Da Califórnia à Florida de motorhome (ou de trailer): Roteiro detalhado dessa jornada incrível pelos EUA
Conheça os detalhes nossa viagem entre a Califórnia e a Flórida de motorhome / trailer (e de volta para a Califórnia), uma viagem de 9 semanas passando por dez estados norte americanos.
Percorremos trechos da lendária Rota 66, visitamos triângulo da Música (Memphis, Nashville e New Orleans), curtimos praias incríveis na Costa Esmeralda (Flórida), visitamos algumas das principais cidades do Texas e muito mais.
Atravessar os Estados Unidos de motorhome era um sonho antigo mas bastante distante da nossa realidade. Com a nossa rotina diária agitada, trabalho do Gustavo, férias limitadas a 2-3 semanas por ano, e o calendário escolar das crianças, a equação parecia não fechar.
Aí veio 2020 mudando completamente nossas rotinas e trazendo o trabalho remoto para dentro de casa. Foi a nossa chance, e que oportunidade! Desvendamos o Estados Unidos que vai bem além das grandes cidades.
Percorremos caminhos outrora habitados pelas tribos nativas no Arizona e Novo México, celebramos as conquistas espaciais nos centros de visitantes da NASA em Huntsville e em Houston, visitamos um navio da segunda guerra mundial em Mobile no Alabama, curtimos a cultura musical em Memphis, Nashville e New Orleans , nos encantamos com as missões de San Antonio e com as montanhas de areia do White Sands National Park.
Neste post quero dividir todos os detalhes da viagem, com muitas dicas para quem planeja viver algo parecido. Vamos nessa?
Roteiro Resumido:
Foram 9 semanas e 10 estados. Aí vai nosso roteiro resumido dia a dia.
- Dia 1: Bakersfield (Califórnia)
- Dia 2: Kingman (Arizona)
- Dias 3-5: Sedona (Arizona)
- Dia 6-7: Flagstaff (Arizona)
- Dia 8: Holbrook (Arizona)
- Dia 9: Albuquerque (Novo Mexico)
- Dia 10-16: Santa Fe (Novo Mexico)
- Dia 17: Amarillo (Texas)
- Dias 18-24: Oklahoma City (Oklahoma)
- Dia 25: Hotsprings (Arkansas)
- Dias 26-30 : Memphis (Tenesse)
- Dias 30-35: Nashville
- Dias 36-37 : Huntsville
- Dia 38-40: Destin
- Dia 41-44: Panamá City Beach
- Dia 45: Mobile (Al) – Mississipi – New Orleans
- Dia 46- 51: New Orleans
- Dia 54: Lafayette (Luisiana)
- Dia 55-61: Houston
- Dias 62-66: San Antonio
- Dia: 67 Fort Stockton (Texas)
- Dia 68-69: Las Cruces – White Sands National Park (Novo Mexico)
- Dias: 70-72 Tucson (Arizona)
- Dia 73: Deserto de Palm Springs
- Dia 74: Home
- Milhas rodadas: ~5094
Roteiro no Mapa:
Veja todas as cidades base do roteiro em azul, e nossas paradas preferidas em vermelho.
quem viajou
Essa foi uma viagem em família! Viajamos eu (Mari, editora do site), Gu (meu marido, fotógrafo nas horas vagas) e nossos dois pequenos Antonio (Tom, 4 anos) e Caio (2 anos).
Planejando a viagem
Sempre sonhamos em cruzar os Estados Unidos de carro e desde que nosso Trailer – o Rocky – entrou na jogada, o sonho passou em ser: atravessar os Estados Unidos de trailer (ou se você preferir, de motorhome).
Na prática, tirar 2 meses de férias não é uma possibilidade para o Gu, e trabalhar remoto também não era. Até que a Covid-19 chegou chegando e, em poucas semanas, mudou a nossa forma de de viver, trabalhar e viajar. Foi assim que começamos a sonhar com uma viagem de costa a costa dos EUA com o Gu trabalhando remotamente durante a semana.
Fizemos um pequeno teste em julho pelo Sul da Califórnia e funcionou bem, com alguns ajustes ficamos prontos para encarar os desafios de 2 meses e meio de vida nômade.
Vamos falar dos desafios da viagem?
