O Que Fazer em Belém do Pará: Roteiro de 2, 3 e 4 dias

Belém é daquelas cidades que te ganham primeiro pelo estômago… e depois pelo coração. E se você quer saber o que fazer em Belém do Pará, chegou no lugar certo. Considerada a metrópole da região Norte do Brasil, Belém é alegre, musical (quem aí já ouviu falar do carimbó?), tem uma forte presença da cultura indígena, muita natureza e sabores que você não encontra em nenhum outro canto do país.

Neste post, montei um roteiro prático de 2, 3 ou 4 dias em Belém, além de dicas certeiras de onde ficar, onde comer e como aproveitar ao máximo esse destino ainda pouco explorado pelos turistas brasileiros.

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Praça do Relógio – centro histórico de Belém

Eu já morei em Belém e, como meu irmão ainda vive por lá, volto pelo menos uma vez por ano — sempre com aquela sensação boa de reencontro com algo familiar, mas que nunca para de surpreender. A cidade cresce, se reinventa, mas mantém um laço forte com suas raízes indígenas e tradições mais autênticas.

Belém: A Capital do Norte do País

Belém é conhecida como a “Cidade das Mangueiras” e não é à toa. Quem caminha pelas ruas logo percebe a sombra generosa dessas árvores espalhadas por todos os cantos, dando um charme único à capital paraense. Mas a cidade vai muito além do verde: ela pulsa cultura, tradição e fé. Não é por acaso que também ganhou o título de “Porta de Entrada da Amazônia”, já que daqui partem muitos caminhos para explorar a região.

Um dos maiores exemplos da força cultural de Belém é o Círio de Nazaré, considerado uma das maiores manifestações religiosas do mundo, que atrai milhões de pessoas todos os anos e transforma a cidade numa mistura de emoção, música e devoção.

E se a fé move multidões, a gastronomia move paixões. Belém é terra do açaí de verdade (aquele bem grosso, que se come puro, com farinha de tapioca grossa, com peixe ou camarão), do tacacá servido quente nas cuias, do pato no tucupi e de tantos outros sabores amazônicos que surpreendem os visitantes.

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Skyline de Belém, uma mistura de cidade e natureza bruta

É difícil pensar em outro lugar do Brasil com tamanha diversidade cultural e culinária. Belém é história viva, música, dança, tradições indígenas e uma energia que você só entende mesmo quando sente de perto.

Neste post você vai ver:

O Que Fazer em Belém do Pará

  1. Passeio pelo Ver-o-Peso
  2. Museu do Círio
  3. Catedral da Sé
  4. Forte do Presépio
  5. Museu de Arte Sacra
  6. Espaço São José Liberto
  7. Mangal das Garças
  8. Basílica de Nazaré
  9. Estação das Docas
  10. Teatro da Paz
  11. Museu Paraense Emilio Goeldi
  12. Bosque Rodrigues Alves
  13. Produção de cerâmica em Icoaraci
  14. Passeio na Ilha do Combu

1. Passeio pelo Ver-o-Peso

O Ver-o-Peso é um dos lugares mais autênticos de Belém. Mais do que um cartão-postal, ele faz parte da rotina dos moradores e até dos chefs de restaurantes, que vão até lá em busca de ingredientes fresquinhos. Se você chegar bem cedo, ainda no amanhecer, vai ver os barcos atracando com peixes e paneiros de açaí direto do interior do Pará — uma cena típica que vale a experiência.

Por lá, a variedade de produtos impressiona: açaí fresco, peixes regionais, farinhas de mandioca e tapioca (da fininha à grossa), camarões frescos e secos — um dos preferidos dos paraenses —, castanha-do-pará, frutas típicas, pimentas, bebidas regionais e artesanato. É um verdadeiro festival de cores, cheiros e sabores.

O mercado é enorme e dividido em várias seções. Vá com tempo e, de preferência, com fome. Assim você consegue provar o açaí puro, experimentar sucos de frutas amazônicas, cachaça de jambu e pratos tradicionais como o pato no tucupi, a maniçoba e o clássico peixe frito com açaí — sim, os locais comem peixe com açaí, e é delicioso.

E não dá pra sair de lá sem passar pela parte mais curiosa do mercado: as barracas místicas. Elas vendem de tudo um pouco — banhos de ervas, poções pra atrair amor, simpatias contra mau-olhado, receitas para afastar energias negativas, curar doenças e até garantir aquele “pix” inesperado. É divertido, super diferente e muito típico da cultura paraense.

O que eu não recomendo: comprar bombons típicos, como bombom de cupuaçu, bacuri, castanha do Pará. Eles são mais baratos no Ver-o-Peso que em outros locais, mas não são tão gostosos.

Atenção! Tenha cuidado com seus objetos de valor. Por lá tem muito batedor de carteira.

2. Museu do Círio

Bem no coração do centro histórico, pertinho do Mercado Ver-o-Peso e a caminho da Catedral da Sé, fica o Museu do Círio. Pequeno e discreto, pode até passar despercebido por quem caminha apressado, mas é um dos espaços mais simbólicos de Belém. A visita dura em média 30 minutos e é uma oportunidade única de entender a devoção do paraense a Nossa Senhora de Nazaré, padroeira do estado.

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Museu do Círio

O acervo reúne peças que fazem parte da história do Círio, como mantos originais usados pela imagem de Nossa Senhora, réplicas da berlinda, fotografias históricas, promessas deixadas pelos fiéis e até trechos da corda que carrega a berlinda durante a procissão. É um mergulho na fé e na tradição, que ajuda a enxergar a dimensão cultural e emocional dessa festa que move milhões de pessoas todos os anos em Belém.

Há um funcionário no local que, se você pedir, ele dá uma breve explicação sobre a procissão e suas tradições.

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  • Endereço: R. Padre Champagnat, s/n – Cidade Velha
  • Horário: terça a quinta (9h às 14h) sexta, sábado e domingo (9h às 17h)
  • Ingresso: R$4 (inteira)
    • Na última vez que fui, em 2024, o museu não aceitava PIX e nem cartão, então leve dinheiro.

