Da Califórnia à Florida de motorhome (ou de trailer): Roteiro detalhado dessa jornada incrível pelos EUA

Conheça os detalhes nossa viagem entre a Califórnia e a Flórida de motorhome / trailer (e de volta para a Califórnia), uma viagem de 9 semanas passando por dez estados norte americanos.

Percorremos trechos da lendária Rota 66, visitamos triângulo da Música (Memphis, Nashville e New Orleans), curtimos praias incríveis na Costa Esmeralda (Flórida), visitamos algumas das principais cidades do Texas e muito mais.

Atravessar os Estados Unidos de motorhome era um sonho antigo mas bastante distante da nossa realidade. Com a nossa rotina diária agitada, trabalho do Gustavo, férias limitadas a 2-3 semanas por ano, e o calendário escolar das crianças, a equação parecia não fechar.

Rocky, nosso trailer em algum lugar na Luisiana

Aí veio 2020 mudando completamente nossas rotinas e trazendo o trabalho remoto para dentro de casa. Foi a nossa chance, e que oportunidade! Desvendamos o Estados Unidos que vai bem além das grandes cidades.

Percorremos caminhos outrora habitados pelas tribos nativas no Arizona e Novo México, celebramos as conquistas espaciais nos centros de visitantes da NASA em Huntsville e em Houston, visitamos um navio da segunda guerra mundial em Mobile no Alabama, curtimos a cultura musical em Memphis, Nashville e New Orleans , nos encantamos com as missões de San Antonio e com as montanhas de areia do White Sands National Park.

Neste post quero dividir todos os detalhes da viagem, com muitas dicas para quem planeja viver algo parecido. Vamos nessa?

Roteiro Resumido:

Foram 9 semanas e 10 estados. Aí vai nosso roteiro resumido dia a dia.

  • Dia 1: Bakersfield (Califórnia)
  • Dia 2: Kingman (Arizona)
  • Dias 3-5: Sedona (Arizona)
  • Dia 6-7: Flagstaff (Arizona)
  • Dia 8: Holbrook (Arizona)
  • Dia 9: Albuquerque (Novo Mexico)
  • Dia 10-16: Santa Fe (Novo Mexico)
  • Dia 17: Amarillo (Texas)
  • Dias 18-24: Oklahoma City (Oklahoma)
  • Dia 25: Hotsprings (Arkansas)
  • Dias 26-30 : Memphis (Tenesse)
  • Dias 30-35: Nashville
  • Dias 36-37 : Huntsville
  • Dia 38-40: Destin
  • Dia 41-44: Panamá City Beach
  • Dia 45: Mobile (Al) – Mississipi – New Orleans
  • Dia 46- 51: New Orleans
  • Dia 54: Lafayette (Luisiana)
  • Dia 55-61: Houston
  • Dias 62-66: San Antonio
  • Dia: 67 Fort Stockton (Texas)
  • Dia 68-69: Las Cruces – White Sands National Park (Novo Mexico)
  • Dias: 70-72 Tucson (Arizona)
  • Dia 73: Deserto de Palm Springs
  • Dia 74: Home

 

  • Milhas rodadas: ~5094

Roteiro no Mapa:

Veja todas as cidades base do roteiro em azul, e nossas paradas preferidas em vermelho.

quem viajou

Essa foi uma viagem em família! Viajamos eu (Mari, editora do site), Gu (meu marido, fotógrafo nas horas vagas) e nossos dois pequenos Antonio (Tom, 4 anos) e Caio (2 anos).

Sedona, uma das paradas da viagem de Costa a costa

No alto do Bell Vortex em Sedona

Planejando a viagem

Sempre sonhamos em cruzar os Estados Unidos de carro e desde que nosso Trailer – o Rocky – entrou na jogada, o sonho passou em ser: atravessar os Estados Unidos de trailer (ou se você preferir, de motorhome).

Na prática, tirar 2 meses de férias não é uma possibilidade para o Gu, e trabalhar remoto também não era. Até que a Covid-19 chegou chegando e, em poucas semanas, mudou a nossa forma de de viver, trabalhar e viajar. Foi assim que começamos a sonhar com uma viagem de costa a costa dos EUA com o Gu trabalhando remotamente durante a semana.

Fizemos um pequeno teste em julho pelo Sul da Califórnia e funcionou bem, com alguns ajustes ficamos prontos para encarar os desafios de 2 meses e meio de vida nômade.