Com o balanço entre a vida nômade e a jornada de trabalho pouco flexível do Gu tínhamos pouco espaço para erros. Aí vão alguns pontos de cuidado no planejamento da viagem.
Internet durante a viagem
O primeiro (e o grande) desafio foi garantir que todas as nossas paradas durante a semana tivessem conexão de internet excelente – afinal, o Gu estava trabalhando de forma remota.
Compramos uma antena potente e dois planos de internet móveis (Cricket & Verizon) para nos manter conectados durante toda a viagem. Como a cobertura das operadoras varia MUITO de estado para estado, ter duas operadoras diferentes minimiza a chance de ficar desconectado. Foi essencial.
Tempo máximo na estrada
Com essa jornada semi-nômade passávamos a semana estacionados em uma cidade e aproveitamos os finais de semana para ganhar estrada e percorrer muitas milhas. Para chegar na Flórida e voltar para casa em 9 semanas, viajando apenas aos finais de semana, a coisa tem que render, né?!
Também vale lembrar que estávamos com duas crianças pequenas, ou seja, trajetos de muito mais de 3 horas por dia são doloridos para eles, e sempre que possível evitamos.
Campings disponíveis
Nosso terceiro desafio foi as reservas dos campings. Em um ano que “todo mundo” resolveu comprar um trailer, encontrar espaços em bons campings foi mais difícil do que nunca!
Para você ter uma ideia de como a coisa se tornou popular, segundo a Associação Norte Americana das indústrias de RV, julho de 2020 foi o maior mês de vendas da história, superando o recorde anterior de outubro de 2019. E com tanta gente caindo na estrada, há uma demanda surreal por campings.
Queríamos ter um pouco de flexibilidade no roteiro, mas não podíamos correr o risco de chegar em um cidade legal e não ter um excelente camping para nos hospedarmos – quem está trabalhando precisa de estrutura – então viajamos com quase todas as reservas feitas e mesmo sendo baixa temporada tivemos dificuldade de encontrar lugares legais em algumas cidades. Dá para acreditar?
Buscando campings
Para selecionar os campings da viagem nós usamos o All Stays (o aplicativo é pago, mas vale super a pena) o Campendium e o buscador do próprio Google. Como tínhamos que ficar perto de cidades não aproveitamos tanto os parques estaduais – que costumam ser mais bonitos e espaçosos que os os campings privados.
Outro app que gostamos muito é o Harvest Hosts, pagamos uma membership anual de $80 e podemos dormir em fazendas, vinícolas e atrações turísticas espalhadas por todo os EUA em troca de uma pequena contrapartida. O host espera que você compre uma garrafa de vinho, tome algumas cervejas ou faça um tour pago pela fazenda. Nós amamos esse tipo de experiência e sempre que possível incluímos Harvest Hosts na nossa viagem.
Ah, acho importante falar que não há energia elétrica ou esgoto no Harvest Host, você precisa ser autossuficiente. Nós levamos um pequeno gerador que usamos 2 vezes durante a viagem.
Definir as paradas
E, por fim, a dificuldade de sempre: com tanta coisa linda no caminho, como priorizar as paradas sem cometer exageros?
Somos da linha que prefere “menos porém melhor” abrimos mão de destinos para poder explorar outros com a calma que eles merecem. Parar, relaxar e descansar. Mas não é fácil e o desapego começa no roteiro.
Para mim, uma das decisões mais difíceis da viagem foi eliminar o Big Bend National Park no Texas, que estava coladinho na nossa rota, mas infelizmente não coube.
Viajando no inverno
Viajamos entre o final de outubro e o início de janeiro, o que significa inverno e, em alguns estados norte americanos, neve intensa. Pensando em evitar nevascas ao máximo, nós fizemos a rota priorizando os Estados do Sul e tentando cruzar os locais mais frios no início da viagem.
E foi por isso que estados incríveis como Colorado e Utah acabaram ficando de fora da nossa rota. Quem viaja entre maio e outubro pode fácil incluir Colorado e pedaços incríveis de Utah na Rota. Vale muito a pena.
Veja aqui nosso roteiro de motorhome por Arizona e Utah e nossa roadtrip pelos parques de Utah e Arizona .
