Grand Teton National Park: guia completo para explorar o parque

Guia completo para explorar o Grand Teton National Park, em Wyomming. Um post detalhado para você conhecer os principais pontos de parada de um dos parques nacionais americanos mais bonitos. Pronto para se encantar?

O conjunto de montanhas que originou o nome do parque – Os Tetons – é apenas um dos motivos para visitar e se apaixonar pelo Grand Teton National Park, um parque nacional repleto de lagos cristalinos (são 7 lagos principais e mais de uma centena de lagos pequeninos formados pelo degelo das geleiras), as águas claras do Rio Snake e uma biodiversidade espetacular.

O Grand Teton National Park fica no Estado Americano de Wyoming, quase fronteira com Idaho e é um destino perfeito para combinar com o Yellowstone National Park e pra quem se empolgar esticar pelos parques nacionais de Utah ou até mesmo pelas montanhas rochosas canadenses. E falando em montanhas rochosas, ou Rocky Mountains, o conjunto de montanhas do Grand Teton faz parte da cadeia montanhas rochosas que começa no Estado Americano de Novo México e vai até a Columbia Britânica no Canadá. São 8 picos, sendo que o mais alto – O Grand Teton – tem 4197 metros de altitude.

O nome Tetons, é uma herança dos caçadores franceses do século XIX que se estabeleceram pela região. Tetons vem do francês les trois tétons graças as três montanhas que tem o formato de tetas de animais. O nome foi abreviado e o parque ficou conhecido como Grand Teton, graças a montanhas mais alta da cordilheira.

Agora que já falamos um pouquinho sobre o parque, que tal começarmos a falar sobre a visita?

Neste post você encontrará:

[Clique no item acima para ir direto ao ponto]

Quantos dias para explorar o Grand Teton National Park?

Se comparada ao seu vizinho Yellow Stone, o Grand Teton é um parque pequeno e bem fácil de visitar. Com 1 dia inteiro você conseguirá percorrer o loop principal do parque parando nos principais mirantes e encaixando trilhas curtas no caminho. Mas eu recomendo pelo menos 2 dias inteiros para ver o parque com calma, aproveitar as trilhas e quem sabe encaixar um passeio diferente.

Se você tem mais tempo, vá feliz! Nós passamos 3 dias e 4 noites na região e aproveitamos cada segundo. Ficaria mais tempo fácil!

Jackson Lake

Cadeia dos Tetons refletidos no Jackson Lake

Como chegar ao Grand Teton National Park?

O Grand Teton National Park fica no estado americano de Wyoming, bem na divisa com Idaho. Embora a cidade de Jackson Hole (que serve de base para explorar o parque) conte com um pequeno aeroporto a maior parte dos viajantes opta por voar a Salt Lake City (Utah) ou Idaho Falls (Idaho), ambas com voos mais baratos e mais frequentes, alugar um carro no aeroporto (você vai precisar de carro para explorar o parque) e fazer a viagem de carro.

Principais distâncias:

  • Salt Lake City: 450 Km
  • Jackson Hole: 8 Km
  • Idaho Falls: 144 Km

O ponto de início de uma viagem de carro incrível

Uma boa pedida para quem quer fazer esta viagem é combinar o Grand Teton National Park com o Yellowstone, Glacier National Park e se você tiver mais tempo, os parques nacionais do Canadá: Waterton, Jasper e Banff. Nós fizemos essa viagem todinha de carro saindo da Califórnia, veja aqui o nosso roteiro da Califórnia ao Canadá

Quando visitar o Grand Teton National Park?

Em teoria o Grand Teton funciona o ano todo, na prática as principais estradas do parque ficam fechadas do início de novembro ao final de abril, assim a temporada no Grand Teton vai de maio a outubro.

Mas qual a melhor época para visitar o Grand Teton afinal?

Para ver os lagos descongelados e aproveitar as chances de contato com a vida animal, os melhores meses para visitar o Grand Teton são Junho, julho, agosto e setembro. Julho e agosto são a alta temporada, os meses mais cheios e os mais caros para visitar o parque. Em junho você de curtir a vida selvagem sem a muvuca de julho ou agosto, e em setembro começa a esfriar e os ursos começam a hibernar, mas há chances de ver bisões, alces e outros antílopes.

