jacurutú (opcional) + Poços Encantados do Formiga + Fervedouro das Macaúbas + Fervedouro Bela Vista + Pernoite em São Félix do Tocantins
Escolhemos começar o quarto dia com a atividade opcional (R$150) trekking para ver o nascer do sol no topo do Morro do Jacurutú. Saímos da pousada às 04h e depois de meia hora dentro do carro começamos o trekking. Na verdade a caminhada é bem rápida, o trecho é curto porém íngreme. Em alguns pontos há cordas que ajudam a ter firmeza para subir e, como ainda estava escuro, usamos lanternas para facilitar o deslocamento. Chegamos no topo do morro antes das 05h e aguardamos para ver o sol nascer. A vista é bem privilegiada, a experiência é especial e para deixar o momento mais especial, o nosso guia preparou um café da manhã para nós.
Poços Encantados do Formiga
Saímos do Morro do Jacurutú por volta das 06h30 (a descida pega bastante o joelho) e às 07h15 estávamos de volta na pousada. Tomamos o café da manhã (mais uma vez) e deixamos todas as malas prontas para trocar de hospedagem. Dentro da Formiga Ecolodge ficam os Poços Encantados do Formiga e como a pousada é exclusiva da Cerrado Dourado, esse atrativo acaba sendo também. É uma espécie de lago/rio de água esverdeada super bonita. Em um certo ponto, as águas formam um corredeira que percorre todo o espaço do Ecolodge – é uma delícia. Sabe aquela atração de parque aquático que você se deixa levar pela água? Então, é tipo isso, mas de forma natural! Uma delícia!
Fervedouro das Macaúbas
Nós despedimos da pousada às 10h e fomos para o Fervedouro das Macaúbas que também ficava bem pertinho de onde estávamos. Esse fervedouro é bem grande e é o que possui maior pressão, então é o que faz mais “massagem” nas pernas. O visual é bem semelhante aos outros, mas a experiência é diferente! Como também não havia ninguém esperando, pudemos ficar um tempão curtindo as Macaúbas.
Fervedouro Bela Vista
Seguimos para o almoço, novamente no Restaurante do Vicente, e por volta das 14h demos início a próxima viagem, agora rumo à São Félix do Tocantins (a 35 km de distância). Lá, fomos direto para a Pousada Bela Vista onde pernoitamos. Dentro dela, está localizado o Fervedouro Bela Vista e, portanto, pudemos visitá-lo em qualquer momento. Inclusive a noite!
Como chegamos ainda com o dia claro, já fomos logo curtir esse fervedouro particular. Ele é imenso! O maior de todos (e muitos dizem que é o mais bonito). Ficamos bons minutos aproveitando o local e depois fomos descansar. Nesse dia, ainda jantamos no local e à noite voltamos para o Fervedouro (confesso que ninguém teve coragem de entrar na água, mas valeu o clique)!
Dia 5: Fervedouro Bela Vista + Cachoeira das Araras + Serra da Catedral + Morro Vermelho + Pernoite em Taquaruçu
Acordamos cedinho e antes mesmo de tomar café, passamos novamente no Fervedouro Bela Vista. Como estava bem cedo, por alguns momentos tivemos um fervedouro para chamar de meu! Foi ótimo!
Depois, arrumamos as malas e tomamos café da manhã. Às 09h saímos de São Félix e, depois de 45 minutos de estrada, chegamos a Cachoeira das Araras.
Cachoeira das Araras
O visual é bem bonito e a água na temperatura ideal para renovar as energias. Viu, só? Quem disse que o Jalapão vive só de fervedouros? Ficamos uma hora curtindo a cachoeira e depois almoçamos no restaurante que fica no local. Às 12h30 estávamos novamente na estrada – agora já voltando à Palmas (nesse dia, o outro grupo que tinha contratado o roteiro de apenas 5 dias já começou a se despedir de nós).
Serra da Catedral e Morro Vermelho
Nesse trecho mais longo, fizemos a primeira parada na Serra da Catedral, uma formação rochosa que como o próprio nome indica, lembra uma Catedral. Desde 2010, o local é uma reserva de Patrimônio Natural. A região garante lindas fotos, tanto da Serra quanto da estrada. Nos esbaldamos nessa parada e garantimos muitos cliques!
A segunda parada foi na região chamada de Morro Vermelho: grandes formações de tons avermelhados e alaranjados que lembram chaminés. É bem bonito mesmo. Nesse local, fizemos um lanchinho antes de voltar para a estrada.