Destaques da viagem de Estado em Estado
Chegou a hora de abrir a viagem de estado em estado, destacar o que visitamos e deixar algumas dicas para você planejar a sua viagem dos sonhos.
Califórnia
Nós moramos na Califórnia há 8 anos e conhecemos super bem o estado, então a Califórnia foi apenas um ponto de passagem necessário para nós. Fizemos a rota mais curta possível (longe de ser a mais bonita).
Para quem não mora por aqui, recomendo que você dedique pelo menos 3 semanas, idealmente 4 para explorar o melhor da Califórnia.
Alguns dos lugares que eu não deixaria de incluir no roteiro:
Joshua Tree National Park, ele fica bem no caminho para quem segue rumo ao Arizona e é uma lindeza de parada. E, já que estamos falando de parques nacionais, a sequência Sequoias National Park e Yosemite Park (nosso lugar preferido no mundo) torna qualquer viagem especial.
Deixando a parte de parques nacionais em segundo plano, tanto San Francisco quanto Los Angeles merecem pelo menos 3 dias do seu roteiro. Entre elas, não deixe de percorrer a Highway 1, uma rodovia que serpenteia a costa e está repleta de paradas maravilhosas e cidades super interessantes.
Big Sur é o trecho mais famoso da estrada e o mais bonito, mas o acesso para trailers – especialmente maiores de 30 pés – não é o mais simples. Dirija com cuidado, e se conseguir tente dormir uma noite em Plasket Creek, um dos nossos campings preferidos da Costa dos Estados Unidos.
Na sequência, vale ficar alguns dias em Santa Barbara, uma cidade charmosa, repleta de bons restaurantes e com algumas das nossas praias preferidas da Califórnia.
Reserve seus campings com antecedência:
Como a Califórnia é um estado super cobiçado para viagens de motorhome, os campings por aqui são mais caros, mais estreitos e MUITO mais disputados que a média americana. Para garantir uma boa hospedagem, vale reservar com antecedência.
Arizona
Cruzamos o Arizona tanto na ida quanto na volta por dois caminhos diferentes (viva!).
Já conhecemos bem o estado então passamos batido por alguns dos principais pontos turísticos como o Grand Canyon National Park, mas fizemos um pedacinho da Rota 66, com direito a uma noite em Kingman e outra em Holbrook, onde fica o Petrified Forest National Park.
Nossos filhos são fãs do filme Carros então foi bem legal passar por alguns dos cantinhos que inspiraram o enredo e as animações do filme. Fomos percorrendo a Rota 66 até Oaklahoma City, mas o trecho do Arizona é sem dúvida um dos destaques da rota.
Sedona e Flagstaff: dois destaques no arizona
Entre estes dois destinos, fizemos base em Sedona (uma das minhas cidades preferidas dos Estados Unidos) e em Flagstaff (como não havia camping disponível para todas as noites em Sedona, Flagstaff entrou na jogada, e que sorte! Amei a cidade).
Sedona é conhecida pelos vórtices de energia avermelhados que rodeiam a cidade, e é um destino que atrai turistas tanto por sua beleza quanto pelo misticismo do local.
Nós aproveitamos para repetir a trilha do Bell Rock (um dos vórtices da cidade, amo as vistas la do alto), fazer a trilha do Cathedral Rock (os pequenos amaram escalar as pedras, e eu curti muito o visual) e a incrível trilha West Fork, minha nova queridinha em Sedona. A trilha vai cruzando rios e tem vários cantinhos lindos para os pequenos brincarem e para os adultos tirarem fotos.
Também demos uma passadinha na Capela de Sedona, e no Airport Mesa Vortex, ambos são excelentes concorrentes ao título de melhor vista de Sedona, e o páreo é bom, viu?!
Flagstaff é um destino de esqui badalado pelos moradores do Arizona, e a montanha Snowbowl é o point do inverno por lá. Eu fiquei mais interessada pela herança cultural incrível deixada pelas tribos locais e pelas trilhas de lava deixados pelo vulcão Sunset: o Wuptaki National Monument tem ruínas lindas de vilas ancestrais e o seu vizinho Sunset Crater Volcano foram uma excelente pedida para curtir nosso dia por lá.
Meus filhos amaram brincar de casinha e de esconde-esconde nas ruínas e ficaram encantados quando revelei que um dia aquilo foi uma cidade inteira.