Grand Teton

Visual do Jackson Lake Dam

Onde ficar no Grand Teton National Park?

Se hospedar dentro do parque nacional é uma experiência incrível e uma chance única de vivenciar um parque maravilhoso 24 horas por dia, mas ainda que o Grand Teton mereça todos os elogios do mundo no quesito natureza e aventura, no quesito hospedagem a minha dica é ficar fora do parque.

O Grand Teton fica bem pertinho de Jackson Hole, uma cidade super bacana com jeitão de velho Oeste e repleta de restaurantes. O legal de ficar em Jackson Hole é poder curtir o melhor do Grand Teton durante o dia e aproveitar a cidade durante a noite. Gostei TANTO da vibe da cidade que nem pensaria em ficar dentro do parque.

Jackson Hole

Town Square de Jackson Hole

Para quem busca um pouco de luxo, ou está afim de economizar na hospedagem vale considerar o Teton Village conhecido pela estação de esqui de Jackson Hole (uma das melhores dos Estados Unidos) e na boca do parque. Verão é baixa temporada no Teton Village e hotéis excelentes como o Four Seasons e o Snake River Lodge & Spa: oferecem diárias com preços camaradas no verão.

Jackson Hole

Quarto do Four Seasons

Jackson Hole

Complexo de piscinas caprichado do Four Seasons

Onde ficar em Jackson Hole?

Hotel Jackson: Um hotel caprichado, moderninho e bem localizado. Conheci o dono do hotel em um evento no Brasil e fiquei encantada com a simpatia dele, e com a proposta do Hotel Jackson. Taí uma boa alternativa para explorar Jackson Hole com conforto.

Mariott Springhills Suites: Ficamos hospedados 3 noites no Marriott Springhills Suites e gostamos bastante. Quartos amplos, área externa bem agradável com piscina e hot tube e uma super café da manhã incluído na diária. O hotel fica bem pertinho da praça central da cidade e dá para fazer tudo a pé.

Marriott Springhill Suite Jackson Hole

Marriott Springhill Suite Jackson Hole

Piscina e Hot Tub

The Lodge at Jackson Hole: Para quem busca lago lindo, e não se importa em estar um tiquinho longe do centro, o The Lodge é uma super pedida. O hotel é lindo, os quartos são excelentes e a infraestrutura é ótima.

Cowboy Village: Se você busca algo com um bom custo x benefício, val dar uma olha da no Cowboy Village. O Hotel é um pouco antigo, mas os quartos estão reformados e a localização é boa.

Veja aqui mais ofertas de hotéis em Jackson 

Entrada do parque:

A chegada no Grand Teton pode ser feita pelo Norte (acesso pelo Hwy 191 quase na saída do Yellow Stone National Park) ou pelo sul (há duas possibilidades, o Granite Canyon entrance que fica no Teton Village e a Moose Entrance – principal entrada para quem vem de Jackson Hole).

Quem chega pelo sul e fica pelo menos uma noite em Jackson Hole, pode deixar a parte norte do parque para explorar na saída, no caminho do Yellowstone National Park.

Valor do ingresso para o Grand Teton (nov 2018) – válido por 7 dias

  • Carros e veículos não comerciais: $35
  • Motos: $30
  • Pedestres e bicicletas: $20 por pessoa

Ticket anual válido para todos os parques nacionais dos Estados Unidos: $80

Confira os valores atualizados aqui

O que fazer no Grand Teton National Park

Chegou a hora de explorar o Grand Teton National Park e minha sugestão para quem tem apenas um ou dois dias é focar no Loop principal do parque e dar uma volta completa parando nos principais mirantes e fazendo pequenas trilhas. Com mais tempo você poderá adicionar outras atividades bacanas como safari, rafting, passeio de barco, cavalgadas e muito mais.

Aí vai um resumão do que fazer no Grand Teton National Park. Clique no item abaixo para ir direto ao ponto.