Nosso trailer Rocky na viagem entre a Califórjnia e a Flórida

Rocky, nosso trailer e grande protagonista da viagem

Vamos falar dos desafios da viagem?

Com o balanço entre a vida nômade e a jornada de trabalho pouco flexível do Gu tínhamos pouco espaço para erros. Aí vão alguns pontos de cuidado no planejamento da viagem.

Internet durante a viagem

O primeiro (e o grande) desafio foi garantir que todas as nossas paradas durante a semana tivessem conexão de internet excelente – afinal, o Gu estava trabalhando de forma remota.

Compramos uma antena potente e dois planos de internet móveis (Cricket & Verizon) para nos manter conectados durante toda a viagem. Como a cobertura das operadoras varia MUITO de estado para estado, ter duas operadoras diferentes minimiza a chance de ficar desconectado. Foi essencial.

Top Sail Hill Preserve em Destin na Flórida

Top Sail Hill Preserve: Nosso camping preferido da viagem (e da vida)

Tempo máximo na estrada

Com essa jornada semi-nômade passávamos a semana estacionados em uma cidade e aproveitamos os finais de semana para ganhar estrada e percorrer muitas milhas. Para chegar na Flórida e voltar para casa em 9 semanas, viajando apenas aos finais de semana, a coisa tem que render, né?!

Também vale lembrar que estávamos com duas crianças pequenas, ou seja, trajetos de muito mais de 3 horas por dia são doloridos para eles, e sempre que possível evitamos.

Campings disponíveis

Nosso terceiro desafio foi as reservas dos campings. Em um ano que “todo mundo” resolveu comprar um trailer, encontrar espaços em bons campings foi mais difícil do que nunca!

Para você ter uma ideia de como a coisa se tornou popular, segundo a Associação Norte Americana das indústrias de RV, julho de 2020 foi o maior mês de vendas da história, superando o recorde anterior de outubro de 2019. E com tanta gente caindo na estrada, há uma demanda surreal por campings.

Queríamos ter um pouco de flexibilidade no roteiro, mas não podíamos correr o risco de chegar em um cidade legal e não ter um excelente camping para nos hospedarmos – quem está trabalhando precisa de estrutura – então viajamos com quase todas as reservas feitas e mesmo sendo baixa temporada tivemos dificuldade de encontrar lugares legais em algumas cidades. Dá para acreditar?

Cliff Dwellings, as moradias ancestrais do Bandelier National Monument

Cliff Dwellings, as moradias ancestrais do Bandelier National Monument nas aforas de Santa Fé

Buscando campings

Para selecionar os campings da viagem nós usamos o All Stays (o aplicativo é pago, mas vale super a pena) o Campendium e o buscador do próprio Google. Como tínhamos que ficar perto de cidades não aproveitamos tanto os parques estaduais – que costumam ser mais bonitos e espaçosos que os os campings privados.

Outro app que gostamos muito é o Harvest Hosts, pagamos uma membership anual de $80 e podemos dormir em fazendas, vinícolas e atrações turísticas espalhadas por todo os EUA em troca de uma pequena contrapartida. O host espera que você compre uma garrafa de vinho, tome algumas cervejas ou faça um tour pago pela fazenda. Nós amamos esse tipo de experiência e sempre que possível incluímos Harvest Hosts na nossa viagem.

Ah, acho importante falar que não há energia elétrica ou esgoto no Harvest Host, você precisa ser autossuficiente. Nós levamos um pequeno gerador que usamos 2 vezes durante a viagem.

Passeio de watertaxi pelos canais de Bricktown

Passeio de watertaxi pelos canais de Bricktown em Oklahoma City

Definir as paradas

E, por fim, a dificuldade de sempre: com tanta coisa linda no caminho, como priorizar as paradas sem cometer exageros?

Somos da linha que prefere “menos porém melhor” abrimos mão de destinos para poder explorar outros com a calma que eles merecem. Parar, relaxar e descansar. Mas não é fácil e o desapego começa no roteiro.

Para mim, uma das decisões mais difíceis da viagem foi eliminar o Big Bend National Park no Texas, que estava coladinho na nossa rota, mas infelizmente não coube.

Viajando no inverno

Viajamos entre o final de outubro e o início de janeiro, o que significa inverno e, em alguns estados norte americanos, neve intensa. Pensando em evitar nevascas ao máximo, nós fizemos a rota priorizando os Estados do Sul e tentando cruzar os locais mais frios no início da viagem.