À noite percorremos as vielas do centrinho de Flagstaff e compramos caramelos coloridos da Candy Shoppe (15 E Aspen Ave, Flagstaff).
Adoramos a parada e deixamos o Walnut Canyon na lista para uma próxima viagem.
Tucson e o incrível Saguaro National Park
Na volta exploramos o sul do estado, fomos até Tucson para conhecer Sagaro National Park. Que lugar!
Amamos o estilo pacato da cidade, os grafites que colorem as ruas do centro, o jardim botânico caprichadíssimo e as duas porções do Saguaro National Park, Saguaro East (Leste) e Saguaro West (Oeste).
A porção Leste é maior, toda pavimentada e mais fácil de visitar. É nessa porção que ficam a maior parte das trilhas e alguns mirantes muito bonitos.
A porção Oeste é menor mas tem uma concentração mais densa de cactos do tipo Saguaro, a estrada é toda de terra e trailers ou veículos gigantes não são bem vindos. Se você tem pouco tempo e quer escolher apenas uma das metades, eu escolheria a oeste.
Se tiver a chance de visitar Tucson, não pense duas vezes. Ficamos encantados pela cidade.
Novo México
O Novo México passou pelo nosso roteiro na ida e na volta, visitamos Albuquerque (1 noite), Santa Fé (6 noites) e Las Cruces onde visitamos o White Sands National Park (2 noites).
Adoramos o estado e já queremos voltar para explorar mais.
Albuquerque
Albuquerque é uma cidade grande e cheia de possibilidades, então tentamos maximizar nossas horas por lá.
Começamos almoçando no 66 Dinner (1405 Central Ave NE) uma lanchonete HIPER tradicional da Rota 66 que entrou na minha lista quando comecei a pesquisar mais sobre a Mother Road. O paredão histórico na entrada e a decoração interna da casa são bem legais, nossos burguers acompanhados de milk shakes generosos também não decepcionaram.
Na sequência fomos para Old Town, um pedacinho bem charmoso de Albuquerque, e que de certa forma, remete a um pueblo mexicano. Era tarde de Halloween e o centrinho estava relativamente vazio pela quarentena, mas de tempos em tempos, era colorido por fantasias de monstros e bruxas que assim como nós tentavam desbravar um tiquinho da cidade.
Fizemos um passeio bem rápido e seguimos para o local que mais queríamos visitar, o Sandia Peak uma montanha de 3100 metros de altura e que ganha cores avermelhadas durante o pôr do sol, se assemelhando a uma melancia gigante. É daí que vem o nome!
A subida é feita de tram (compre ingressos com antecedência para evitar fila e é bem rápida.) As vistas são lindas do começo ao fim, e a presença de neve no topo da montanha gerou um divertimento extra para meus pequenos: guerra de neve.
Curtimos um pôr do sol lindo regado a taças de vinho branco e uma descida de tram ainda mais espetacular e mais colorida que a subida.
Santa Fé
Um centro histórico lindo e muito bem preservado, e várias opções de passeios ao livre em seus entornos definem Santa Fé, uma das nossas paradas preferidas da viagem.
A pandemia fechou boa parte do centro de Santa Fe e alguns dos museus que mais queríamos visitar, aproveitamos a deixa para desbravar as aforas da cidade de visitar muitos parques lindos como o Pecos Pueblo (um conjunto de ruínas nativo americanas bem especial, a trilha é cheia de explicações interessantes), o parque Valles Caldera (uma área florestal MUITO linda), as áreas florestais da Floresta Nacional de Santa Fé (adoramos a Big Tesuque Trail) e a incrivel Las Conchas Trail, uma trilha linda do começo ao fim.
Nossa parada mais especial na região foi o Bandelier National Monument, um parque que preserva antigas cavernas habitadas por tribos indígenas. O visual do parque é um arraso e os pequenos amaram subir as escadas e conhecer as casas, que visita linda!
Las Cruces e o White Sands National Park
Tudo que o White Sands National Park tem de remoto ele tem de incrível!
São mais de 200 milhas de dunas de areia de gesso moldadas pelos anos. A areia é finíssima, branca como a neve e geladinha (durante no inverno) pela água que faz parte de sua composição.