Visitar as casinhas históricas da Mormon Lane

Grand Teton National Park

Casinhas históricas da Mormon Lane

Uma das formas mais tradicionais de começar a visita pelo Gran Teton National Park é visitar a  Mormon Lane, um conjunto de casinhas de madeira de 1890 estabelecido por uma comunidade Mormon vinda de Salt Lake City com intuito de difundir a religião em mais áreas do país. Hoje a Mormon Lane é conhecida por ser um dos lugares mais lindos para fotografar os Tetons (destaque o estábulo dos Moultons, o John Moulton Barn, que rende fotos lindas) e para o TA Mounton Barn, meu preferido) e fica bem na entrada do parque, pertinho da Moose Entrace

Dica: Quem quiser dormir em meio as casinhas históricas da Mormon Lane pode ser hospedar nas Mounton Ranch Cabins, um conjunto de 5 chalés disponíveis para aluguel!

Percorrer o Grande Loop do Grand Teton National Park parando nos principais mirantes (e fazendo pequenas trilhas)

Nos próximos parágrafos descreverei nossa experiência no parque destacando nossas paradas preferidas:

Granite Canyon entrance e o Phelps Lake

Chegamos no Grand Teton pela Granite Canyon entrance que fica bem pertinho do Teton Village, compramos nosso cartãozinho de National Parks (o America The Beautiful Pass – que custa $80 e vale por um ano) e seguimos pela estradinha de terra que conecta o Granite Canyon, a Moose entrance, a principal entrada do parque.

Logo na chegada fomos recebidos por um par de alces (quanto mais cedinho, próximo ao nascer do sol ou mais tarde, próximo do por do sol, maior a chance de ver animais selvagens) e nos enchemos de expectativas! Essa região Grand Teton – Yellow Stone é conhecida por por brigar muita vida selvagem e estávamos pra lá de ansiosos. Deixando os alces de lado, esse primeiro pedacinho do parque, é o mais sem graça e só vale a pena se você tiver tempo para explorar o Laurence S. Rockefeller Preserve e fazer a trilha rumo ao Phelps Lake (2,4 Km para chegar ao lago). Para quem curte caminhadas mais longas, o Lago Phelps é conhecido pela Jumping Rock, uma pedra super alta e bem gostosa para mergulhar no lago, mas para chegar nela você tem que estar preparado para caminhas os 10 Km de volta ao lago)

Grand Teton

Flores neste primeiro trechinho do parque

Moose Entrance – e a primeira moose da viagem

Chegando na moose entrance, paramos no visitor center Craig Thomas Discovery and Visitor Center para comprar spray de pimenta (item obrigatório para quem planeja fazer trilhas no Grand Teton, Glacier NP ou Yellowstone) e pegar dicas de trilhas. Eu adoro parar nos Visitor Centers pois em geral os rangers tem muitas dicas boas e conhecem a região como ninguém, e dessa vez não foi diferente. Além das dicas, ficamos sabendo que havia uma moose tomando banho no rio há poucos metros dali, e eu, que sempre sonhei em ver uma moose de perto, saí de lá o mais rápido que consegui e fui direto ao ponto indicado (detalhe: eu queria ir correndo, e o Gu me convenceu a ir de carro e foi uma ótima porque estacionamentos “na boca do gol”).

Grand Teton

Estátua de Moose em frente ao Craig Thomas Discovery and Visitor Center

E sim, a moose estava lá, mas estava um pouco mais longe do que eu gostaria, e mesmo com uma super lente só deu pra enxergar ela bem de longe. Primeiro aprendizado da viagem: para a nossa próxima roadtrip com animais selvagens nós vamos investir em um bom binóculo e em uma lente caprichada para fotografar animais.

Grand Teton

Juro que tem uma Moose nessa foto. Consegue ver? Tenho uma outra mais próxima porem muito desfocada

Cordilheira dos Tetons: um espetáculo

De volta ao parque, passando a entrada Moose, o visual começa a ficar mais impressionante e a cordilheira dos Tetons toma conta do visual, a estrada é uma lindeza e dá vontade de parar toda hora para fotografar. Por sorte, há uma série de mirantes para você parar e observar. Um deles é o Teton Glacier turnout, sente só o visual!