E foi por isso que estados incríveis como Colorado e Utah acabaram ficando de fora da nossa rota. Quem viaja entre maio e outubro pode fácil incluir Colorado e pedaços incríveis de Utah na Rota. Vale muito a pena.

Veja aqui nosso roteiro de motorhome por Arizona e Utah e nossa roadtrip pelos parques de Utah e Arizona .

Trailer na viagem entre Flórida e Califórnia

Chegando na praia de pijama – dia de viagem super cedo

Destaques da viagem de Estado em Estado

Chegou a hora de abrir a viagem de estado em estado, destacar o que visitamos e deixar algumas dicas para você planejar a sua viagem dos sonhos.

Califórnia

Nós moramos na Califórnia há 8 anos e conhecemos super bem o estado, então a Califórnia foi apenas um ponto de passagem necessário para nós. Fizemos a rota mais curta possível (longe de ser a mais bonita).

Para quem não mora por aqui, recomendo que você dedique pelo menos 3 semanas, idealmente 4 para explorar o melhor da Califórnia.

viagem de trailer pelos EUA

Mari e Gu no tunnel view em Yosemite Park

Alguns dos lugares que eu não deixaria de incluir no roteiro:

Joshua Tree National Park, ele fica bem no caminho para quem segue rumo ao Arizona e é uma lindeza de parada. E, já que estamos falando de parques nacionais, a sequência Sequoias National Park e Yosemite Park (nosso lugar preferido no mundo) torna qualquer viagem especial.

Árvores de Joshua Tree no Joshua NP

Visual do Joshua Tree National Park

Deixando a parte de parques nacionais em segundo plano, tanto San Francisco quanto Los Angeles merecem pelo menos 3 dias do seu roteiro. Entre elas, não deixe de percorrer a Highway 1, uma rodovia que serpenteia a costa e está repleta de paradas maravilhosas e cidades super interessantes.

Big Sur é o trecho mais famoso da estrada e o mais bonito, mas o acesso para trailers – especialmente maiores de 30 pés – não é o mais simples. Dirija com cuidado, e se conseguir tente dormir uma noite em Plasket Creek, um dos nossos campings preferidos da Costa dos Estados Unidos.

Curvas de Big Sur na Costa da Califórnia

Curvas de Big Sur na Costa da Califórnia

Na sequência, vale ficar alguns dias em Santa Barbara, uma cidade charmosa, repleta de bons restaurantes e com algumas das nossas praias preferidas da Califórnia.

Reserve seus campings com antecedência:

Como a Califórnia é um estado super cobiçado para viagens de motorhome, os campings por aqui são mais caros, mais estreitos e MUITO mais disputados que a média americana. Para garantir uma boa hospedagem, vale reservar com antecedência.

Arizona

Grand Canyon national Park em cruzando os Estados Unidos de carro

Moran Point – Desert View Drive

Cruzamos o Arizona tanto na ida quanto na volta por dois caminhos diferentes (viva!).

Já conhecemos bem o estado então passamos batido por alguns dos principais pontos turísticos como o Grand Canyon National Park, mas fizemos um pedacinho da Rota 66, com direito a uma noite em Kingman e outra em Holbrook, onde fica o Petrified Forest National Park.

Nossos filhos são fãs do filme Carros então foi bem legal passar por alguns dos cantinhos que inspiraram o enredo e as animações do filme. Fomos percorrendo a Rota 66 até Oaklahoma City, mas o trecho do Arizona é sem dúvida um dos destaques da rota.

Hackaberry General Store um ícone da Rota 66 no Arizona

Hackaberry General Store um ícone da Rota 66 no Arizona

Sedona e Flagstaff: dois destaques no arizona

Entre estes dois destinos, fizemos base em Sedona (uma das minhas cidades preferidas dos Estados Unidos) e em Flagstaff (como não havia camping disponível para todas as noites em Sedona, Flagstaff entrou na jogada, e que sorte! Amei a cidade).

Sedona é conhecida pelos vórtices de energia avermelhados que rodeiam a cidade, e é um destino que atrai turistas tanto por sua beleza quanto pelo misticismo do local.