3. Catedral da Sé

Um pouco depois do Museu do Círio, há uma praça onde, de um lado, está o Forte do Presépio e, do outro, a imponente Catedral Metropolitana de Belém, mais conhecida como Catedral da Sé. Construída no século XVIII, ela é considerada a igreja matriz da cidade e tem um papel central na fé do paraense, já que é daqui que sai a imagem de Nossa Senhora de Nazaré durante o Círio, rumo à Basílica.

Por dentro, a Catedral impressiona pela arquitetura em estilo barroco e pelos altares ricamente ornamentados. O teto e as pinturas carregam detalhes que contam parte da história religiosa da região. Repare também nas varandas laterais e no órgão localizado no segundo andar — considerado o maior da América Latina. Mesmo que você não seja religioso, vale a pena entrar!

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  • Endereço: Praça Dom Frei Caetano Brandão, s/n – Cidade Velha
  • Horário: segunda (8h às 12h e das 14h às 20h) | terça a sexta (8h às 12h e das 14h às 19h) | sábado (8h às 12h e das 16h às 20h) | domingo (6h30 às 12h e das 16h às 20h)

4. Forte do Presépio

Em frente à Catedral da Sé está o Forte do Presépio, construído em 1616 pelos colonizadores portugueses. Foi a partir dele que Belém começou a se desenvolver, por isso o local é considerado o marco inicial da cidade.

roteiro no centro histórico de belém
Forte do Presépio

Caminhe por suas muralhas e aproveite a vista privilegiada do rio Guamá e da Baía do Guajará, que cercam a cidade. Esse pedaço rende fotos belíssimas da região e, se você tiver uma boa câmera, ainda consegue fazer fotos do Ver-o-Peso.

O forte abriga o Museu do Encontro, que guarda achados arqueológicos, peças indígenas e objetos históricos que ajudam a entender o encontro de culturas que deu origem à Belém. É um passeio rápido, mas cheio de significado para quem quer conhecer a história da capital paraense de perto.

Vistas lindas do Forte do Presépio em Belem do Pará
Vistas lindas do Forte do Presépio

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  • Endereço: Praça Dom Frei Caetano Brandão, s/n – Cidade Velha
  • Horário: terça a quinta (9h às 14h) sexta, sábado e domingo (9h às 17h)
  • Ingresso: R$4 (inteira)
    • Na última vez que fui, em 2024, o Forte não aceitava PIX e nem cartão, então leve dinheiro.

5. Museu de Arte Sacra e a Igreja de Santo Alexandre

Confesso que eu não sou fã de arte sacra. Mas faço questão de recomendar esse museu, porque ele guarda um dos segredos mais bonitos de Belém — a Igreja de Santo Alexandre. Construída com trabalho indígena escravo entre o fim do século XVII e início do século XVIII, ela é uma das joias arquitetônicas mais bem preservadas da cidade.

A visita na igreja é guiada e já está incluída no valor do ingresso (R$4). O altar, todo em madeira talhada à mão, é um espetáculo à parte — sem exagero, um dos trabalhos mais bonitos que já vi. Poucos turistas conhecem esse lugar, e eu, mesmo tendo morado anos no Pará, só fui descobri-lo há pouco tempo.

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Igreja de Santo Alexandre no Museu de Arte Sacra

Depois de percorrer a igreja, a visita segue (sem o guia) para o Palácio Episcopal e para a exposição permanente do Museu de Arte Sacra. Ali estão peças raras, como imagens, cálices, relicários e, em especial, a Custódia de Prata, um dos maiores destaques do acervo.

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  • Endereço: Praça Frei Brandão, s/n – Cidade Velha
  • Horário: terça a quinta (9h às 14h) sexta, sábado e domingo (9h às 17h)
  • Ingresso: R$4 (inteira)
    • Na última vez que fui, em 2024, o museu não aceitava PIX e nem cartão, então leve dinheiro.

6. Espaço São José Liberto

O Espaço São José Liberto está localizado em um antigo prédio de uma prisão, o que de cara já torna a visita interessante. A construção do século XVIII já foi convento, quartel, hospital militar e até casa de detenção, mas hoje abriga o Polo Joalheiro do Pará e o Museu de Gemas, transformando o passado em um espaço cultural cheio de vida.

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Espaço São José Liberto | Imagem: Wikimedia

Logo na entrada, o pátio interno chama atenção pelo contraste entre as paredes históricas e as obras de arte contemporânea espalhadas pelo local. Dentro, você encontra desde joias inspiradas na cultura amazônica — feitas com pedras regionais, sementes e até escamas de peixe — até peças de design moderno que são verdadeiras obras de arte. O museu também expõe pedras preciosas e semipreciosas encontradas no Pará, mostrando a riqueza mineral do estado.

Além das joias e gemas, o espaço também recebe exposições temporárias de arte, fotografia e moda, tornando a visita ainda mais interessante. É um programa rápido, mas que combina história, arte e cultura local de um jeito único. Sem contar que é uma ótima oportunidade para levar uma lembrança diferente da cidade — muito mais autêntica do que um simples souvenir.

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  • Endereço: Praça Amazonas, s/n – Jurunas
  • Horário: terça a sábado (10h às 18h) e domingo (10h às 14h)
  • Ingresso: Gratuito

7. Mangal das Garças

O Mangal das Garças é um dos lugares mais bonitos de Belém e, sem dúvida, um dos passeios preferidos dos turistas. Localizado às margens do rio Guamá, o espaço foi construído justamente onde as garças já pousavam naturalmente ao fim da tarde — e até hoje elas continuam dando o ar da graça, voando e descansando por ali. É um cenário que mistura natureza, animais, cultura e até gastronomia, perfeito para quem quer viver um pouquinho da Amazônia sem sair da cidade.

