Lençóis Maranhenses: roteiro completo de 7 dias no Parque Nacional
Procurando um roteiro para os Lençóis Maranhenses? Você encontrou! O destino é um dos lugares mais cobiçados no Brasil (e arrisco a dizer do mundo) pela sua beleza incomparável! E toda a fama vale a pena, viu? O contraste entre as dunas de areia branca e o azul vibrante das lagoas é uma das paisagens mais bonitas que eu já vi!
Mas, apesar de ser muito desejado, planejar uma viagem para os Lençóis Maranhenses não é tão simples. Afinal, o Parque abrange três municípios do Maranhão: Barreirinhas, Santo Amaro e Primeira Cruz – são 155 mil hectares! Além disso, também existem meses certos para conhecer o destino. Porém, já te adiantamos: ele vale muito a pena!
Aqui, vamos te contar tudo o que você precisa saber sobre o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses: quando ir, onde ficar, como chegar e o que fazer! Preparados para se encantar?
- Roteiro para os Lençóis Maranhenses: 7 dias
- Onde ficam os Lençóis Maranhenses?
- Lençóis Maranhenses no mapa
- Qual é a melhor época para conhecer os Lençóis Maranhenses?
- Quanto tempo ficar nos Lençóis Maranhenses?
- Onde ficar nos Lençóis Maranhenses?
- Roteiro detalhado: 7 dias nos Lençóis Maranhenses
- Vale a pena contratar tours nos Lençóis Maranhenses?
- Vale a pena alugar carro nos Lençóis Maranhenses?
- Lençóis Maranhenses: vale a pena ir?
Roteiro para os Lençóis Maranhenses: 7 dias
Nós passamos 7 dias nos Lençóis Maranhenses e dividimos nossa hospedagem nas 3 principais bases: Barreirinhas, Atins e Santo Amaro. Em uma semana conseguimos fazer todos os principais passeios do Parque, e ainda curtir um pouco de São Luís, a capital do Maranhão.
A divisão do roteiro ficou assim:
- Dia 1: São Luís
- Dia 2: Barreirinhas (Circuito Lagoa Bonita)
- Dia 3-4: Atins (Revoada dos Guarás, Circuito Canto do Atins)
- Dia 5-6-7: Santo Amaro (Lagoa das Américas, Circuito Lagoa das Emendadas, Circuito da Bethânia)
Onde ficam os Lençóis Maranhenses?
O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses foi criado em 1981, e é gigantesco. Sua extensão abrange três municípios maranhenses: Barreirinhas, Santo Amaro e Primeira Cruz. E por isso pode parecer complicado decidir onde ficar – mas, calma, vamos te explicar tudinho!
Seu bioma passa pelo Cerrado, Caatinga e Amazônia. Daí, podemos encontrar áreas de restinga, dunas de areia e até mesmo praia! Um dos poucos lugares do mundo que possui uma beleza tão única!
Lençóis Maranhenses: como chegar
Localizado a 256 Km, cerca de 4 horas de São Luís no Maranhão, entre os municípios de Barreirinhas (principal base para desbravar o parque), Atins e Santo Amaro, os Lençóis Maranhenses são um destino ainda pouco explorado pelos brasileiros, mas muito especial!
O principal ponto de partida para os Lençóis é São Luís, e de lá, você pode ir para Santo Amaro (cerca de 3h30) ou Barreirinhas (4h). Os trajetos são feitos em estradas, que não são das melhores, então o tempo de deslocamento é grande mesmo. Considere isso em seu roteiro!
Lençóis Maranhenses no mapa
Qual é a melhor época para conhecer os Lençóis Maranhenses?
Taí um dos maiores diferenciais desse destino: ele tem época ideal para ser visitado. E é bom você planejar a sua viagem para o melhor período do ano, assim você não vai chegar lá e se frustrar, ok?
O período ideal de visitação dos Lençóis é de junho a agosto, época em que as lagoas estarão cheias, formando as lindas paisagens dos Lençóis Maranhenses. Eu ainda arrisco a dizer que junho e julho são os melhores meses. Eu fui na segunda quinzena de agosto e as lagoas já estavam começando a secar. Aliás, por curiosidade, vale reforçar que as lagoas são formadas pela água da chuva, por isso são de água doce (e não salgada, como muita gente pensa).