Rochas vermelhas em Sedona

Rochas vermelhas em Sedona, o visual é lindo por todos os lados

Nós aproveitamos para repetir a trilha do Bell Rock (um dos vórtices da cidade, amo as vistas la do alto), fazer a trilha do Cathedral Rock (os pequenos amaram escalar as pedras, e eu curti muito o visual) e a incrível trilha West Fork, minha nova queridinha em Sedona. A trilha vai cruzando rios e tem vários cantinhos lindos para os pequenos brincarem e para os adultos tirarem fotos.

Janela de pedra no West Fork Trail em Sedona

Janela de pedra no West Fork Trail em Sedona

Também demos uma passadinha na Capela de Sedona, e no Airport Mesa Vortex, ambos são excelentes concorrentes ao título de melhor vista de Sedona, e o páreo é bom, viu?!

Flagstaff é um destino de esqui badalado pelos moradores do Arizona, e a montanha Snowbowl é o point do inverno por lá. Eu fiquei mais interessada pela herança cultural incrível deixada pelas tribos locais e pelas trilhas de lava deixados pelo vulcão Sunset: o Wuptaki National Monument tem ruínas lindas de vilas ancestrais e o seu vizinho Sunset Crater Volcano foram uma excelente pedida para curtir nosso dia por lá.

Meus filhos amaram brincar de casinha e de esconde-esconde nas ruínas e ficaram encantados quando revelei que um dia aquilo foi uma cidade inteira.

À noite percorremos as vielas do centrinho de Flagstaff e compramos caramelos coloridos da Candy Shoppe (15 E Aspen Ave, Flagstaff).

Adoramos a parada e deixamos o Walnut Canyon na lista para uma próxima viagem.

Tucson e o incrível Saguaro National Park

Na volta exploramos o sul do estado, fomos até Tucson para conhecer Sagaro National Park. Que lugar!

Amamos o estilo pacato da cidade, os grafites que colorem as ruas do centro, o jardim botânico caprichadíssimo e as duas porções do Saguaro National Park, Saguaro East (Leste) e Saguaro West (Oeste).

Cactos do Jardim Botânico de Tucson no Arizona

Cactos do Jardim Botânico de Tucson no Arizona

A porção Leste é maior, toda pavimentada e mais fácil de visitar. É nessa porção que ficam a maior parte das trilhas e alguns mirantes muito bonitos.

Por do sol no Saguaro National Park em Tucson

Por do sol no Saguaro National Park em Tucson

A porção Oeste é menor mas tem uma concentração mais densa de cactos do tipo Saguaro, a estrada é toda de terra e trailers ou veículos gigantes não são bem vindos. Se você tem pouco tempo e quer escolher apenas uma das metades, eu escolheria a oeste.

Se tiver a chance de visitar Tucson, não pense duas vezes. Ficamos encantados pela cidade.

Novo México

O Novo México passou pelo nosso roteiro na ida e na volta, visitamos Albuquerque (1 noite), Santa Fé (6 noites) e Las Cruces onde visitamos o White Sands National Park (2 noites).

Adoramos o estado e já queremos voltar para explorar mais.

Albuquerque

Albuquerque é uma cidade grande e cheia de possibilidades, então tentamos maximizar nossas horas por lá.

Começamos almoçando no 66 Dinner (1405 Central Ave NE) uma lanchonete HIPER tradicional da Rota 66 que entrou na minha lista quando comecei a pesquisar mais sobre a Mother Road. O paredão histórico na entrada e a decoração interna da casa são bem legais, nossos burguers acompanhados de milk shakes generosos também não decepcionaram.

66 Dinner, parada típica da Rota 66 em Albuquerque

66 Dinner, parada típica da Rota 66 em Albuquerque

Na sequência fomos para Old Town, um pedacinho bem charmoso de Albuquerque, e que de certa forma, remete a um pueblo mexicano. Era tarde de Halloween e o centrinho estava relativamente vazio pela quarentena, mas de tempos em tempos, era colorido por fantasias de monstros e bruxas que assim como nós tentavam desbravar um tiquinho da cidade.

Fizemos um passeio bem rápido e seguimos para o local que mais queríamos visitar, o Sandia Peak uma montanha de 3100 metros de altura e que ganha cores avermelhadas durante o pôr do sol, se assemelhando a uma melancia gigante. É daí que vem o nome!

Pôr do sol no Sandia Peak em Albuquerque

Pôr do sol no Sandia Peak em Albuquerque

A subida é feita de tram (compre ingressos com antecedência para evitar fila e é bem rápida.) As vistas são lindas do começo ao fim, e a presença de neve no topo da montanha gerou um divertimento extra para meus pequenos: guerra de neve.