Grand Teton National Park

Dirigindo pelo Grand Teton National Park

Aqui minha dica esperta é: Dirija devagar e pare sempre que der vontade. As montanhas são maravilhosas e merecem ser vistas!

Trilha Taggart Lake – 5Km

O primeiro lago para quem entra pela Moose Entrance é o Taggart Lake, e para chegar lá é preciso percorrer um loop de 5 Km. Nós fizemos essa trilha no nosso último dia de viagem e adoramos.

Mirante do Jenny Lake

Nossa próxima parada foi o Jenny Lake, um dos visuais mais lindos do dia (se é que dá para falar uma coisa dessas). Fizemos duas paradas, uma na ponta esquerda que foi mais ou menos, e outra no Jenny Lake overlook que é simplesmente imperdível. Para chegar lá tivemos que percorrer uma estradinha de mão única linda, linda! Adoramos o passeio e a parada.

Grand Teton National Park

Mirante do Jenny Lake

Dica: o barco que faz a travessia do Jenny Lake estava fora de operação, mas com o barco em funcionamento, você conseguirá visitar o Inspiration Point e o Hidden Lake, dois lugares maravilhosos.

String Lake: caminhando até o Leigh Lake – 6,4 Km

Depois disso tivemos que retornar pela via de uma mão até o ponto de início da trilha para o String Lake, uma parada linda que vale a pena até pra quem não tiver afim de caminhar. Fizemos um piquenique na beira do lago e em seguida uma trilha de 3,2 Km até o Leigh Lake (vale falar que essa é uma dessas trilhas que você pode continuar até onde quiser no lago totalizando 12Km), nós fomos até o comecinho, amamos o visual e voltamos contentes.

Grand Teton

Comecinho da nossa caminhada pelo String Lake

Signal Mountain Lodge

Dali seguimos até as mediações do Jackson Lake, o maior lago da região e um lugar que rende muitas paradas, trilhas e fotos maravilhosas. O Signal Mountain Lodge é uma das opções de hospedagem pra quem quer ficar dentro do parque (reserve com antecedência) e um lugar bacana para alugar um caiaque ou canoa e passear pelo parque. Infelizmente não é permitido alugar canoas com bebês e achamos que não valia o tempo parado para um eventual revezamento. Deixamos para a próxima.

Jackson Lake Dam

Outro lugar que rendeu um par de queixos caídos, juro, Gu e eu ficamos impressionados com o visual e com o encontro lindo das águas do rio e do Lago Jackson (separados pela barreira, claro!) Fizemos uma parada caprichada, caminhamos sobre a ponte e tiramos uma dezena de fotos. Pouco depois do Dam, está a junção das estradas, ponto onde começamos a retornar sentido Jackson Hole.

Grand Teton

Fotinho de família no Jackson Lake Dam

Grand Teton

Águas do Dam fluindo pelo Snake River

Leeks Marina: um piquenique com vistas espetaculares do Jackson Lake

Nossa próxima parada foi numa das praias do Jackson Lake onde fica a Leeks Marina, uma praia bonita com um pequeno pier e uma estrutura com restaurante. Fizemos um piquenique delicioso e tiramos algumas das minhas fotos preferidas da viagem.

Grand Teton

Uma das minhas fotos preferidas na viagem na Leeks Marina

[Preciso dividir com vocês que QUASE encontramos com o primeiro urso da viagem. Quando passamos por alí os rangers estão a toda tentando conter os fotógrafos. Aparentemente o urso tinha acabado de fugir mata a dentro. #Ficoupraumapróxima]

Colter Bay e Passeio de barco pelo Jackson Lake

Dali seguimos para a Colter Bay, a ideia inicial era fazer um trilha (a região tem várias trilhas lindas), mas acabamos mudando de ideia assim que vimos que havia um passeio pelo Jackson Lake programado para dali a meia hora. E que boa escolha! Ver os Tetons da água, e as cachoeiras formadas nos pés deles foi uma das experiências mais lindas do Grand Teton National Park, aproveitamos muito o passeio e curtimos cada segundo!