De novembro a abril é a época das secas, a água desaparece e transforma o local em um parque de dunas secos. Fuja desses meses.
Quanto tempo ficar nos Lençóis Maranhenses?
Uma semana é o tempo ideal para você ter a experiência completa nos Lençóis Maranhenses – e ainda curtir pelo menos 1 dia em São Luís. Com 7 dias, dá para dividir o roteiro e conhecer as 3 principais bases: Barreirinhas, Santo Amaro e Atins!
Com 5 dias você também faz uma boa viagem se excluir uma das bases, e aqui eu focaria em Santo Amaro e Atins. Agora se você tem apenas 3 ou 4 dias vá direto para Santo Amaro que é lá que estão as lagoas mais bonitas.
“Uma semana? Mas as lagoas não são todas iguais?” Pois é, eu me questionei sobre isso antes de conhecer o roteiro. Fiquei com medo de ficar muito cansativo e no terceiro dia de passeio já não aguentar mais ver a “mesma paisagem”.
Só que não é bem assim, cada base tem um estilo diferente: Barreirinhas é uma cidade mais turística, já Atins é uma vila de pescadores com praia e Santo Amaro é um lugar ainda pouco explorado e quase sem estrutura. Os passeios também são diferentes: algumas lagoas são mais azuis, outras mais esverdeadas. Umas rasinhas, outras bem fundas. Eu achei 1 semana o tempo ideal.
Onde ficar nos Lençóis Maranhenses?
Como já explicamos, são 3 principais bases de hospedagem para conhecer os Lençóis Maranhenses, e cada uma delas tem os seus diferenciais. Aqui neste outro post explicamos com detalhes sobre Barreirinhas, Santo Amaro ou Atins: que base escolher para visitar os Lençóis Maranhenses?
Resumindo, Barreirinhas é a base com maior infra estrutura. A maior cidade da região com entrada para o Parque, mas as lagoas próximas não são as mais bonitas e são as que ficam mais cheias de turistas.
Já Santo Amaro é uma cidade ainda bem pouco desenvolvida, mas com um bom custo-benefício para alimentação e hospedagem (porém são poucas opções, precisa reservar com antecedência!), e com as lagoas mais bonitas bem pertinho.
Atins é uma vila de pescadores que pertence a Barreirinhas, com acesso apenas de barco. Lá você vai encontrar uma vibe muito legal, com chão só de areia, praia de água salgada e ainda um dos melhores lugares do mundo para o kitesurf. Lê-se: só tem gringos. E por sinal: eu adorei Atins (me lembrou muito Caraíva, inclusive).
Roteiro detalhado: 7 dias nos Lençóis Maranhenses
Agora que você já sabe quase todas as informações para planejar a sua viagem para os Lençóis Maranhenses, vamos te contar qual foi o nosso roteiro. E, convenhamos, eu achei super completo e bem redondinho!
Dia 1: São Luís
Nós saímos de São Paulo e chegamos em São Luís na madrugada do primeiro dia do roteiro. Nos hospedamos no Boulevard Park Hotel, um hotel super econômico, mas que cumpria o nosso requisito principal: era perto do aeroporto. Como nosso voo chegou às 3h da madrugada, queríamos que o hotel fosse perto dali para termos mais tempo de descanso nessa primeira noite.
Acordamos e um pouco antes das 11h da manhã saímos para conhecer o Centro Histórico de São Luís. Usamos Uber durante toda a nossa estadia em São Luís e achamos que funciona muito bem. Chegando lá, fizemos um Free tour pelo centro histórico de São Luís – daqueles que são em grupo e você paga no final uma “contribuição” que achar justo, sabe?
Outra opção de tour bem legal pela cidade é o Tour panorâmico por São Luís, pois além de conhecer o centro histórico da cidade, esse tour te leva para ver as praias de São Luís e a Lagoa da Jansen. Tem duração de 3h e o transporte está incluso.