Uma das atrações mais encantadoras é o borboletário. Ao entrar, você se sente caminhando em um jardim vivo e, em poucos minutos, já é surpreendido por borboletas pousando em você, voando livres bem de pertinho. As crianças (e os adultos também!) ficam fascinados.

Outro destaque é o aviário, com diversas espécies de aves amazônicas, e o Farol de Belém, um mirante de 47 metros que oferece uma das vistas mais bonitas da cidade e do rio Guamá.

O parque também abriga o Museu Amazônico da Navegação, que mostra a relação dos povos ribeirinhos com as águas, e o Memorial Amazônico da Marinha, com exposições sobre a importância da navegação no Pará. São espaços pequenos, de visita rápida, mas que complementam bem a experiência.

É um passeio completo e educativo, ótimo para famílias com crianças pelo contato direto com animais, pela área verde ampla e pelas atividades que despertam curiosidade em qualquer idade.

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Mirante no Mangal das Garças

Restaurante Manjar das Garças

No prédio principal está o famoso Manjar das Garças. O restaurante funciona em estilo buffet ou à la carte: você pode optar por pagar um valor fixo e comer à vontade, ou pesar o prato e pagar pelo quilo. É uma oportunidade deliciosa de experimentar os clássicos da culinária paraense preparados com muito capricho, além dos doces regionais que fazem a visita terminar com chave de ouro. Mas já adianto: não é barato.

Mangal Pai D’Égua

Se a ideia é uma refeição mais acessível, a opção é o Mangal Pai D’Égua, que fica dentro do parque. O menu é à la carte, com pratos típicos paraenses bem servidos e preços mais em conta.

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  • Endereço: R. Carneiro da Rocha, s/n – Cidade Velha
  • Horário: Terça a domingo, das 8h às 18h
  • Ingressos: O acesso ao Mangal das Garças é gratuito.
    • O Borboletário, Farol e Memorial têm um valor à parte de: R$ 9,00 (inteira) | R$ 4,50 (meia) cada.
    • Passaporte para os três espaços: R$ 22,00.
    • Gratuidade: Menores de 7 anos e maiores de 60 anos não pagam.

8. Basílica de Nossa Senhora de Nazaré

A Basílica de Nossa Senhora de Nazaré é um dos lugares mais emblemáticos de Belém. A fé do povo paraense na “Nazinha”, como Nossa Senhora é carinhosamente chamada pelos paraenses, remonta ao século XVIII, quando, segundo a tradição, o caboclo Plácido encontrou a imagem da santa às margens do igarapé Murutucu.

Erguida no início do século XX, a Basílica foi construída exatamente no local onde Nossa Senhora foi achada. Desde então, a devoção cresceu a ponto de dar origem ao Círio de Nazaré, hoje considerada uma das maiores festas religiosas do mundo, que reúne milhões de fiéis todos os anos.

roteiro de 3 dias em Belém do Pará
Basílica de Nossa Senhora de Nazaré

Logo na entrada, a imponência do santuário impressiona: colunas grandiosas, vitrais coloridos e afrescos no teto criam um ambiente que mistura arte e espiritualidade. O silêncio, somado à fé das pessoas orando nos bancos, torna difícil não se emocionar diante da grandiosidade do espaço e da força simbólica que ele carrega.

É da Basílica que parte e para onde retorna a imagem original de Nossa Senhora durante o Círio de Nazaré. No dia da festa, ela é recebida com emoção e também pode ser vista em um espaço especial montado na praça em frente, onde milhares de devotos se reúnem para rezar, agradecer e pagar promessas.

Uma tradição marcante é amarrar fitinhas coloridas nas grades da Basílica, cada nó representando um pedido ou agradecimento. Essas fitas, assim como outras lembranças ligadas à Nazinha e à fé católica, podem ser compradas na lojinha ao lado, sempre movimentada por devotos e turistas.

Visitar a Basílica de Nossa Senhora de Nazaré é fundamental para entender a história, a cultura e a fé do povo paraense. O Santuário é um espaço vivo de devoção, que ajuda a compreender porque Belém abriga uma das maiores celebrações religiosas do planeta.

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  • Endereço: Av. Nª Sra. de Nazaré, 1300 – Nazaré
  • Horário: segunda a sexta (6h às 21h) | sábado de 6h às 20h | domingo de 6h às 22h

9. Estação das Docas

Após a reforma do antigo porto da cidade, foi inaugurada em 2000 a Estação das Docas, um dos espaços mais charmosos de Belém. Os armazéns de ferro foram restaurados e hoje abrigam restaurantes, bares, sorveterias, lojinhas e espaços culturais — tudo isso às margens do rio Guamá, com uma vista linda que rende fotos incríveis.

roteiro 3 dias em belém do pará com crianças
Estação das Docas

É o lugar ideal para curtir o fim de tarde sem pressa. Os restaurantes funcionam no almoço, mas a maioria dos bares abre a partir das 17h. Por isso, minha sugestão é chegar perto do pôr do sol: você aproveita a vista, faz ótimas fotos e depois fica para um happy hour ou jantar.

Para quem está em Belém com crianças, na Estação das Docas tem um parquinho infantil chamado Estação Curumim, ideal para crianças até 12 anos.

Amazon Beer: cervejas artesanais paraenses

Uma das experiências mais legais da Estação é conhecer a Amazon Beer, cervejaria artesanal que tem um ambiente descontraído, com petiscos, pratos quentes e chopp feito com ingredientes típicos da Amazônia. Experimente sabores únicos e surpreendentes como bacuri beer, witbier de taperebá e a Amazon Forest, a minha preferida.

Dica: se você gostar das cervejas e quiser levar para casa, aproveite. A Amazon Beer só vende na própria Estação, não é encontrada em supermercados.