Às 18h30 chegamos na cidade de Taquaruçu, já bem próximo de Palmas, onde nos despedimos do outro grupo e nos preparamos para o último dia em que ficaríamos apenas nós 5. Nessa cidade, nos hospedamos na Casa das Flores, uma pousada gracinha já com cara de “cidade grande”. Aqui foi o primeiro (e também último) local onde o jantar foi a la carte e pudemos escolher pratos (também já incluso no pacote da agência). Nesse dia optamos por mais um vinho para já ir fechando a viagem com chave de ouro!
Dia 6: Cachoeira do Evilson + Cachoeira das Araras (Fazenda Ecológica) + Chegada em Palmas
Saímos da pousada para irmos para o Vale do Taquaruçu, onde a galera fez uma tirolesa com vista para o Vale (é a terceira atividade opcional que o roteiro oferece, mas essa eu passei e não fiz). De lá, fomos para a Cachoeira do Evilson que tem um visual incrível!
Cachoeira do Evilson
Chegamos lá bem cedo, por volta das 10h, e como o sol não estava dos mais fortes, eu não tive coragem de entrar na água que estava bem gelada, mas o pessoal (inclusive o Bruno) entrou e adorou. O cenário em volta da cachoeira torna o lugar ainda mais bonito. Nela também é possível acessar a parte de trás da queda, o que é bem especial!
Fazenda Ecológica
Ao meio dia chegamos na Fazenda Ecológica – que tem diversos atrativos dentro de sua propriedade. Por lá almoçamos (uma delícia por sinal!) e depois fizemos um belo descanso com direito a cochilo de uma horinha. Deu para perceber que a nossa bateria estava quase esgotando, né? Pode parecer que não, mas viagem dentro de carro também cansa, rs!
Dentro da fazenda, optamos por conhecer a Cachoeira das Araras (essa é outra, tá?) e foi uma delícia. Três goldens vivem por lá e dois deles nos acompanharam no banho. Nessa eu já entrei e foi ótimo. A água estava uma delícia e foi a pedida certa para me despedir do Jalapão. Ainda fizemos mais um lanche antes de voltar para Palmas.
Saímos às 16h30 e por volta das 18h já estávamos de volta à Palmas (e novamente no Select Hotel).
Ufa, o Jalapão é bruto! Mas é inesquecível!
Mapa do Jalapão – Roteiro
Abaixo, um mapa com (quase) todas dicas do Jalapão citadas neste roteiro:
Alguns atrativos não foram encontrados no mapa pelo Google. Pois é, o sinal é bem precário (para não dizer inexistente) por lá, rs!
O que fazer em Palmas em 1 dia
Eu cheguei em Palmas em uma sexta-feira no fim da tarde e me hospedei no Select Hotel. No total, peguei 3 diárias lá (uma na chegada e duas na volta). Como do Jalapão segui para Fernando de Noronha eles foram super bacanas e guardaram minhas malas em perfeita segurança (já que para o Jalapão só é possível levar uma bagagem pequena por pessoa). O hotel é bem confortável e o quarto espaçoso. O ponto alto fica no café da manhã que possui horário bem extenso (das 06h às 10h) e uma variedade imensa de opções. O Select Hotel é um dos hotéis que a Cerrado Dourado sugere como hospedagem em Palmas – fui na deles e amei!
Na manhã seguinte, já dei início ao meu passeio pelo Jalapão. Na volta, ainda tive um dia inteiro em Palmas e aí aqui vão algumas dicas do que fazer por lá:
Praia da Graciosa e Ilha da Canela
Palmas é a capital mais nova do Brasil, ela foi completamente planejada para ser a capital do Tocantins e foi instalada em 1º de janeiro de 1990. Nela, temos o Lago de Palmas – um lago artificial de 172 km de extensão formado após a construção da Usina Hidrelétrica Luis Eduardo Magalhães. Com ele, temos as praias da Graciosa, do Prata, do Caju, dos Buritis, das Arnos e a Ilha Canela.
A orla da Praia Graciosa é a principal delas e é uma delícia para fazer caminhadas e perceber o quanto Palmas é “perfeitinha”. Nos meses de mais chuva, julho por exemplo, é possível acessar a Ilha da Canela que fica a 3km de distância da margem da Graciosa. Lá tem redes para descansar e restaurantes. É um belo passeio para ver o pôr do sol de Palmas.