Oxbow bend Turnout e etc..

Aqui começa uma série de paradas lindas, a minha dica para quem for fazer a viagem é: dirija devagar e pare em todas! A primeira delas é a Oxbow bend Turnout, uma belezura só. Em seguida veio o Elk Ranch Flat, esse pedacinho da estrada estava repleto de bisões, eram tantos que até pareciam bois no pasto.

Jackson Hole

Oxbow bend Turnout – Um dos lindos mirantes do Snake River

Grand Teton

Bisões pastando no Elk Ranch Flat

Cunnigham Historic Site

Uma da paradas mais legais do dia foi na antiga cabana Cunnigham Historic Site, a caminhada é bem curtinha e o antigo chalé rende fotos lindas. E claro, depois de tantas horas no carro, nada mais justo que deixar o Tom engatinhar e rolar na grama a vontade. Ele amou a parada!

Grand Teton

Tonzinho engatinhando na grama do Cunnigham Historic Site

Snake River Lookout

E pra fechar as paradas do dia – mesmo porque o baby estava ficando impaciente. Paramos no Snake River Lookout, um dos mirantes mais conhecidos e fotografados do parque. Deste ponto é possível ver a cordilheira completa com os três Tetons. Lindo, lindo.

Grand Teton

Fotinho de família no Snake River Lookout

Fazer trilhas e visitar os lagos escondidos

Durante nossos dois no Grand Teton National fizemos uma série de caminhadas curtinhas e duas trilhas um pouquinho mais caprichadas, a trilha rumo ao Taggart Lake e a Trilha que conecta os lagos String e Leigh. Amamos as duas trilhas e ficamos encantados com as paisagens.

Trilha Taggart Lake – 5Km

A trilha rumo ao Taggart Lake fica bem pertinho da entrada do parque e é super bem sinalizada. Durante o caminho passamos pelo estábulo (baby Tom amou ver os cavalos) e um trechinho de mata mais fechado. Como fomos no final da tarde havia bem pouca gente caminhando então fizemos bastante barulho para evitar surpreender um urso no caminho (os ursos tem medo de humanos e na maior parte das vezes correm ao ouvir nosso barulho). Sim queríamos muito ver ursos na viagem, mas encontrar um urso sozinhos na trilha definitivamente não fazia parte do nosso pacote de sonhos e por sorte não aconteceu.

Grand Teton

Pequena cachoeira na trilha do Taggart Lake

Grand Teton

Taggart Lake

Chegando no Taggart Lake havíamos apenas nós e uma outra familia então pudemos curtir aquele visual lindo em silêncio, fotografar e de repente, vimos a primeira águia da viagem, linda e imponente sobrevoando as árvores. Ela até pousou para nós fotografarmos (e bem nessa trilha não levei minha lente 🙁 )! Como a trilha do Taggart Lake foi nossa última parada, a chegada da águia foi uma espécie de uma despedida especial e inesquecível.

Grand Teton

Águia no Taggart Lake

String Lake: caminhando até o Leigh Lake – 3,2 Km

Nossa primeira trilha no Grand Teton National Park foi uma trilha muito linda que começa no String Lake. Chegamos no ponto de partida bem pertinho do horário do almoço e haviam muitas famílias curtindo as mesas de piquenique, fotografando a ponte de madeira (linda) que atravessa o String Lake e andando de SUP. Sabe aquela vibe gostosa?

Grand Teton

String Lake: ponto de início da nossa trilha

Fizemos um piquenique na beira do lago e em seguida uma trilha de 3,2 Km até o Leigh Lake (vale falar que essa é uma dessas trilhas que você pode continuar até onde quiser no lago totalizando 12Km), nós fomos até o comecinho, amamos o visual – um lugar maravilhoso e vazio! – e voltamos.