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Restaurantes na Estação das Docas

Sorveteria Cairu: tradição e sabor paraense

Outra parada imperdível é a Sorveteria Cairu, com seus sabores regionais irresistíveis: cupuaçu, taperebá, bacuri, açaí, castanha, uxi, tapioca, além de combinações criativas como Mestiço (sorvete de açaí + sorvete de tapioca), Paraense (sorvete de açaí com tapioca) e Carimbó (sorvete de cupuaçu + doce de cupuaçu + castanha-do-Pará). Para os menos aventureiros, também há sabores clássicos como chocolate, milho e coco.

Fundada nos anos 60, a Cairu é uma verdadeira instituição em Belém — e em 2023 foi eleita a 32ª melhor sorveteria do mundo pelo ranking da TasteAtlas. Também foi reconhecida como Patrimônio Cultural de Natureza Material e Imaterial pelo estado do Pará. Eu sou fã desde criança e confesso que comemorei quando abriu uma filial no Rio de Janeiro.

Dica esperta: na Estação das Docas existem três quiosques da Sorveteria Cairu. Muita gente não percebe e acaba entrando sempre no mesmo que costuma ter uma fila enorme. Antes de esperar, dê uma olhada nos outros dois, que geralmente estão bem mais tranquilos.

Passeio de barco no pôr do sol

Um dos programas mais especiais de Belém é o passeio de barco ao pôr do sol, que sai da Estação das Docas e dura cerca de 1h45. É a chance perfeita de ver a cidade de outro ângulo, navegando pelo rio Guamá no momento mais bonito do dia.

Durante a travessia, você vai acompanhar de perto tanto o lado urbano da capital, com seus prédios históricos à beira do rio, quanto a vida ribeirinha que pulsa às margens de Belém. Tudo isso embalado pelo espetáculo da natureza: o céu mudando de cor enquanto o sol se põe na Amazônia.

E não para por aí! A bordo, acontece uma apresentação de Carimbó, dança típica do Pará, que transforma o passeio em uma verdadeira experiência cultural. Música, dança, vento no rosto e aquele pôr do sol inesquecível — impossível não se apaixonar.

Garanta já o seu lugar no passeio de barco ao pôr do sol em Belém

Além dos diversos restaurantes e dos passeios, a Estação das Docas também recebe apresentações musicais, feirinhas e eventos culturais ao longo do ano. Seja para almoçar, tomar um sorvete depois de um dia de calor ou curtir a noite em um dos bares, a Estação é um espaço versátil que agrada todos os perfis de viajantes.

10. Teatro da Paz

No coração da Praça da República está o imponente Theatro da Paz, inaugurado em 1878 durante o ciclo da borracha. Inspirado nos grandes teatros europeus, ele foi construído para mostrar o poder e a riqueza que Belém ostentava na época — e até hoje é considerado um dos mais belos teatros do Brasil.

como é visitar o Teatro da Paz em Belém
Theatro da Paz

Por fora, a fachada neoclássica já impressiona. Mas é ao entrar que o encanto acontece: lustres de cristal, colunas de mármore, acústica perfeita, , diversas obras de arte, afrescos pintados à mão — o teto da sala de espetáculos é lindíssimo — , e detalhes em ouro fazem cada canto do teatro contar um pedaço da sua história.

A visita é guiada, acontece de hora em hora e dura cerca de 45 minutos. Os guias explicam cada detalhe da construção e contam histórias e curiosidades dos tempos áureos. Durante a visita, é possível conhecer o suntuoso salão nobre, o palco, os camarotes e até passar por áreas internas que o público comum não acessa em dias de espetáculo.

roteiro 4 dia em belem do pará
Sala de espetáculos no Theatro da Paz

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  • Endereço: Avenida da Paz, Praça da República, S/N – Campina
  • Horário: terça a sexta (9h à 12h e das 14h às 17h) sábados e domingo (9h às 12h)
  • Ingresso: R$10 (inteira)

11. Museu Paraense Emilio Goeldi

Para quem deseja conhecer a fauna e a flora da região, um passeio imperdível na sua lista do que fazer em Belém é visitar o Museu Emílio Goeldi. Fundado em 1866, ele é considerado o museu de história natural mais antigo do Brasil. Apesar do nome, na prática o espaço funciona como um grande parque zoobotânico, onde é possível caminhar por trilhas sombreadas em meio a espécies amazônicas.

Entre árvores centenárias, viveiros e lagos, os visitantes encontram a imponente samaúma e a vitória-régia, planta típica da região e cheia de lendas folclóricas. Também dá para observar de perto animais como o peixe-boi e o famoso pirarucu, espécie em risco de extinção. É um passeio que encanta tanto adultos quanto crianças, já que permite contato direto com a natureza em um ambiente educativo e acessível.

Além da área ao ar livre, o museu conta ainda com exposições que ajudam a entender a história dos povos da Amazônia, sua relação com a floresta e a riqueza cultural que molda o Pará até hoje. É uma experiência que une aprendizado e encantamento — perfeita para quem quer conhecer a biodiversidade e, ao mesmo tempo, mergulhar na cultura amazônica.

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  • Endereço: Av. Gov Magalhães Barata, 376 – São Braz
  • Horário: quarta a domingo, das 9h às 15h
  • Ingressos: R$ 3 reais (inteira). Aceita PIX

12. Bosque Rodrigues Alves

O Bosque Rodrigues Alves – Jardim Botânico da Amazônia é um verdadeiro refúgio verde no meio da cidade. Inaugurado em 1883, o espaço ocupa cerca de 15 hectares e reúne mais de 80 mil espécies da flora e fauna amazônica. Passear por ali é como entrar em um pedacinho da floresta, mas sem precisar sair do centro de Belém.

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Bosque Rodrigues Alves | Imagem: divulgação

Entre os caminhos sombreados por árvores centenárias, você vai encontrar igarapés, lagos, viveiros e até animais típicos da região, como macacos, tartarugas, peixes-boi, jacarés e aves. O ponto mais famoso é o lago das vitórias-régias, cartão-postal do bosque e cenário perfeito para tirar muitas fotos.