Passamos pelos principais pontos turísticos da São Luís antiga. E aqui, digo antiga porque tem um outro lado de São Luís que é ultra moderno, mas deixamos essa parte para o último dia de viagem. Almoçamos no Flor de Vinagreira (Endereço: R. da Estrela, 220 – Centro, São Luís) que é bem conhecido e tem um ambiente gostoso.
Tour pelo Centro Histórico de São Luís
O nosso tour passou pela Rua Portugal, o Mercado da Casa das Tulhas, Rua do Giz, Catedral de São Luís e o Palácio dos Leões. Foi legal para conhecer os lugares, mas também ter mais informações sobre eles.
Terminamos o tour guiado e fomos caminhando até o Teatro Arthur Azevedo, um dos teatros mais antigos e históricos do Brasil. Infelizmente ele estava fechado para visitação, mas dali ouvimos uma música ao vivo vindo de algum lugar e quando percebemos estávamos em uma rua estreitinha, onde a galera colocou mesas na calçada e estava aproveitando o som e tomando uma cerveja gelada.
Nos juntamos aos são-luisenses e decidimos estender a tarde por ali. Foi muito legal, nós cantamos, batemos papo, fizemos amigos e até dançamos na chuva. Com certeza foi o ponto alto do dia!
Voltamos para o hotel, descansamos e à noite fomos jantar no Cabana do Sol (Endereço: Av. Litorânea, 10 – Calhau, São Luís) e foi uma delícia. Ambiente muito gostoso, comida boa e com um ótimo preço. Tá mais do que indicado.
E assim encerramos nosso primeiro dia. Se você quiser ter ainda mais informações da capital, veja também nosso outro roteiro sobre o que fazer em São Luís: as atrações imperdíveis para conhecer a cidade.
Dia 2: Barreirinhas
Saímos de São Luís por volta das 7h30 rumo à Barreirinhas. Contratamos todos os deslocamentos com uma agência de turismo e o transfer nos pegou no hotel. O deslocamento até a cidade foi de mais de 4 horas (sim, bem cansativo!) e chegamos já para o almoço.
Em Barreirinhas nos hospedamos no Hotel Rio Preguiças que fica coladinho na praça principal da cidade. Acomodamos as malas e já fomos almoçar na Avenida Beira-Rio que, como o nome sugere, fica às margens do Rio Preguiças e é super gostoso. Ali existem vários restaurantes e a noite rola música ao vivo em quase todos eles. Achei uma graça!
Escolhemos o Restaurante A Canoa (Endereço: Av. Beira Rio, Barreirinhas) e foi uma ótima escolha. Ambiente gostoso e comida bem boa, com pratos muito bem servidos, viu? Comemos rapidinho e voltamos para o hotel porque às 14h começava nosso primeiro passeio.
Circuito Lagoa Bonita
Esse foi nosso primeiro contato com as lagoas dos Lençóis Maranhenses. Em Barreirinhas existem dois passeios principais: o Circuito Lagoa Bonita e o Circuito Lagoa Azul. Escolhemos o primeiro.
O trajeto é feito em um veículo 4×4 e dura quase 1 hora até chegar em um local onde precisamos pegar uma balsa e para atravessar o Rio Preguiças. Depois dessa travessia, é mais 1h30 de estrada – agora já dentro do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses – até chegar no ponto onde descemos do carro e começamos o passeio a pé.
Dali, subimos uma “escadinha de 144 degraus” e damos de cara com a primeira lagoa: Lagoa Testa Branca. Ficamos um tempão curtindo essa lagoa e depois nos reunimos novamente com o grupo para juntos caminharmos até o ponto onde iríamos contemplar o pôr do sol. Passamos pela Lagoa Bonita (que não achei tão bonita assim: já estava secando e tinha muita gente.) e caminhamos até o topo de uma duna para contemplar a paisagem.
Está organizando o seu roteiro para Barreirinhas? A Civitatis, nossa parceira, tem dois tour super legais na região que nós recomendamos. Compre com antecedência e aproveite a vantagem de poder parcelar.