Grand Teton

Leigh Lake

Passeio de barco pelo Grand Teton National Park

Jackson Lake

Nosso barco e os Tetons no fundo

Um dos passeios mais especiais da viagem pelo Grand Teton foi o passeio de barco pelo Jackson Lake (gostamos tanto da experiência que fiz questão de escrever um post a parte) que começa na Marina da Colter Bay e vai até os pés do Mt. Moran, uma das montanhas mais lindas da região. Ver os Tetons de pertinho, e sob a perspectiva da água foi muito especial.

Quanto custa?

Os passeios de barco pelo Jackson Lake no Grand Teton custam a partir de $34 dólares (crianças de 3 à 11 anos pagam $14) e duram entre 1 hora e meia e duas horas e meia. Os passeios mais longos incluem experiências como café da manhã, almoço ou jantar na Elk Island.

Horários de saída

O tour mais básico (Jackson Lake Scenic Cruise) que foi o que fizemos, tem saídas diárias de maio à setembro às 10:15, 13:15 e 15:15. Veja todos os tours no site oficial.

Aluguel de barco, caiaque ou canoa

A combinação de lago e montanha é um dos pontos altos do Grand Teton National Park, não é a toa que alugar um barco, canoa, caiaque ou SUP é um dos programas mais disputados do parque. Durante a nossa estadia no parque passei por dois pontos de aluguel de caiaques, o Signal Mountain Lodge (uma das opções de hospedagem pra quem quer ficar dentro do parque -reserve com antecedência- e um lugar bacana para alugar um caiaque ou canoa e explorar o Jackson Lake,  e a Colter Bay Marina, ponto de saída do nosso passeio de barco.

Jackson Hole

Canoas e caiaques na Marina do Jackson Lake

Veja outros pontos de aluguel de barcos/canoas dentro e fora do parque e informações sobre o permit (que é obrigatório no Grand Teton) aqui.

[Infelizmente não é permitido alugar canoas ou caiaque com bebês e por isso não pudemos nem testar o passeio.]

Se apaixonar pela vida animal no Grand Teton

O Grand Teton é um dos melhores lugares da América do Norte para ver animais selvagens de perto: ursos, bisões, mooses, alces, cabras da montanha são algumas das espécies mais comuns no parque e com um pouco de sorte – afinal, nada como estar no lugar certo na hora certa – e muita paciência, a natureza irá te presentear com encontros espetaculares.

Grand Teton

Vida selvagem no Grand Teton National Park

Escolha os horários certos e esteja preparado

As primeiras horas do dia – quanto mais perto do amanhecer, melhor – ou o finalzinho da tarde, o mais perto possível de escurecer são os horários mais comuns de encontrar animais. Isso não quer dizer que você não possa encontrar um urso em plena luz do dia – não é super comum, mas no verão acontece bastante. O importante é estar sempre preparado – deixe a lente grande da câmera sempre a postos, você vai precisar dela, e nem pense em fazer trilhas sem spray de pimenta, este é um item que você não quer usar, mas que pode sim te ajudar muito (palavras de quem já usou o spray ara espantar urso – não no Grand Teton).

Vá para o lugar certo

Se você sonha em ver uma espécie específica, eu Mari sonhava em ver um Moose de perto, vale pesquisar quais as regiões e horários mais comuns de encontrá-los. E claro, se você puder cacifar um guia ou fazer um safari animal, taí um investimento que eu super recomendo. Acompanho o trabalho do pessoal da Jackson Hole Widlife Safaris há anos, e embora não tenha feito o tour com eles (o Tom era muito pequeno para passarmos 4 horas procurando animais) recomendo feliz.

Alguns links para te ajudar a aprender sobre as espécies do Grand Teton (em inglês)

Capriche na lente

Se ver e fotografar animais faz parte da sua lista de desejos, vale investir na compra ou no aluguel de uma lente BEM parruda. Um site legal de aluguel aqui nos EUA é o BorrowLenses.Eu não aluguei lentes para esta viagem e me arrependi BASTANTE.