Curtimos um pôr do sol lindo regado a taças de vinho branco e uma descida de tram ainda mais espetacular e mais colorida que a subida.

Santa Fé

Um centro histórico lindo e muito bem preservado, e várias opções de passeios ao livre em seus entornos definem Santa Fé, uma das nossas paradas preferidas da viagem.

Saint Kateri na Cathedral de Santa Fé

A Catedral de Santa Fé ganhou o status de basilica após a visita do papa Bento XVI – destaque para a foto de Santa Kateri

A pandemia fechou boa parte do centro de Santa Fe e alguns dos museus que mais queríamos visitar, aproveitamos a deixa para desbravar as aforas da cidade de visitar muitos parques lindos como o Pecos Pueblo (um conjunto de ruínas nativo americanas bem especial, a trilha é cheia de explicações interessantes), o parque Valles Caldera (uma área florestal MUITO linda), as áreas florestais da Floresta Nacional de Santa Fé (adoramos a Big Tesuque Trail) e a incrivel Las Conchas Trail, uma trilha linda do começo ao fim.

Pecos National Historic Park em o que fazer em Santa Fe

Caminhando no Pecos National Historic Park: a trilha é tão linda!

Nossa parada mais especial na região foi o Bandelier National Monument, um parque que preserva antigas cavernas habitadas por tribos indígenas. O visual do parque é um arraso e os pequenos amaram subir as escadas e conhecer as casas, que visita linda!

Las Cruces e o White Sands National Park

Tudo que o White Sands National Park tem de remoto ele tem de incrível!

Dunas de areia branca do White Sands National Park

Dunas de areia branca do White Sands National Park – Novo México

São mais de 200 milhas de dunas de areia de gesso moldadas pelos anos. A areia é finíssima, branca como a neve e geladinha (durante no inverno) pela água que faz parte de sua composição.

A visita pelo parque dura pelo menos meio dia, e a pedida é percorrer o circuito do parque de carro (são 26 Km no total) , escorregar com pranchinha pelas dunas de areia e curtir o visual incrível do local.

Quem tem pique pode incluir a trilha Alikali Flat (8Km) na jogada, só não esqueça de levar MUITA água.

Oklahoma

Oklahoma City foi uma das cidades que escolhemos como base para desbravar enquanto o Gu trabalhava, e que surpresa legal!

Linda, limpa e cheia de atrações interessantes a cidade nos conquistou rápido e foi um dos cantinhos que mais curtimos visitar em toda a viagem – e a briga foi boa, viu?!

Skydance Bridge com sua iluminação noturna caprichada

Skydance Bridge com sua iluminação noturna caprichada

Destaque para o Scissortail Park onde fica a fotogênica Skydance Bridge (o projeto da ponte foi inspirado no pássaro Scissortail, ela é bem legal) vale ir de dia e de noite para fotografar o parque com luzes diferentes).

Também recomendo o vizinho Myriad Gardens, um jardim botânico caprichado. A estrutura mais moderna do parque é uma ponte suspensa recheada de plantas tropicais ultra bem cuidadas – a Crystal Bridge – fiquei horas fotografando as plantas enquanto meus filhos brincavam pelo circuito.

Oklahoma City tem uma pegada forte de faroeste e se gaba de sediar o maior leilão de gado dos Estados Unidos, visitar a região do Stockyards é uma pedida interessante para ver esse universo de perto.

Para comer,  recomendo o tradicional Cattlemen;’s Steakhouse (1309 S Agnew Ave) uma churrascaria bem gostosa.

Já que estamos falando de vacas e bois, o Museu do Cowboy também nos surpreendeu muito. Adoramos as exibições fotográficas, os cenários de vila no estilo velho oeste bem montadas e uma das melhores áreas kids de museu nos Estados Unidos. Tem parquinho dentro do museu, e ele é ótimo!

Stars & Stripes no Lake Hefner, Oklahoma City

Stars & Stripes o parquinho preferido dos meus filhos

Falando em parquinho, uma curiosidade interessante: de todas as cidades que visitamos OKC é a que tem os melhores parquinhos para um pequenos. Na foto Stars and Stripes um parquinho com temática de astronauta nas margens do Lake Hefner.

Arkansas

Tivemos um dia para cruzar o Arkansas e escolhemos a cidade de Hot Springs para fazer nossa base e visitar o Hot Springs National Park.