Boa pedida de almoço executivo ou um jantar mais agitado
Um dos bares mais agitados de Palmas é o Dona Maria Beach (Plano Diretor Sul, Palmas). Com uma programação que varia de música ao vivo a aulas de yoga, o bar/restaurante é uma ótima opção para almoçar (de terça a sexta, das 11h30 às 15h30, eles oferecem almoço executivo com pratos que giram em torno de R$30) e, à noite, ganha ares mais agitados. Tudo isso bem na orla da Praia Graciosa
Para quem ama sorvete
Logo do ladinho do Dona Maria Beach, fica a Sorveteria Copão. Você paga R$3,50 por um copo de 500ml e pode enche-lo com os sabores de sorvete que quiser – é sorvete pra caramba, aproveite!
Hamburgueria descolada em PALMAS
Chegando do Jalapão, e depois de um belo banho, é claro, reunimos a nossa turma novamente (ficamos bem amigos) e fomos jantar na Kowa Hamburgueria (Sul Rua SO 3, Quadra 103, Lote 11 Sala B – Plano Diretor Sul). Super bonitinha, estava bem vazia em uma quinta-feira a noite. Os hambúrgueres eram bem gostosos (apesar de vir pouquíssima batata frita) e o ambiente vale a pena!
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Fátima de Belo Horizonte – MG
Agente de Viagens
Parabéns, excelente divulgação sobre Jalapão.
Fátima – BELO hORIZONTE/MG
Sou Agente de Viagens, parabéns pelas dicas, muito bem explicado me auxiliou bastante para futuras organizações dos pacotes.
Gratidão e sucesso!
Obrigada pelo feedback Fátima!
O JALAPÃO
Nesse paraíso de adrenalina,
Cheio de encanto e emoção,
Você encontra de deserto
A cachoeira em um paredão.
A natureza fez a pedra furada
Para mirante da imensidão.
As surpresas não acabam,
Merece presentear sua visão.
Mergulhe num fervedouro
E banhe na praia do ribeirão,
Caminhe por dunas douradas
E veja o pôr do sol de verão.
Autor: Sebastião Santos Silva da Bahia
Oi Malu! Adorei seu post sobre o Jalapão! Vou agora em novembro, e quero tirar uma dúvida: todos os passeios preciso ir de biquíni por baixo?! Obrigada!!
Oi Karla, tudo bem? Que legal que gostou do post! Não é obrigatório, não. Vá da forma que você se sentir confortável, mas a maioria dos passeios envolvem fervedouro ou cachoeira, então leve em consideração que você vai entrar na água (se quiser, é claro)!
Aproveite a viagem, o Jalapão é incrível! Depois nos conte como foi 🙂
Oi Malu, tudo bem?
Amo seus relatos, sempre que estou montando meus roteiros leio seu site!
Estou planejando uma viagem para o Jalapão e já fechei com a Cerrado Dourado o mesmo pacote que vocês fizeram. Hoje, pesquisando sobre os passeios adicionais acabei achando esse seu post, que como sempre, ajudou demais! Mas o que achei mais incrível é que também pretendo emendar com Noronha e vi que você fez isso também!!! Vou correndo agora ver as dicas de Noronha! 😀
Parabéns pelo trabalho, sempre muito esclarecedor!!
Muito obrigada!
Ah, Malu, uma dúvida: você acha que valeu a pena o trekking para ver o pôr do sol?
Olá Raquelly, que demais o seu comentário! Ficamos super felizes que o blog a tenha ajudado – e achei demais a coincidência da dobradinha Jalapão + Noronha. Não é um roteiro convencional, mas você vai amar! São lugares completamente diferentes, mas igualmente surpreendentes! Depois nos conte como foi 🙂
Sobre o trekking, se você já está acostuma a fazer trilhas não vai ser algo tão inovador. É um trekking bem simples e rápido (porém íngreme, algumas partes cordas nos ajudam a subir), mas a vista é bem bonita. Ele acontece no nascer do sol e, chegando lá em cima, a Cerrado Dourado prepara até um café para o momento. Eu achei bem legal a experiência, ver o sol nascer em um lugar que só tem natureza foi muito bonito. Acho que vale a pena pela vista, mas não pelo “trekking” em si, entende? Principalmente se você for uma pessoa que já está acostumada a fazer trilhas – como eu não sou, achei que valeu pela experiência! Espero ter ajudado!
Beijos e nos acompanhe sempre!