Invista em um binóculo

Outro item que fez muita falta nessa viagem foi um binóculo, presenciamos um show lindo das cabras da montanha descendo de um morro alto, e de uma mãe loba atravessando a rodovia carregando o lobinho na boca e acho que o binóculo teria me dado detalhes espetaculares. Isso sem falar nas 3 moesse que vi de longe e que amaria ter “dado um zoom”.

O território é deles: mantenha a distância e respeite a vida animal

Ver um urso de perto é emocionante, mas para o seu bem e para o bem do urso (ao se acostumar com o contato humano os ursos chegam cada vezmais perto dos acampamentos e trilhas, ficam agressivos e eventualmente tem que ser mortos pelos guardas florestais), você não quer chegar muito perto dele. Vi muita gente chegando perto de mais dos ursos, e na real é uma grande insanidade, o bicho é grande, rápido e se faminto pode facilmente acabar com você.

O mesmo serve para lobos, bisões (morre mais gente no Yellowstone por causa de bisão do que de urso, o bicho é grande e pode acabar com você em um piscar de olhos) e outros animais selvagens. Os parques nacionais americanos pedem que você não chegue a menos de 90 metros (100 jardas) de um urso ou lobo ou ~22 metros (25 jardas) de nenhum outro animal selvagem). Respeite o ambiente deles e lembre-se que na floresta somos todos convidados.

Segurança em primeiro lugar

Um dos grandes perigos de encontrar um urso na trilha é você assustá-lo. Para isso o pessoal dos parques recomenda que você caminhe falando alto, bata palmas de tempos em tempos e que sempre ande com spray de pimenta. Há quem compre um sininho para amarrar na roupa, mas segundo os guardas florestais o sino é bem menos eficaz que um par de palmas bem batidos. Caso você encontre com um urso nunca corra – ou ele pode te confundir com uma presa e te atacar. Olhe para ele, bata palmas e fale bem alto (eu gritei! Mas os guardas florestais pedem para você falar) se ele continuar vindo em sua direção, mande ver no spray de pimenta. (Aprenda como usar o spray antes, mas nem pense em fazer isso em um ambiente fechado ou com o vento soprando, o negócio é forte pra burro!)

Outras atividades e possibilidades: Safari, Cavalgadas e mais

Para quem tem mais tempo, ou vontade de explorar o parque de forma diferente, há uma série de outras atividades – algumas operadas por agências dentro do parque (que funcionam por concessão) e outras operadas por agências externas. Os passeios mais comuns são as cavalgadas(há estábulos dentro do parque e nas mediações – tenho alguns amigos que fizeram cavalgadas por lá e amaram de paixão), ciclismo (bicicletas não são permitidas nas trilhas, mas podem andar na estrada com os carros e na ciclovia que liga o Jenny Lake ao Jackson Lake, o pedaço mais lindo do parque), escalada, rafting (ou Scenic Floting) e muito mais.

Passear por Jackson Hole: A vizinha do Grand Teton

Não dá para fazer um post inteirinho sobre o Grand Teton e não falar da charmosa Jackson Hole, um cidade pequenina que mistura a vibe cowboy com uma atmosfera chique. Jackson está repleta de bons restaurantes, uma pracinha central bem fofa – onde todos os dias do verão rola um showzinho ao ar livre – o Shoutout -bares animados, lojinhas fofas e um teatro antigão. Outros passeios que merecem entrar no seu roteiro são o National Museum of Wildlife Art (acervo lindo e vistas bacanas do Refugio de inverno dos Elks) e a estação de esqui de Jackson Hole (a graça é subir o Big Red e ter vistas privilegiadas das montanhas). E para comer um dos melhores burgers que já provei a dica é o Handle Bar.

Jackson Hole

Pra quem quer fazer um passeio pra de estilo a dica é esse charrete histórica. Uma graça!

E para te ajudar a aproveitar o melhor de Jackson Hole, aí vai uma série de posts sobre a cidade.

Hotéis em Jackson Hole

Contrate um seguro viagem

Não conte com a sorte e esteja sempre prevenido caso algo fora do planejado aconteça. É claro que ninguém viaja pensando que algo pode dar errado, mas como já dizia minha avó: “é melhor prevenir do que remediar!” 