A estrutura do parque e as casas de banho históricas são muito lindas, mas não nos impressionamos. Precisaremos de mais tempo e mais uma viagem para conhecer o Arkansas como ele merece.

Fronteira entre o Arkansas e Tennesse - Big River Crossing

Fronteira entre o Arkansas e Tennesse – Big River Crossing

TennesseE

O Tennessee foi mais um estado que nos deixou com gosto GIGANTE de quero mais. Tivemos 10 dias de viagem bem divididos entre Nashville e Memphis, e que cidades legais!

O Gu estava de férias neste período então nossas paradas foram mais curtas e mais intensas. Juntos descobrimos que estes dois destinos tipicamente adultos e que a famosa rota da música podem sim ser explorada com crianças.

Beale St. em Memphis

Beale St., a rua mais animada de Memphis

Memphis

Em Memphis visitamos a Casa do Elvis, a Graceland (site oficial), curtimos as histórias e a vibe musical do Sun Studio (recomendo muito esse tour), passeamos pela Beale St., nos emocionamos com o Museu National de direitos civis – que emocionante acompanhar e aprender mais sobre a história dos direitos civis nos EUA, não deixe de fazer essa visita. – O museu ocupa o edifício do antigo hotel onde Martin Luther King Jr. foi assassinado e é MUITO impactante.

Passeio de bicicleta em Memphis

Passeio de bicicleta em Memphis

Também passeamos muito ao ar livre, percorremos o Big River Crossing, pedalamos pelo gigantesco Shelby Farms Park e fomos presenteados com cores de outono lindíssimas na Meeman-Shelby Forest.

Nashville

Nashville, a terra da música country, nos presenteou com música ao vivo da boa (e sim, os pequenos são mais do que bem-vindos em muitos dos bares locais), uma gastronomia espetacular, cervejas artesanais deliciosas e uma vibe agitada e ultra divertida.

A Broadway é o coração da cidade e onde ficam alguns dos principais Honky Tonks – barzinhos com música ao vivo – da cidade. Nós adoramos a vibe do Honky Tonk Central,  que tem vários andares com bandas tocando música ao vivo simultaneamente.

Sentamos no térreo e curtimos uma menina dar um show no violino enquanto a outra mandava ver no vocal, quem quiser pedir sua música pode pagar $20tão e escolher.

Outras experiências legais no centro são o Ryman Auditorium (por muitos anos palco do show Grand Ole Opry), provar os chocolates locais Goo-Goo, visitar o museu Country Music Hall of Fame (o edifício em forma de piano é um show) e o Johnny Cash Museum

Broadway a rua mais animada de Nashville

Curtindo o som dos Honky tonks (bar com música ao vivo) em Nashville

Visitamos Nashville no mês de dezembro e fomos recebidos com uma programação de natal muito especial com show de luzes maravilhoso rolando no Jardim Botânico de Cheekwood, e uma programação de natal ultra divertida no Gaylord Opryland, com direito a patinação no gelo (e show com vários ex-atletas olímpicos), sleeding em pista artificial, montagem de casinhas de gengibre, show musical e uma decoração natalina espetacular.

Passeio de barco no Gaylord Opryland, o hotel é fabuloso

Passeio de barco no Gaylord Opryland, o hotel é fabuloso e a programação de natal estava bem legal.

Alabama

Na sequência nós cruzamos o Alabama, e nossa parada preferida no estado foi explorar Huntsville, onde fica o maior centro espacial dos EUA.

Saturn Hall no Centro Espacial de Huntsville

Saturn Hall no Centro Espacial de Huntsville

Fomos recebidos com muito carinho pela equipe do centro espacial e tivemos a chance de visitar o museu e aprender muito sobre a história espacial norte americana e a chegada do homem na Lua.

Ficamos muito impressionados com as dimensões da nave espacial Saturno que fica pendurada no teto, e encantados de ver um pedacinho da lua de perto.

Tom, que diz para todo mundo que vai ser astronauta quando crescer, ficou com olhos brilhantes do começo ao fim da visita. Apertou todos os botões que podia, olhou as roupas de astronauta de perto e fez muitas perguntas. Foi uma super experiência em família.