- Trilha pela lagoa Bonita: um tour pelo Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, desfrutando de extensas lagoas entre dunas e uma paisagem magnífica. Você irá se deliciar com a impressionante paisagem da lagoa Bonita e um lindo pôr do sol. Tem duração de 6h.
- Excursão às lagoas Azul e Peixe: um passeio pelas dunas de Barreirinhas para conhecer os oásis escondidos, as duas lagoas mais bonitas da região: Azul e Peixe (de água salgada). Tem duração de 5h30.
Eu adorei esse primeiro passeio porque entregou aquilo que eu realmente imaginava: lagoas azuis e dunas infinitas. Algumas das lagoas já estavam secando e, por ser um passeio em Barreirinhas (cidade mais “fácil” em termos de estrutura) estava com muitos turistas, mas ainda assim me impressionou.
Spoiler: daqui para frente só foi ficando melhor!
Jantamos uma pizza express no Píer 71 (Endereço: Av. Beira Rio, Barreirinhas), afinal o dia foi bem cansativo e precisávamos descansar para nos prepararmos para os próximos passeios.
Dia 3: Atins
No nosso terceiro dia deixamos Barreirinhas e fomos até Atins. O trajeto é feito em lancha e, então, para otimizar o tempo, incluímos um passeio na jogada que é bem comum por lá: Circuito Praia de Caburé. A Civitatis oferece o Transfer a Atins de lancha, no qual você fará o mesmo passeio que eu fiz, com a vantagem de poder reservar com antecedência e ainda parcelar.
A primeira parada é Vassouras, onde ficam os Pequenos Lençóis, que já estavam vazios quando eu fui. Ali tem bastante comércio e muitos macaquinhos que ficam loucos com os turistas querendo tirar foto e dando comida para eles (não faça isso!).
O segundo ponto é Mandacaru, onde fica o Farol Preguiças. Do alto dele dá para ter uma vista panorâmica de dunas, praias e o Rio.
Por fim, chegamos na Praia do Caburé, que eu achei uma graça por estar 100% vazia. Ali, almoçamos em um restaurante pé na areia e curtimos umas horinhas relaxando até seguirmos viagem a Atins.
Voltamos para a lancha e mais alguns minutos chegamos no nosso destino. Atins é um povoado que os brasileiros ainda não descobriram – mas os gringos sim. O local é um dos melhores do mundo para a prática de kitesurf, então amantes do esporte de todos os lugares vão para lá (e muitos ficam).
Como se locomover em Atins?
Em Atins não entra carro e as ruas são todas de areia. Então, fica um pouco difícil de se locomover. Você tem que encarar as caminhadas ou pagar caro para pegar uma carona com um buggy ou quadriciclo. Por isso, é importante checar a localização da sua pousada.
Nós ficamos na Pousada do Beto, que era bem longe de tudo. Como só tínhamos 2 dias por lá e em 1 deles já tínhamos fechado o passeio (e foram nos buscar direto na pousada) não nos prejudicou. Também gostamos muito da vibe de sítio da Pousada e de poder conversar com o próprio Beto e sua família, que são naturais de Atins! Para nós, foi um bom custo-benefício, mas avalie bem em seu roteiro.
Revoada dos Guarás
No fim da tarde deste dia fizemos o tradicional passeio para ver a Revoada dos Guarás – um pássaro de coloração vermelha vibrante que todos os dias, no mesmo horário e no mesmo local, voam juntos para passar a noite.
Eu achei a experiência muito linda: nós estávamos no meio do rio, em um barquinho, com um pôr do sol maravilhoso, o céu coberto por tons de cores super diferentes e uma revoada vermelha indo e voltando.
Terminamos o dia jantando um hambúrguer no Jungle Atins (em Atins não existem endereços, haha).
Dia 4: Atins
Começamos o dia curtindo um pouco a praia de Atins. Caminhamos até o encontro do rio com o mar, era possível também pegar um barquinho para atravessar o rio e ficar na areia que dá para a água salgada. Mas, optamos por ficar por ali mesmo e passamos a manhã no Charme Beach Bar, um dos lugares mais badalados de Atins. Por isso, os preços são mais elevados. Gostamos bastante dos drinks e da comida e, principalmente, do conforto.