O seguro viagem vai muito além de ocorrências médicas, oferecendo apólices que cobrem eventuais extravios de bagagens (cada vez mais comuns), cancelamentos de voos e até auxílio jurídico, em alguns casos. Na hora de contratar, opte por um seguro de boa cobertura, que cubra qualquer ocorrência no ato, assim você evita a necessidade de pagar para depois ser reembolsado pela operadora.

Recomendamos o site da Seguros Promo, uma empresa que funciona como um comparador de seguros, apresentando uma listagem com o que há de melhor no mercado em termos de apólices, e aí você é que filtra de acordo com a localidade que está indo, número de dias e necessidades. É super fácil, prático e intuitivo.

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O Ideias na mala viajou pra Jackson Hole com o apoio da Jackson Hole Chamber. Todas as dicas desse post – e de todo o site – foram testadas e aprovadas por nós.


Veja também:


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mari vidigal
mari vidigal
Viajante incansável, daquele tipo que no meio de uma viagem já está pensando na próxima, na próxima e na próxima. Apaixonada por fotografia, natureza e vinhos

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Comentários:
Avatar Lillian Ribeiro disse:

Que descrição maravilhosa! E que iniciativa legal de fazer esse trecking com o Thonzinho. Parabéns e sucesso!

Avatar Rafael Cortez disse:

Olá Mari, me chamo Rafael estava lendo a respeito da sua viagem ao Grand Teton Nat Park. Eu moro em Natal/RN e desde de criança tenho vontade de conhecer Yellowstone. Pretendo agora fazer essa viagem com minhas 2 filhas de 10 e 6 mais 1 casal com 2 filhos de 7 e 8 anos. Quero me programar para ir no inicio de OUT/20. Ja li muita coisa a respeito na internet, mas como Natal nao tem agencias de viagens especializadas nesses tipos de passeios tenho muitas dúvidas e gostaria de saber se vc podia me dar umas dicas. Saindo de Natal com destino a SP e de lá ir a Salt Lake City, li que é o ponto de chegada mais comum e mais barato para quem quer ir ao Yellowstone. Depois de uns 2 dias em Salt Lake, saindo carro iria até Jackson Hole certo? Ai pretendo conhecer o Grand Teton National Park fazendo o circuito principal em 1 dia. Ai minha primeira dúvida: Devo fazer o loop principal e voltar a Jackson Hole ou de la do GTNP ja posso seguir para Yellowstone?
Caso decida depois de fazer o loop voltar a Jackson Hole a noite no dia seguinte terei q fazer todo percurso novamente para ir a Yellowstone ou existem outros caminhos?
Pretendo ficar 3 dias em Yellowstone, li algo que se hospedar dentro do park é bem mais caro e com o dolar a qse R$4.50 nao tá fácil né? O q vc me aconselharia a fazer com relaçao a hospedagem durante a visita a Yellowstone?

Parabéns pelo site e mt obg!

mari vidigal mari vidigal disse:

Oi Rafael,
Eu faria o Loop principal e voltaria a Jackson para no dia seguinte continuar viagem rumo ao Yellow Stone. Sim, vc vai repetir u pedacinho, mas Jackson tem bem mais estrutura que as cidades próximas ao Yellowstone e a região é tão linda que vale o repeteco!
No Yellowstone dividiria duas noites em West Yellowstone (vc já leu meu post do Yellowstone?) e Gardiner!
Abraços

Avatar Antonio Duarte disse:

Gente muito obrigado pelas dicas maravilhosas que vocês compartilharam !

Avatar Laura disse:

Mari, estamos seguindo várias das suas dicas!! Uma muito preciosa foi voltar do parque para a cidade pelo Elk Ranch Flats, vimos um montee de bisões ali, foi super legal!! E trazer um binóculo, dica de.ouro também!! Arrasou no post!! Beijão ??

Oi, Mari. Tudo bem? 🙂

Seu post foi selecionado para o #linkódromo, do Viaje na Viagem.
Dá uma olhada em http://www.viajenaviagem.com

Até mais,
Bóia – Natalie