A visita pelo parque dura pelo menos meio dia, e a pedida é percorrer o circuito do parque de carro (são 26 Km no total) , escorregar com pranchinha pelas dunas de areia e curtir o visual incrível do local.
Quem tem pique pode incluir a trilha Alikali Flat (8Km) na jogada, só não esqueça de levar MUITA água.
Oklahoma
Oklahoma City foi uma das cidades que escolhemos como base para desbravar enquanto o Gu trabalhava, e que surpresa legal!
Linda, limpa e cheia de atrações interessantes a cidade nos conquistou rápido e foi um dos cantinhos que mais curtimos visitar em toda a viagem – e a briga foi boa, viu?!
Destaque para o Scissortail Park onde fica a fotogênica Skydance Bridge (o projeto da ponte foi inspirado no pássaro Scissortail, ela é bem legal) vale ir de dia e de noite para fotografar o parque com luzes diferentes).
Também recomendo o vizinho Myriad Gardens, um jardim botânico caprichado. A estrutura mais moderna do parque é uma ponte suspensa recheada de plantas tropicais ultra bem cuidadas – a Crystal Bridge – fiquei horas fotografando as plantas enquanto meus filhos brincavam pelo circuito.
Oklahoma City tem uma pegada forte de faroeste e se gaba de sediar o maior leilão de gado dos Estados Unidos, visitar a região do Stockyards é uma pedida interessante para ver esse universo de perto.
Para comer, recomendo o tradicional Cattlemen;’s Steakhouse (1309 S Agnew Ave) uma churrascaria bem gostosa.
Já que estamos falando de vacas e bois, o Museu do Cowboy também nos surpreendeu muito. Adoramos as exibições fotográficas, os cenários de vila no estilo velho oeste bem montadas e uma das melhores áreas kids de museu nos Estados Unidos. Tem parquinho dentro do museu, e ele é ótimo!
Falando em parquinho, uma curiosidade interessante: de todas as cidades que visitamos OKC é a que tem os melhores parquinhos para um pequenos. Na foto Stars and Stripes um parquinho com temática de astronauta nas margens do Lake Hefner.
Arkansas
Tivemos um dia para cruzar o Arkansas e escolhemos a cidade de Hot Springs para fazer nossa base e visitar o Hot Springs National Park.
A estrutura do parque e as casas de banho históricas são muito lindas, mas não nos impressionamos. Precisaremos de mais tempo e mais uma viagem para conhecer o Arkansas como ele merece.
TennesseE
O Tennessee foi mais um estado que nos deixou com gosto GIGANTE de quero mais. Tivemos 10 dias de viagem bem divididos entre Nashville e Memphis, e que cidades legais!
O Gu estava de férias neste período então nossas paradas foram mais curtas e mais intensas. Juntos descobrimos que estes dois destinos tipicamente adultos e que a famosa rota da música podem sim ser explorada com crianças.
Memphis
Em Memphis visitamos a Casa do Elvis, a Graceland (site oficial), curtimos as histórias e a vibe musical do Sun Studio (recomendo muito esse tour), passeamos pela Beale St., nos emocionamos com o Museu National de direitos civis – que emocionante acompanhar e aprender mais sobre a história dos direitos civis nos EUA, não deixe de fazer essa visita. – O museu ocupa o edifício do antigo hotel onde Martin Luther King Jr. foi assassinado e é MUITO impactante.
Também passeamos muito ao ar livre, percorremos o Big River Crossing, pedalamos pelo gigantesco Shelby Farms Park e fomos presenteados com cores de outono lindíssimas na Meeman-Shelby Forest.
Nashville
Nashville, a terra da música country, nos presenteou com música ao vivo da boa (e sim, os pequenos são mais do que bem-vindos em muitos dos bares locais), uma gastronomia espetacular, cervejas artesanais deliciosas e uma vibe agitada e ultra divertida.
A Broadway é o coração da cidade e onde ficam alguns dos principais Honky Tonks – barzinhos com música ao vivo – da cidade. Nós adoramos a vibe do Honky Tonk Central, que tem vários andares com bandas tocando música ao vivo simultaneamente.
Sentamos no térreo e curtimos uma menina dar um show no violino enquanto a outra mandava ver no vocal, quem quiser pedir sua música pode pagar $20tão e escolher.