Vestido de Astronauta no Centro da NASA em Huntsville

Tom, apaixonado por Astronautas amou tirar essa foto

Deixando o centro espacial de lado, Huntsville tem um centrinho muito gostoso de passear – O Big Spring Park é muito gostoso – e várias construções históricas muito lindas. Para comer, recomendo o descolado Stovehouse (3414 Governors Dr SW) um espaço com vários restaurantes e uma programação bem gostosa com música ao vivo.

Ficamos uma noite em Huntsville, e no dia seguinte continuamos a viagem para a Flórida parando em Birmingham para descansar um tiquinho e ver a vista do alto do Vulcan Park (Gu resmunga até hoje quando lembra que fiz ele subir até o alto da montanha puxando o trailer, foi um pouquinho tenso, mas valeu a vista.)

USS Alabama

Na volta da Flórida passamos algumas horinhas em Mobile, onde visitamos o antigo navio de guerra USS Alabama, um pedaço de história viva e para lá de interessante, o navio tem 9 estrelas de guerra e faz parte de um museu com aviões, o submarino USS Drum e outros artefatos de guerra interessantes.

Visita ao USS Alabama

Caio brincando de avião no USS Alabama

Ficamos impressionados com as dimensões do navio e como ele operava em formato de cidade durante a guerra, todo mundo alí tinha dois trabalhos, um na guerra e outro no dia a dia. O tamanho da padaria nos chamou atenção, não devia ser fácil alimentar um monte de soldados!

Flórida

Lembra que no começo do post contei que viajamos com todas as nossas reservas feitas?

A Flórida foi uma exceção. A região que queríamos visitar, a Costa Esmeralda, esfria MUITO durante o inverno e ficamos muito em dúvida se valeria a pena “passar frio” na Flórida ou curtir mais dias no Tennessee. Escolha difícil, viu?!

A frente fria estava na nossa cola, mas depois de muito pensar, resolvemos seguir o plano inicial e visitar Panama City Beach (2 noites) e Destin (7 noites).

Tivemos apenas dois dias de praia, porque depois o tempo esfriou MUITO, mas quer saber? Valeu muito a pena!

St. Andrews State Park em Panama City Beach

Praia maravilhosa do St. Andrews State Park

Destaque para o St. Andrews St Park (que parque e que praia!) em Panama City Beach, para a cidade de Seaside (amei a praia, a cidade e a vibe) e para o Top Sail Preserve na região de Destin, uma praia maravilhosa e disparado a melhor estrutura de camping da viagem.

No caminho entre o Alabama e a Flórida fizemos uma parada no Ponce de Leon Springs, sou apaixonada pelas Springs da Flórida e não perderia a chance de incluir pelo menos uma delas no nosso roteiro.

Ponce de Leon Springs na Flórida

Ponce de Leon Springs na Flórida

Louisiana

Houmas House Plantation nas aforras de New orleans

Houmas House Plantation nas aforras de New orleans

New Orleans foi ponto de início do planejamento dessa viagem. Nossos primos moram na cidade e foi uma oportunidade linda visita-los.

Ficamos cerca de 6 dias por lá e curtimos muito o tempo com nosso primos, a gastronomia da cidade (disparado o melhor lugar que comemos em toda a viagem), os encantos do Audubon Park e seus carvalhos exibidos, e o charme do French Quarter.

Para comer, recomendo muito o Cochon (930 Tchoupitoulas St) especializado em comida Cajun, onde provamos a sopa típica da cidade, o Gumbo.

O restaurante judaico Shaya que serve pães feitos na hora no forno a lenha e pratos pequeninos. A moussaka estava divina.

O St James Cheese (641 Tchoupitoulas St) que tem tábuas de queijo e frios divinas, e a La Boulangerie NOLA que serve sanduíches ótimos e uma croissante crocantíssima.

Parada em New Orleans na viagem entre Flórida e Califórnia

Com os primos em New Orleans

Fizemos um bate e volta lindo para visitar as antigas Plantations (fazendas agrícolas) e escolhemos a Houmas House & Gardens que tem pavões soltos e um jardim dos sonhos.

No caminho para Houston ainda tivemos um dia para explorar Lafayette e fazer um passeio de barco pelos pântanos da região. Amei!

Texas

O Texas é gigante e entrou duas vezes na nossa rota, na ida e na volta.

Cadillac Ranch no Texas

Cadillac Ranch no Texas

Na ida passamos por Amarillo, conhecida pelo Cadillac Ranch, uma das principais paradas da Rota 66 no estado.

Na volta passamos por várias cidades interessantes: Houston, San Antonio e outras cidades menores no caminho.