Circuito Canto do Atins
Na parte da tarde, fizemos o passeio Circuito Canto do Atins. Demos uma baita sorte e no nosso tour não havia ninguém, então foi praticamente privativo. Nosso guia disse que haviam 3 lagoas que ainda estavam cheias, ele nos levou para a que era um pouco mais afastada e, por isso, estava vazia.
Foi uma delícia de passeio! Tive uma lagoa para chamar de minha por duas horas e foi muito gostoso. Água quentinha, alguns pontos um pouco mais fundos e uma tranquilidade inexplicável.
Para o pôr do sol fomos para uma outra duna, uma das mais altas da região de Atins, e apreciamos o sol indo embora. Dessas cenas que ficam eternizadas na memória!
Encerramos o dia jantando no Casa de Juja que é o restaurante mais bem avaliado de Atins e com razão. Comida super saborosa, prato bem servido e preço justo. Vale a pena conhecer.
Dia 5: Santo Amaro
Para ir de Atins para Santo Amaro você necessariamente tem que passar por Barreirinhas. Contrate seu transfer de lancha com antecedência. Logo cedo pegamos a lancha de volta para Barreirinhas e tínhamos uma sobra de tempo bem grande até o nosso translado para Santo Amaro. Foi quando, de última hora, decidimos fazer uma loucura: o sobrevoo pelos Lençóis Maranhenses.
Sobrevoo nos Lençóis
Esse passeio é um dos mais requisitados nos Lençóis Maranhenses, afinal a perspectiva de ver a paisagem das lagoas e dunas do alto é totalmente inusitada, além de mostrar a real dimensão do Parque Nacional.
A única base que tem um aeroporto (lê-se: mini aeroporto) é Barreirinhas, por isso os voo só sai de lá. Tem dois trajetos:
- 30 minutos: o avião sobrevoa até mais ou menos metade do Parque
- 1 hora: o avião sobrevoa até as lagoas de Santo Amaro.
Nós fizemos a primeira opção e os valores dependem da rota escolhida e da temporada, mas é entre R$ 600 a R$ 1000.
Eu morro de medo de avião e quando vi o fusca com asas que estava entrando, quase desisti. O meu avião tinha apenas 4 lugares: 1 piloto e 3 passageiros. Realmente, parece que ele não vai ter força para subir, mas sobe. E mexe bastante.
A sensação é que quando bate um ventinho ele até enverga para um lado. Enfim, para quem tem medo de avião, como eu, não é a experiência mais gostosa do mundo, mas vale a pena porque passa muito rápido e a paisagem é surreal!
Só vendo de cima mesmo para ter noção da dimensão infinita do Parque. E olha que as lagoas nem estavam tão cheias, hein? Um mês antes e a paisagem seria ainda mais bonita.
Passada a adrenalina, almoçamos mais uma vez na Avenida Beira-Mar, de Barreirinhas. Dessa vez no Mangue Restaurante (Endereço: R. Conrado Ataíde – Centro, Barreirinhas), que também foi mais do que aprovado. Inclusive, peçam o suco de coco, que não é nem água de coco e nem leite de coco. É uma delícia!
Ida para Santo Amaro
Seguimos rumo à Santo Amaro e chegamos lá quase no final da tarde. Santo Amaro é uma cidade bem pequena e com pouca estrutura, e eu achei um charme. Das bases, essa é a com menor disponibilidade de hospedagens – então, reserve com antecedência. Como nós estávamos em 4 pessoas, acabamos reservando uma casa, a Casinha de Sapê (porque também era uma das poucas opções que nos restou), mas gostamos bastante.
Finalizamos o dia (que foi bem cansativo) com um jantar razoável no Dunas Bistrô. O ambiente era super bonito, um dos mais charmosos da cidade, mas nenhuma das entradas, pratos ou drinks que queríamos tinha. Talvez não tenhamos dado sorte nesse dia, porque o lugar é uma graça. Uma pena.