Outras experiências legais no centro são o Ryman Auditorium (por muitos anos palco do show Grand Ole Opry), provar os chocolates locais Goo-Goo, visitar o museu Country Music Hall of Fame (o edifício em forma de piano é um show) e o Johnny Cash Museum
Visitamos Nashville no mês de dezembro e fomos recebidos com uma programação de natal muito especial com show de luzes maravilhoso rolando no Jardim Botânico de Cheekwood, e uma programação de natal ultra divertida no Gaylord Opryland, com direito a patinação no gelo (e show com vários ex-atletas olímpicos), sleeding em pista artificial, montagem de casinhas de gengibre, show musical e uma decoração natalina espetacular.
Alabama
Na sequência nós cruzamos o Alabama, e nossa parada preferida no estado foi explorar Huntsville, onde fica o maior centro espacial dos EUA.
Fomos recebidos com muito carinho pela equipe do centro espacial e tivemos a chance de visitar o museu e aprender muito sobre a história espacial norte americana e a chegada do homem na Lua.
Ficamos muito impressionados com as dimensões da nave espacial Saturno que fica pendurada no teto, e encantados de ver um pedacinho da lua de perto.
Tom, que diz para todo mundo que vai ser astronauta quando crescer, ficou com olhos brilhantes do começo ao fim da visita. Apertou todos os botões que podia, olhou as roupas de astronauta de perto e fez muitas perguntas. Foi uma super experiência em família.
Deixando o centro espacial de lado, Huntsville tem um centrinho muito gostoso de passear – O Big Spring Park é muito gostoso – e várias construções históricas muito lindas. Para comer, recomendo o descolado Stovehouse (3414 Governors Dr SW) um espaço com vários restaurantes e uma programação bem gostosa com música ao vivo.
Ficamos uma noite em Huntsville, e no dia seguinte continuamos a viagem para a Flórida parando em Birmingham para descansar um tiquinho e ver a vista do alto do Vulcan Park (Gu resmunga até hoje quando lembra que fiz ele subir até o alto da montanha puxando o trailer, foi um pouquinho tenso, mas valeu a vista.)
USS Alabama
Na volta da Flórida passamos algumas horinhas em Mobile, onde visitamos o antigo navio de guerra USS Alabama, um pedaço de história viva e para lá de interessante, o navio tem 9 estrelas de guerra e faz parte de um museu com aviões, o submarino USS Drum e outros artefatos de guerra interessantes.
Ficamos impressionados com as dimensões do navio e como ele operava em formato de cidade durante a guerra, todo mundo alí tinha dois trabalhos, um na guerra e outro no dia a dia. O tamanho da padaria nos chamou atenção, não devia ser fácil alimentar um monte de soldados!
Flórida
Lembra que no começo do post contei que viajamos com todas as nossas reservas feitas?
A Flórida foi uma exceção. A região que queríamos visitar, a Costa Esmeralda, esfria MUITO durante o inverno e ficamos muito em dúvida se valeria a pena “passar frio” na Flórida ou curtir mais dias no Tennessee. Escolha difícil, viu?!
A frente fria estava na nossa cola, mas depois de muito pensar, resolvemos seguir o plano inicial e visitar Panama City Beach (2 noites) e Destin (7 noites).
Tivemos apenas dois dias de praia, porque depois o tempo esfriou MUITO, mas quer saber? Valeu muito a pena!
Destaque para o St. Andrews St Park (que parque e que praia!) em Panama City Beach, para a cidade de Seaside (amei a praia, a cidade e a vibe) e para o Top Sail Preserve na região de Destin, uma praia maravilhosa e disparado a melhor estrutura de camping da viagem.
No caminho entre o Alabama e a Flórida fizemos uma parada no Ponce de Leon Springs, sou apaixonada pelas Springs da Flórida e não perderia a chance de incluir pelo menos uma delas no nosso roteiro.
Louisiana
New Orleans foi ponto de início do planejamento dessa viagem. Nossos primos moram na cidade e foi uma oportunidade linda visita-los.
Ficamos cerca de 6 dias por lá e curtimos muito o tempo com nosso primos, a gastronomia da cidade (disparado o melhor lugar que comemos em toda a viagem), os encantos do Audubon Park e seus carvalhos exibidos, e o charme do French Quarter.