Houston

Nosso foco em Houston foi o Space Center que é simplesmente sensacional. Por lá tivemos a chance de participar de um bate papo com um astronauta, visitar um Space Shuttle por dentro e ver o foguete Space X em exibição.  Que lugar!

 

Saturn V em Houston

Pavilhão do Saturn V no Space Center em Houston

Também adoramos o passeio lindo pelo campus da Rice University, passear pelo Hermann Park (o trenzinho e os patos do jardim japonês fizeram muito sucesso com os pequenos ), caminhar pelo Buffalo Bayou Park, e fotografar a Gerald Hines Waterwall Park.

Gerald Hines Waterfall Park em Houston

Gerald Hines Waterwall Park

San Antonio

San Antonio tem uma vibe de cidade pequena, mas é a segunda maior cidade do estado. O San Antonio River Walk é o cantinho mais badalado da cidade e um passeio que merece ser vivido, por lá também está a Los Alamos, a antiga missão que viveu capítulos importantes na revolução do Texas.

San Antonio Riverwalk

San Antonio Riverwalk

Falando em missões, recomendo a visita das 4 missões do Missions National Historical Park, San Jose é a mais famosa, mas minha preferida foi a Mission Concepción.

Outro passeio encantador são os jardins japoneses de San Antonio, vá com tempo para passear sem pressa e curtir o som da cachoeira. Que vibe deliciosa.

Planeje sua viagem

Agora que já falamos de cada um dos estados, vamos falar de planejamento de viagem, seguro viagem e aluguel de carro (ou motorhome)

Seguro viagem

Se você não mora nos Estados Unidos, é bom contratar um ótimo seguro viagem antes de embarcar para cá – ainda mais com um roteiro tão incrível quanto esse. Não, o seguro não é obrigatório aqui, mas te salva de belas furadas como extravio de bagagem, emergência hospitalar e cancelamento de voo. Qualquer problema de saúde que você tenha por aqui, mínimo que seja, vai te custar uma fortuna!

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Aluguel de carro ou motorhome

Para fazer essa viagem você vai precisar de um bom carro. Se a sua ideia for alugar um motorhome, não deixe de conferir o guia que fizemos sobre aluguel de motorhome nos Estados Unidos. Lá você vai entender as diferenças entre os modelos, ter noção de valores e conhecer as vantagens e as desvantagens de ter uma casa completa dentro do carro. Lá também te dou dicas de empresas para fazer a locação sem ciladas.

Para alugar um carro convencional eu gosto de indicar a RentCars. Lembrando que a carteira de motorista de brasileiros é válida por até três meses nos Estados Unidos.

Reserve seu carro online e de preferência com antecedência para garantir melhores preços e disponibilidade (durante os meses de julho e agosto os carros com melhor preço se esgotam com antecedência).

E aí, curtiu o roteiro da nossa viagem entre a Flórida e a Califórnia? Deixe aqui suas dicas e comentários!


Veja também:


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mari vidigal
mari vidigal
Viajante incansável, daquele tipo que no meio de uma viagem já está pensando na próxima, na próxima e na próxima. Apaixonada por fotografia, natureza e vinhos

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Comentários:
Avatar Adriana Zanetti de Lima disse:

Mari… Tudo Bem?
Não sei se vai lembrar de mim… Adriana Zanetti (treinadora de natação do Pinheiros).
Encontrei o ideias na mala, por acaso. e gostaria muito de bater um papo com você. Minha filha está morando em Phoenix.

mari vidigal mari vidigal disse:

Oi Dri,
Td bem?
Claro que lembro de vc.
Me chama pelo direct do insta? @ideiasnamala
Beijos

Avatar Ilma Barrilari disse:

Ah de eu pudesse embarcar numa trip dessas. Já que não dá, acompanho vocês. Boa viagem!!!

mari vidigal mari vidigal disse:

Obrigada Ilma querida pelo carinho de sempre!

Avatar Rosana Moura Barros disse:

Oi, Mari. Hoje tive a oportunidade de ler aqui no idéiasnamala.com.
Obrigada por compartilhar.
Eu estou fazendo essa viagem porem da Florida para California 🙂
Começo amanhã.
Beijo grande

Avatar Gustavo Woltmann disse:

Viajar de leste a oeste nos Estados Unidos é tanto chão quanto ir de norte a sul do Brasil!

mari vidigal mari vidigal disse:

Estamos animados!