Dia 6: Santo Amaro
Acordamos em Santo Amaro e prontos para dois passeios. O primeiro deles decidimos fechar de última hora porque tínhamos a manhã livre e que bom que fechamos, porque foi um dos nossos preferidos.
Lagoa da América
Esse é um dos únicos (se não, o único) passeio para uma lagoa em que você não vai em um carro 4×4, mas sim em um barco. Isso é ótimo para dar uma quebrada no estilo de deslocamento. Fora que você chega bem rapidinho na lagoa!
A lancha passa por uma grande área alagada nos arredores da cidade e em 20 minutos chega na Lagoa da América, que é gigantesca e tem água ultra cristalina. Ali, a agência dá cadeirinha de praia e guarda sol e a sua única preocupação é descansar e curtir o momento.
Essa foi uma das nossas lagoas preferidas porque dá para nadar, tomar um sol, curtir a paisagem e se impressionar com o tamanho da lagoa. Aliás, a Lagoa América é a principal atração do passeio, mas há outras lagoas bem próximas caso você queira caminhar por ali.
Por volta das 12h voltamos para o centro de Santo Amaro e almoçamos um prato feito no Restaurante Sol de Amaro.
Circuito Lagoa das Emendadas
Já por volta das 14h tínhamos um dos passeios mais aguardados da viagem, a Lagoa das Emendadas. E aqui abro um parênteses para contar que a agência que contratamos o passeio atrasou muito, então tivemos bem menos tempo de tour e um bom estresse antes de finalmente embarcar para as dunas.
A nossa parceira Civitatis tem o passeio Trilha até as Lagoas Emendadas nos Lençóis Maranhenses, que tem duração de 5h e é bem parecido com o tour que eu fiz.
Passada a dor de cabeça, a graça desse passeio é o percurso e não uma lagoa em si. O trajeto começa com um carro 4×4, com duração de 45min até um determinado ponto. De lá, passamos a caminhar passando por diversas lagoas – em algumas tem uma parada rápida para banho. Caminhamos por quase 1 hora até chegar no topo de uma duna onde assistimos ao pôr do sol.
O visual é ainda mais impressionante porque do alto conseguimos entender o nome do circuito, já que são várias lagoas que se emendam uma à outra.
Depois, fazemos todo o retorno do trajeto a pé, mas agora com o sol já bem baixo, até escurecer. É lindo ver o céu ir mudando de cor, os tons azuis e roxos se mesclando até as primeiras estrelas aparecerem. Esse passeio é um show a parte, você tem que fazer.
Estávamos bem cansados esse dia, então preferimos improvisar um jantar na nossa casa mesmo com um guacamole feito por nós.
Dia 7: Santo Amaro
E chegamos no nosso último dia de passeio – e que passeio! Deixamos um dos tours mais completos de Santo Amaro para o último dia e foi bem legal.
Circuito da Bethânia
O Circuito da Bethânia é um passeio de dia inteiro e começa por volta das 9h. Não existe uma lagoa com o nome de Bethânia, mas sim um povoado onde moram cerca de 50 famílias.
Primeiro chegamos nele atravessando o Rio Alegre, almoçamos por lá e depois vamos circulando pelo povoado e conhecendo as 3 lagoas: a lagoa do Cajueirinho, da Andorinha e do Recanto.
O local onde almoçamos foi super gostoso e tinha muitas redes para relaxar depois de comer. Uma graça.
As lagoas também eram super bonitas e bem mais fundas também. A da Andorinha, por exemplo, tinha um tom de azul surreal, além da água ser muito cristalina. Finalizamos nossos passeios por várias lagoas com mais um pôr do sol inesquecível!
Encerramos o dia com um jantar no Le Roque Gastrobar, e esse sim recomendo. O ambiente era gostoso, o chão era forrado de areia e estava rolando música ao vivo. Pedimos várias porções e petiscos até o cansaço bater forte e nós irmos embora.
Dia 8: São Luís (extra)
No dia seguinte, madrugamos para o nosso translado até São Luís. Como ainda tínhamos mais um dia até o nosso voo, aproveitamos para conhecer um pouco mais da capital do Maranhão.