Além da beleza natural, o bosque também tem áreas de lazer e brinquedos, o que o torna um passeio ideal para famílias com crianças em Belém. Reserve pelos menos 1h30 para aproveitar o bosque, leve repelente e vá com um tênis confortável!

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  • Endereço: Av. Alm. Barroso, 2305 – Marco
  • Horário: terça a domingo das 08hs às 14hs
  • Ingressos: R$2,00 (inteira).
    • Gratuidade para idosos, crianças até 6 anos, estudantes de rede pública e professores

13. Orla de Icoaraci e a tradição da cerâmica paraense

A cerca de 20 km do centro de Belém, está a charmosa Orla de Icoaraci, de frente para a Baía do Guajará. O passeio é agradável para quem busca um clima tranquilo, com vista bonita, quiosques, restaurantes de comida típica e, em alguns dias, até música ao vivo. Além da paisagem, Icoaraci se tornou conhecida por suas olarias de cerâmica marajoara.

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Oleiro fazendo a cerâmica marajoara em Icoaraci

O bairro do Paracuri é o coração dessa tradição. Ali, as famílias de artesãos mantêm viva a produção de cerâmica marajoara, tapajônica e icoaraciense, estilos que carregam símbolos da cultura amazônica e são reconhecidos como patrimônio cultural imaterial. Cada peça é feita à mão, com cores e texturas únicas, reproduzindo a estética das antigas civilizações indígenas da região.

Para quem deseja levar uma lembrança autêntica da viagem, a Feira de Artesanato do Paracuri é o ponto mais famoso com dezenas de barracas que exibem vasos, pratos, esculturas e objetos decorativos de todos os tamanhos. Quer economizar e comprar direto dos produtores locais? Vale explorar as olarias fora da zona turística, como as que ficam na Travessa Soledade, dentro das comunidades locais.

vale a pena ir a icoaraci em belem do pará
Cerâmica Marajoara em Icoaraci

Além de compras, visitar Icoaraci é também uma experiência cultural. Quem quiser mergulhar ainda mais nessa tradição pode optar pelo tour da cerâmica artesanal em Icoaraci, um passeio guiado que leva até as olarias, mostra o processo de produção e explica a simbologia por trás de cada peça. É a melhor forma de entender a importância desse polo de artesanato para o Pará e, de quebra, garantir um souvenir cheio de significado.

14. Ilha do Combu: natureza, cultura e lazer

Na outra margem do rio Guamá, que abraça todo o centro de Belém, a floresta guarda uma das experiências mais autênticas da região: passar o dia na Ilha do Combu. Aos finais de semana, as famílias paraenses atravessam o rio para tomar banho, almoçar nos restaurantes e aproveitar a natureza. Não existe jeito melhor de escapar do calor da cidade e viver um dia amazônico de verdade.

Minha dica é visitar a partir de sexta-feira, quando os restaurantes começam a abrir e a ilha ganha vida. O passeio já começa com a travessia de barco: são só 10 a 15 minutos em águas calmas, mas suficientes para sentir o vento no rosto, ver Belém ficando para trás e a floresta se aproximando.

Enquanto o barco avança, o cenário muda e surgem as chamadas “ruas de rio”, as casas ribeirinhas e as construções de madeira que se integram à paisagem. É o tipo de passeio em que a viagem já é parte da experiência.

Além da natureza e da vida ribeirinha, a Ilha do Combu também é conhecida pelo chocolate artesanal. Um dos pontos mais legais é visitar a fábrica das Filhas do Combu, criada pela Dona Nena, moradora local que transformou o cacau em fonte de renda para a comunidade.

O tour começa com uma caminhada pela propriedade, passando por pés de cacau, árvores nativas e até uma sumaúma gigante que rende fotos incríveis. Depois, você acompanha de perto como o cacau se transforma em chocolate: colheita, secagem, torra e preparo. Claro que tem degustação no final, e a lojinha é irresistível — dá vontade de levar todos os chocolates, licores e lembrancinhas com o selo da floresta.

Tour pela Ilha do Combu

Que tal viver uma experiência amazônica de verdade a apenas 15 minutos de Belém? No Tour pela Ilha do Combu, você navega pelo rio Guamá, observa de perto a vida das comunidades ribeirinhas e a floresta de várzea e ainda visita a famosa Casa do Chocolate, onde o cacau se transforma em chocolates artesanais deliciosos. É um passeio leve, com duração de cerca de 3 horas, perfeito para quem quer combinar natureza, cultura local e gastronomia em uma única atividade.

Veja detalhes aqui

Restaurantes na Ilha do Combu: qual escolher?

Se você pretende passar o dia na Ilha do Combu, a escolha do restaurante faz toda a diferença. Vou deixar aqui duas sugestões: a Saldosa Maloca, que já conheci pessoalmente, e a Amazon River Combu, ainda não fui, mas é o queridinho da minha cunhada (que é paraense e mora em Belém).

restaurantes na ilha do combu: onde ir
Curtindo o rio na Saldosa Maloca

Saldosa Maloca

O Saldosa Maloca tem uma vista privilegiada para Belém, um píer perfeito para tomar sol, uma plataforma para mergulhar no rio e até um parquinho com escorregador e balanço para as crianças. No espaço principal, as mesas são aconchegantes e há ainda uma lojinha com produtos típicos da região — principalmente chocolates artesanais e outras delícias paraenses.

O ambiente é animado e descontraído, com boa gastronomia local. Agrada igualmente famílias, casais ou grupos de amigos que buscam uma experiência autêntica e próxima da vida ribeirinha.

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Prato típico de Belém: Caldeirada (peixe ensopado com Tucupi) servido com pirão e arroz – Saldosa Maloca

Amazon River Combu

Se a ideia é algo mais moderno e badalado, a pedida é o Amazon River Combu. O espaço tem uma vista maravilhosa para Belém, um deck aconchegante cheio de almofadas, drinks caprichados, comida saborosa e cenários instagramáveis por todos os lados. Além disso, oferece um deck molhado e uma deliciosa “piscina de rio” — um trecho cercado da água, ótimo para curtir com segurança.