Para comer, recomendo muito o Cochon (930 Tchoupitoulas St) especializado em comida Cajun, onde provamos a sopa típica da cidade, o Gumbo.
O restaurante judaico Shaya que serve pães feitos na hora no forno a lenha e pratos pequeninos. A moussaka estava divina.
O St James Cheese (641 Tchoupitoulas St) que tem tábuas de queijo e frios divinas, e a La Boulangerie NOLA que serve sanduíches ótimos e uma croissante crocantíssima.
Fizemos um bate e volta lindo para visitar as antigas Plantations (fazendas agrícolas) e escolhemos a Houmas House & Gardens que tem pavões soltos e um jardim dos sonhos.
No caminho para Houston ainda tivemos um dia para explorar Lafayette e fazer um passeio de barco pelos pântanos da região. Amei!
Texas
O Texas é gigante e entrou duas vezes na nossa rota, na ida e na volta.
Na ida passamos por Amarillo, conhecida pelo Cadillac Ranch, uma das principais paradas da Rota 66 no estado.
Na volta passamos por várias cidades interessantes: Houston, San Antonio e outras cidades menores no caminho.
Houston
Nosso foco em Houston foi o Space Center que é simplesmente sensacional. Por lá tivemos a chance de participar de um bate papo com um astronauta, visitar um Space Shuttle por dentro e ver o foguete Space X em exibição. Que lugar!
Também adoramos o passeio lindo pelo campus da Rice University, passear pelo Hermann Park (o trenzinho e os patos do jardim japonês fizeram muito sucesso com os pequenos ), caminhar pelo Buffalo Bayou Park, e fotografar a Gerald Hines Waterwall Park.
San Antonio
San Antonio tem uma vibe de cidade pequena, mas é a segunda maior cidade do estado. O San Antonio River Walk é o cantinho mais badalado da cidade e um passeio que merece ser vivido, por lá também está a Los Alamos, a antiga missão que viveu capítulos importantes na revolução do Texas.
Falando em missões, recomendo a visita das 4 missões do Missions National Historical Park, San Jose é a mais famosa, mas minha preferida foi a Mission Concepción.
Outro passeio encantador são os jardins japoneses de San Antonio, vá com tempo para passear sem pressa e curtir o som da cachoeira. Que vibe deliciosa.
Planeje sua viagem
Agora que já falamos de cada um dos estados, vamos falar de planejamento de viagem, seguro viagem e aluguel de carro (ou motorhome)
Seguro viagem
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Aluguel de carro ou motorhome
Para fazer essa viagem você vai precisar de um bom carro. Se a sua ideia for alugar um motorhome, não deixe de conferir o guia que fizemos sobre aluguel de motorhome nos Estados Unidos. Lá você vai entender as diferenças entre os modelos, ter noção de valores e conhecer as vantagens e as desvantagens de ter uma casa completa dentro do carro. Lá também te dou dicas de empresas para fazer a locação sem ciladas.
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E aí, curtiu o roteiro da nossa viagem entre a Flórida e a Califórnia? Deixe aqui suas dicas e comentários!
Veja também:
- Aluguel de Motorhome nos EUA: Um guia completo para a viagem dos sonhos
- Aluguel de Carro na Califórnia: TUDO o que você precisa saber
- Quanto custa viajar de Motorhome pelo deserto de Utah?
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Mari… Tudo Bem?
Não sei se vai lembrar de mim… Adriana Zanetti (treinadora de natação do Pinheiros).
Encontrei o ideias na mala, por acaso. e gostaria muito de bater um papo com você. Minha filha está morando em Phoenix.
Oi Dri,
Td bem?
Claro que lembro de vc.
Me chama pelo direct do insta? @ideiasnamala
Beijos
Ah de eu pudesse embarcar numa trip dessas. Já que não dá, acompanho vocês. Boa viagem!!!
Obrigada Ilma querida pelo carinho de sempre!
Oi, Mari. Hoje tive a oportunidade de ler aqui no idéiasnamala.com.
Obrigada por compartilhar.
Eu estou fazendo essa viagem porem da Florida para California 🙂
Começo amanhã.
Beijo grande
Viajar de leste a oeste nos Estados Unidos é tanto chão quanto ir de norte a sul do Brasil!
Estamos animados!