Dessa vez nos hospedamos no Soft Win Hotel São Luís para uma pernoite. Aproveitamos esse dia para voltar ao centro histórico e comprar uma arte do Ateliê Airton Marinho (Endereço: R. Djalma Dutra, 211 – Praia Grande). Já tínhamos visto uma ilustração dele no nosso primeiro dia de viagem, mas deixamos para comprar no último para não correr o risco de amassar.
Depois, fomos bater perna no Espigão Ponta D’Areia, uma espécie de píer com mais de 500 metros de extensão já na área nobre de São Luís. Em seguida, almoçamos um poke no Champs Mall, um shopping center com restaurantes (em sua maioria caros) pertinho do Espigão.
Daí, encerramos o dia tomando alguns drinks no Azeite & Sal, que fica pé na areia bem em frente ao Champs Mall e, com um último respiro de pique, decidimos ir curtir o verdadeiro autêntico reggae de São Luís.
Você sabia que o gênero é super forte na cidade? Inclusive, no dia 12 de setembro deste ano, São Luís foi declarada oficialmente a Capital Nacional do Reggae com uma lei publicada no Diário Oficial da União.
O lugar mais conhecido e autêntico de reggae da cidade é o Bar do Nelson (Endereço: Avenida Litorânea, n°135 – Calhau) e foi para lá que fomos. É um ambiente frequentado pelos moradores locais e foi super bacana conhecer essa outra cultura que (pelo menos eu) não conhecia.
Chegamos no hotel de madrugada, depois de muito reggae e pela manhã cedinho fomos para o aeroporto. E assim encerramos nossa viagem pelo Maranhão.
Vale a pena contratar tours nos Lençóis Maranhenses?
Sim, e você vai precisar deles. Dentro do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses apenas veículos certificados são permitidos. Então, não pense que é só alugar um carro e ir até lá, pois não é bem assim.
Você vai precisar fechar todos os passeios com alguma agência de turismo. Inclusive, os tours são muito semelhantes entre todas elas e muitas das agências também oferecem os translados entre uma base e outra.
Vale a pena alugar carro para os Lençóis Maranhenses?
Não. Como explicamos, não é permitido entrar com carro de turismo no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, então você usaria apenas para fazer os translados entre as cidades. Como as agências também oferecem esse serviço, não compensa alugar um carro.
É claro que com um carro você fica mais tranquilo para realizar os seus trajetos sem ficar preso no horário fixo de uma agência e nem se estressar por conta do atraso alheio. Então, considere isso também se o seu roteiro for mais apertado.
E vale a pena viajar para os Lençóis Maranhenses?
Com certeza. Os Lençóis era um dos destinos brasileiros que ainda faltava na minha lista e eu era doida para conhecer. Lá, eu tive minhas expectativas não só atendidas como superadas!
Conhecer os Lençóis Maranhenses foi uma das experiências mais bonitas que eu já tive. O lugar tem uma imensidão e uma beleza exuberante que o nosso olhar mal consegue absorver tudo, daí nos resta apenas sentir.
Foram 7 dias inesquecíveis e em nenhum deles eu enjoei de “ver mais uma lagoa”, pelo contrário, só me surpreendia mais. Planeje a sua viagem para os Lençóis Maranhenses.
E aí, curtiu o nosso guia dos Lençóis Maranhenses? Ainda ficou com alguma dúvida sobre o destino? Deixe aqui nos comentários que nós te ajudamos!
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GRATIDÃOOOO <3 estava com muita dificuldade de montar um roteiro com logística para conhecer e me hospedar nas 3 bases…vou fazer esse mesmo trajeto que você fez 🙂
Boa viagem! Volte para nos contar!
Olá. Estou me organizando para 10 dias entre Sao Luis e Lençois Maranhenses. Adorei o seu relato e sugestões. Gostaria de saber o valor médio dos passeios. Obrigada.
Olá Angeles,
Em cada passeio tem os links para você comprá-los. Ao clicar no link você verá o valor.
Boa viagem!