É uma opção mais sofisticada, mas perfeita para quem quer curtir a ilha com estilo, relaxar em meio à natureza e ainda garantir fotos incríveis para as redes sociais.

Planeje sua viagem:

  • Para chegar à Ilha do Combu, é só pegar um barco no Terminal Hidroviário Ruy Barata, localizado na Praça Princesa Isabel, no bairro do Condor (esquina da Avenida Bernardo Sayão com a Alcindo Cacela).
  • No próprio terminal você compra a passagem, o valor é R$20 ida e volta.
  • Ao entrar no barco, basta dizer ao barqueiro onde você quer descer.

Como visitar Belém no Círio de Nazaré

O Círio de Nazaré acontece sempre no segundo domingo de outubro e transforma Belém em um imenso palco de fé e devoção. Milhões de pessoas tomam as ruas para acompanhar a procissão, que leva a imagem original de Nossa Senhora da Catedral da Sé até a Basílica, em um percurso de 3,5 km marcado por emoção, cânticos e promessas.

Além da grande romaria, esse mesmo fim de semana concentra celebrações importantes, como a Transladação, na noite de sábado, e o Círio Fluvial, quando a imagem chega à cidade em cortejo pelas águas da baía do Guajará.

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Nossa Senhora de Nazaré no navio da Marinha na Romaria Fluvial do Círio de Nazaré | Imagem: WikiMedia

Quem pretende viver a festa de perto precisa se planejar com antecedência. O Círio é a época mais concorrida do ano em Belém: hotéis esgotam rapidamente, as passagens aéreas ficam caríssimas e os dias de sábado e domingo são os mais disputados.

Ainda assim, a programação não se limita a esses dois dias — durante toda a semana acontecem missas, romarias menores e eventos culturais ligados ao Círio. Ou seja, vale organizar a viagem com antecedência para garantir hospedagem e aproveitar a cidade em um dos períodos mais intensos da sua história.

Dicas práticas para o Círio de Nazaré:

  • Reserve hospedagem e passagens com pelo menos 6 meses de antecedência.
  • Prefira ficar em áreas centrais para se deslocar com mais facilidade durante as procissões.
  • Esteja preparado para a grande multidão: são milhões de pessoas nas ruas, então use roupas leves e vá disposto a caminhar.

Como é o Círio de Nazaré em Belém?

O Círio de Nazaré é muito mais do que a grande procissão de domingo. Outubro inteiro é dedicado à “Nazinha”, e na semana do Círio a cidade respira fé e emoção com diversas romarias espalhadas por Belém. Cada dia tem uma programação especial e milhares de fiéis participam, seja caminhando, cantando ou pagando promessas.

Um dos momentos mais aguardados é a Missa de Apresentação do Manto, quando é revelado o novo manto que a imagem de Nossa Senhora usará na procissão. A cada ano, o desenho traz um significado diferente e gera enorme expectativa entre os devotos.

Além das celebrações religiosas, a festa também se estende para o lado cultural e familiar. Ao lado da Basílica de Nazaré é montado um parque de diversões tradicionalíssimo, com barraquinhas de comidas típicas, brinquedos e muita música.

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Romaria Fluvial do Círio de Nazaré | Imagem: Wikimedia

Na manhã do sábado acontece o Círio Fluvial, um espetáculo único nas águas da baía do Guajará. Centenas de barcos, todos enfeitados com bandeiras e flores, acompanham a imagem de Nossa Senhora em cortejo até Belém. Do barco oficial, a imagem é recebida com aplausos, buzinaços e muita emoção. É um dos momentos mais bonitos e diferentes do Círio. Se quiser acompanhar a procissão de um barco, reserve com antecedência, pois esgota mesmo!

A Transladação acontece no sábado à noite e é considerada por muitos a procissão mais emocionante do Círio. Diferente do domingo, em que o clima é de festa e celebração, a Transladação é marcada pelo silêncio, pela devoção e pela luz suave das velas carregadas pelos fiéis. À medida que a imagem de Nossa Senhora de Nazaré percorre as ruas, forma-se um verdadeiro mar de chamas e orações, criando uma atmosfera de recolhimento única.

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Trasladação do Círio de Nazaré | Imagem: Wikimedia

É um cortejo acompanhado por devotos, pagadores de promessas e famílias inteiras. Minha lembrança mais forte de infância no Círio é justamente dessa noite: caminhei ao lado da minha mãe, segurando uma vela acesa em uma mão e um leque de papel com as letras da música na outra. Enquanto a chama iluminava o leque, cantávamos as músicas dedicadas a Nossa Senhora junto com a multidão. Até hoje é assim.

O auge das festividades acontece no domingo, com o grande Círio de Nazaré, conhecido como o “Natal dos paraenses”. Ainda de madrugada, milhares de fiéis já começam a se concentrar nas ruas para acompanhar a imagem que sai da Catedral da Sé em direção à Basílica de Nazaré. São cerca de 3,5 km de procissão, percorridos por milhões de pessoas que caminham lado a lado, rezando, cantando e pagando promessas.

Um dos símbolos mais marcantes desse dia é a corda do Círio, puxada pelos devotos como sinal de sacrifício e fé, representando a ligação entre o povo e a santa. O Círio é mais do que uma procissão: é um mar humano em movimento, uma onda de emoção que impressiona até mesmo quem não é religioso.

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Círio de Nazaré | Imagem: Pexels

E, assim como no Natal, após a procissão as famílias se reúnem para celebrar. O tradicional pato no tucupi ganha espaço na mesa, junto com outras iguarias paraenses, em um almoço que mistura festa, agradecimento e partilha.

Roteiro em Belém do Pará

Aqui nossas sugestões de Roteiro em Belém para 2, 3 ou 4 dias de viagem.

Roteiro de 2 dias em Belém

Com 2 dias em Belém você consegue conhecer as principais atrações da cidade.

Dia 1 – Centro Histórico de Belém

Comece o dia no Mercado Ver-o-Peso, mergulhando nos cheiros, sabores e cores do maior mercado a céu aberto da América Latina. Aproveite para provar os sucos de frutas e o açaí. Em seguida, pegue um Uber ou táxi e vá para o museu do Círio que é bem perto. Dá para ir andando também, mas é um tanto inseguro, fique atento o tempo todo.

Mercado do Ver-o-Peso em Belém que fazer
Mercado do Ver-o-Peso

Ao sair do museu, siga pela calçada em direção a praça Dom Frei Caetano Brandão onde fica a Catedral da Sé. Mas antes, na mesma calçada, dê uma parada no museu de Arte Sacra para conhecer a Igreja de Santo Alexandre.

Atravesse a praça para conhecer a Catedral da Sé, e depois volte pelo mesmo caminho para visitar o Forte do Presépio. Pode parecer um vai e vem sem sentido, mas faz todo sentido no roteiro: a partir do Forte, você pode seguir caminhando por uma pequena orla até a Casa das Onze Janelas, onde fica o restaurante Casa de Saulo — um dos melhores lugares para almoçar em Belém, com mesas nos fundos, ar-condicionado e vista linda para o rio. O trajeto entre o Forte e a Casa das Onze Janelas é feito por um caminho à beira-rio que, além de prático, rende fotos incríveis.

onde comer em belém do pará
Casa de Saulo na Casa das 11 janelas

Após almoçar e apreciar a vista, siga de carro até o Espaço São José Liberto (Polo Joalheiro e Museu de Gemas). Feche o dia na Estação das Docas tomando um sorvete da Cairu, faça o passeio de barco no pôr do sol com show de Carimbó e aproveite para jantar em algum dos restaurantes. Para famílias com crianças, a dica é levar os pequenos para gastar energia no parque infantil que tem por lá.

Dia 2 – Natureza e cultura

Comece a manhã no Mangal das Garças. Em seguida, visite a Basílica de Nossa Senhora de Nazaré, o coração da fé paraense. De lá, almoce no Restaurante Avenida 1945 que oferece gastronomia local e internacional.

À tarde, visite o Museu Emílio Goeldi, perfeito para conhecer a biodiversidade amazônica. No final do dia, passeie pelo Theatro da Paz com visita guiada. Para o jantar você pode voltar na Estação das Docas e experimentar um novo restaurante ou pegar uma de nossas dicas de Onde comer em Belém.

Roteiro de 3 dias em Belém

Para quem tem três dias em Belém, já dá para incluir a Ilha do Combu no roteiro. A dica é deixar esse passeio para o fim de semana, entre sexta e domingo — quando os restaurantes da ilha estão abertos. Domingo é o dia mais cheio, então se você prefere algo mais tranquilo, sexta ou sábado são melhores.

Skyline de Belém vista da Ilha do Combu em belém do Pará
Skyline de Belém visto a caminho da Ilha do Combu

Dia 3 – Ilha do Combu (somente de sexta à domingo)

  • Pegue o barco no Terminal Hidroviário Ruy Barata e em apenas 15 minutos já estará na Ilha do Combu.
  • Escolha um restaurante para passar o dia
  • Faça o Tour do Chocolate nas Filhas do Combu, para conhecer todo o processo artesanal do cacau.
  • Retorne no final da tarde e aproveite para jantar em Belém.

Roteiro de 4 dias em Belém

Dia 4 – Cerâmica marajoara e a orla de Icoaraci

Comece o dia a caminho da Orla de Icoaraci, a 20 km do centro de Belém. No bairro do Paracuri, visite a feira de artesanato e as olarias familiares para conhecer a famosa cerâmica marajoara e tapajônica — e, claro, levar lembranças únicas direto dos artesãos. Depois, caminhe pela orla, curta a vista da Baía do Guajará e relaxe com uma água de coco em um dos quiosques.

Variedades de cerâmica marajoara em icoaraci
Variedades de cerâmica marajoara

E para fechar o dia com chave de ouro, volte para o centro e jante na Estação das Docas, aproveite a vista mais bonita da cidade. O cenário perfeito para se despedir de Belém.

Onde comer em Belém

Viajar para Belém é também uma viagem pelos sabores da Amazônia. Da maniçoba ao açaí, passando pelos peixes de rio e frutas que só existem por aqui, a gastronomia paraense é uma atração à parte. Selecionei alguns restaurantes que valem a pena incluir no seu roteiro:

  • Casa de Saulo: comandado pelo chef paraense Saulo Jennings, possui um menu que valoriza ingredientes amazônicos com um toque contemporâneo. Peça o pirarucu com molho de castanha e banana da terra e para acompanhar, eu recomendo um suco de taperebá. O restaurante funciona nos fundos da Casa das Onze Janelas, com uma vista incrível para o rio na área externa, na parte interna tem ar-condicionado. Ficou tão famoso que tem filiais no RJ e SP.
  • Ver-o-Açaí: clássico de Belém para provar a culinária paraense e quem sabe até experimentar o açaí raiz acompanhado de peixe frito e farinha. Aqui a experiência é 100% paraense.
  • Casarão Point do Açaí: Outro lugar imperdível para quem quer comer açaí como os locais e provar a gastronomia da região. O casarão é amplo, com ambiente animado, pratos generosos e boa variedade de peixes.
  • Armazém Belém: ótima opção de restaurante na Estação das Docas, com pratos típicos revisitados, drinks e vista charmosa para o rio Guamá.
  • Cantina Italiana: Ideal para variar do cardápio regional. Serve massas e pizzas bem feitas, com ambiente aconchegante.
  • Famiglia Sicilia: restaurante tradicional de comida italiana em Belém, famosa pelas massas artesanais, vinhos e atendimento caloroso. Uma opção caprichada para um jantar mais intimista.
  • Sushi Rui Barbosa: um dos melhores japoneses da cidade, com peixes frescos, cortes caprichados e ambiente moderno. Perfeito para quem quer um toque oriental em meio à viagem pela Amazônia.

Onde ficar em Belém do Pará

Belém tem opções de hotéis para todos os bolsos. Dos hotéis caprichados cheios de charme, aos que oferecem bom custo-benefício e até alternativas econômicas para quem está com orçamento apertado.

Se você busca hotéis caprichados em Belém, opções não faltam. O Atrium Hotel Quinta de Pedras é charmoso, fica em um casarão histórico restaurado e tem quartos super confortáveis. Outra excelente opção é o Mercure Belém Boulevard que combina boa localização e estrutura moderna e um shopping bem pertinho. Já o Hotel Princesa Louçã é um clássico da cidade, de frente para a Praça da República, e pertinho da maioria dos pontos turísticos.

onde ficar em Belem
Atrium Hotel Quinta De Pedras | Imagem: Divulgação

Agora, se a ideia é economizar sem abrir mão do conforto, os hotéis com bom custo-benefício são excelentes escolhas. O Hotel Grão Pará fica na Praça da República, perto do Theatro da Paz e da Estação das Docas e tem quartos aconchegantes.

A rede ibis Styles também marca presença com várias unidades: o Belem Batista Campos em um bairro nobre da cidade, numa localização bem central, o ibis styles Belém do Pará é prático e acessível e pertinho do shopping Pátio Belém. Por último o ibis styles Belem Nazaré fica próximo à Basílica, no bairro Nazaré, uma região nobre de Belém, e cheia de bares e restaurantes nas proximidades.

Para quem prefere hotéis econômicos, o Ecopousada Miriti, no centro histórico de Belém, oferece ambiente simples, mas acolhedor, com bastante verde e clima familiar. Já o Hotel Le Massilia, no centro, é uma opção compacta e bem localizada, perfeita para viajantes que querem gastar pouco e ainda assim ter fácil acesso às principais atrações.

Quer mais opções? Leia nosso post: Onde Ficar em Belém

Dicas extras para aproveitar Belém

Aqui minhas melhores dicas para você aproveitar ao máximo sua viagem a Belém do Pará.

roteiro belém do pará
Amanhecer visto do rio em Belém

Melhor época para visitar Belém

Belém é quente o ano inteiro. A cidade é conhecida pela famosa “chuva das quatro horas da tarde”. Tem gente que acha que é mito esse negócio de toró com hora marcada, mas eu posso confirmar que é real. Cai um aguaceiro do nada, daqueles de lavar a alma e, poucos minutos depois, o céu abre de novo como se nada tivesse acontecido.

A temporada de chuvas mais intensas vai de janeiro a maio, então, se você quiser andar mais pela cidade sem depender de guarda-chuva, o ideal é ir entre junho e dezembro. Mas mesmo nos meses mais molhados, dá pra curtir bastante, só não esquece de colocar um bom guarda-chuva ou capa de chuva na mala.

O que levar na mala

  • Roupas leves e confortáveis – o calor é real!
  • Protetor solar e repelente – sim, você vai precisar dos dois. O sol de Belém é forte e, no final da tarde, os mosquitos — ou carapanã, como dizem os locais — começam a aparecer.
  • Guarda-chuva dobrável ou capa de chuva – chove sem avisar.
  • Um tênis confortável – pra bater perna sem sofrimento.
  • Espaço na mala – porque você vai querer trazer castanha-do-pará, bombons típicos da região (cupuaçu, bacuri, castanha), farinha de tapioca, açaí, alguma lembrancinha com cheiro de cumaru e até peixe.
    Sim, peixe. Não é à toa que os paraenses são conhecidos nas companhias aéreas por estarem sempre carregando um isopor. Viu um voo com muitos isopores? Já sabe que ele vem de Belém!
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Escadaria principal do Theatro da Paz

Como se locomover em Belém do Pará

Belém é relativamente compacta na área central, então dá pra fazer muita coisa a pé ou de carro usando os aplicativos da Uber e 99. Lógico também há táxis disponíveis. O barco para a Ilha do Combu parte do Terminal Hidroviário Ruy Barata, que fica localizado Praça Princesa Isabel, no bairro do Condor, em Belém do Pará. 

Eu não recomendo utilizar o ônibus, pois ele não é muito seguro. Não tem metrô na cidade.

Aluguel de carro

Alugar carro em Belém é um conforto que faz diferença na viagem. O clima quente e úmido pode tornar longas caminhadas cansativas, e nada como ter o ar-condicionado te esperando. E, se você estiver viajando com mais pessoas, o custo pode sair até menor do que fazer vários trajetos de Uber.

Quando preciso alugar carro, costumo usar a RentCars. É um site que compara preços de várias locadoras ao mesmo tempo, facilitando a escolha da opção mais barata ou mais conveniente. Outro ponto positivo é que dá pra parcelar o valor e pagar em reais, sem taxa de IOF, o que ajuda bastante no orçamento da viagem. Sem falar que já chegar ao destino com a reserva garantida é um alívio, especialmente em datas mais movimentadas.

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E aí, curtiu nosso post com dicas do que fazer em Belém do Pará? Ficou com alguma dúvida? Deixe nos comentários.

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Beatriz Arous
Beatriz Arous
Curiosa, sonhadora, trilheira aprendiz, carioca orgulhosa da sua gente, Bia se aventura pelo mundo desde pequena. Apaixonada por museus, vinhos e livros, ela resolveu seguir suas grandes paixões: escrever e viajar. Bia já morou em Belém, no Porto, em Portugal e em Salvador, e cada lugar deixou marcas inesquecíveis no seu coração. Atualmente, ela mora no Rio de Janeiro. Com 15 países e 16 estados brasileiros na bagagem, suas viagens favoritas sempre incluem um toque cultural e gastronômico. Bia é editora assistente do Ideias na Mala, onde compartilha roteiros detalhados e dicas práticas para inspirar os leitores a viajarem mais e melhor.

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